PF PRENDE 12 DE QUADRILHA QUE DESMATAVA A AMAZÔNIA

Doze pessoas, entre madeireiros e servidores públicos acusados de fraudar licenças ambientais foram presas hoje em Belém pela Polícia Federal durante a operação Ouro Verde II, que apura a derrubada e venda ilegal de 500 mil árvores da floresta amazônica. Documentos, computadores, dinheiro e carros de luxo foram apreendidos. Dois empresários, Josiel Farias e Menandro de Souza Freire, que seriam os líderes da quadrilha, estão foragidos.

Ao todo, trinta mandados de prisão e 34 de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz da 3ª Vara Federal de Belém, Rubens Rollo D’Oliveira. Além da capital, os policiais também cumpriram mandados em dez municípios do interior do Estado e em duas cidades do Maranhão. No Pará, os agentes visitaram residências e empresas nos municípios de Castanhal, Tucuruí, Tailândia, Rondon do Pará, Novo Repartimento, Benevides, Paragominas, Pacajá, Ulianópolis e Dom Elizeu.

O delegado Sérgio Rovani, que comandou a operação, disse que as fraudes praticadas pelo grupo aconteciam de duas maneiras: pela inserção fraudulenta de créditos no sistema informatizado que permite a impressão dos Documentos de Origem Florestal (DOF) e também na adulteração de documentos onde constavam grandes quantidades de madeira e carvão a ser transportados ou estocados. Com isso, a quadrilha conseguia “esquentar” a madeira, tornando-a ilegal.

Rovani explicou que a propina paga à quadrilha pela inclusão de créditos girava em torno de R$ 100, por metro cúbico. Apenas numa das operações, identificada durante as investigações, foram inseridos ilicitamente 160 mil metros cúbicos de madeira. Só nessa operação, o lucro foi de R$ 16 milhões. A investigação aponta ainda fortes indícios da participação de hackers, que estariam conseguindo desbloquear o cadastro técnico federal do Ibama e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará (Sectam) pela Internet.

“Penso que a liberdade dos representados (as pessoas presas) conspira contra a ordem pública, tendo em vista o caráter contínuo e habitual da atividade criminosa da quadrilha, cabendo ao Judiciário, em face da gravidade da situação, acautelar o meio social. Do contrário, os membros do bando continuarão a ter a seu dispor todos os meios necessários para permanecer agindo”, afirma o juiz Rubens Rollo no decreto de prisão.

PF conclui inquérito e indicia 16 pessoas por tráfico internacional de mulheres

A Polícia Federal concluiu na última quinta-feira, dia 12, o inquérito sobre a “Operação Sabinas” que desarticulou uma rede de tráfico internacional de mulheres e pediu o indiciamento de 16 pessoas, segundo o delegado federal José Otacílio Dela Pace.

Além das dez pessoas presas no Brasil, foram indiciadas duas brasileiras que trabalhavam com prostituição na Espanha, além de dois colombianos, um paraguaio e o espanhol Aldo Insalaco.

Foram indiciadas as brasileiras: Juliana Santos Machado e Maria Aparecida Basílio que estavam na Espanha onde trabalhava com a rede de prostituição e faziam a intermediação com a quadrilha para levar mais garotas brasileiras para o exterior.

A Polícia inicia investigação sobre outras redes de aliciamento de mulheres que funcionariam em Mato Grosso do Sul, entretanto, o delegado não quis adiantar mais informações sobre estas quadrilhas para não atrapalhar as investigações.

Durante a operação desencadeada no último dia 28, a Polícia Federal prendeu em Campo Grande a advogada Rose Mari Lima Rizzo, Luciana Santos Machado, Vilma dos Santos Machado e Mário Márcio Neres Dias, e em Dourados Luiza Mara Rodrigues e Giovana Francine Ramos.

No Estado de São Paulo foram presos Cristiana Fernandes Pinheiro, Maria Dalva Basílio de Jesus e Genival da Silva Miranda, enquanto no Maranhão foi presa Maria do Perpétuo Socorro Freitas Silvas.

Justiça Federal decreta prisão preventiva de 10 pessoas envolvidas na Operação Zaqueu

O juiz substituto da 3ª Vara Federal de Campo Grande, Jean Marcos Ferreira, atendendo pedido do delegado da Polícia Federal, Bráulio Cezar Galloni, decretou hoje a prisão preventiva de 9 das 17 pessoas presas durante a Operação Zaqueu, que investigou o contrabando de agrotóxicos, o tráfico de drogas e de armas e a lavagem de dinheiro em cinco estados do País: Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Paraná e Minas Gerais. Também foi decreta a prisão preventiva de um foragido da Justiça.

