Caso Éverson: Justiça marca data para primeira audiência envolvendo mulher acusada de extorquir dinheiro de goleiro

Em 2022, Fabiana Coelho de Souza, afirmou que teve um relacionamento extraconjugal com o goleiro do Atlético-MG, Éverson Felipe Marques Pires. O processo corre em segredo de justiça.

A Justiça de Minas Gerais marcou para 27 de agosto de 2024 a primeira audiência de julgamento do processo de extorsão, envolvendo Fabiana Coelho de Souza e Éverson Felipe Marques Pires, goleiro do Atlético-MG. O processo corre em segredo de justiça, mas a informação foi confirmada pela defesa de Fabiana na tarde desta quinta-feira (16).

Em julho de 2022, ela afirmou ter um relacionamento extraconjugal com o jogador de futebol, que a acusou de extorsão. Pouco depois, segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Fabiana confessou o crime. (leia mais abaixo)

De acordo com o advogado da acusada, André Vartuli, a expectativa até a data da audiência é de acumular um conjunto de provas mais robusto para contestar a denúncia.

“Vamos nos dedicar agora a reunir provas pertinentes e convincentes para contestar a denúncia. Nosso objetivo é preparar o processo de forma abrangente, visando realizar uma audiência eficaz e bem fundamentada,” afirmou o advogado André Vartuli.
A reportagem do g1 Minas, tentou contato com a defesa do goleiro, mas sem sucesso. Até o momento, a assessoria de imprensa do clube não se manifestou.

Relembre o caso
Em 30 de junho de 2022, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Fabiana, no bairro Céu Azul, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, após uma determinação de uma juíza de Lagoa Santa, na Grande BH, consequência da denúncia de extorsão registrada pelo goleiro.
Em 5 de julho de 2022, Fabiana Coelho de Souza, na ocasião, com 40 anos de idade, afirmou em coletiva de imprensa que os dois mantiveram um caso extraconjugal desde 2021.
Segundo ela, o casal teve o primeiro encontro amoroso em 22 de junho de 2021. A fotógrafa fez uma tatuagem no braço como lembrança.
O jogador era casado com outra mulher, mas, de acordo com Fabiana, ele prometia se separar para ficar com ela.
Fabiana negou ter pedido dinheiro para o jogador, mas confessou o crime para o delegado do caso no dia seguinte.
No dia 10 de julho, o computador e celular da mulher foram periciados.
Já em 17 de agosto, a polícia indiciou a fotógrafa por perseguição e extorsão contra o goleiro.

Em 1º de setembro, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra Fabiana Coelho de Sousa, por suspeita de extorquir dinheiro e perseguir o goleiro Éverson. A mulher virou ré.
Na mesma decisão, a juíza Sandra Sallete da Silva, da Vara Criminal, de Execuções Penais e da Infância e Juventude da Comarca de Lagoa Santa, negou o pedido feito pela Polícia Civil para que a mulher fosse presa preventivamente.

 

Caso Mariana Thomaz: relembre o crime contra a estudante de medicina vítima de feminicídio; acusado é julgado nesta quinta-feira (16)

Johannes Dudeck é acusado de matar e estuprar a estudante Mariana Thomaz. O crime ocorreu em março de 2022.

O júri popular de Johannes Dudeck, acusado de matar a estudante de medicina Mariana Thomaz, será realizado nesta quinta-feira (16), no Fórum Criminal de João Pessoa, após dois adiamentos. O acusado é julgado pelo feminicídio e estupro da estudante, que ocorreu em março de 2022. Johannes foi preso no local do crime e está no presídio desde então. Relembre todos os detalhes do caso.

Corpo é encontrado com sinais de estrangulamento

O corpo de Mariana Thomaz foi encontrado com sinais de estrangulamento em um apartamento, na orla do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 12 de março de 2022. A polícia descobriu o corpo após receber uma ligação do acusado Johannes Dudeck, informando que Mariana estava tendo convulsões.

A perícia observou sinais de esganaduras, então Johannes foi preso no local e encaminhado para um presídio especial de João Pessoa, porque alegava ter curso de nível superior. Porém, ele não apresentou o documento que comprovava a formação e, em setembro de 2022, a Justiça determinou que o acusado deveria ser transferido para o presídio do Roger.

