Homem ateia fogo na casa da ex-companheira e amiga da vítima fica com 70% do corpo queimado

Suspeito invadiu a casa da ex-companheira durante a madrugada com galão de gasolina. Uma amiga da vítima estava dormindo no quarto ficou gravemente ferida.

Um homem foi preso na madrugada deste sábado (16) após atear fogo na casa da ex-companheira no bairro Jardim Petrópolis, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No incêndio, uma amiga da vítima ficou gravemente ferida e teve 70% do corpo queimado.

Vitor Manoel Moreira Silva da Horta, de 23 anos, foi preso por policiais militares no Hospital Regional de Betim depois que a ex-companheira informou à PM que ele também se feriu no incêndio. Ele tinha acabado de dar entrada na unidade com ferimentos de queimadura.

Ele é suspeito de ter arrombado o portão da casa da ex durante a madrugada com um galão de gasolina. A mulher ouviu o barulho e correu para acordar sua amiga, que estava no quarto. Em seguida, a vítima questionou o que Vitor fazia na casa, e ele a culpou por estar com outro homem e em seguida colocou fogo na residência.

No incêndio, a amiga da vítima, uma jovem de 22 anos, teve ferimentos graves e foi socorrida pelo Samu com mais de 70% do corpo queimado.

A PM localizou o suspeito e, segundo o registro dos militares, ele relatou de início que deixou gasolina cair na própria casa, e ao ser perguntado se esteve na casa da ex-companheira, apenas sorriu e ficou em silêncio.

Ainda de acordo com os policiais, ao ser informado que a amiga da vítima estava em estado grave, o suspeito demonstrou frieza e não pareceu estar arrependido de ter cometido o crime.

Ele foi preso por tentativa de feminicídio. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito será ouvido ainda neste sábado (16).

Oito policiais militares têm a prisão decretada por desaparecimento de jovem no Ceará

Jovem estava na companhia de outros dois homens, que denunciaram que foram liberados após serem torturados pelos agentes.

Oito policiais militares do Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (BEPI) tiveram a prisão decretada pela Justiça, nesta sexta-feira (15), por conta do desaparecimento de um jovem após uma abordagem policial na Praia de Maceió, em Camocim, a cerca de 350 quilômetros de Fortaleza.

Antônio Marcos da Silva Costa, de 23 anos, foi visto pela última vez no dia 27 de agosto, quando ele e outros dois homens foram abordados pelos policiais em uma barraca de praia. Na ocasião, os três jovens foram levados pelos agentes. Dois deles voltaram para casa na madrugada do dia 28 de agosto e denunciaram que foram torturados, já Antônio Marcos não foi mais localizado.

Os policiais investigados pelo sumiço de Antônio são: o sargento Cristiano Oliveira Sousa; os soldados Samuel Santiago de Lima, José Márcio Carneiro Almada, Eduardo Florêncio da Silva, Wellington Xavier de Farias, José Márcio Barroso da Silva Júnior, Josinaldo Ferreira Barbosa Monteiro; e o cabo Demairton Cipriano Silva. A defesa dos agentes não foi localizada.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) determinou o afastamento preventivo dos agentes por 120 dias. O órgão também instaurou um Conselho de Disciplina para apurar as condutas dos militares. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última quinta-feira (14).

A Polícia Militar (PMCE) informou que as investigações acerca do fato ocorrem em segredo de Justiça e o procedimento está em andamento.

Agressões e tortura

A CGD levou em consideração o depoimento de testemunhas, que afirmaram que no dia 27 de agosto duas equipes do Bepi chegaram em uma barraca na Praia de Maceió por volta as 18h50 e passaram a realizar abordagem de rotina no local.

“Segundo as narrativas nos citados B.O.’s, as duas viaturas policiais chagaram ao local e passaram a realizar abordagem de rotina e, em não encontrando nada, solicitaram que o rapaz conhecido por ‘Marcão’ entregasse seu celular, ao que este recusara e então passaram a espancá-lo juntamente com os outros dois rapazes, colocando os três dentro de uma viatura, seguindo em direção a praia do Maceió e, chegando a altura do parque eólico, passaram a torturá-los, ao tempo em que eram questionados por armas a todo momento”, diz um trecho da publicação da CGD.
Dois dos três rapazes levados pelos policiais apareceram em suas casas no dia seguinte, por volta das 03h15. Um deles afirmou que teve aparelho celular permanecido na posse dos policiais militares e outro teve o carro danificado. Já Antônio Marcos não foi mais localizado.

