Operação Hefesta: justiça coloca 5 em prisão preventiva

A Justiça Federal converteu em prisão preventiva cinco alvos da operação que investiga fraudes e desvio de R$ 7,9 milhões na licitação para construção do Museu do Trabalho em São Bernardo

Entre os investigados que vão ficar presos por tempo indeterminado estão os secretários de Cultura e de Obras de São Bernardo, respectivamente Osvaldo de Oliveira Neto e Alfredo Luiz Buso.

Além dos secretários municipais, a Justiça Federal impôs a preventiva aos empresários Antonio Célio Gomes de Andrade (empresa CEI), Eduardo dos Santos e Gilberto Vieira Esguedalho (estes da empresa Cronacron), responsáveis por pessoas jurídicas supostamente de fachada contratadas para o empreendimento até hoje inacabado.

Todos estavam em regime de prisão temporária, desde a deflagração da Hefesta.

Ao mesmo tempo, a Justiça Federal mandou soltar outros três investigados, o ex-subsecretário de Obras Sérgio Suster, o empresário Artur Anísio dos Santos e, ainda, Francisco de Paiva Fanutti, do escritório Brasil Arquitetura.

O Museu do Trabalhador foi criado para homenagear o movimento sindical do ABC paulista.

Hefesta, nome da missão integrada da PF e da Procuradoria, é uma alusão ao deus do trabalho, do fogo, dos artesãos, dos escultores e da metalurgia.

Quando a Operação Hefesta foi deflagrada, a prefeitura de São Bernardo do Campo informou, em nota, que ‘é a maior interessada em que tudo seja esclarecido e está à disposição das autoridades competentes para fornecer as informações necessárias’. “A Prefeitura tem certeza que nenhum desvio institucional foi cometido nesta obra.”

Operação Wolverine: PF prende ex-tesoureiro que desviou R$ 2,5 mi da Caixa

No dia seguinte ao crime, o detido substituiu sua foto numa rede social pela do super-herói Wolverine

Foi preso um ex-tesoureiro de uma agência da Caixa Econômica Federal, em Campo Grande, zona oeste do Rio, que havia desviado cerca de R$ 2,5 milhões do banco, no último mês de agosto. A prisão foi por policiais federais nesta sexta-feira (23). O homem estava foragido e foi localizado quando se preparava para realizar um curso de mergulho em Balneário Camboriú/SC. A ação faz parte da Operação Wolverine.
 
No momento da prisão, o homem se apresentou aos policiais federais utilizando documentos falsificados. Autuado em flagrante, ele foi apresentado à Delegacia de Polícia Federal em Itajaí para os procedimentos de praxe. Contra ele havia também um mandado de prisão preventiva expedido pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
 
As investigações da PF, que contaram com apoio da CEF, indicam que o ex-tesoureiro aproveitou uma confraternização dos funcionários da agência em que trabalhava, às vésperas de um feriado relacionado aos Jogos Olímpicos Rio 2016, para levar o dinheiro desviado escondido em bolsas de viagem.
 
No dia seguinte ao crime, o detido substituiu sua foto numa rede social pela do super-herói Wolverine. Parte do valor desviado já foi recuperado pela PF.
 
Preso em flagrante, o ex-tesoureiro foi indiciado por peculato e uso de documento falso, cujas penas podem chegar a 18 anos de reclusão. Ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.