A jovem, de 25 anos, era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina. Segundo informações da Polícia Civil, o acusado estava em um relacionamento há um mês com a vítima.

O avanço das investigações
Johannes Dudeck foi indiciado em março de 2022. O relatório final do inquérito indicou os crimes de feminicídio e estupro, conforme informações obtidas do laudo tanatoscópico do Instituto de Polícia Científica (IPC), exame feito para comprovar a existência de violência sexual. Conforme o delegado Rodolfo Santa Cruz, o último laudo foi conclusivo em relação à agressão.

O laudo cadavérico divulgado anteriormente atestava que havia tido relações sexuais de natureza agressiva, mas as investigações esperavam resultados mais detalhados para cravar a presença ou ausência de consenso.

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ofereceu uma denúncia por feminicídio e estupro contra o empresário Johannes Dudeck.

Histórico violento do acusado
O empresário tem um histórico de processos tanto na esfera criminal quanto na cível, conforme consulta feita pelo g1 nos sistemas públicos do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Entre os casos, vários processos administrativos envolvendo empresas dele e também casos de ameaça, lesão corporal e violência contra a mulher.

Johannes Dudeck afirmava ser formado em administração e é dono de uma empresa de revestimento, cujo registro data de 2014. Entre os processos de natureza cível em nome dele, muitos estão relacionados ao CNPJ da empresa, com reivindicações diante da não conclusão de serviços contratados.

O primeiro caso público que aparece na consulta do TJPB é relativo aos crimes de ameaça e lesão corporal, contra duas mulheres e um homem, que aconteceram em janeiro de 2020. Mas este não foi o primeiro caso criminal. Nos autos deste processo de 2020, no levantamento de antecedentes criminais, constavam dois casos de violência doméstica, um em 2013 (arquivado em 2017) e um de 2017 (arquivado em 2018). Ambos estão em segredo de Justiça.

Mas foi em setembro de 2020 que um caso de agressão levou Johannes à prisão, por descumprimento de medida protetiva e indícios graves de violência doméstica. A mulher com quem ele se relacionava já tinha feito denúncias contra o empresário e tinha uma medida protetiva que exigia que ele se mantivesse numa distância segura.

Após ser intimado pela polícia para prestar depoimento, no dia 26 de setembro de 2020 ele foi preso por colocar uma bomba sobre o carro do irmão da vítima, para fazer com que ela desistisse da acusação. O material explodiu e quebrou o vidro do veículo.

A mulher o acusou, então, de descumprir a medida protetiva. Durante a prisão ele ainda tentou fugir dos policiais. O caso foi levado à frente, passou de uma prisão em flagrante para uma prisão preventiva, diante das agressões e ameaças reincidentes. O pedido de habeas corpus chegou a ser negado em 16 de dezembro de 2020.

Lei de proteção às mulheres é sancionada

Foi sancionada no dia 19 de maio a Lei Mariana Thomaz, que facilita a divulgação, por parte das instituições de assistência e proteção à mulher, dos locais onde podem ser consultados os antecedentes criminais de terceiros.

A nova legislação estabeleceu que as instituições estaduais direcionadas à assistência e acompanhamento às mulheres devem promover, em seus espaços e materiais próprios, a divulgação dos sites e demais locais de consulta sobre os antecedentes criminais de terceiros.

A lei tem como objetivo desenvolver campanhas e ações diversas com o intuito de alertar e incentivar condutas de segurança entre as mulheres para que busquem conhecer o histórico de eventuais agressões ou condutas agressivas de seus companheiros, namorados e demais relacionamentos, ainda que transitórios, para que se protejam de qualquer tipo de violência.

 

Ana Hickmann diz se sentir machucada e agradece apoio do público: ‘Longe de estar tudo bem’

Apresentadora disse estar passando por momento difícil e afirmou que o que aconteceu com ela ‘infelizmente acontece com muitas mulheres’.

A apresentadora Ana Hickmann publicou um vídeo em seu canal no YouTube, nesta quinta-feira (16), para agradecer o apoio do público. No fim de semana, ela acionou a polícia e relatou ter sido agredida pelo marido, o empresário Alexandre Correa.

No vídeo, Ana disse estar se sentindo machucada, mas afirmou que ainda não era o momento de falar sobre o que aconteceu.

