Motorista embriagado é preso após atropelar irmãos de 9 e 12 anos que iam para a escola no RS, diz BM

Conforme Brigada Militar, teste de alcoolemia apontou 0,61 mg/L. Estado de saúde de criança e adolescente atropelados é estável, segundo hospital.

Um motorista foi preso em flagrante, na manhã desta sexta-feira (20), após atropelar dois irmãos, de 9 e 12 anos, em Cruz Alta, no Noroeste do RS. De acordo com a Brigada Militar (BM), Luciano Melo, de 30 anos, estava embriagado.

O teste de alcoolemia apontou 0,61 mg/L, que é considerado crime de trânsito. O limite para enquadrar em crime de trânsito é 0,34 mg/L.

A defesa de Luciano ressalta que ele prestou socorro às vítimas, e que está à disposição para colaborar com a Justiça. Leia a nota na íntegra abaixo.

Os irmãos atropelados estavam indo para a escola. Eles foram encaminhados ao Hospital São Vicente de Paulo, no município. O estado de saúde de ambos é estável.

Segundo a BM, o homem perdeu o controle e capotou o veículo. Havia barro na pista no momento do acidente. Não está descartada a possibilidade de que o carro estivesse em alta velocidade no momento do acidente.

O condutor foi conduzido até a delegacia para registro do flagrante. Depois, deverá ser encaminhado ao presídio. Ele responderá por embriaguez ao volante e lesão corporal.

Nota da defesa do preso
Nota à Imprensa

O advogado Julio Cesar Pauvels, que patrocina a defesa do indivíduo preso, pelo lamentável acidente ocorrido na data de hoje, as quais ocasionaram lesões corporais em pedestres.

Nesse momento, não há que se falar nos fatos, quanto ao dolo ou culpa, mas sim, na integridade física e mental das vítimas.

O representado permaneceu a todo momento no local, prestando os primeiros socorros as vítimas.

O representado já coloca-se a disposição para auxílio material aos mesmos e a sua família.

Quanto aos fatos, o representado se resguarda a se manifestar em momento processual adequado sobre a elucidação dos fatos, evitando conclusões antecipadas.

 

Saiba como agia o ‘golpista do amor’, suspeito de causar prejuízo de mais de R$ 300 mil a pessoas que conhecia pela internet

Segundo a Polícia Civil, Darlan Jessie de Oliveira Bolener alegava ter câncer em fase terminal para pedir dinheiro às vítimas. Investigação aponta que ele se passava por médico, empresário e neto de desembargadora

Considerado pela polícia como “golpista do amor”, Darlan Jessie de Oliveira Bolener, de 31 anos, suspeito de aplicar golpes em mais de 15 pessoas que conheceu pela internet, se passava por médico, empresário e neto de desembargadora para se aproximar das vítimas e conquistar a confiança delas. Depois, segundo os investigadores, alegava ter câncer em fase terminal para pedir dinheiro.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Darlan para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.

Darlan foi preso na quarta-feira (18), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, devido a um suposto crime que cometeu contra uma moradora de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), Darlan também ficou conhecido como Gabriel Arcanjo e é investigado por estelionato em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. A Polícia Civil de Goiás informou que o suspeito já causou um prejuízo de mais de R$ 300 mil.

Para aplicar o golpe contra a vítima de Águas Lindas de Goiás, o delegado João Carlos de Freitas Junior informou que o suspeito se aproximou, começou um relacionamento amoroso com ela, e, após ganhar confiança, pediu R$ 5 mil emprestado para ajudar no tratamento de saúde de um familiar, que supostamente mora no Mato Grosso. Após receber a quantia, ele desapareceu.

Em 2019, agindo da mesma forma, o homem também enganou um funcionário público do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF). Dessa vez, a vítima teve um prejuízo de R$ 300 mil.

Além de ser preso na última quarta, Darlan teve as contas bancárias bloqueadas. No momento da prisão, os agentes encontraram R$ 2.490 em espécie no bolso dele.

Como ele agia
De acordo com a PC-DF, Darlan usava as redes sociais para atrair vítimas, sempre da mesma forma: alegando ter uma doença grave. No histórico de crimes, conforme a PC-DF, ele também ofertava falsos empregos e bolsas de estudo que não existiam.

