Prefeito de Canavieiras é cassado por omitir arrecadação e não repassar verbas

Defesa de Clóvis Roberto Almeida de Souza disse que vai correr em instâncias superiores. Vice-prefeito assumiu cargo nesta quinta-feira (2).

O prefeito da cidade de Canavieiras, no sul da Bahia, foi cassado por praticar diversas infrações politico-administrativas, na quarta-feira (1º). A defesa de Clóvis Roberto Almeida de Souza disse que vai correr em instâncias superiores.

A cassação foi aprovada por oito votos a três, a partir de votação instaurada pela Comissão Parlamentar Processante (CPP) da Câmara de Vereadores, que investigou as seguintes práticas irregulares:

O vice-prefeito Paulo César Ramos Carvalho assumiu a prefeitura em posse solene na manhã desta quinta-feira (2).

 

 

Suspeito de matar adolescente a facadas no norte da BA tem prisão em flagrante convertida para preventiva

De acordo com a Polícia Civil da região, o crime ocorreu durante uma briga da jovem com o suspeito, na cidade de Juazeiro.

O suspeito de matar a adolescente Jessica Judite dos Santos, de 17 anos, em Juazeiro, no norte da Bahia, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva nesta quinta-feira (2). A vítima foi atacada com golpes de faca.

De acordo com a Polícia Civil da região, o crime ocorreu na quarta-feira (1º) durante uma briga da jovem com o suspeito, que seria ex-namorado da adolescente. A identidade dele não foi revelada.

O homem ficou ferido e foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, onde está internado e aguarda audiência de custódia.

O corpo de Jessica Judite foi enterrado nesta quinta, em um cemintério no bairro João Paulo II, na cidade de Juazeiro.

 

Suspeita de matar advogada por interesse amoroso no marido da vítima segue foragida há um mês

Cinco homens foram presos suspeitos de participação no crime que resultou na morte de advogada no Ceará e na mãe dela. A mandante está foragida e é uma das mais procuradas do estado.

A empresária Maria Ediane da Mota Oliveira, suspeita de mandar matar uma advogada e mãe dela, segue foragida nesta quinta-feira (2), após um mês formalmente considerada foragida pela Justiça. Conforme a denúncia, ela contratou um “grupo de extermínio”, formado por três policiais, para matar a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria, por interesse no marido dela.

A mãe de Rafaela, Maria Socorro de Vasconcelos, que estava próxima à filha no momento do crime, também foi atingida pelos disparos e morreu.

Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, a empresária pagou R$ 70 mil para grupo de extermínio cometer o crime, em negociações feitas pelo WhatsApp.

Segundo policiais civis que investigaram o caso, Maria Ediane é empresária e coordena o “jogo do bicho” em diversas cidades do Ceará. Nos meses anteriores ao crime, ela foi alvo de ameaça de facções criminosas que queiram dominar a prática, que é ilegal.

Ainda conforme as investigações, o grupo de extermínio formado por quatro policiais passou dois meses investigando a rotina da advogada, a mando da empresária. Maria Ediane pagou adiantado parte do pagamento pelo crime, além de gastos com viagens, hospedagem e comida.

Ela mandou matar a advogada por interesse amoroso no marido dela (leia mais detalhes a seguir).

A Polícia Civil apontou que Maria Ediane teria interesse no marido da advogada, um tenente-coronel da Polícia Militar.

Nos celulares de Maria Ediane, investigados pela Polícia Civil, há troca de mensagens com um líder religioso que fez previsões sobre um possível relacionamento amoroso entre a empresária e o homem de interesse dela.

Ela pagou pelo menos R$ 850 ao religioso, que faria a previsão com base na parafina de uma vela consumida. A previsão do suposto vidente é que Ediane teria “dificuldades” no relacionamento.

A empresária teria contratado um grupo de extermínio, formado por três policiais e dois homens — que não são agentes de segurança. O grupo passou dois meses investigando a rotina da advogada. A polícia descobriu que nos aparelhos celulares dos suspeitos foram encontrados várias fotos da advogada como também do trabalho e da residência.

