Polícia prende acusados de integrar quadrilha que fraudava cartões da SuperVia, Riocard e tíquetes-alimentação
RIO – Treze pessoas foram presas durante uma operação realizada na manhã desta terça-feira para desarticular uma quadrilha que fazia a receptação de cartões da SuperVia, Riocard e tíquetes-alimentação. O bando movimentava R$ 500 mil por semana, segundo a polícia. Segundo o delegado Eduardo Freitas, o casal Leomárcio Detoni e Erilene Detoni são os chefes da grupo. Eles foram presos em Nilópolis, na Baixada Fluminense.
Segundo o blog “Casos de Polícia”, os dois seriam responsáveis por receber os cartões da SuperVia roubados e trocá-los por cartões Riocard adquiridos com ágio em diversos pontos do Rio e repassados para eles por Jorge dos Reis Lima e Lucineide dos Santos Fernandes. Leomárcio e Erilene descarregavam o crédito do Riocard nas máquinas da empresa de ônibus Serra do piloto, que seria propriedade de Leomárcio, segundo a polícia. De acordo com escutas telefônicas, Jorge é o mais velho nesse tipo de esquema: ele já atuaria há 15 anos no negócio.
Empresário de ônibus em Mangaratiba acusado de ser um dos chefes do esquema é preso em casa/ Foto: Celso MeiraA quadrilha recuperava o dinheiro dos cartões da SuperVia da seguinte maneira: integrantes do esquema ficavam nas bilheterias das estações e se ofereciam para passar o cartão aos passageiros em troca do valor da passagem. As fraudes levaram a SuperVia a um prejuízo estimado em R$ 1,2 milhão. De acordo com a polícia, os três acusados de roubar os PDVs – Reginaldo Borel, Diego Felipe Kirschner Freire e Wilson Ricardo de Oliveira – já trabalharam na concessionária como funcionários terceirizados e teriam se aproveitado da experiência para roubar as máquinas validadoras e os cartões.
Na operação, os policiais apreenderam 11 máquinas PDV, uma máquina de contar tíquetes, cinco celulares, três computadores, 70 munições, um Peugeot, cinco revólveres, uma pistola, talões de cheques e centenas de cartões Riocard e dez máquinas de cartão de crédito, além de US$ 12 mil e R$ 5 mil em dinheiro.
A operação Fim de Linha começou a sair do papel a partir da investigação da polícia, sobre uma quadrilha responsável por um derrame de passagens fraudadas nos trens da SuperVia. O golpe, descoberto em junho, foi executado durante pelo menos três meses.