Ele conhecia as vítimas pela internet ou aplicativo de relacionamento e iniciava relações amorosas com elas. Após ganhar a confiança delas, o suspeito inventava que estava doente, com problemas, e começava a pedir dinheiro. Quando a vítima mandava o dinheiro, ele desaparecia”, explicada João Carlos de Freitas.
Ainda conforme o delegado, o suspeito passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (19), mas, por se tratar de um mandado de prisão preventiva, apenas o juiz que mandou prendê-lo pode mandar soltá-lo. Por esse motivo, Darlan deve continuar preso. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) informou que Darlan responde por estelionato, uso de documentação falsa e receptação. Somadas, as penas podem chegar a 12 anos de prisão.

Jovem é preso suspeito de matar amigo, enrolar corpo a lençol e jogar em parque de Goiânia; vídeo mostra crime

Ao ser interrogado, Hittalo Gomes Costa negou qualquer crime contra a vítima, Armando Silva. Homem estava escondido no apartamento de outra amiga, em Caldas Novas.

Um jovem de 22 anos foi preso suspeito de matar o amigo com quem morava, enrolar o corpo em um lençol e jogar no Jardim Botânico, em Goiânia. Ao ser interrogado, Hittalo Gomes Costa negou qualquer crime contra a vítima, Armando Silva, de 27 anos. Um vídeo registrou quando um homem sai da casa carregando o corpo do rapaz morto (veja acima).

O delegado Vinícius Teles explicou que os dois amigos moravam juntos há cerca de 1 mês quando o crime aconteceu, no dia 5 de setembro deste ano.

“Ainda não temos a motivação do crime, pois o suposto autor nego a prática do crime. Eles moravam juntos e, por conta dos vídeos captados, não há dúvida de que fora ele o autor do fato. Portanto, somente ele pode explicar a motivação”, disse.

Teles explicou ainda que Hittalo matou Armando e saiu de casa. Momentos depois. Uma câmera de segurança mostra quando um homem sai da casa carregando o corpo da vítima em um lençol.

“Certamente ele fez isso para dificultar a identificação dele, já que o corpo no bosque geraria outras possibilidades, além de dar maior tempo para fuga, pois o corpo só foi descoberto no dia 8. Se o corpo ficasse na casa, todas as suspeitas cairiam diretamente para ele. Até por isso ele chegou a lavar o local”, contou o delegado.

Hittalo foi preso em Caldas Novas. Ele estava escondido no apartamento de outra amiga.

Família encontrou corpo
O tio de Armando disse que seguiu os vestígios de sangue que estavam na casa para encontrar o corpo do sobrinho. A família, que mora em Uberlândia (MG), veio a Goiânia em busca do rapaz, que não respondia as tentativas de contato por dias.

A casa estava arrombada, mas parentes do jovem assassinado não perceberam o desaparecimento de qualquer objeto.

 

PF investiga uso ilegal de sistema de rastreamento de celulares por agentes da Abin durante governo Bolsonaro

A Polícia Federal prendeu dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência, e a Abin afastou 5 diretores. A suspeita é que o grupo tenha espionado políticos, jornalistas, juízes, integrantes do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral.

A Polícia Federal está investigando o uso ilegal de um sistema de rastreamento de celulares por agentes da Abin durante o governo Jair Bolsonaro. Dois servidores da agência foram presos.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF – Supremo Tribunal Federal. A Polícia Federal cumpriu 25 mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás. Dezenove pessoas foram ouvidas simultaneamente pelos investigadores.

Os servidores presos são Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky. Os dois enfrentavam um processo interno por questões administrativas e, segundo as investigações, tentaram coagir a direção da Abin, ameaçando divulgar o uso indevido do programa de monitoramento caso fossem demitidos.

O programa, chamado First Mile, é um sistema espião que monitora a localização de celulares. De acordo com as investigações, servidores da Abin usaram esse sistema durante o governo Jair Bolsonaro de maneira ilegal, sem a autorização da Justiça, para invadir a rede de telefonia e monitorar a localização de pessoas. Há indícios de que foram espionados ilegalmente servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes e integrantes do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral.

Pela lei, a Abin não pode fazer nenhum tipo de interceptação telefônica. Apenas as polícias Federal e Civil, e o Ministério Público, sempre com autorização judicial.

Com a operação desta sexta-feira (20), cinco diretores da Abin foram afastados dos cargos. Na casa de um deles, Paulo Maurício Fortunato Pinto, secretário de Planejamento e Gestão da Abin, a Polícia Federal apreendeu US$ 170 mil. A PF vai investigar a origem do dinheiro. No depoimento, Paulo Maurício ficou em silêncio.