Das 17 pessoas que foram presas inicialmente nesta operação, 15 permaneciam detidas na carceragem da Polícia Federal em Dourados. Destes, 9 tiveram a prisão preventiva decretada nesta terça-feira. São: os irmãos Nasser e Adib Kadri, que são acusados de liderarem a quadrilha, o policial Ademir Antônio de Lima, além de izael Batista de Souza, Valdir de Jesus Trevisan, Alessandro Ferreira, Roseno Caetano Ferreira, Marcelo Aparecido Alves e André Soares Costa. O juiz também expediu mandado de prisão preventiva para Kleber Aparecido Tomazin, que está foragido.

As outras seis pessoas que permaneciam presas na carceragem da Polícia Federal em Dourados deverão ser libertadas até a meia noite de hoje, quando vence o prazo da prorrogação da prisão temporária. Deverão ser libertados os pais de Nasser e Adib, Ramzia e Ali Kadri, além de José Iristide Cláudio, Gustavo Trevisan, Alexandre Gomes Patriarca e Adilson Pereira da Silva.

Outras duas pessoas que haviam sido presas já haviam sido liberadas anteriormente através de habeas corpus: Jamile Kadri Dona e Flávia Kadri Martinelli, que são respectivamente irmã e prima dos Nasser e Adib.

O empresário mato-grossense Elói Marchett, que também chegou a ter a prisão temporária decretada, se apresentou a Polícia Federal em Dourados, assim que a ordem de detenção foi revogada pela Justiça Federal e nem chegou a ficar preso.

Em relação ao pai de Nasser e Adib, Ali, e ao empresário Elói Marchett, o delegado da Polícia Federal também havia pedido a prisão preventiva, mas o juiz atendendo recomendação do Ministério Público Federal (MPF), negou.

O magistrado alegou que Ali é uma pessoa idosa e que não está claro na investigação se de fato ele dava suporte a quadrilha ou seria apenas um ‘laranja’ que era utilizado pelos filhos, quando ao empresário mato-grossense, o juiz argumentou que está colaborando nas investigações.

Operação Bumerangue: 21 bandidos já estão na cadeia pública de Moc

A polícia federal de Montes Claros continua a Operação Bumerangue na cidade e em outros estados à procura de seis suspeitos de integrarem organização criminosa que atuava no tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás para o Norte de Minas e que, nos últimos 12 meses, vinha coordenando execuções de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas.

A operação teve início na terça-feira, 26, quando 33 pessoas foram detidas e conduzidas à polícia federal em uma mega operação que envolveu 220 policiais federais e militares. De acordo com o chefe da polícia federal, delegado Marcelo Eduardo Freitas, das 33 pessoas detidas, 21 já estão na cadeia pública de Montes Claros à disposição da justiça. Ttrês menores apreendidos foram conduzidos à promotoria da infância e juventude e nove pessoas foram liberadas porque nos crimes em que foram autuados cabia pagamento de fiança.

O delegado Marcelo Eduardo disse que as operações continuam com objetivo de efetuar a prisão de mais seis integrantes da organização criminosa e, inclusive, planejavam uma execução em massa dos inimigos rivais. A quadrilha é encabeçada por três homens: Valdemir Tavares da Silva Júnior, o Malboro, Arilson Catrinck, o Alemão e Erivelton Ferreira de Souza, o Veto.

Questionado sobre as informações, segundo as quais os criminosos planejavam para as próximas semanas ataques a postos policiais, execuções de familiares e de policiais militares e de várias execuções de rivais, o chefe da polícia federal esclareceu:

– Tudo está sendo investigado. O que estava realmente planejado pelos criminosos era uma execução em massa dos rivais, coordenados por Demóstenes Sóstenes, o Ninha, traficante que disputa o monopólio do tráfico na cidade com Malboro. Eles não tinham marcado data, mas estava com todo plano arquitetado para cometer várias execuções em um mesmo dia e hora, apenas em locais diferentes – disse o delegado.

EXTERMINÍO EM MASSA

O delegado Marcelo Freitas voltou a lembrar que a operação teve início há um ano, quando jovens estavam sendo executados por integrantes de organizações criminosas que disputam o monopólio do tráfico de drogas na cidade, o que evidenciou a existência de um grupo de extermínio.

