Irmão de terceiro envolvido em ataque a enfermeiras foi preso por homicídio
Terceiro processado por ataque a enfermeiras é filho de ex-deputada e irmão de homem condenado por homicídio qualificado cometido por motivo fútil
O Conselho Federal de Enfermagem identificou três pessoas que atacaram enfermeiros na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na sexta-feira, 1º de maio.
São eles Renan Sena, Marluce Carvalho de Oliveira Gomes e Gustavo Gayer Machado de Araújo.
Sena era funcionário terceirizado do ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, de Damares Alves, Marluce é empresária em Palmas, no estado de Tocantins, e Gustavo é proprietário de uma escola de inglês em Goiás e youtuber.
O Cofen diz ter reunido material que demonstra a participação dos três nas agressões.
Gustavo divulgou nas redes sociais imagens do ato pacífico, classificando-o como “mentiroso” (assista no pé deste artigo).
“O vídeo que divulguei é de uma mulher moradora de rua dizendo que tinha recebido um jaleco para participar da manifestação”, alega.
Filho da ex-deputada estadual Conceição Gayer, o bolsonarista Gustavo já é investigado pela Polícia Civil. Uma queixa-crime cita seu nome como autor de delito contra a honra. É uma família de cidadãos de bem.
Seu irmão, Frederico Gayer Machado de Araújo, foi condenado a 12 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado, por homicídio qualificado cometido por motivo fútil.
Era casado com uma deputada estadual do Tocantins chamada Luana Ribeiro (PR) e residia em Palmas.
Foi condenado pela morte de Hebert Resende no dia 5 de abril de 1997, por volta das 2h30, em frente a uma boate na capital goiana.
Conforme os autos, ele baleou a vítima na barriga com um tiro de revólver. O homem morreu 24 dias depois por choque séptico.
Segundo o Tribunal de Justiça, o assassinato aconteceu após o responsável pelo caixa da boate ter trocado, por engano, as fichas de consumo de Frederico e de Hebert.
Frederico foi até seu carro, buscou a arma e esperou Hebert do lado de fora. Ao avistá-lo, trocou algumas palavras com ele e o empurrou, alvejando-o em seguida.
À época, tinha 22 anos e era policial nomeado pelo governo de Goiás sem ser concursado.