Outro alvo é Caio César dos Santos Cruz, apontado como representante da empresa israelense que vendeu o programa para a Abin. Ele é filho do ex-ministro de Bolsonaro, general Carlos Alberto Santos Cruz.

O sistema foi comprado de uma empresa israelense por quase R$ 6 milhões, sem licitação em 2018, ainda no governo Michel Temer.

Durante as buscas, a Polícia Federal encontrou indícios de que o Exército também comprou esse sistema. Em nota, o Exército disse que não comenta assuntos de inteligência.

A PF afirma que o sistema foi utilizado ilegalmente quando a Abin era presidida pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem, do PL, do Rio de Janeiro. Investigadores descobriram que foram feitos 33 mil acessos de localização telefônica sem autorização da Justiça. Mas a maioria foi apagada. Até agora, a Polícia Federal conseguiu recuperar e identificar 1,8 mil acessos ilegais.

A Abin declarou que em março abriu uma sindicância para investigar o suposto uso ilegal do sistema de rastreamento e que vem repassando todas as informações para os órgãos responsáveis. Disse ainda que desde maio de 2021 o sistema não é utilizado.

O deputado Alexandre Ramagem, do PL, disse que, quando assumiu a Abin, em 2019, promoveu auditoria em todos os contratos da agência; que a operação desta sexta-feira (20) foi possível graças a esse trabalho de austeridade.

O Jornal Nacional não conseguiu contato com outros citados na reportagem.

Na noite desta sexta-feira (20), o Diário Oficial publicou a demissão dos dois servidores que foram presos hoje: Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky.

Locutor de rodeio é preso suspeito de aplicar golpes em bares, barbearia e até prostíbulo em Goiás

Segundo a polícia, suspeito consumia o serviço e, no momento do pagamento, simulava que o cartão estaria sem limite para o pagamento. Defesa do locutor diz que só vai se manifestar nos autos do processo.

Um locutor de rodeio foi preso suspeito de aplicar golpes em pelo menos oito comércios de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, como bares, barbearia e até prostíbulo. De acordo com a Polícia Civil, Charles Aparecido Guimarães Rocha entrava nos estabelecimentos, consumia o serviço e, no momento do pagamento, simulava que o cartão estaria sem limite para o pagamento e que iria buscar algo para pagar, mas não retornava.

“Ele é muito bom de papo. Fala que é locutor e fala muito bem. Na hora de pagar, ele fala que vai até o carro e some, não honra o compromisso”, detalha o delegado Guilherme Carvalho.

A prisão aconteceu na quarta-feira (18). Ao g1, o advogado de Charles, Kleber Ioney, disse que “a defesa somente vai manifestar sobre fatos nos autos do processo, onde serão observados os princípios do contraditório e da ampla defesa”.

O delegado Guilherme Carvalho explicou que, após a prisão, um juiz estipulou uma fiança a Charles. Como até a tarde desta sexta-feira (20) o valor, que não foi divulgado, ainda não foi pago, ele permanece preso.

De acordo com a Polícia Civil, os golpes aplicados eram considerados “pequenos” e eram aplicados com frequência, como em bares, restaurantes, boates e prostíbulos, lojas de roupas, barbearias e outros.

O delegado Guilherme Carvalho explicou que o suspeito tem diversas passagens por estelionato e por furto mediante fraude. Caso seja condenado, as penas dos dois crimes pode chegar a 12 anos.

“Ele é um estelionatário antigo. A primeira anotação dele é de 2017”, disse o delegado.
À TV Anhanguera, Pablo Forlan, que é gerente de uma das lojas que vítimas de Charles disse que teve um prejuízo de quase R$ 1 mil.

“A gente fez toda a venda, todo o cadastro dele, ele falou que ia buscar o cartão e perguntou se podia levar o óculos. Eu falei que podia. Até hoje estou esperando ele lá para pagar”, disse Pablo.
Ainda de acordo com o delegado, ao ser preso, Charles reconheceu não ter realizado o pagamento de algumas das situações, ao afirmar que estaria sem dinheiro.

“Outros ele fala que pagou e a pessoa não anotou. Outros ele reconhece que não pagou e diz que ia pagar depois”, acrescenta o delegado.

Pastor e mulher são procurados pela polícia por suspeita de abusar sexualmente de fiéis de igreja em Goiás

Vanderlei de Oliveira e a esposa dele, Maria de Lurdes dos Santos Oliveira, estão foragidos. O pastor dizia que ‘incorporava anjos’ para praticar abusos contra fiéis.