– Demos início às investigações no momento em que descobrimos a existência de grupos de extermínio ligados ao tráfico de drogas na cidade e que, dos 42 homicídios deste ano, pelo menos 60% podem estar ligados a esta disputa entre as organizações criminosas – explicou o delegado, informando que somente este ano a PF já apreendeu em Montes Claros mais de 1.200kg de drogas, como maconha, crack e cocaína.

SUSPEITOS PRESOS

O chefe da polícia federal informou ainda que os suspeitos presos através de mandados de prisões temporárias podem permanecer na cadeia após os cinco dias determinados pela lei, pois todos podem ter suas prisões prorrogadas com mandado de prisão preventiva.

lista completa dos suspeitos que tiveram prisão decretada pela justiça e os que ainda estão foragidos e procurados pela PF na Operação Bumerangue:

Adilson Pereira de Azevedo – Bota Ovo – Preso na Operação Bumerangue

Anderson Ângelo Fernandes Santos – Som – Preso em Unaí

Arilson Catrinck – Alemão – Preso na Operação Bumerangue

Claudiney Silva Leal – Foragido

Donizete Francisco dos Santos – Foragido

Eder Rodrigues da Silva – Foragido

Edvar Henrique Guimarães Júnior – Preso na cadeia pública de Montes Claros desde agosto do ano passado

Erivelton Ferreira de Souza – Veto – Preso na Operação Bumerangue

Geraldo Costa Oliveira – Gê Pitomba – Preso na Operação Bumerangue

Josimar Fernandes Rodrigues – Foragido

Júlio Silvério de Souza – Júlio Xapeleta – Preso em Januária após trocar tido com a polícia na Operação Bumerangue

Leandro Mendes da Silva – Foragido

Marcos Antônio Pereira da Silva – Preso na Operação Bumerangue

Nikson Ricardo Veloso – Preso na Operação Bumerangue

Osvaldo Alves Ferreira – Vado – Preso na tarde de ontem após se apresentar à polícia federal depois de ficar cercado por mais de 24 horas

Paulo Valdomiro Dias – Doquinha – Preso na Operação Bumerangue

Waldemir Tavares da Silva Filho – Malboro – Apontado como líder da organização criminosa e está foragido

Wilker Cosme Antunes Pereira – Preso na Operação Bumerangue

Marcelo Eduardo de Oliveira – Preso na Operação Bumerangue

Rodrigo Aparecido Cardoso de Oliveira – Preso na Operação Bumerangue

Diego Oliveira Madalena – Preso na Operação Bumerangue

Iolanda Oliveira Rocha – Presa na Operação Bumerangue

Gilbertino Pereira de Moura – Preso na Operação Bumerangue

Nadson Gonçalves Silva – Preso na Operação Bumerangue

Edny Alves da Soledade Santos – Preso na Operação Bumerangue

Adriano Soares Martins – Preso na Operação Bumerangue

Diego Rodolfo Macedo Preso na Operação Bumerangue 

Maria Cicera Ferreira – Preso na Operação Bumerangue

 

Sabinas: mãe e filha são presas em Dourados

A funcionária pública municipal Luiza Mara Rodrigues, 41, e sua filha, Geovana Francine Ramos, 23, foram presas pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, em Dourados, durante a “Operação Sabinas”, desencadeada em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Maranhão para combater tráfico internacional de pessoas, rufianismo, exploração de casa de prostituição, formação de quadrilha e tráfico de drogas.

As duas mulheres foram levadas por volta de 10h30 por agentes federais ao Hospital Evangélico para exame de corpo de delito e já retornaram para a delegacia da Polícia Federal, onde ficarão presas. A PF ainda não detalhou o envolvimento delas com a quadrilha.

A Operação Sabinas é resultado de inquérito instaurado em fevereiro. Pelo menos 70 policiais federais cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão nos três Estados. Segundo a PF, a quadrilha fatura R$ 1 milhão por mês enviando mulheres para prostituição na Espanha.

Em Campo Grande, foi presa a advogada Rose Mari Lima Rizzo, apontada pela PF como responsável pela emissão dos passaportes das mulheres que eram enviadas à prostituição na Espanha. Até agora, no total, dez pessoas foram detidas nos três Estados. A operação foi desencadeada para desarticular quadrilha de tráfico de mulheres, droga e rufianismo.

