Dono de concessionária de luxo é preso por estelionato em Moema
O comerciante José Roberto Barbour foi preso na noite desta quarta-feira (19) por agentes da Quarta Delegacia do Patrimônio, do Deic. Proprietário da Morumbi Veículos, que fica na Rua Juquis, 305, ele é acusado de aplicar vários tipos de golpes envolvendo a compra e venda de veículos.
Uma das vítimas de Barbour, um empresário, que foi lesado em quase R$ 700 mil e preferiu não se identificar, contou como ele agia. “Se você comprasse um carro, você não adquiria o documento posteriormente. As pessoas que deixavam o carro para vender, eles vendiam os carros e não pagavam as pessoas pelo valor que foi combinado. Pessoas que deixavam o carro em consignação, eles falavam que toda a venda era venda de consórcio e demoraria uns 20 dias para que o carro fosse recebido no valor integral e pediam documento reconhecido firma para o proprietário do carro”, explicou.
Na loja da Rua Juquis, foram apreendidos um Jeep Grand Cherokee e um Corolla pretos, um Jetta, uma picape Strada e um Audi SQ5, todos brancos, outro Audi S4, de cor prata, e um Mitsubishi de competição, entre outros veículos.
A Polícia ainda não esclareceu a situação dos veículos, que foram levados para a sede do Deic, na Zona Norte da cidade. Segundo o empresário, o dono da Morumbi Veículos usava da confiança das vítimas para aplicar os golpes e intimidava quem reclamasse de forma mais incisiva.
“Puramente de confiança. 90% a 95% das pessoas que estão envolvidas neste prejuízo não têm papel. Para ele poder dar o golpe, ele vendia uma impressão de que tem muito dinheiro, apartamento no exterior, casas bilionárias em condomínios fechados. Isso gerava uma credibilidade. O pai falava para muitas pessoas que ele era desembargador. Algumas pessoas que iam cobrar um pouco mais bravas ele dizia que era desembargador e isso inibia um pouco as pessoas”, disse.
José Roberto Barbour está detido na sede do Deic, onde foi indiciado pelo delegado Carlos Alberto da Cunha, da Quarta Delegacia do Patrimônio.
O filho do comerciante, Mauro Roberto Barbour, além do gerente da loja, de pré-nome Émerson, também estão sendo procurados.