O pastor Vanderlei de Oliveira e a esposa dele, Maria de Lurdes dos Santos Oliveira, estão sendo procurados pela Polícia Civil por suspeita de abusar sexualmente de fiéis, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo as investigações, até o momento, nove vítimas foram ouvidas, sendo que entre elas há homens e mulheres. Homem dizia que ‘incorporava anjos’ para praticar crimes.

A polícia descobriu os abusos depois que uma das vítimas procurou a delegacia no dia 2 de outubro. A delegada do caso, Isabella Joy Lima, afirma que os crimes, provavelmente, acontecem há mais de uma década, já que uma das vítimas identificadas foi abusada em 2013.

“Já tem no mínimo, que a gente tem noção, 10 anos que ele pratica esses crimes. E não existe um perfil de idade, de forma ou sexo. Além de que a gente sabe que existem mais vítimas, porque todas as nove que denunciaram afirmam que existem outras. Mas essas pessoas têm medo de denunciar”, detalha a delegada.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Vanderlei e da esposa ou quiser denunciar que sofreu algum abuso, deve procurar a polícia pelo 197. Também estão disponíveis os telefones: (62) 3328-2731 e (62) 9 8531-0086. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.

‘Incorporava anjos’
De acordo com a polícia, Vanderlei buscava vítimas que estivessem passando por algum problema emocional ou, até mesmo, uma enfermidade. Isso porque, segundo a delegada, essas pessoas estariam mais vulneráveis e seriam mais ‘fáceis’ de manipular, porque estavam desesperadas por ajuda.

A partir disso, o pastor iniciava uma ‘campanha de oração’ para a vítima. Ou seja, essa pessoa teria que participar de uma série de sessões de oração, onde se encontraria com o anjo, ‘incorporado’ por Vanderlei na casa do pastor.

Nesses encontros, o anjo dizia que poderia ajudar a pessoa a resolver seus problemas, desde que ela aceitasse cumprir as ordens dele. Era nesse momento que iniciavam-se os abusos – saiba mais sobre os crimes a partir do relato das vítimas ao final da reportagem.

A polícia também descobriu que Vanderlei filmava os abusos. O objetivo dele era usar as imagens para ameaçar as vítimas que se recusassem a continuar com as ‘campanhas espirituais’.

As vítimas relataram, ainda, que o pastor também mantinha um grupo de conversas no WhatsApp com fiéis. Lá estavam presentes vítimas, mas também outras pessoas, que ajudaram na investigação como testemunhas. No grupo, o pastor dizia que estava ‘incorporado’ com o anjo e que a suposta entidade responderia dúvidas por lá.

Segundo a polícia, Vanderlei deverá ser indiciado pelos crimes de violência sexual mediante fraude e estupro. Mas não se descarta o surgimento de outros crimes.

Esposa cúmplice
De acordo com a delegada, Maria de Lurdes dos Santos Oliveira sabia que o marido praticava os abusos contra fiéis. Em depoimento, a maioria das vítimas relata que a esposa do pastor estava presente durante os crimes e ajudava o marido a praticá-los.

“Ela não praticava ativamente os atos, mas sempre estava lá presente quando eles aconteciam. Apoiava o marido, dizia para as vítimas cumprirem as ordens dele”, afirma a delegada.
A mulher deverá ser indiciada por participação nos crimes de violência sexual mediante fraude e estupro.

Relato das vítimas
Uma das vítimas disse à polícia que frequentava a igreja do pastor há 8 anos e foi abusada por ele, pela primeira vez, no ano passado. Ela disse ainda que o pastor pediu fotos íntimas dela alegando que fazia parte de uma “campanha” para ter sucesso na vida e que anjos a ajudariam através dele. A vítima disse que enviou.

Em uma das situações descritas pela vítima, ela contou que o pastor teria dito que incorporou um “anjo” após um culto de libertação e que ela seria “amaldiçoada” se contasse para alguém sobre os pedidos dele. Logo depois disso, o suspeito teria passado a mão nas partes íntimas dela, colocou a boca nos seios e a beijou.

Segundo a mulher, a esposa do suspeito presenciou o abuso e ainda mandou que ela não negasse os pedidos feitos pelo marido, que incluíam até masturbação. Os crimes teriam acontecido em um “quarto de oração” da igreja e em uma casa.

No segundo abuso, em dezembro do ano passado, o pastor teria “incorporado” novamente e pediu para que a vítima não falasse nada ao companheiro e novamente tocou no corpo dela, de acordo com a vítima.