Presos envolvidos no crime
Cinco pessoas foram presas até a publicação desta reportagem; são elas:

O sargento da PM Amaury da Silva Araújo
O soldado Daniel Medeiros de Siqueira
O sargento Edilson Barbosa da Luz
Reginaldo Cavalcante dos Santos
José Elton Cavalcante Mano da Silva

 

 

Policial militar é denunciado por matar pai e filho a caminho da escola no Ceará

Crime foi registrado em agosto deste ano. Agente de segurança foi denunciado por duplo homicídio qualificado.

O soldado da Polícia Militar Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelos assassinatos de Francisco Adriano da Silva, de 42 anos, e o filho dele, de 13 anos, Francisco Gabriel da Silva. O crime ocorreu em 18 de agosto quando o pai levava o filho para a escola na cidade de Eusébio, na Grande Fortaleza.

O pai trabalhava em um cemitério e também em um estacionamento; e o filho, era estudante da Escola das Guaribas, uma unidade de ensino municipal de Eusébio. Soldado foi preso horas depois o crime. Em sua residência foram encontradas quatro armas, um simulacro e um silenciador.

A denúncia do MPCE, enviada à Vara Única Criminal de Eusébio, da Justiça Estadual, no último dia 20 de outubro, pede a condenação do policial militar pelos seguintes crimes:

duplo homicídio qualificado – com as qualificadoras de crueldade;
impossibilidade de defesa da vítima;
emprego de arma de fogo de uso restrito e contra menor de 14 anos, pela morte do adolescente;
e impossibilidade de defesa da vítima e emprego de arma de fogo de uso restrito, pelo assassinato do pai.
O relatório da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) apontou que o corpo do adolescente tinha 14 perfurações causadas por entradas e saídas de projéteis. O laudo aponta ainda que o do pai havia duas perfurações.

Por conta deste estudo, faz com que a Polícia Civil crer que o adolescente era o alvo dos criminosos, que o atacaram sem permitir qualquer chance de defesa e por motivo ainda desconhecido.

PM réu por balear criança

O policial militar já era réu na Justiça por suspeita de balear uma criança, à época com 2 anos, durante uma ocorrência em Fortaleza. Paulo Roberto já era investigado desde 2017, por suposta prática de lesão corporal grave na modalidade culposa.

Conforme os autos, que o g1 teve acesso, em junho daquele Paulo estava em uma composição acionada para conter um tumulto em um conjunto habitacional na avenida Jardim Fluminense, no Bairro Canindezinho, em Fortaleza.

Ao chegar ao local, os policiais encontraram indivíduos cometendo desordem e abordaram os suspeitos. Em seguida, os desordeiros passaram a falar palavras de baixo calão e partiram para cima dos policiais.

Para conter os suspeitos, um dos policiais deu um tiro com uma pistola em direção a um montante de areia no chão.

Consta no processo, que mesmo com o disparo, a população não se intimidou e começou a jogar objetos em direção à composição militar. Então, Paulo Roberto fez dois disparos para o alto.

Segundo a denúncia, alguns minutos depois, a guarnição recebeu a informação que uma criança de 2 anos havia sido baleada. No momento da confusão, ela estava em uma escada com o pai, quando foi atingida na coxa direita.

A menina foi socorrida por populares para uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa) da região e em seguida foi transferida ao Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF).

As armas dos agentes que atenderam a ocorrência foram apreendidas e passaram por um exame pericial, que constatou que o armamento estava funcionando normalmente.

 

MP denuncia por lesão corporal e maus-tratos a animais homem que agrediu irmã de Zanin, ministro do STF, e chutou cães dela em SP

Vídeo mostra momento em que homem desferiu chutes contra Caroline Zanin e os cachorros dela; caso ocorreu na Zona Oeste no dia 16 de outubro. Rogério Cardoso Júnior foi indiciado pela Polícia Civil e, agora, denunciado pelo Ministério Público.

O Ministério Público denunciou por crimes de lesão corporal contra mulher e maus-tratos a animais o homem que agrediu a advogada Caroline Zanin Martins, irmã do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, e chutou os dois cachorros dela, na Zona Oeste de São Paulo.

