Presidente da Cruz Vermelha no Brasil é afastado temporariamente para investigações

Júlio Cals de Alencar é jornalista e nasceu em Fortaleza. A decisão do afastamento foi do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF).

O presidente da Cruz Vermelha, Júlio Cals de Alencar, foi afastado temporariamente do cargo para investigações de abusos e irregularidades na gestão do órgão. A decisão liminar foi proferida na última segunda-feira (5) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF).

O presidente da entidade é jornalista e nascido em Fortaleza. Ele se tornou presidente da filial do Ceará em 2013 e, dois anos depois, da regional Nordeste. Em 2016, o jornalista cearense virou presidente nacional.

A assessoria do presidente da Cruz Vermelha Brasileira, em nota, comentou o caso. “Estamos absolutamente tranquilos sobre a decisão liminar, monocrática, não colegiada do TJDF, que deve cair a qualquer momento, por tratar-se de denúncia vazia”, disse.

“Não há fato administrativo que sustente a medida. Nem qualquer veracidade. O que ocorre é apenas uma reação desesperada e desproposital para promover ruídos em retaliação à cobrança por mais transparência e prestação de contas exigidas de todas as filiais no país”, complementou.

Júlio havia sido afastado em julho pela Comissão de Ética da Cruz Vermelha Brasileira, devido a supostos abusos, irregularidades e práticas ilícitas.

Júlio recorreu da decisão do TJDF, que foi derrubada pelo Juízo da 4ª Vara Cível de Brasília. No entanto, filiais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais entraram com recurso solicitando a permanência da decisão — o que foi acatado pelo desembargador Alfeu Machado, do TJDF. A princípio, o afastamento deve durar 60 dias.

Em comunicado, a Cruz Vermelha Brasileira afirmou que o departamento jurídico está acompanhando os fatos e se pronunciará ao término do processo.

Suspeito de quatro homicídios e integrar facção criminosa é preso no Ceará

Cicero Rayan Bastos de Morais é suspeito de participar em um triplo homicídio no Crato.

Um homem de 21 anos, identificado como Cicero Rayan Bastos de Morais, foi preso nesta quarta-feira (6), em Juazeiro do Norte, no Cariri do Ceará. Ele é suspeito de integrar uma facção criminosa e de participação em quatro homicídios da região.

Em janeiro deste, três pessoas foram assassinadas no município do Crato. O motivo do crime seria a disputa entre facções criminosas na região. Cicero é suspeito ainda de uma morte em setembro do ano passado.

No mesmo do triplo homicídio, três jovens e um adolescente foram capturados suspeitos de participação no crime. As capturas ocorreram em uma chácara na cidade de Juazeiro do Norte. Uma arma de fogo, provavelmente utilizada no crime, foi apreendida. Foram capturados um adolescente e:

Hyslan da Silva Oliveira (18), o “R15”
Arylan Delfino da Silva (21), o “Borracha”
Lucas Nascimento Cardoso (22), mais conhecido como “Paulista”

Grupos de whatsapp

A Polícia Civil, em 2021, solicitou à Justiça um pedido de prisão preventiva contra Cícero e outros vários suspeitos por integrar facção criminosa. No celular de um dos investigados, foram encontrados dois grupos de whatsapp que seriam utilizados por membros de um grupo criminoso espalhados por vários estados do Brasil.

Prints de mensagens dos grupos mostram os participantes trocando informações como prisões de colegas, apreensão de drogas pela Polícia e até morte de rivais que seriam de outras facções criminosas.

Blaze desenvolve ‘sites espelho’ e continua atuando no Brasil após Justiça determinar bloqueio do cassino online

Site de apostas não menciona decisão judicial, mas ‘URLs alternativos’ são todos em português.

Na tarde desta quinta-feira (7), a versão em português do URL do site de apostas Blaze estava no ar, embora não fosse possível afirmar a existência de instabilidade em razão do cumprimento judicial iniciado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que confirmou o envio de ofícios a provedores de internet determinando o cumprimento da decisão do último dia 22 de agosto da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo, relacionado ao bloqueio da Blaze no Brasil.

Na última terça, a Blaze usou sua conta no X para informar que havia desenvolvido dois “espelhos” de seu endereço principal. No caso, sites idênticos ao principal, porém com URLs distintos ao que foi objeto da determinação judicial. O que deve se expandir, já que a Blaze criou um site exclusivamente para publicação de novas URLs, segundo o que a empresa informa na publicação.

No começo da semana, a Anatel confirmou que encaminhou o ofício a empresas provedoras de internet que atual no Brasil a fim de que a decisão fosse cumprida no prazo de 24 horas, segundo o que consta no documento assinado pelo Superintendente de Fiscalização da Anatel, Marcelo Alves da Silva. 

