Ex-secretário de saúde e outras 15 pessoas são indiciadas na Operação Marcapasso
Investigação apura fraudes em licitações e cobrança por cirurgias na rede pública. MPF deverá analisar se vai oferecer denúncia a respeito do caso.
A Polícia Federal entregou o relatório final da Operação Marcapasso, que investiga supostas fraudes na Secretaria Estadual da Saúde, ao Ministério Público Federal. Entre os indiciados, está o ex-secretário estadual da saúde Henrique Barsanulfo Furtado. O MPF analisa agora se vai oferecer denúncia no caso.
A investigação apura supostas fraudes em licitações, cobrança por cirurgias na rede pública e até a realização de procedimentos desnecessários em pacientes para desviar recursos. Entre os crimes apontados pela PF estão: corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraude em licitação.
Os médicos que teriam envolvimento no caso são suspeitos de fazer especificações que apenas as empresas participantes do esquema poderiam cumprir no momento em que solicitavam a compra de alguns equipamentos. Na primeira fase da operação, 12 pessoas foram presas, sendo 11 médicos. Na segunda fase, outras quatro foram para a prisão. Todos já ganharam liberdade.
Veja quem são os indiciados:
Andrés Gustavo Sánchez Esteva
Antônio Fagundes da Costa Júnior
Carlos Alberto Figueiredo Novo
Fábio D’ayala Valva
Genildo Ferreira Nunes
Ibsen Suetônio Trindade
Leandro Richa Valim
Marco Aurelio Vilela Borges de Lima
Silvio Alves da Silva
Henrique Barsanulfo Furtado
Fernando Motta
Juan Fernando Terrones Cáceres
Charlston Cabral Rodrigues
Paulo Henrique Duarte de Lima e Silva
José Darwin Rivera Rodriguez
Rogério Alves Pereira
Outro lado
O advogado Rodrigo Moraes de Oliveira, que representa Ibsen Trindade, disse que ainda não teve acesso ao relatório, mas que o cardiologista segue reafirmando a própria inocência e que isso ficará claro ao fim do processo.
O advogado Pabllo Félix, que representa Carlos Alberto Figueiredo Novo, Genildo Ferreira Nunes, Silvio Alves da Silva e Antônio Fagundes da Costa Júnior informou que não teve acesso ao relatório e que ainda não tem conhecimento do resultado. Disse estar surpreso com o indiciamento e informou que os clientes têm convicção da própria inocência e se sentem injustiçados com a forma como a operação foi conduzida e com a demora de todo o processo.
O advogado Hélio Luiz Miranda, que representa Andrés Gustavo Sánchez Esteva disse apenas que o processo segue em segredo de Justiça.
Charlston Cabral Rodrigues informou que ainda não teve acesso ao relatório e que a assessoria jurídica dele só vai se manifestar após ser notificada.
A defesa de Fábio D’ayala Valva informou que só vai se pronunciar após ter acesso ao processo.