A mesma vítima denunciou ainda que, por uma terceira vez, durante a “campanha”, também foi abusada no “quarto de orações” e o pastor tirou a virgindade dela. A mulher contou que a esposa do suspeito estava perto e não fez nada.

O quarto abuso descrito pela vítima também aconteceu em dezembro de 2022 e o pastor tinha dito, inclusive, que não poderia usar preservativo e ela não tinha o direito de exigir, porque o “anjo” não aceitava, segundo a mulher. Depois disso, o suspeito falou à denunciante que ia parar a campanha porque estava tendo sentimentos por ela.

Fora da “campanha”, o pastor continuou ligando para a vítima e pedia para que ela se tocasse para ele assistir. Quando a vítima falou que não queria mais participar, o homem divulgou fotos íntimas dela para outros membros da igreja, o que ela descobriu em outubro deste ano.

À polícia, outra vítima disse que frequentou a igreja do pastor por 5 anos e ele a chamou dizendo que precisava fazer uma “campanha espiritual” porque o marido dela estava com um problema. Durante o abuso, o homem chegou a falar que um “anjo” estava com ele, segundo a mulher.

No primeiro dia da “campanha”, o pastor pediu para que a mulher falasse o que gostaria que o marido fizesse com ela sexualmente, conforme o relato. No segundo, o pastor tocou as partes íntimas da mulher, colocou a boca nos seios e encostou a mão dela nas partes íntimas dele, de acordo com ela.

Durante o abuso, a mulher tentou empurrar o suspeito, ele teria dito que ela tinha que continuar a “campanha” e a fez prometer que não contaria para ninguém porque as pessoas não entenderiam, conforme detalhou o relato.

Câmera mostra fotógrafa que morreu após procedimento estético em Cosmópolis chegando a clínica e sendo resgatada

Roberta Correa sofreu uma parada cardíaca depois da anestesia e morreu após ficar internada por cinco dias. Polícia Civil aguarda resultado de laudo para identificar a causa da morte.

Imagens de câmera de segurança cedidas pela Polícia Civil mostram o momento que a fotógrafa Roberta Correa chega à clínica na qual passou mal após iniciar um procedimento estético, em Cosmópolis (SP). Ela sofreu uma parada cardíaca depois da anestesia e morreu após ficar internada.

As imagens mostram que ela chega à clínica às 10h57 do último dia 9. Às 12h20, uma ambulância aparece e para em frente ao salão.

Cinco minutos depois, é possível ver Roberta sendo levada pelos socorristas para a ambulância. Ao mesmo tempo, uma mulher sai do salão e entra num carro que segue a ambulância pela rua.

Roberta ficou internada na Santa Casa da cidade e teve a morte confirmada cinco dias depois.

A Polícia Civil ouviu, nesta sexta-feira (20), Isabella Dourado Fernandes, esteticista e cosmetóloga de 29 anos que foi responsável pela aplicação da anestesia na fotógrafa.

Isabella trabalhava no procedimento com Vanuza de Aguilar Takata, que prestou depoimento na quarta-feira (18).

No depoimento, Isabella disse que não acredita que houve erro na aplicação, mas sim uma reação ao anestésico, informou o delegado.

“Me explicou que foi utilizada lidocaína mais epinefrina. A quantidade é uma ampola e dilui isso com soro fisiológico. Isso aí é menos de 10 miligramas […] A Isabella falou que já fez mais de 50 procedimentos desta natureza. A Vanuza diz que já fez aproximadamente 30 e que não teve intercorrências em nenhum deles”.

A esteticista também relatou que Roberta sentiu dor, ardor e queimação depois que recebeu a anestesia em um dos lados do corpo.

“Em seguida, ela começou a sentir alguns calafrios, desligaram o ar condicionado, cobriram a Roberta e aí ela apresentou uma leve melhora. Só que essa melhora foi bem breve e logo em seguida ela começou a convulsionar”.

Perigolo informou que Isabella e Vanuza afirmaram em seus depoimentos que aprenderam técnicas de primeiros-socorros em cursos que fizeram, mas optaram por acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para levá-la a um hospital.

“A partir do momento em que começou a convulsionar, já teria pedido para uma outra pessoa que estava ali ligar para o 192, do Samu, enquanto elas seguravam a Roberta, que apresentava convulsão e tremia muito”.

Também já foram colhidos depoimentos de familiares de Roberta, além de socorristas e o médico que atendeu a vítima na Santa Casa. Embora ainda mais pessoas para ouvir, o delegado afirmou que o laudo necroscópico, que vai apontar a causa da morte, é crucial para a conclusão do inquérito.