Uma câmera de segurança registrou o momento da agressão, no dia 16 de outubro, em Perdizes. Nas imagens, é possível ver que a advogada estava parada com seus dois cachorros na frente de um prédio, quando um homem passa e dá pontapés nela e nos animais.

Segundo a reportagem do g1 apurou, Rogério Cardoso Júnior, de 64 anos, prestou depoimento no dia 20 de outubro no 23º Distrito Policial e alegou à polícia que deu chutes para se defender após ser atacado pelos cachorros de Caroline (veja mais abaixo).

No dia 18, Caroline prestou depoimento, reconheceu Rogério por meio de uma foto como o suspeito de agredi-la e fez a representação para instauração de inquérito policial.

O laudo de lesão corporal do Instituto Médico Legal (IML) constatou que havia escoriação na região lateral da perna direita da advogada de natureza leve.

O laudo veterinário também apontou que um dos animais de Caroline, da raça Welsh Corgis, sofreu lesão na pata, unha e sangramento no local.

Indiciamento e denúncia
Após depoimento de Rogério e Caroline, além dos laudos periciais, o relatório final do inquérito policial foi concluído. Com isso, a polícia determinou pelo indiciamento por maus-tratos a animais e lesão corporal dolosa.

O Ministério Público denunciou Rogério por lesão corporal além de maus-tratos a animais por duas vezes, já que o homem chutou os dois cachorros de Caroline.

No pedido, o promotor Severino Antônio Tavares Moreira Barbosa entendeu que “a conduta do denunciado, de agredir a vítima e seus cães em plena via pública, a qual estava passeando com seus cachorros de pequeno porte, indica comportamento absolutamente reprovável”.

“De modo que a solução negociada de todo modo não se mostraria suficiente para a reprovação do crime, nos termos do dispositivo legal já mencionado”, ressaltou o promotor.

No caso do crime de lesão corporal, a lei de 2021 aumentou a pena em casos de violência de gênero. Antes, era de três meses até três anos. Agora, pode variar de um até quatro anos.

A Justiça ainda irá analisar a manifestação do MP e pode tornar Rogério réu, quando deve passar a ser processado pelos crimes.

Quando foi indiciado pela polícia, Rogério foi procurado pelo g1 e não quis falar sobre o assunto.

O que alegou o agressor?
Segundo a reportagem apurou, o homem disse à polícia que mora no bairro Perdizes há cerca de 17 anos e que na segunda-feira (16), ao retornar da academia a pé, se deparou com os cachorros de Caroline.

Disse que os animais foram agressivos e o atacaram, chegando a morder seu short e puxando a roupa para baixo.

Disse ainda que a advogada não segurou a guia dos animais e seguiu caminhando, quando, ao chegar perto do prédio, os cachorros tentaram ataca-lo novamente, momento que deu chutes para se defender e afastá-los.

Rogério afirmou à polícia que não teve intenção de lesionar a advogada e os cachorros, e que não acertou os chutes. Ele também alegou que não conhece Caroline e não sabia que era irmão do ministro do STF.

‘Me sinto insegura’
Caroline afirma que não conhecia Rogério e que nunca o viu antes pelo bairro. Ao g1, ela disse que foi traumatizante e está se sentindo insegura. Por isso, pretende se mudar de onde mora.

“Ele [suspeito] chegou do nada. Foi tudo muito rápido e traumatizante. Penso realmente em me mudar. Eu me sinto totalmente insegura”, afirmou a advogada nesta quinta-feira (19).
Ainda conforme a advogada, ela acredita que não tenha sido motivação política por conta do irmão, ministro do STF.

“Num primeiro momento eu acredito que não tenha motivação política. Até porque todos temos o direito de termos opiniões e posicionamentos políticos sem que isso resulte em qualquer forma de agressão”, diz Caroline.

“Penso ter sido mais uma agressão contra a mulher e animais porque sei que este tipo de violência é muito mais comum do que se imagina. Confio plenamente na justiça e tenho a certeza de que tudo será esclarecido da melhor forma”, complementou.