Adolescente é morto a facadas por namorada após negar dar senha de Instagram, dizem testemunhas

À Polícia Civil, a agressora disse que agiu em legítima defesa. Caso aconteceu em Olinda, na quinta-feira (5).

Um adolescente de 17 anos identificado como Carlos Joaquim de Santana foi morto a facadas na quinta-feira (5) pela namorada de 19 anos, Verônica Marcela Galdino Nascimento, no bairro de Amaro Branco, em Olinda.

Carlos chegou a ser levado para o Hospital do Tricentenário, em Olinda, e depois foi transferido para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife. Lá, ele morreu.

À Polícia Civil, a agressora disse que agiu em legítima defesa, mas, acordo com testemunhas, o crime aconteceu porque Carlos negou dar a senha do próprio Instagram para Verônica.

Verônica foi presa e levada para a delegacia. Em depoimento, disse que o adolescente a esfaqueou no braço. Ela então teria tomado a faca das mãos dele e o esfaqueou no abdômen. Depois de prestar depoimento, a mulher foi liberada.

O caso foi registrado como homicídio consumado pela Força Tarefa de Homicídios Metropolitana Norte.

 

Policial penal aposentado vira réu por injúria racial e ameaça após escrever que ouvidor das polícias de SP ‘tem que morrer’

Servidor aposentado deixou mensagens contra Cláudio da Silva no grupo de WhatsApp ‘Polícia Penal Assuntos’. Entre as frases, Hélio de Matos citou ‘negro maldito’. Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) o indiciou pelos dois crimes. Ministério Público ofereceu denúncia e Justiça aceitou, dando seguimento ao processo.

Um policial penal aposentado virou réu por injúria racial e ameaça na Justiça depois que deixou mensagem racista e de morte contra o ouvidor de Polícia do Estado de São Paulo, Claudio da Silva, em um grupo de WhatsApp, em agosto.

Claudio recebeu o conteúdo e registrou um boletim de ocorrência no dia 4 de agosto, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do DHPP.

No dia 14 do mesmo mês, ainda como investigado, Hélio foi ouvido na delegacia. Ele reconheceu em interrogatório que fazia parte do grupo no WhatsApp “Polícia Penal Assuntos”. Na ocasião, os integrantes comentavam sobre “Operação Escudo”, que deixou 28 mortos no litoral de São Paulo, e o posicionamento do Ouvidor das Polícias, que pedia acesso às informações da PM, como as câmeras corporais dos agentes.

Hélio contou que resolveu se manifestar sobre o tema com as frases: “não podemos tapar o sol com a peneira e fingir que nada está acontecendo. Demorou pra matar esses vagabundos e quem estiver apoiando bandido igual esse negro maldito e esse ouvidor das polícias, tem que morrer também”.

“Essa é a minha posição. Vai virar uma guerra eu estou pronto”, completou.

À Polícia Civil, ele afirmou que se arrependeu e excluiu a mensagem e saiu do grupo, “pois sabia que havia cometido um ato discriminatório e não sabe dizer o motivo de ter sido tão rude e agressivo”.

O caso corre pela 3ª Vara Criminal de São Paulo. O réu poderá se defender no decorrer do processo e julgamento.

Anteriormente, o g1 tentou contatar Hélio, e ele respondeu por mensagens.

“Não sei o que é isso. Primeiro que alguém deve ter montado isso. Sou de descendência negra, meus avós eram negros”, disse ao g1. Agora, a reportagem tentou com a defesa dele, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

‘Não estou intimidado’
Na época, Cláudio acreditava que tenha sido vítima de ofensas e ameaça por conta de críticas à Operação Escudo, no litoral de São Paulo.

“Não estou intimidado, eu vou continuar fazendo meu trabalho com muita dedicação e equilíbrio, porque o trabalho que eu faço é um trabalho equilibrado. Eu não faço trabalho para falar mal de polícia, desqualificar as instituições da democracia, como são as polícias Civil, Militar e Científica”, contou em agosto ao g1.

E completou: “Eu vou continuar defendendo que policial precisa ser valorizado profissionalmente, vou continuar defendendo que o policial precisa ser valorizado no sentido de proteção social à sua família, mas vou continuar enfrentando os desmandos que alguns policiais insistem em fazer por conta da sua condição de homem da lei, de homem que tem um aparato estatal ao seu dispor para praticar ilegalidades. Ilegalidades não serão toleradas”.