Durante o período que o trio foi levado pelos agentes, familiares e advogados das vítimas entraram em contato com as autoridades da Segurança Pública do município de Camocim e constataram que não havia registro de nenhuma ocorrência sobre essa abordagem policial ou do desaparecimento dos rapazes.

“Após pesquisas no Relatório das Principais Ocorrências Policiais Militares no Estado do Ceará do dia 27/08/2023, foi encontrado o registro em relação ao caso, em que a viatura do POG01 foi até o local do acontecido e procurou por toda área, localizando apenas o Gol preto, nas proximidades de uma barraca, veículo que estava estacionado e travado e que foi identificado por um dos advogados como de propriedade de seu cliente, porém, nada mais foi encontrado em relação a denúncia da suposta condução dos rapazes ao Distrito Policial”, disse a Controladoria.

Técnico em meio ambiente é flagrado chutando cachorra em rua no Ceará

Nas redes sociais, o homem afirmou que chutou a cachorra para proteger sua filha pequena, que estava no portão, dentro de casa.

Um técnico em meio ambiente foi flagrado por câmeras de segurança chutando uma cachorra de rua que se aproximou do seu carro em Sobral, na região norte do Ceará.

A cena foi captada por câmeras de segurança. O homem, identificado como Ari Costa, para o carro em uma residência na avenida Doutor Guarany, no centro de Sobral. Neste momento, a cadela corre em direção ao veículo e late. Neste momento, Ari sai do carro, dá a volta e chuta a cachorra.

As imagens repercutiram nas redes sociais e causaram revolta, ainda mais por Ari Costa se identificar tecnólogo ambiental e técnico em meio ambiente.

Após a repercussão, o tecnólogo publicou um vídeo nas redes sociais em que se desculpa pela agressão e afirma que chutou a cachorra para proteger sua filha pequena, que estava no portão, dentro de casa. Segundo ele, o caso ocorreu há três semanas, mas só foi divulgado agora.

“Vim pedir desculpas à causa animal, afinal eu errei”, afirmou Ari. “Minha filha tem somente dois anos e pela proteção paterna minha, fiz esse ato impensado. Errar é humano.”

Em nota, Ari Costa também afirmou que a cachorra tem dono, mas é criada solta pelo vizinho e já havia tentando atacá-lo em outro momento.

 

Entregador registra ocorrência contra Rica Perrone por agressão: ‘Me discriminou por eu ser motoboy’

O caso aconteceu no dia 9 de julho, quando o jornalista teria jogado o próprio pedido em cima do entregador Márcio Machado. Segundo a denúncia, Rica ainda teria ofendido e xingado o trabalhador depois de não concordar com o atendimento.

O entregador de aplicativo Márcio Machado registrou, na última sexta-feira (15), um boletim de ocorrência contra o jornalista Rica Perrone, por conta de uma agressão durante um atendimento. Os agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) vão investigar o caso.

Em uma entrevista para o podcast ‘O Poder nos Bastidores’, Rica confirmou as ofensas e a agressão contra o entregador. Na ocasião, o jornalista justificou suas atitudes por não concordar com o atendimento realizado por Márcio.

Segundo Rica, a discussão teve início quando o entregador disse que não subiria até o apartamento para levar o lanche. Rica explicou que não poderia descer porque estava trabalhando e ouviu do porteiro que o entregador iria encontrá-lo.

Ao chegar ao apartamento, Márcio teria explicado que, segundo a política do próprio aplicativo, é o cliente quem deve ir até o motoboy retirar a sua entrega. Rica, então, passou a xingá-lo e a agredi-lo.

“Ele tacou o pedido em mim na porta do apartamento dele”, afirmou Márcio.

A versão de Rica
Ao podcast, Rica disse que Márcio foi ríspido: “Desce pra pegar a p*rra do teu lanche” — o entregador negou que tenha falado assim com o jornalista.

Revoltado com a resposta, Rica contou no podcast que ofendeu o entregador e o agrediu, jogando o pedido que havia feito em cima dele.

“Vai embora daqui, seu c*zão do c*ralho. Vai embora, que eu vou abrir reclamação contra você. Quem você acha que é para vir na porta da minha casa e falar assim comigo?”, disse o jornalista.
Durante a gravação, Rica afirmou que dos últimos 50 pedidos que havia feito, aquele tinha sido o primeiro entregador que se recusou a subir até seu apartamento.