“Dessa vez eu não vou abrir meu vídeo falando: ‘oi, pessoal, tudo bem?’, porque não está tudo bem. Está longe de estar tudo bem”, disse.
A apresentadora afirmou que está passando por um momento difícil e que “coisa sérias” aconteceram. Ela disse ainda que, além de mulher, é uma mãe que defende de todas as formas o próprio filho.

“O que aconteceu comigo infelizmente acontece com muitas mulheres. Mas espero que, juntas, a gente possa mudar essa história.”
Ana voltou a agradecer as mensagens que recebeu do público nos últimos dias, assim como fez em uma publicação no Instagram na quarta-feira (15).

“Eu não vou parar de viver, não vou parar de ser feliz. Eu não vou parar de lutar, não vou parar de cuidar do meu filho. Ninguém vai me parar”, afirmou.

O que aconteceu?

Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o g1 teve acesso, Ana Hickmann acionou a Polícia Militar pelo telefone na tarde de sábado (11). Em seguida, a corporação foi até o condomínio onde o casal mora, em Itu (SP).

No local, conforme o registro, a modelo relatou aos policiais que estava na cozinha da casa da família, por volta das 15h30. Junto do casal, estavam o filho, de 10 anos, e duas funcionárias.

Ana Hickmann contou aos policiais que conversava com o filho e que o marido não teria gostado do conteúdo da conversa e começou a repreendê-la, aumentando o tom de voz, o que teria assustado o filho do casal, que saiu do ambiente.

Conforme o BO, a modelo relatou que, após a discussão, Alexandre Correa a teria pressionado contra a parede e ameaçado agredi-la com uma cabeçada. Ela afirmou que conseguiu afastar o marido e pegar o celular, mas, neste momento, Alexandre teria fechado a porta de correr da cozinha, pressionando o braço esquerdo dela.

Ainda de acordo com o BO, Ana Hickmann disse que conseguiu trancar Alexandre no lado externo da casa e chamar a polícia. Quando a PM chegou à residência, Alexandre não estava mais no local.

 

Dono de bar denuncia ter sofrido golpe de R$ 126 mil de falso organizador de evento, no Ceará

Victor Barreto perdeu cerca de 126 mil. Um homem conhecido por Ramon Lopes se apresentou como organizador do XI Acampamento Latino-Americano da Juventude Icapuí, mas fugiu com todo o dinheiro.

O empresário e dono de dois estabelecimentos em Canoa Quebrada, praia do Ceará, Victor Barreto Marins denuncia ter sofrido o crime de estelionato de um homem conhecido como Ramón Lopes, onde perdeu a quantia de R$ 126 mil.

Ramón teria se apresentado como organizador do XI Acampamento Latino-Americano da Juventude Icapuí, evento que acontece neste fim de semana na cidade de Icapuí, também no Ceará, e fugiu com todo o dinheiro.

‘Eu fiquei com o fornecimento das bebidas do festival, barracas de camping e todas as tendas dos ambulantes eram minha responsabilidade. No domingo, também teríamos um evento de kite surf’, contou Victor ao g1.

O empresário fez todas as negociações do evento com Ramón, inclusive repassando os valores solicitados, tanto em espécie quanto na modalidade Pix.

‘Fiz movimentações financeiras com ele. Me mandou o projeto, disse que eu receberia um dinheiro de volta, já que estava sendo como um patrocinador. Ele pegava do evento e passava para a conta dele’, explicou Marins.
Ainda conforme relata o empresário, Ramón estava na região há cerca de cinco meses e trabalhava como chef de cozinha em uma pousada da cidade. Na última segunda-feira (13), Victor foi até Icapuí cobrar Ramón, mas soube que o suspeito já havia fugido da região.

Em nota, a polícia civil disse que a Delegacia Municipal de Icapuí instaurou um inquérito policial para apurar o crime de estelionato. ‘O suspeito se evadiu da região. Neste momento, as investigações estão em curso’.

Já a equipe de comunicação do XI Acampamento Latino-Americano da Juventude Icapuí informou ao g1 que o suspeito não tinha nenhuma relação com a organização, ‘embora se propusesse a fornecer equipamentos de barracas para empreendedores que vão trabalhar em nosso evento’.

‘Nenhuma ação prejudicou qualquer iniciativa do Acampamento. Todas as barracas para os empreendedores de alimentos, bebidas e artesanatos estão sendo montadas nesta quarta e quinta na Praia de Tremembé’ (onde o evento deve acontecer).