A Operação Escudo foi deflagrada depois que o soldado Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Júlia, em Guarujá, em 27 de julho.

Ao todo, 28 supostas abordagens a suspeitos que teriam entrado em confronto com as forças policiais terminaram com morte.

 

PM é condenado a mais de 13 anos de prisão por matar homem em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros em São Luís

Márcio Mendes Costa foi condenado por homicídio qualificado, com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele deve cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado.

Um policial militar, identificado como Márcio Mendes Costa, foi condenado a 13 anos e oito meses de reclusão, pelo assassinato de Cleylson Garcia Barros. O crime aconteceu na manhã do dia 25 de setembro de 2020, em frente ao quartel do Corpo de Bombeiros, no Centro de São Luís.

O PM foi condenado por homicídio qualificado, com uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele deve cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado.

O julgamento foi realizado nessa quinta-feira (5), pelo 3º Tribunal do Júri de São Luís, no Fórum Des. Sarney Costa (Calhau).

O juiz titular da 3ª Vara do Júri, José Ribamar Goulart Heluy Júnior, que presidiu o julgamento, decretou a perda da função pública de policial militar do acusado por ser incoerente ao exercício da função, após o cometimento de um crime hediondo.

Atuaram na acusação o promotor de Justiça Frank Teles de Araújo e, na defesa, o defensor público Fábio Marçal Lima.

O crime
Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 25 de setembro de 2020, por volta das 9h25, o PM matou Cleylson Garcia Barros a tiros. Ainda conforme a denúncia, na manhã do dia do crime, a vítima conduzia seu veículo na região central de São Luís, sendo seguida por outros dois veículos.

A vítima estacionou o carro para fazer um lanche, e os veículos que o seguiam também estacionaram. Após terminar o lanche, Cleylson Barros assumiu a direção do seu veículo e continuou a ser perseguido pelos dois carros.

A vítima entrou nas dependências do Quartel do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, onde foi bloqueada por um dos veículos que a seguia, e foi atingida com o disparo de arma de fogo efetuado pelo réu. Após o disparo, Cleylson Barros ainda colidiu com um ônibus e contra um poste, morrendo no local.

Na sentença, o juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior destacou que “a culpabilidade do acusado deve aumentar a pena pela exteriorização da vontade dele em matar a vítima, muito além do normal; devendo sofrer maior censura pela grande intensidade homicida, demonstrada na premeditação do acusado comprovada no fato de ter retirado a placa do seu veículo, como consta na denúncia, e em levar a sua companheira para fazer o reconhecimento da vítima, desde o bairro do Anjo da Guarda, como declarou a mulher dele; iniciando uma perseguição pelas ruas da cidade. Acrescento, ainda, o fato do acusado ser policial militar, de quem se espera o devido cumprimento da lei.”

Motorista diz que perdeu controle de ônibus que tombou e matou fiéis em Guatapará, SP, ao passar por poça d’água

Acidente no domingo (1) na Rodovia Deputado Cunha Bueno causou nove mortes. Delegado aguarda laudo da perícia para confrontar informações com depoimento do condutor.

O motorista que dirigia o ônibus que caiu em um barranco e tombou matando nove pessoas de uma excursão religiosa, em Guatapará (SP), prestou depoimento nesta sexta-feira (6) à Polícia Civil. Deílson Souza Lage, de 58 anos, disse que perdeu o controle da direção ao passar com o veículo em uma poça d’água.

“Ele falou que estava por volta de 70 km/h, que chovia muito no local e que passou em uma poça d’água e começou a perder o controle do ônibus. O veículo começou a derivar para a direita e encontrou um desnível na pista. Aí ele perdeu de vez esse controle até bater em um barranco”, afirma o delegado Ricardo Turra.

O limite de velocidade no trecho onde aconteceu o acidente na Rodovia Deputado Cunha Bueno (SP-253) é de 80 km/h para veículos pesados e a pista é simples.

De acordo com Turra, o motorista contou que orientou os passageiros a usarem o cinto de segurança. “Ele informou que avisa que tem que colocar, mas que durante a viagem acontece de os passageiros irem ao banheiro, levantam, e não recolocam o cinto. Como ele está dirigindo, não tem condições de fiscalizar isso”, afirma.

