Empresa financeira deve indenizar consumidora por transação fraudulenta

Conforme a Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça, fraudes praticadas por terceiros configuram fortuito interno e, quando praticadas no âmbito de operações bancárias, as instituições financeiras respondem objetivamente por elas.

Assim, o 5º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro condenou o PAGSEGURO INTERNET S.A a restituir R$ 2,5 mil a LARYSSA PINHEIRO CAMARGO e indenizá-la em R$ 3,5 mil por danos morais devido a uma transação fraudulenta.

O projeto de sentença foi elaborado pelo juiz leigo Everardo Mendes de Araujo e homologado pela juíza titular Márcia Santos Capanema de Souza. Eles explicaram que o consumidor “é vulnerável tecnicamente” para produzir prova sobre fraudes em transações eletrônicas, “pois não detém o monopólio dos meios empregados pela ré na prestação dos serviços bancários”.

Araujo observou que a empresa não trouxe provas nem indícios de que as transações foram feitas pela consumidora. Já autora anexou contestação que “revela indício de fraude”.

Na sua visão, a conduta da ré rompeu “o equilíbrio e a confiança na parceria contratual”, pois deixou “de atender às legítimas expectativas” da consumidora.

Ainda segundo a decisão, a falta de cautela da empresa demonstrou que o serviço é prestado sem condições de segurança. Devido à perda de “quantia razoável”, Araujo e Márcia constataram que houve “abalo emocional”.

A autora foi representada pela advogada Roniele de Oliveira Silva.

Policial militar da reserva é procurado acusado de estuprar três crianças

Roberto Emídio Pereira mora em Minas Gerais e conquistou a confiança da família das vítimas para cometer os abusos

Um policial militar da reserva de Minas Gerais é considerado foragido da Justiça do Distrito Federal, acusado de estuprar três crianças da mesma família. Ao longo de sete anos, Roberto Emídio Pereira praticou diversos crimes sexuais contra as vítimas, todas moradoras do Distrito Federal, segundo testemunharam à Polícia Civil.

Roberto era tido como um tio de criação e, ao longo do tempo, se aproximou da família das vítimas para conquistar a confiança e, dessa forma, cometer os abusos sexuais. Desde o começo deste ano, os investigadores da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) deram início às apurações, após uma das vítimas relatar a situação aos pais.

Um boletim de ocorrência foi registrado na unidade policial. Segundo as investigações, o último crime cometido pelo PM ocorreu em um passeio de férias. Na ocasião, o acusado, e a família das vítimas foram a uma cidade de Goiás, oportunidade em que o homem estuprou uma das crianças, de 10 anos.

Após a criança relatar a situação aos pais, a irmã mais velha dela, adolescente, relatou também sofrer abusos sexuais por parte do PM desde os 10 anos. Contudo, omitiu o fato por não ter tido coragem de contar à família.

Denúncia

Roberto foi denunciado pelo Ministério Público do DF e é considerado foragido. A Justiça do DF expediu um mandado de prisão preventiva contra o acusado, que mora em Uberlândia (MG).

Ao saber da determinação da prisão, o PM fugiu e foi visto pela última vez na BR-050, próximo ao Km 56. Ele conduzia um Ford Ka preto. A PCDF divulgou a foto do acusado e pede para que, quem souber o paradeiro do suspeito, ligue para o número 197, da Polícia Civil.