Agente penitenciário é preso por suspeita de envolvimento com organização criminosa em Rio Grande
Grupo é investigado por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Servidor público preso e um colega também são suspeitos de levar celulares e drogas para dentro da Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg).
Um agente penitenciário foi preso preventivamente durante expediente na Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg), na Região Sul do Rio Grande do Sul, em uma operação do Ministério Público (MP) nesta quarta-feira (5). Houve cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão tanto em Rio Grande quanto em Canoas, cidade na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Em nota, a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) afirma que ”nenhum ato ilícito praticado por servidor será tolerado e, sempre que necessário, o rigor da lei será cumprido, para preservar a Instituição e, principalmente, os mais de seis mil servidores que cumprem suas atividades com zelo e responsabilidade”. (Leia a íntegra do documento abaixo)
De acordo com o MP, o servidor público é suspeito de envolvimento com uma organização criminosa investigada por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. O promotor de Justiça Rogério Meirelles Calda explica que ele recebia dinheiro do grupo. Cerca de R$ 60 mil foram apreendidos com ele no momento da prisão.
“Com a ajuda de um colega, ele levava celulares e drogas para dentro da casa prisional. Identificamos a movimentação de R$ 7,5 milhões em contas bancárias. A quantidade é incompatível com os rendimentos dele, o que levantou suspeitas”, explica o promotor Calda.
O MP não divulgou as identidades dos suspeitos, mas disse que o homem preso já foi diretor da Perg.
Nota da Susepe
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) informa que, em auxílio à operação realizada pelo Ministério Público, cumpriu um mandado de prisão preventiva em desfavor de um agente penitenciário na manhã desta quarta-feira (5), na Penitenciária Estadual de Rio Grande.
A prisão foi realizada pela Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário e pelo Grupo de Ações Especiais da Susepe.
A ação é fruto da cooperação da Susepe com as investigações realizadas pelo Ministério Público para desarticulação de ações criminosas e dos envolvidos.
Por fim, ressaltamos que nenhum ato ilícito praticado por servidor será tolerado e, sempre que necessário, o rigor da lei será cumprido, para preservar a Instituição e, principalmente, os mais de seis mil servidores que cumprem suas atividades com zelo e responsabilidade.