Turra diz que a Polícia Civil agora depende do laudo pericial para saber as condições do veículo e também para confrontar as informações com o depoimento do motorista.

“Foi apreendido o tacógrafo e vamos confrontar a versão dele da velocidade de 70 km/h com a velocidade que o tacógrafo estava determinando no momento do acidente. Só com o laudo vamos ter uma noção exata do que aconteceu.

Por enquanto, a polícia descarta que tenha havido uma falha mecânica. “A questão está na velocidade do ônibus durante uma chuva forte, então precisa ver se essa velocidade de 70 era prudente para as condições de chuva, da pista”, afirma.

Sobre o desnível de 10 centímetros da pista de rolamento para o acostamento, conforme consta no boletim de ocorrência, o delegado afirma que é cedo para afirmar se ele pode ter contribuído para o tombamento do ônibus.

Lage é investigado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, na direção de veículo automotor.

Tragédia
O grupo, com 26 passageiros e o motorista, saiu de Monte Alto (SP) na madrugada de domingo com destino ao Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Tambaú (SP), local de peregrinação por causa do beato Padre Donizetti. Depois, seguiu para a região de Cachoeira de Emas, em Pirassununga (SP), para o almoço.

Na volta para Monte Alto à tarde, o ônibus saiu da pista, caiu em um barranco de cerca de dois metros de altura e tombou. Oito passageiros, a maioria deles idosa, morreu no local. A nona vítima morreu em um hospital em Ribeirão Preto (SP) na madrugada de segunda-feira (2).

Sobrevivente, a aposentada Sueli Germina Ribeiro dos Santos ajudou vários passageiros a saírem do ônibus tombado. Ao contrário da informação do motorista, ela contou que o grupo enfrentou chuva na volta, mas em Luís Antônio (SP), não em Guatapará.

Sueli disse que as condições do ônibus, por dentro e por fora, pareciam boas. No boletim de ocorrência, consta que os pneus estavam em bom estado de conservação.

As vítimas foram enterradas na terça (3) e na quarta-feira (4) em Monte Alto sob forte comoção na cidade.

 

Vereador que foi investigado por crime sexual contra adolescentes é cassado em Candelária

Rogério Gomes da Silva (PSB) fica inelegível por oito anos. Ele ainda pode recorrer. Na esfera criminal, o parlamentar chegou a ser indiciado, mas assinou um acordo com o MPRS, e a investigação foi encerrada sem denúncia.

O vereador Rogério Gomes da Silva (PSB), que foi investigado pela Polícia Civil por um suposto crime sexual contra quatro adolescentes durante uma partida de futebol, em 30 de junho, foi cassado pela Câmara de Vereadores de Candelária, a 187 km de Porto Alegre, em sessão nesta quinta (5).

O parlamentar respondeu por quebra de decoro parlamentar. Foram 12 votos pela cassação e apenas um, do próprio vereador, pela absolvição. De acordo com a decisão, Silva fica inelegível por oito anos. Ele ainda pode recorrer.

O g1 tentou contato com a defesa de Rogério Gomes da Silva, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Quem assume no lugar dele é Pedro Roberto de Moraes (PSB). Moraes já atua na Câmara como suplente de Gilvan Moura (PSB), que foi empossado secretário do município, mas deve retornar às atividades parlamentares. Caso Moura seja mantido no secretariado, a Câmara deve verificar quem é o próximo parlamentar na lista de suplentes.

De acordo com o delegado Tiago Bittencourt, a investigação contra o parlamentar foi concluída e remetida ao Ministério Público do RS (MPRS). Um acordo foi assinado entre o vereador e o MPRS, e a investigação foi encerrada sem denúncia. Questionado pelo g1, o órgão não informou detalhes do acordo.

Em entrevista à RBS TV, um dos adolescentes que teria sido vítima do vereador contou o que aconteceu durante a final do Campeonato Municipal de Futsal, que ocorria no Ginásio Walter Fielter.

“Eu estava na frente do banheiro vendo o jogo quando, de repente, ele veio na direção das meninas (…) Ele foi alisando a mão nas gurias, nas partes das meninas. De repente, ele já veio pra cima de mim, passando a mão em mim, alisando meu corpo e aí eu saí de lá”, conta.
Rogério foi o vereador mais votado da cidade na última eleição, em 2020, com 1.172 votos.