“Agora é aguardar o laudo, analisar todas as provas juntas e relatar esse inquérito para a Justiça. Dependendo do resultado do laudo, elas podem vir a ser indiciadas ou não”.
O local onde ocorreu o procedimento também foi alvo de perícia. Caso haja constatação de irregularidade, ele diz que as investigadas podem responder por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar.

O que diz a defesa de Isabella
Já o advogado de Isabella, Rodrigo Feitosa Lopes, reforçou que ela possui todas as habilitações profissionais exigidas em lei, incluindo o curso para aplicação de endolaser, e que os documentos que comprovam isso foram entregues à polícia.

A defesa também apontou que, embora seja minimamente invasivo, esse procedimento, assim como outras técnicas, não está isento de eventuais riscos, embora eles sejam raríssimos.

“A ficha de anamnese [pesquisa de histórico de saúde da paciente] em questão consta a informação que não possuía antecedentes de reações alérgicas, irritações ou sensações de desconfortos intensas a produtos de uso cosméticos e medicamentos”, acrescentou.
“Lamentamos profundamente a perda da Sra. Roberta Correa e sabemos que não há nada que possa consolar essa dor. E tudo que estiver ao alcance para que esse processo seja menos doloroso, estaremos à disposição. Apenas ressaltamos que as profissionais envolvidas agiram de maneira ética e profissional, no exercício regular da profissão, de modo responsivo e responsável”.

O que diz a biomédica
Em depoimento à polícia, a biomédica Vanuza afirmou que conheceu Isabella quando as duas fizeram um curso de endolaser. Também disse que no dia da aplicação de endolaser na fotógrafa, que é um procedimento para remover gordura localizada, atendeu antes outras duas pessoas.

O advogado de Vanuza, João Paulo Sangion, também esteve na delegacia e disse que Roberta teria dito que tinha melhorado, antes de um desconforto, e depois convulsionou.

“O calafrio e uma leve sensação, desconforto de queimação, podem ser sintomas normais da aplicação de uma anestesia, segundo a experiência delas, os cursos que minha cliente fez. Então, o que houve? Chegou um momento que ela [Roberta] disse: ‘ok, já estou me sentindo bem novamente’ com o cobertor. Então, ela convulsionou”.

Em nota divulgada após a morte de Roberta, a biomédica afirmou que a paciente passou mal no início da aplicação do anestésico, realizado pela outra profissional. E que “o socorro foi prestado imediatamente e as profissionais colocaram-se à disposição para todas as necessidades e averiguações”.

“É importante esclarecer que a senhora Vanuza é biomédica há 12 anos, pós-graduada em medicina estética há quatro anos e está totalmente disposta a colaborar com as investigações”, afirmou o advogado da profissional.
O conselho informou que, até o momento, não há registro de irregularidades durante a atividade profissional dela. No entanto, o CRBM1 também apura o caso.

Entenda a cronologia do caso
Roberta Correa procurou clínica para fazer um endolaser, técnica para remover gordura localizada, mas passou mal e morreu.
Uma prima da vítima disse que, depois da anestesia, Roberta começou a sentir um calafrio, desmaiou e teve uma parada cardíaca.
Ela foi socorrida e levada para a Santa Casa da cidade, onde foi constatado que tinha tido ocorrido uma parada cardíaca. Cinco dias depois, teve morte cerebral.
Roberta era fotógrafa, trabalhava com comunicação e produção musical. Era conhecida na cidade e deixa dois filhos e o marido.
A clínica fica a cerca de 350 metros da Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis e a família diz que a biomédica demorou para pedir o resgate.
O local foi lacrado após constatação de que não tinha autorização para realizar o procedimento estético.
A Polícia Civil instaurou inquérito e o Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região (CRBM1) também apura o caso.
O CRBM1 informou que “não há registro de quaisquer irregularidades contra a profissional Vanuza de Aguilar Takata”, e que ela é biomédica regularmente, mas que vai seguir acompanhando o caso.
A responsável pelo imóvel onde ocorreu atendimento afirma que aluga ele para profissionais de beleza, incluindo a clínica, e que cada um é responsável por sua prestação de serviço.

 

Polícia da Bahia encontra três cães sem água e comida na casa de jogador de futebol preso por homicídio na Espírito Santo

Kel Baiano, de 29 anos, tem passagens por times como Fluminense, Bahia de Feira, Jacobinense, Doce Mel, Jequié, Barcelona de Ilhéus e Atlético de Alagoinhas.