Os mandados de prisão e apreensão foram expedidos pelo juiz da 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado. Em Campo Grande, além da advogada Rose Rizzo, foram detidas Vilma do Santos Machado, Luciano dos Santos Machado e Márcio Neres Dias. Em Dourados, foram detidas Luiza Mara Rodrigues e Geovana Francine Ramos. Em São Paulo, foram presos Cristiana Fernandes Pinheiro, Maria Dalva Basílio de Jesus, Genival da Silva Miranda e, no Maranhão, a PF prendeu Maria do Perpétuo Socorro Freitas Silva.

Pelo menos trinta brasileiras foram aliciadas no esquema, que gerava lucro de R$ 1 milhão por mês para a quadrilha. O grupo seria liderado pelo espanhol Aldo Insalaco, que está sendo procurado. A PF também deve entrar em contato com a polícia espanhola, para agilizar a deportação das brasileiras prostituídas naquele país.

Polícia Federal no Pará prende envolvidos em fraudes no Pronaf

 A Operação Lavrador, deflagrada pela Polícia Federal no Pará, cumpriu na manhã desta sexta-feira (15) 11mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Altamira, contra acusados de usarem agricultores como laranjas para desviar recursos do Programa Federal de Incentivo à Agricultura Familiar (Pronaf). De acordo com os investigadores, pelo menos R$ 1 milhão podem ter sido desviados pela quadrilha. O crime era praticado nas cidades paraenses de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia e Uruará. Entre os envolvidos estão o gerente do Banco do Brasil na cidade de Medicilândia, José Marcos Nery Batista, e o presidentes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Medicilândia, Newton Fernandes Coutinho. Os outros acusados são Roberto Carlos de Oliveira, que fazia parte da cooperativa de agricultores de Medicilândia; Assis Laignier de Souza, empresário do setor de laticínios; Messias de Jesus Santos, preso em Brasil Novo; e Adonis Viturino da Silva, proprietário de uma empresa de contabilidade em Altamira.A Polícia Federal destacou 50 policiais de Altamira, Belém, Marabá e Santarém para trabalharem na operação. De acordo com a Polícia Federal, a Operação Lavrador começou há cerca de dois meses, quando iniciara mas investigações a partir de denúncias feitas à PF e ao Ministério Público Federal. Neste período, foram intensificadas asatividades de rua da área de inteligência. Não houve necessidade de promover interceptação telefônica para se chegar ao desfecho dasinvestigações.Até o momento, todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos e seis pessoas estão presas. As outras cinco não foram encontradas pelos policiais, que devem continuar os trabalhos de busca. Todo o material arrecadado pelas equipes vai ser analisado pela Polícia Federal. De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Agrário, esta seria a primeira operação realizada no país para combater fraudes no Pronaf.

Preso na ‘Operação Caipora’ é policial

A polícia divulgou quinta-feira a identidade do morador de Mauá preso na quarta na Operação Caipora, organizada pela Polícia Federal. O detido é um policial, o investigador Luis Cláudio Almeida Daniel, o Pezão. Ele estava trabalhando no 21ºDP (Vila Matilde) quando os policiais chegaram para levá-lo. Além de Daniel, foram presas outras 12 pessoas em quatro Estados envolvidas com um esquema internacional de contrabando.

Após a prisão dentro do distrito, que contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, os agentes federais conduziram Daniel até sua residência. No local, com um mandado de busca e apreensão nas mãos, os policiais apreenderam diversos documentos.

“Esse policial corrompia servidores públicos e recebia dinheiro por isso”, afirmou o delegado regional da PF em Sergipe, Nilton Ribeiro, coordenador nacional da Operação Caipora.

Além de corrupção ativa, Daniel foi indiciado por facilitação de contrabando e tráfico de influência. O investigador será transferido nesta sexta para Sergipe, onde ficará preso.

Há quatro anos, Daniel trabalhava em Mauá. Após atuar na região, foi transferido para distritos da zona Leste da Capital.

No Estado, além do policial civil, foram presos um policial federal, um ex-agente federal e dois distribuidores. Os outros detidos são dos Estados de Sergipe, Bahia e Paraná.

De acordo com investigação, a quadrilha atuava especialmente em Cidade do Leste, no Paraguai, contrabandeando cigarros e outros produtos de procedência estrangeira.