 

Casal sorri e faz joinha para foto enquanto é preso com 30 quilos de droga no Ceará

Trinta quilos de droga estavam escondidos em tanque enterrado no quintal da residência do casal, na cidade do Crato, no interior do estado.

Um casal ousado manteve a pose quando foi preso por preso em flagrante com quase 30 quilos de droga na cidade do Crato, no interior do Ceará, na tarde de quinta-feira (5). Enquanto eram colocados no bagageiro da viatura policial para serem levados a uma delegacia, eles sorriram e deram joinha para as câmeras que registravam a ocorrência.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, uma equipe da Polícia Civil fori até o endereço dos suspeitos após receberem a denúncia de tráfico.

Após ser abordado, Joel Francisco Amorim Caselli de Sousa, de 23 anos, quebrou o aparelho celular que estava usando.

Conforme os policiais que fizeram as buscas, ele portava maconha prensada e diversos papelotes e pinos de cocaína foram apreendidos com ele. Ainda na residência, Gleicianne Alves da Silva, de 22 anos, companheira de Joel, também foi presa.

Na casa, mais drogas foram localizadas. Ao todo, 29 quilos e 457 gramas de maconha, além de 391 gramas de cocaína, três balanças de precisão e diversos pinos utilizados para acondicionamento de drogas foram apreendidos.

A droga estava escondida em um tanque de plástico enterrado no quintal da residência do casal.

O casal foi levado para a Delegacia Regional do Crato, onde foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.

 

Jovem de 18 anos é baleada pelo próprio pai no DF

Crime ocorreu em Taguatinga; homem atirou 5 vezes contra carro e 3 tiros atingiram adolescente. Segundo bombeiros, vítima estava consciente no momento do socorro.

Uma jovem, de 18 anos, foi baleada pelo próprio pai, nesta quinta-feira (5), em Taguatinga Sul, no Distrito Federal. Os disparos ocorreram por volta das 12h, quando a jovem entrava no carro da família.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem atirou cinco vezes contra o veículo. e a filha foi atingida por três disparos. Segundo os bombeiros, ela estava consciente e foi levada pelo Samu ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

A mãe da vítima disse à polícia que a jovem passou por cirurgia no HRT. O irmão dela, de 20 anos, e a namorada dele, de 19 anos, também estavam no veículo, mas não foram atingidos.

O autor dos disparos é Geraldo Jorge de Oliveira, de 48 anos. Depois de atingir a filha, ele fugiu. Conforme a polícia, o homem tem passagens criminais por roubo, furto e tráfico de drogas. Até a publicação desta reportagem ele permanecia foragido.

Em depoimento, a mãe contou à polícia que o homem passou a semana ingerindo bebida alcoólica e usando cocaína dentro de casa. A mulher afirmou que o marido a ameaça.

A namorada do filho do casal contou que as brigas são frequentes entre a família e que, nesta quinta-feira (5), o suspeito tinha discutido com a esposa e a filha e ameaçado as duas de morte. Depois de uma discussão, a mãe saiu de casa e o marido a seguiu.

Os filhos resolveram ir para outro local e, no momento que estavam entrando no carro, o pai voltou armado. De acordo com a namorada do filho, depois de disparar contra a filha, o homem disse que “a culpa é da sua mãe”.

A mãe tem registro de Colecionador, Atirador e Caçador – CAC – e tem duas armas em casa trancadas em um cofre. Segundo a mulher, Geraldo não tem acesso às armas. A 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro) investiga o caso.

Armas apreendidas na casa da família
Na semana passada, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) esteve no endereço da família. Os policiais apreenderam um fuzil, uma pistola e 123 munições – uma das armas foi encontrada debaixo de um colchão.

A PMDF também apreendeu drogas, uma balança de precisão e celulares. Nesta operação anterior, o irmão da vítima foi preso em flagrante por porte de arma de fogo.

 

‘mulher-gato’ entrava em prédios de luxo em SP e MG para furtar mais de R$ 1 milhão em joias, relógios e bolsas

Paola Gobel foi apelidada pela polícia como personagem dos gibis por usar roupas e luvas pretas para abrir apartamentos e levar colares, anéis, brincos, dólares, moedas estrangeiras, Rolex, perfumes e bolsas de marcas importadas. Mulher foi presa quinta (5) em São Paulo.