A Polícia Civil da Bahia cumpriu mandado de busca e apreensão, na quinta-feira (19), em uma casa do jogador de futebol Kel Baiano, na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador.

O atacante foi preso, na noite de quarta (18), em Patos, na Paraíba, suspeito de ser mandante de um homicídio.

A Polícia Civil da Bahia informou que três cães de raça foram encontrados no imóvel, localizado no bairro Parque Ipê. A casa estava fechada há três dias e os animais, que estavam sem água e alimento foram levados para uma clínica veterinária. A situação se configura crime de maus-tratos.

Em 2023, Kel Baiano disputou oito partidas no Campeonato Baiano pelo Jacobinense e marcou um gol. O atacante também tem passagens pelo Fluminense de Feira, Bahia de Feira, Atlético de Alagoinhas, Doce Mel, Jequié e Barcelona de Ilhéus.

Após disputar o Campeonato Baiano deste ano, Kel Baiano defendeu o Nacional de Patos, na primeira divisão do Campeonato Paraibano e na Série D do Brasileirão, e o Esporte de Patos, na segunda divisão estadual da Paraíba.

Segundo informações da Polícia Civil do Espírito Santo, o mandado de prisão temporária contra Kel Baiano foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), onde um homicídio está sendo investigado.

A Polícia Civil capixaba, então, solicitou o auxílio da Polícia Civil da Paraíba para prender o jogador, suspeito de ser mandante do crime, e que era considerado foragido. Kel Baiano foi encaminhado para a carceragem da Central de Polícia, em Patos, onde está à disposição da Justiça

Carreira no futebol
Kel Baiano defendeu vários times Brasil afora, ao longo dos últimos sete anos. Ele vestiu as camisas de várias equipes da Bahia, seu estado natal, a exemplo de Fluminense de Feira, Jequié, Atlético-BA, Doce Mel, Bahia de Feira, Barcelona de Ilhéus, Jacobina. Mas passou ainda por times do Ceará (Ferroviário), do Espírito Santo (Real Noroeste), do Rio Grande do Sul (Garibaldi).

Mais recentemente, já nesta temporada, atuou no futebol paraibano, pelo Nacional de Patos e pelo Esporte de Patos. Segundo a Draco, Kel Baiano já estava contratado para jogar no futebol do Rio Grande do Norte, mas o ge não conseguiu confirmar por qual clube.

Justiça mantém prisão de suspeito de estuprar adolescentes após atraí-las com falso sorteio de celular na Bahia

Prisão aconteceu na quarta-feira (18), durante a ‘Operação Querubim’, em Lauro de Freitas.

A Justiça manteve a prisão do homem de 28 anos suspeito de violentar, filmar e extorquir menores de idade, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Segundo a Polícia Civil, Lucas Santos atraía vítimas com um falso sorteio de celular. [Veja mais abaixo como funcionava o esquema]

Lucas Santos teve um mandado de prisão temporária cumprida na quarta-feira (18). Além de ter o mandado cumprido por estupro, a Polícia Civil informou que o homem foi autuado em flagrante pelo crime de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente.

O homem passou por audiência de custódia na quinta (19). O juiz converteu a prisão em flagrante em preventiva. Com isso, ele tem uma temporária e uma preventiva em andamento.

De acordo com a polícia, a “Operação Querubim” é resultado de investigações da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca) que duraram 18 meses.

A Polícia Civil informou que a primeira denúncia contra o homem foi feita há cerca de um ano e meio. Depois, houve um segundo registro de Boletim de Ocorrência (BO). As duas vítimas são adolescentes de 15 anos.

A corporação disse que um mandado de busca e apreensão foi cumprido. Segundo as investigações, há possibilidade de que mais vítimas façam denúncias.

A delegada da Dercca, Simone Moutinho, responsável pelas investigações, explicou como o suspeito agia. Veja abaixo o passo a passo:

O suspeito conquistava a confiança das vítimas na internet, às vezes se passando por mulheres ou pessoas da mesma idade;
Em seguida, o homem dizia que faria um sorteio de um celular, e, posteriormente, dizia que a vítima havia ganhado o prêmio;
Ele, então, pagava o transporte por aplicativo para que a vítima fosse até o local indicado retirar o celular;
No local, a vítima era estuprada, além de fotografada e filmada.
Depois, conforme as investigações, o suspeito ainda fazia extorsão, obrigando a vítima a retornar ao local para novamente serem estupradas.

De acordo com a delegada, o homem negou o estupro e disse que as relações eram consensuais.

