Mulher denunciada por tentar asfixiar marido durante sexo casou com ele quatro dias antes do crime

A mulher teria dito que casou com o marido com objetivo de ficar com os bens dele.

Ana Cláudia de Souza Pimenta, denunciada por tentar matar o marido asfixiado enquanto o casal fazia sexo, havia casado com ele apenas quatro dias antes da tentativa de homicídio, conforme informações do Ministério Público do Ceará (MP-CE). O crime ocorreu em 4 de outubro, na cidade de Milhã, no interior do Ceará.

Segundo a denúncia, Ana Cláudia amarrou o marido na cama alegando que as cordas faziam parte de um fetiche e, em seguida, tentou sufocá-lo. A mulher de 42 anos também teria dito que se casou com o marido, de 66 anos, com objetivo de ficar com os seus bens, incluindo a casa e o carro.

“No momento em que a vítima ficou imóvel, a acusada começou a proferir insultos [contra o marido, que terá identidade preservada]. Após finalizar as ofensas, ela teria iniciado o estrangulamento”, afirma o autor da denúncia, o promotor do Ministério Público Gustavo de Souza.
Ainda segundo o promotor, mesmo amarrado, o marido conseguiu chamar o filho, que mora próximo ao local da ocorrência. Com isso, Ana Cláudia teria libertado o marido, temendo ser pega em flagrante.

Ana Cláudia foi presa em flagrante e levada à Delegacia Regional de Quixadá sob os efeitos de medicação para dormir, que ela havia tomado logo após o crime.

Ela é acusada de tentativa de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, com uso de asfixia e com uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima.

O Ministério Público requer ainda que investigação de suposto tratamento psiquiátrico utilizado pela acusada, usado como argumento de defesa.

Segundo o Ministério Público, a denúncia contra a esposa é baseada em laudo pericial de exame de corpo delito, fotos registradas no cenário da ocorrência e depoimentos das testemunhas.

 

Conselho de Biomedicina apura possível infração em caso de fotógrafa que morreu após anestesia em Cosmópolis

Roberta procurou uma clínica estética para fazer um endolaser, técnica que usa laser para remover gordura localizada e diminuir a flacidez. Ela teria sentido um mal-estar logo após a aplicação da anestesia.

O Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região (CRBM1) informou neste domingo (15) que vai abrir sindicância para apurar supostos atos infracionais cometidos pela biomédica que aplicou a anestesia que culminou na morte da fotógrafa Roberta Correa. Ela morreu depois de dar entrada em uma clínica particular de Cosmópolis (SP) para fazer um procedimento estético.

O CRBM1 informou que “não há registro de quaisquer irregularidades contra a profissional Vanuza de Aguilar Takata”, e que ela é biomédica regularmente. Contudo, vai seguir acompanhando as investigações sobre o caso.

“A autarquia acompanha o trabalho e aguarda o resultado das investigações pelas autoridades competentes. Em paralelo, dará início imediato a sindicância interna a fim de apurar supostos atos infracionais cometidos”, informou o CRBM1.

Roberta procurou a clínica estética na segunda-feira (9) para fazer um endolaser, técnica que usa laser para remover gordura localizada e diminuir a flacidez. Ela teria sentido um mal-estar logo após a aplicação da anestesia.

A biomédica Vanuza Aguilar Takata confirma que a paciente passou mal logo no início da aplicação do anestésico, que teria sido realizada por outra profissional devidamente habilitada, mas destaca que o procedimento sequer começou. Diz ainda que “o socorro foi prestado imediatamente e as profissionais colocaram-se à disposição para todas às necessidades e averiguações”.

Já do Spazio Di Bellezza Estevam, imóvel onde ocorreu atendimento afirma que, como possui cômodos desocupados, alugou para outros profissionais de beleza, incluindo a clínica, e que cada um é responsável autônomo por sua prestação de serviço. Informou também que a Vigilância Sanitária compareceu ao local e tomou medidas pertinentes à sala do atendimento.

Passou mal após anestesia
Paola Eliza Lück de Paula é prima da vítima e contou à EPTV, afiliada da TV Globo, tudo o que aconteceu depois da aplicação da anestesia. “Ela começou a sentir um calafrio. Pelo que a gente sabe, a esteticista falou que era normal isso”.

“Começou o procedimento, logo em seguida a Roberta começou a sentir, acredito, dores, convulsionando, pediu para parar, não segurar ela. Não tinha ninguém segurando, ela parou, desmaiou e teve a parada cardíaca”, relata a prima.

A clínica fica a cerca de 350 metros da Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis. A família diz que a biomédica demorou para pedir o resgate. Quando chegou na unidade, foi diagnosticada com parada cardíaca e, dias depois, teve a morte cerebral confirmada. Ela deixa dois filhos e o marido.

“A profissional não sabia o que fazer. Na hora, provavelmente, ficou muito desesperada e não teve reação de imediato, demorou um pouquinho para prestar socorro, trazê-la para o hospital com o veículo. Ocasionou a falta de oxigênio no cérebro, foi quando ela foi para a UTI”.

“Infelizmente, nós perdemos uma vida. Uma pessoa fantástica, com muitos projetos, sonhos. A gente quer apurar o que aconteceu pra gente não deixar essa luz que a Roberta tinha se apagar desse jeito. Não é justo. A gente tem que deixar a luz dela brilhando”.