Na decisão, que também determinou a retirada do ar do do perfil do Instragram da Influencer Juju Ferrari, que faz divulgações da Blaze. o juiz Guilherme Eduardo Kellner citou apostas classificadas como jogo de azar como o “Crash”, em que o jogador tenta acertar o momento certo para sair do jogo e ter lucro. Na página direcionada à Blaze no site Reclame aqui, a empresa ultrapassava 26 mil reclamações, muitas relacionadas ao travamento de saques.

Em junho, a Blaze, que é citada na CPI das Criptomoedas, acumulava 5,7 mil reclamações. A empresa chegou a ser promovida por Neymar Jr e Felipe Neto, entre outros influencers.

A empresa é sediada em Curaçao, paraíso fiscal do Caribe onde também está  sediada a casa de apostas online Bruxo10.Bet, promovida em junho deste ano pelo ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil. 

Polícia Civil busca por suspeitos de assalto à clínica em São José dos Campos, SP

Caso aconteceu no dia 23 de agosto. De acordo com a polícia, suspeitos foram reconhecidos pelas vítimas.

A Polícia Civil faz buscas por dois homens que assaltaram uma clínica em São José dos Campos no dia 23 de agosto. Segundo a polícia, os suspeitos são Jesse Matos da Silva e Wesley Brian Camargo Palmeira, que tiveram a prisão temporária decretada.

De acordo com a polícia, um dos suspeitos foi identificado pelas vítimas como autor do roubo devido a uma tatuagem no pescoço. O outro suspeito, que utilizava arma de fogo na hora do crime, também foi identificado pelas vítimas.

Nas imagens divulgadas pela Polícia Civil é possível ver que a dupla rende os funcionários e levam eles para uma sala (veja vídeo acima). Com ameaças, um dos suspeitos, que está armado, chega a dar tapas e a puxar o cabelo de uma das vítimas. As imagens mostram ainda que o outro suspeito chega a derrubar outra mulher no chão.

No mandado de prisão expedido pela Justiça, a juíza afirmou que “a prisão dos investigados é, para fins de reconhecimento pessoal, especialmente, imprescindível para esclarecer os fatos”.

Segundo a polícia, as denúncias com informações sobre os homens podem ser feitas pelo número 181 ou por mensagem, no telefone (12) 97405-4293.

 

Justiça torna diretor de cooperativa e outros 30 réus por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas em galerias pluviais de Campinas

Diego Nunes foi afastado do cargo enquanto durar o processo, e outros 23 indiciados tiveram prisão preventiva decretada. Relembre a investigação.

A Justiça aceitou parte da denúncia do Ministério Público (MP) e tornou rés 31 pessoas por envolvimento na quadrilha de tráfico de drogas que atuava em galerias pluviais da Vila Formosa, em Campinas (SP). Entre os denunciados está o diretor de uma cooperativa do transporte público alternativo da metrópole.

 Conduzido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o processo foi dividido em duas partes e alguns dos réus aparecem em ambas as acusações. Entenda, abaixo, como foram feitas as denúncias:

Na primeira acusação, oito pessoas foram denunciadas pelo crime de lavagem de dinheiro. Dentre elas está Diego Nunes, diretor operacional da cooperativa Altercamp;
Neste primeiro caso, o juiz determinou o afastamento de Nunes da Altercamp e proibiu a atuação do diretor em cooperativas de transporte enquanto durar o processo;
A segunda acusação envolve 27 pessoas, que responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa;
Nesta acusação, por sua vez, foi decretada a prisão preventiva de 23 indiciados. Outras quatro rés devem responder em liberdade por terem filhos pequenos.

Entre os denunciados está o sobrinho de Wanderson de Paula Lima, conhecido como Andinho. O homem, que tem 25 anos, foi preso em abril do ano passado pelo Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e apontado pela investigação como o chefe da organização criminosa.

Relembre o caso
A operação que desmontou a quadrilha foi deflagrada em julho deste ano. À época, a Polícia Militar (PM) e o Gaeco prenderam 15 pessoas e apreenderam R$ 138,4 mil em dinheiro no distrito de Matão, em Sumaré (SP).

Em Campinas (SP), os mandados foram cumpridos nos bairros São Fernando, Jardim Itatiaia, Vila Formosa e Jardim Paranapanema. Em um dos endereços, os agentes apreenderam 5 milhões de microtubos vazios para embalo de drogas.

Dois dias depois, em um desdobramento da operação, a PM deu início às buscas na sede da cooperativa Altercamp, no bairro Ponte Preta. A suspeita era de que as linhas de ônibus estariam sendo administradas por membros da organização criminosa e em nome de “laranjas”.

Segundo a investigação, o dinheiro do tráfico era usado para manutenção de seis ônibus. Em contrapartida, o valor pago por passageiros retornava para o grupo como rendimento.

A Altercamp e outras duas cooperativas totalizam mais de 1,1 mil ônibus que transportam, diariamente, cerca de 204 mil usuários.

Tráfico via bueiros
Ainda segundo o MP, a operação foi chamada de “Sumidouro” porque, durante as investigações, foi descoberto que os suspeitos transitavam e escondiam drogas nas galerias de águas pluviais da Vila Formosa. A tática era usada para escapar de viaturas e os bueiros eram tampados com pedaços de madeira.