“Ele falou que marca encontros pelas redes sociais e que todas as relações que ele tem, as mulheres querem estar com ele. Ele negou qualquer situação de estupro e falou que, algumas vezes, para essas adolescentes estarem com ele, ele faz alguns PIX”, disse.
A Dercca também investiga a possível ocorrência do crime de estupro por meio virtual. Na casa do homem, foi apreendido um celular. No aparelho, foi constatado, além de vídeos e imagens, mensagens que mostram a ação do suspeito.

PF investiga se loja que receberia carga de caminhão interceptado por policiais civis do RJ é de fachada

Endereço da loja é o mesmo que receberia carga apreendida de 11,6 toneladas de maconha em 2021 vinda do mesmo lugar: o Mato Grosso do Sul.

A Polícia Federal investiga se a loja que aguardava a carga do caminhão interceptado por policiais civis da Delegacia de Repressão e Furtos de Cargas (DRFC) é de fachada.

O endereço localizado no bairro do Fonseca, em Niterói, é o mesmo para onde, em 2021, seguia uma carga apreendida pela Polícia Federal de 11,6 toneladas de maconha.

As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público estadual descobriram que o caminhão, vindo do Mato Grosso do Sul, foi interceptado por policiais civis que levaram a carga de 16 toneladas de maconha para a Cidade da Polícia e, em troca de propina, entregaram a droga para traficantes do Comando Vermelho.

De acordo com investigações, a droga foi para o Complexo de Manguinhos e o pagamento foi feito no Complexo do Alemão.

Chamou a atenção dos investigadores uma série de semelhanças entre essa carga de 16 toneladas de maconha com a que foi apreendida em 2021.

A primeira é o itinerário entre Mato Grosso do Sul e a loja de carnes em Niterói. As duas notas fiscais, tanto a de agora, como de 2021, informavam que a carga era de frango.

Os policiais descobriram ainda que o caminhão, interceptado pelos policiais da Delegacia de Cargas, está em nome Giovani Luís Cavagni, preso em 30 de julho passado transportando duas toneladas de maconha que estavam escondidas em um compartimento localizado na câmara fria de um caminhão.

De acordo com a nota fiscal, a carga transportada era de 16 toneladas de frango a um custo de R$ 35,2 mil. Na verdade, se descobriu que havia 16 toneladas de maconha que foram negociadas para os policiais por traficantes a um custo de R$ 300 mil.

16 toneladas de maconha
Os quatro policiais civis e um advogado foram presos por tráfico de drogas nesta quinta.

As investigações apontam que há 2 meses os 4 agentes, então lotados na DRFC, venderam 16 toneladas de maconha para o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do RJ. Os suspeitos teriam, inclusive, escoltado a carga até uma favela dominada pelos traficantes.

Os cinco mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende. Agentes foram atrás dos alvos da operação em endereços na capital fluminense e em Saquarema. Um dos locais é a Cidade da Polícia, onde fica a DRFC, na Zona Norte.

Quem são os presos
Alexandre Barbosa da Costa Amazonas, ex-agente da DRFC;
Eduardo Macedo de Carvalho, ex-agente da DRFC;
Juan Felipe Alves da Silva, ex-chefe do setor de investigações da DRFC;
Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão, advogado;
Renan Macedo Guimarães, ex-agente da DRFC.
Os policiais presos não trabalhavam mais para a DRFC desde setembro, quando houve uma troca de comando na especializada, sendo realocados em diferentes unidades.

Flagrante na divisa
De acordo com a PF e o MPRJ, em 8 de agosto deste ano, duas viaturas da DRFC abordaram na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro um caminhão — que já vinha sendo monitorado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) — com 16 toneladas de maconha.

“Após escoltarem o caminhão até a Cidade da Polícia Civil, os policiais civis negociaram, por meio de um advogado, a liberação da carga entorpecente e a soltura do motorista, mediante o pagamento de propina”, afirmou a PF, em nota.

Ainda segundo a Polícia Federal, no dia 9 de agosto “três viaturas ostensivas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos”.

“O nome da operação Drake remete ao pirata e corsário inglês Francis Drake, que saqueava caravelas que transportavam material roubado e se julgava isento de culpa em razão da origem ilícita dos bens”, explicou a PF.

O que diz a Polícia Civil
“A Corregedoria-Geral de Polícia Civil apoiou a ação para cumprimento das ordens judiciais e está instaurando Processos Administrativos Disciplinares (PADs).

A Polícia Civil reforça que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita, reiterando seu compromisso de combate ao crime em defesa da sociedade.”