Vídeos divulgados pela Polícia Civil mostram como Paola Carita Gobel, conhecida como “mulher-gato”, entrava em prédios de luxo com um comparsa para, segundo a investigação, furtar dinheiro, joias, relógios, perfumes e bolsas de grifes importadas em São Paulo e Minas Gerais (veja acima).

Paola foi presa nesta quinta-feira (5) pela polícia na capital paulista. A mulher tem 30 anos e é acusada de furtar mais de R$ 1 milhão em bens avaliados das vítimas. Ela ganhou o apelido da personagem dos quadrinhos e filmes da DC Comics por usar roupas e luvas pretas para cometer os crimes, segundo o delegado Vinicius Fernandes Nogueira disse nesta sexta (6) 

“Investigamos ela e seu comparsa desde novembro de 2022, quando entraram num prédio em Guarulhos [na Grande São Paulo] e roubaram os pertences das vítimas que tinham saído de outro apartamento”, falou Nogueira, que comanda a da 4ª Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Num dos vídeos gravados por câmeras de seguranças dos prédios que ela invadiu em Belo Horizonte, capital mineira, Paola é flagrada olhando para a lente do equipamento. A mulher aparece então usando o traje que a deixou conhecida como “mulher-gato”.

Nos gibis e nas telas de cinema, a “Mulher-Gato” é uma ladra que usa máscara alusiva a um gato, tem unhas compridas e um chicote que a ajuda a escalar e invadir prédios ou mansões e roubar objetos de valores incalculáveis. A personagem contracena com Batman, justiceiro mascarado que tenta detê-la.

Paola entrava nos condomínios pela porta da frente. Na maioria das vezes, acompanhada de comparsas, segundo a polícia. Um deles era Vinicius de Morais Scarpari, de 29 anos. É ele quem aparece num dos vídeos gravados por câmeras de segurança de prédios invadidos pela dupla. O homem foi preso em agosto e responde criminalmente pelos furtos.

De acordo com a investigação, Paola e Vinicius entravam nos imóveis se passando por moradores. Para isso, escolhiam empreendimentos novos, que ainda não tinham sistemas de câmeras de segurança e onde os porteiros ainda estavam conhecendo os condôminos.

Segundo os investigadores, quando eles não encontravam essa facilidade, costumavam alugar apartamentos por meio de aplicativos especializados em locações diárias. Depois, usavam cópias de chaves para entrar em imóveis nos quais os donos haviam saído. Lá dentro levavam o que conseguiam colocar dentro de bolsas, sacolas ou mochilas.

Os dois aparecem em vídeo entrando num desses condomínios de alto padrão e depois saem com os objetos roubados dentro de bolsas, como se fossem deles. Depois da prisão de Vinicius, Paola passou a ser procurada pela Justiça, que também decretou sua prisão preventiva.

Ela foi detida numa comunidade da Zona Sul de São Paulo. Estava escondida na casa do namorado, que foi detido por tráfico de drogas. No local, foram encontrados 1 kg de maconha e uma balança que, segundo a investigação, seriam usados para as vendas. O nome dele não foi divulgado.

Paola foi indiciada pelos furtos depois de também ser reconhecida pelas vítimas como a mesma mulher que aparece nas filmagens. Ela é acusada de furtar quatro apartamentos em São Paulo, a maioria em bairros nobres da capital, e um em Minas.

O g1 não conseguiu encontra as defesas dos presos para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.
Segundo o Deic, outras pessoas que ajudavam Paola e Vinicius nos furtos, ficando como olheiros e motoristas fora dos prédios são investigadas. “Se conseguirmos confirmar isso, todos responderão por associação criminosa”, disse o delegado.

 

Padre pede dispensa da Igreja Católica ao saber que vai ser pai em Franca, SP

Santa Sé ainda precisa aprovar o pedido, mas o pároco Ferdinando Henrique Pavan Rubio já deixou funções. Direito Canônico proíbe relacionamentos amorosos e casamentos de religiosos.

A Diocese de Franca (SP) informou nesta quinta-feira (5) que dispensou um padre das obrigações sacerdotais e do celibato depois que o religioso informou que vai ser pai.

