Locutor de rodeio é preso suspeito de aplicar golpes em bares, barbearia e até prostíbulo em Goiás
Segundo a polícia, suspeito consumia o serviço e, no momento do pagamento, simulava que o cartão estaria sem limite para o pagamento. Defesa do locutor diz que só vai se manifestar nos autos do processo.
Um locutor de rodeio foi preso suspeito de aplicar golpes em pelo menos oito comércios de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, como bares, barbearia e até prostíbulo. De acordo com a Polícia Civil, Charles Aparecido Guimarães Rocha entrava nos estabelecimentos, consumia o serviço e, no momento do pagamento, simulava que o cartão estaria sem limite para o pagamento e que iria buscar algo para pagar, mas não retornava.
“Ele é muito bom de papo. Fala que é locutor e fala muito bem. Na hora de pagar, ele fala que vai até o carro e some, não honra o compromisso”, detalha o delegado Guilherme Carvalho.
A prisão aconteceu na quarta-feira (18). Ao g1, o advogado de Charles, Kleber Ioney, disse que “a defesa somente vai manifestar sobre fatos nos autos do processo, onde serão observados os princípios do contraditório e da ampla defesa”.
O delegado Guilherme Carvalho explicou que, após a prisão, um juiz estipulou uma fiança a Charles. Como até a tarde desta sexta-feira (20) o valor, que não foi divulgado, ainda não foi pago, ele permanece preso.
De acordo com a Polícia Civil, os golpes aplicados eram considerados “pequenos” e eram aplicados com frequência, como em bares, restaurantes, boates e prostíbulos, lojas de roupas, barbearias e outros.
O delegado Guilherme Carvalho explicou que o suspeito tem diversas passagens por estelionato e por furto mediante fraude. Caso seja condenado, as penas dos dois crimes pode chegar a 12 anos.
“Ele é um estelionatário antigo. A primeira anotação dele é de 2017”, disse o delegado.
À TV Anhanguera, Pablo Forlan, que é gerente de uma das lojas que vítimas de Charles disse que teve um prejuízo de quase R$ 1 mil.
“A gente fez toda a venda, todo o cadastro dele, ele falou que ia buscar o cartão e perguntou se podia levar o óculos. Eu falei que podia. Até hoje estou esperando ele lá para pagar”, disse Pablo.
Ainda de acordo com o delegado, ao ser preso, Charles reconheceu não ter realizado o pagamento de algumas das situações, ao afirmar que estaria sem dinheiro.
“Outros ele fala que pagou e a pessoa não anotou. Outros ele reconhece que não pagou e diz que ia pagar depois”, acrescenta o delegado.