“Os usuários adquirem pelas grades das galerias. Foi montada toda uma estrutura dentro dessas galerias para impedir que a água caia sobre eles, mudando o curso da água, para impedir que os policiais consigam ingressar e também como rota de fuga”, detalhou o promotor Rodrigo Lopes.

O que dizem os citados?
À EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Diego Nunes, diretor operacional da Altercamp, classificou a denúncia como “incauta” e “destituída de justa causa” e ressaltou que o cliente “apenas intermediava o pagamento de todas as publicidades para os respectivos permissionários”.

“Importante destacar que o meu cliente atendia a todos os permissionários que veiculavam propagandas nos seus carros, e não só a um grupo restrito de permissionários, como sugere o Ministério Público. A defesa acredita, irrestritamente, na inocência do acusado”, diz João Paulo Sangion, em nota.

Já a Altercamp disse que a denúncia foi precipitada “porque foi feita antes da finalização da própria investigação, uma vez que até a presente data não foram apresentados os laudos e análises dos documentos e bens da cooperativa, fornecidos voluntariamente e sem qualquer embaraço”.

Leia, abaixo, a nota da cooperativa na íntegra:

“O Ministério Público, antes de finalizar a operação Sumidouro, optou de forma precipitada por denunciar, dentre outros investigados, um dos conselheiros fiscais da Cooperativa que também trabalhava no departamento de operação. Dizemos precipitada porque foi feita antes da finalização da própria investigação, uma vez que até a presente data não foram apresentados os laudos e análises dos documentos e bens da cooperativa, fornecidos voluntariamente e sem qualquer embaraço.

Segundo eles, cabia à cooperativa denunciar a suspeita ou a certeza de prática criminosa, quando inexiste tal obrigação legal, além de ser nítido o risco que isso imputaria a todos que lá trabalham e à própria pessoa que denuncia.

O integrante denunciado de forma totalmente factual pelo MP estava apenas exercendo seu labor igual a tantos outros profissionais que lá estão, dia a dia trabalhando.

A denúncia se baseia no fato do funcionário da cooperativa interagir com os outros acusados de igual forma que interagia com os demais permissionários/integrantes da cooperativa.

A ciência ou a suspeita de que um permissionário e terceiro praticam crime não exime a obrigação da continuidade da prestação de serviço da entidade; assim como não obriga a entidade ou quem dela participa o dever de denúncia, colocando a si e sua família em risco”.

 

Homem de 31 anos usa gasolina para atear fogo em casa da ex-mulher, em Nova Lima, e depois é preso em Ponte Nova

Autor do suposto crime passional estava em liberdade provisória pelos crimes de ameaça e lesão corporal

Um homem de 31 anos foi preso nesta quinta-feira (7) após atear fogo na casa da ex-mulher, no bairro Monte Castelo, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.

Depois do suposto incêndio criminoso por motivação passional, Lucas de Oliveira Júnior, 31 anos, foi preso pela Polícia Militar quando tentava se encontrar com a vítima, Kezia Tamara Bento Vieira, na zona rural de Ponte Nova, na região da Zona da Mata.

De acordo com boletim de ocorrência, o suspeito estava em liberdade provisória, mediante pagamento de fiança, pelos crimes de ameaça e lesão corporal. Na segunda-feira passada (4), já havia sido expedida medida protetiva de urgência contra Lucas, devido ás constantes ameaças à vitima, que é sua ex-exposa. Kezia teria terminado o relacionamento com Lucas.

Dinâmica do suposto crime
O crime ocorreu na tarde deste feriado de 7 de setembro. O suspeito foi até o imóvel alugado por Kezia e a família, no bairro Monte Castelo, em Nova Lima. Mesmo sabendo que não havia ninguém na casa, Lucas pulou o muro do lote, arrombou a porta principal e, munido de um galão de gasolina, espalhou o combustível e ateou fogo no imóvel, que ficou todo destruído.

Uma tia do Lucas foi até o local para tentar impedir o sobrinho de cometer o ato. Mas, ao perceber a proporção das chamas, começou a passar mal e teve que ser socorrida pelos militares para atendimento no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, no centro de Nova Lima.

Neste momento, Kesia e familiares estavam em uma chácara na zona rural de Ponte Nova, justamente para ficarem longe do suposto criminoso.

Depois de atear fogo na casa da ex-companheira, Lucas fugiu e ainda chegou a ligar para vítima, anunciado que iria matá-la.

Enquanto uma equipe do Corpo de Bombeiros atuava no combate às chamas, a Polícia Militar de Nova Lima pediu reforço aos militares de Ponte Nova para tentar interceptar Lucas e evitar uma tragédia ainda maior.

O autor teria trocado o veículo que usava por uma moto e seguiu até Ponte Nova, onde foi preso pela PM. Os militares também apreenderam os dois veículos e um isqueiro usado para atear fogo na residência em Nova Lima.