De acordo com a entidade, o pedido de dispensa partiu do próprio padre Ferdinando Henrique Pavan Rubio. O g1 tenta falar com o religioso nesta quinta-feira.

“A causa foi o envolvimento com uma pessoa, que resultou numa gravidez. A Igreja orienta que o sacerdote assuma a sua obrigação de paternidade”, comunicou a Diocese, em nota.

No início de setembro, a Cúria Diocesana De Franca publicou comunicado informando que o bispo Dom Paulo Roberto Beloto havia acolhido o pedido de dispensa do padre Ferdinando das obrigações clericais e de celibato, mas não informou o motivo.

“Mediante isso, acima de quaisquer especulações, unamo-nos em oração por este nosso irmão, a fim de que ele seja feliz nesta nova etapa de sua vida”, publicou a Diocese em seu perfil oficial no Instagram.
Com a dispensa, padre Ferdinando já deixou todas as funções que exercia à frente da Paróquia Santa Luzia em Franca.

Agora, ele deve recorrer ao Vaticano para validar a dispensa. Segundo o Direito Canônico, que rege a Igreja Católica, padres não podem ter relacionamentos amorosos nem se casar.

“Ele deixou de exercer o ministério sacerdotal e as suas funções pastorais. Está suspenso de Ordens, até que obtenha o rescrito [nome dado a um ato administrativo baixado por escrito pelo Papa] proveniente da Santa Sé.”

Ferdinando é natural de São José da Bela Vista (SP) e foi ordenado padre há oito anos. Ele era um dos líderes espirituais da Paróquia Santa Luzia, no bairro São Joaquim, desde janeiro de 2023. Antes, ele havia passado pelas paróquias São Pedro, no bairro Vila Europa, e Santa Gianna, em Franca. Ele também foi reitor do Seminário Propedêutico.

 

Mãe é condenada a 25 anos de prisão por não ter evitado morte do filho espancado pelo pai

Em 2016, Felipe de Jesus Soares Araújo espancou o filho de cinco anos por mais de 12h. Genitora da criança, Marcia da Silva Coelho estava presente e não fez nada.

Marcia da Silva Coelho, mãe de Rafael que morreu aos cinco anos após ser espancado pelo pai, foi condenada a 25 anos e oito meses de prisão. Ela é acusada de omissão de socorro, já que podia e devia ter agido para evitar a morte do filho. A mulher foi levada ao Presídio Feminino de São Vicente, no litoral de São Paulo, mas conseguiu uma liminar para recorrer a decisão em liberdade e foi solta..

O crime aconteceu no dia 15 de julho de 2016, em Peruíbe (SP). Na ocasião, Felipe de Jesus Soares Araújo espancou o filho porque o menino ‘deu trabalho’ na hora de comer. A criança não resistiu aos ferimentos. O homem fugiu, mas se entregou à polícia três dias depois e foi preso.

Desde então, um processo contra a mãe de Rafael corre na Justiça. Conforme o documento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), obtido pelo g1, o menino foi agredido por mais de 12 horas “em verdadeiras sessões de tortura”. Marcia estava presente e não fez nada.

Hematomas
A mulher foi condenada por homicídio por motivo fútil, por não ter prestado socorro ou procurado diminuir as consequências das agressões ao filho.

De acordo com o TJ-SP, um dos fatores que aumentaram a culpa da mulher é de que as agressões que resultaram na morte de Rafael não teriam ocorrido de forma pontual, já que os hematomas vistos no corpo do menino estavam em diferentes estados de cicatrização.

A idade de Rafael, as agressões terem acontecido na frente de outras duas crianças, os irmãos dele, e o fato de Marcia ter graus de parentesco, sendo genitora da vítima e esposa do agressor, também foram agravantes.

Recorrer em liberdade
Segundo o documento, as alegações da defesa foram de que Marcia responde solta ao processo há sete anos e é mãe de seis filhos. Um deles é uma criança de um ano e oito meses, em fase de amamentação. Também foi mencionado ausência de motivos para a prisão cautelar.

Na sentença, foi determinada a prisão imediata da acusada, que chegou a ser levada ao presídio. Após o pedido da defesa, no entanto, a Justiça concedeu uma liminar para que Marcia recorra a decisão em liberdade, desde que siga as medidas cautelares, como comparecer quando for chamada.