Na opinião do jornalista, alguns entregadores “são abusados” e tratam mal as pessoas porque atualmente “não tem mais tapa na cara”.

“Sabe por que um cara não falava uma m*rda dessas há 20 anos? Porque ele ia tomar um tapa, ia tomar um soco na cara. Tô mentindo?”, disse Rica.
Na sequência, ele supõe que, atualmente, o trabalhador que tomasse um tapa na cara por um suposto mal atendimento iria se vitimizar com a situação e tentaria ganhar fama nas redes sociais.

“[Se fosse hoje] aí ele sai de lá e vai pensar: ‘Eu sou gay? Não. Eu sou preto? Não. Eu sou pobre. ‘Gente, sofri preconceito de um blogueiro, que eu fui na casa dele e ele me bateu'”, simulou o jornalista.

Rica então completa: “É obvio que todo mundo vai me massacrar e dar razão para o cara”.

A versão de Márcio

Em entrevista ao g1, Márcio comentou sobre o dia do atendimento ao jornalista, na Barra da Tijuca, no dia 9 de julho.

“Eu reportei ao IFood. falei que sofri agressão física, por ele ter tacado o pedido na minha cara; injúria, porque ele me xingou de tudo que é nome; ameaçou, porque ele disse que ia me f*der no aplicativo, e discriminação. Ele me discriminou por eu ser motoboy. Ele disse: ‘Você é um m*rda”, comentou Márcio.

O entregador disse que saiu de lá triste com a situação e sem vontade de continuar trabalhando. Na época, ele achou melhor não procurar a delegacia, segundo ele, por achar que não daria em nada. Contudo, as entrevistas recentes de Rica o fizeram mudar de ideia.

“Achei que não ia dar em nada, ia ser a minha palavra contra a dele. (…) Foi ele que se entregou no podcast. Ele que falou que me agrediu. Ele que se entregou”, disse.
“Ele fala com todo orgulho que me agrediu, que tacou o pedido na minha cara, me chamou de c*zão. Ele diz que fez isso porque eu teria falado pra ele: ‘pega a p*rra do teu pedido ai’. Mas é mentira. Eu não fiz isso. Imagina tratar alguém assim, eu já teria sido banido do aplicativo”, justificou.

Sobre a entrevista, Márcio disse que ficou incomodado com a maneira como Rica conta a história. Para ele, o jornalista o tratou mal por se achar superior ao motoboy.

“Me incomodou muito o desdém dele, a maneira como ele fala, como se tivesse coberto de razão. Tipo assim, ‘to falando com um motoboy ferrado, eu sou o Rica Perrone, jornalista esportivo, conhecido, e esse cara é só um motoboy’. O que me veio à minha cabeça na hora foi a maneira que ele me olhou, na porta do apartamento dele, com uma cara de superioridade, de nojo, como se eu fosse um entregador e ele o poderoso Rica Perrone”, comentou.

“Quando acontece isso, o dia já não é o mesmo. Já não dá pra trabalhar. Me senti mal, desvalorizado”, completou o entregador.
Ação na Justiça
Responsável pela defesa de Márcio, o advogado Brian Hansen disse ao g1 que vai buscar uma reparação na Justiça.

“Importante salientar que a conduta lamentável do senhor Ricardo constitui crime tipificado pelo Código Penal Brasileiro e é justamente dentro deste liame que atuaremos. As agressões do sr. Ricardo deveriam ser motivo de vergonha, não de orgulho, como ele demonstrou no podcast ‘O poder nos bastidores'”, comentou Hansen.

Em um comunicado divulgado na internet, o advogado cita ainda a pontuação de Marcio no aplicativo de entrega e afirma que ele apenas recebe boas avaliações.

“Marcio Machado já realizou mais de 300 entregas avaliadas na plataforma e atingiu o score de 99,7%, ou seja, sua única avaliação negativa foi a realizada pelo sr. Ricardo Perrone Vasconcelos Ribeiro”, escreveu.

O que diz o iFood
O iFood informou que “a obrigação do entregador é entregar no primeiro ponto de contato que existe na residência da pessoa, seja na porta de uma casa ou portaria de um condomínio”.

Caso o cliente se recuse a descer, a recomendação “é que o profissional avise sobre o ocorrido no aplicativo e volte com o pedido para o destino inicial (no caso, os estabelecimentos) ou descarte o item”.

Os clientes, por sua vez, podem solicitar o reembolso do pedido, que é avaliado caso a caso.

Procurado pela reportagem, até a última atualização desta reportagem, Rica Perrone não respondeu.