Segundo a PF, eram introduzidos semanalmente, em média, quatro carregamentos de produtos, no valor aproximado de R$ 150 mil por vez. Mensalmente, a movimentação financeira era de R$ 2,4 milhões.

As mercadorias saíam do Paraguai, passavam por Foz do Iguaçu, no Paraná, transitavam por São Paulo e seguiam para Sergipe, onde eram comercializadas. A maior parte dos produtos era de cigarros. As investigações começaram há oito meses.

 

PF deflagra operação para prender acusados de contrabando

A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (11/6), a Operação Zaqueu contra acusados de contrabando, tráfico internacional de drogas, armas e agrotóxicos, e lavagem de dinheiro na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, principalmente na cidade de Mundo Novo (MS). A PF acusa os irmãos Nasser Kadri e Abid Kadri de serem os líderes da organização, que também atuaria em Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Goiás.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo tem frota de caminhões, carros e motos de alto valor e um grande giro na compra e venda de veículos leves e pesados. A maioria das transações teria sido feita em nome de laranjas, com auxílio de despachantes.

Os irmãos Kadri, ainda segundo a PF, eram ajudados por Isabel Batista de Souza e pelo policial Ademir de Lima. Ele foi o único que não foi preso de imediato na região de Mundo Novo, mas comunicou à Polícia Federal, através de seu advogado, que iria se entregar nas próximas horas.

O comprador dos produtos contrabandeados, especificamente agrotóxicos, era a empresa de nome fantasia Sementes Carolina, com sede na cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso, de propriedade de Elói Marchett. Também estariam envolvidos no esquema Alessandro Ferreira, chamado de “Boi”, morador de Poços de Caldas, em Minas; Marcelo Aparecido Alkves, conhecido como “Tampa”, residente na cidade de Itapira, no interior de São Paulo; Valdir Trevisan e Gostavo Trevisan, moradores de Andradas, em Minas; Roseno Caetano Ferreira Filho, residente em Mogi Mirim, interior paulista; e André Soares Costa, residente na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em Mundo Novo, os irmãos contavam com a conivência e participação do pai, Ali Kadri, a mãe Ramza Kadri, e da irmã Jamili e a sobrinha Flávia, para esconder provas e envolvimento no crime de lavagem de dinheiro.

O nome da operação é uma alusão ao personagem bíblico Zaqueu, homem muito rico, coletor de impostos, mas cuja fortuna não tinha origem lícita.

PF prende seis durante operação contra tráfico

Seis pessoas já foram presas na manhã de hoje durante a Operação Guarany da Polícia Federal, realizada em quatro Estados do país. Foram presos Alexandre Assis Couto, Adriano de Almeida, Cristiano Juliano Dias, Éder José Del Vechio, Clézio Moraes Porte e Marco Antônio Bredariol. Além das prisões, foram apreendidos veículos, eletroeletrônicos, cheques e quantia em dinheiro.

A Operação Guarany – deflagrada nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, – tem o objetivo de desmantelar a quadrilha que atuava nos tráficos nacional e internacional de drogas. Em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, foram mobilizados 65 policiais federais para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão.

A investigação iniciou-se em fevereiro de 2007, com a apreensão de 50 kg de cocaína em Ribeirão Preto. Desde então, já foram presas 19 pessoas. De acordo com a PF, a droga era originária da Bolívia e Paraguai, e abastecia os mercados de Ribeirão Preto e região, com escoamento para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O volume comercializado da droga era estimado em 200 kg/mês.

 

Preso estelionatário que deu golpe de R$ 4 milhões

A Polícia do Rio prendeu na madrugada de quinta-feira Wittemberg Magno Ribeiro, apontado como chefe de uma quadrilha de estelionatários cujos golpes no mercado financeiro chegam a R$ 4 milhões só nos inquéritos abertos. Mas a polícia informou que esse valor pode ser dez vezes maior por causa do tempo de atuação da quadrilha. A investigação aponta que Ribeiro, cinco irmãos dele e pelo menos outras 16 pessoas já identificadas lesaram empresários e investidores em São Paulo, Rio, Curitiba, Paraná e Rio Grande do Norte.

O bando foi denunciado por um empresário italiano radicado no Rio, que afirma ter sido lesado em R$ 150 mil pelos farsantes. De acordo com um relatório enviado ao Ministério Público, o principal alvo da quadrilha eram investidores atraídos pela possibilidade de pagamento imediato, por meio de aplicações na bolsa de valores, do dobro do lucro que teriam com investimentos a longo prazo.