Imagens mostram Natália Ponte, acusada da morte de Joaquim, no Fórum de Ribeirão Preto, SP
Psicóloga e o ex-companheiro, Guilherme Longo, começaram a ser julgados nesta segunda-feira (16) pela morte do menino Joaquim, em novembro de 2013 em Ribeirão Preto.
Imagens feitas pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram Natália Ponte, mãe do menino Joaquim Ponte Marques, no Fórum de Ribeirão Preto (SP). Ela e o ex-companheiro, Guilherme Longo, começaram a ser julgados nesta segunda-feira (16) pela morte da criança. O crime foi em novembro de 2013. O casal é acusado de homicídio triplamente qualificado.
Nas imagens feitas durante o intervalo para o almoço, Natália aparece sentada acompanhada do atual marido. Depois, advogados de defesa se aproximam e conversam com ela. Antes de retornar ao tribunal do júri, Natália se despede do companheiro com um beijo e caminha em direção à sala do julgamento.
Psicóloga de formação, Natália chegou na manhã desta segunda-feira ao Fórum sem chamar atenção. Na época do crime, esteve presa temporariamente por suspeita de participação na morte de Joaquim, mas acabou solta por força de um habeas corpus.
Ao longo de dez anos, ela respondeu o processo em liberdade e voltou a morar em São Joaquim da Barra (SP), cidade natal dela que fica a 72 quilômetros de Ribeirão Preto.
Ela se casou novamente e tem um casal de gêmeos de um ano, além de um filho mais velho, com 10 anos, fruto do relacionamento com Longo e bebê na época da morte de Joaquim.
Segundo o advogado Nathan Castelo Branco de Carvalho, Natália está bem, mas vinha apresentando crises de ansiedade com a aproximação do julgamento.
“Evidente que, depois de dez anos, quando está chegando o momento da conclusão, se cria uma ansiedade muito grande. Tenho tentado acalmá-la, explicando que, infelizmente, ela está tendo que passar por isso de uma maneira desnecessária a nosso ver, mas que isso vai resolver bem. A gente tem muita confiança que essa injustiça contra ela vai ser reparada.”
Os últimos dez anos de vida, segundo ele, foram de muita aflição para Natália.
“A acusação que pesa contra ela não é uma acusação de ter participado da morte do Joaquim, seria uma suposta omissão. O que diz a acusação é que ela deveria ter previsto que o companheiro poderia ter feito o que fez e, como ela não retirou o companheiro do convívio com a criança, ela, de certa forma, assumiu o risco de isso ter acontecido. É uma acusação infundada.”
Natália responde por omissão. Segundo o Ministério Público, ela tinha capacidade de afastar a criança do convívio com o padrasto, já que Guilherme Longo tinha começado a apresentar comportamento agressivo.