 

CPI dos Atos Antidemocráticos: coronel à frente da inteligência da PMDF no dia 8 de janeiro deve ser ouvido nesta quinta (16)

Reginaldo de Souza Leitão atuava como chefe do centro de inteligência da corporação quando sede dos três poderes da República foram invadidas. Esse é último depoimento previsto na comissão.

A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deve ouvir, nesta quinta-feira (16), o coronel da Polícia Militar Reginaldo de Souza Leitão. O depoimento está previsto para começar às 10h.

Leitão estava na chefia do centro de inteligência da corporação no dia 8 de janeiro. À época, bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos três poderes da República.

O depoimento do coronel chegou a ser agendado para outubro. No entanto, foi cancelado após o militar apresentar um atestado médico.

Esse é o último depoimento previsto para a CPI dos Atos Antidemocráticos. Entre 23 de novembro e 5 dezembro, os parlamentares devem fazer a leitura e votar o relatório final.

Pedidos de indiciamento

No dia 9 de novembro, o relator da CPI, o deputado Hermeto (MDB), disse que não vai pedir o indiciamento de pessoas que não prestaram depoimento aos distritais.

“Vou me atentar tecnicamente. Nosso relatório será isento dessa guerra política e ideológica. Não entro nessa guerra e não vou indiciar ninguém que não tenha vindo aqui nessa CPI, a não ser que haja alguma coisa extraordinária”, disse Hermeto.

 

‘Me enchi de coragem’, diz paciente ao acusar médico de tentativa de estupro durante consulta em Franca, SP

Mulher diz que neurologista colocou a mão dela sobre o pênis dele, a agarrou e pediu a ela para que não contasse nada a ninguém. Profissional nega acusações e foi afastado de clínica.

A paciente que afirma ter sido vítima de uma tentativa de estupro durante uma consulta médica em Franca (SP) diz que fez a denúncia após ter sido encorajada pelo marido, pelo filho e por um casal de amigos. A mulher, que prefere não se identificar, afirma que vem sofrendo críticas em redes sociais, mas que a denúncia pode ajudar outras possíveis vítimas a buscarem a polícia.

“Eu não ia fazer a denúncia, mas meu marido falou ‘vai’, meu filho ficou indignado. Tem muitas pessoas que julgam, que duvidam. Eu tenho a minha consciência tranquila. Eu me enchi de coragem, amigos me incentivaram. Eu sei que aparecerão outras mulheres por causa da minha denúncia.”

O médico neurologista João Eduardo Leite, alvo da denúncia, nega as acusações. “Nego totalmente tais acusações fantasiosas e oportunistas, sem nenhum fundamento.”

Ataque no consultório
A ocorrência foi relatada à Polícia Civil na quinta-feira (9). A vítima contou que decidiu procurar um especialista por causa de dores de cabeça recorrentes e que o marido encontrou o profissional no aplicativo do convênio.

Na quinta-feira, data da consulta, a mulher entrou no consultório e a avaliação começou normalmente, com algumas perguntas sobre a rotina da paciente e comentários sobre família. Ele disse que receitaria um remédio para ansiedade e pediria um exame.

Em determinado momento, João Eduardo Leite elogiou as unhas da paciente e pediu a ela que se sentasse na maca para avaliá-la. Foi aí, segundo a mulher, que a abordagem do profissional mudou e ela foi atacada.

“Ele mediu minha pressão, foi escutar meu coração, pegou na minha mão e disse ‘mão gelada, coração acelerado’. Pediu pra eu deitar na maca. Colocou a mão no meu pescoço, virou minha cabeça de um lado para o outro e deu um aperto. Até aí não vi problema. Mas aí ele começou a fazer uma massagem muito forte no meu pescoço, pegou a minha mão, puxou forte e colocou no órgão genital dele. Ele começou a fazer um barulho ofegante parecia que estava excitado e que ia gozar”, diz.

A paciente conta que reagiu e tentou se levantar da maca, mas chegou a ser agarrada pelo médico, que ainda a beijou na boca e pediu para que ela mantivesse segredo sobre o que havia acontecido.

“Ele pôs a mão na minha boca e veio pra me beijar. Quando eu fui levantar da maca com tudo, ele me agarrou a força e falou ‘fica em segredo, entre nós’. Eu falei ‘você está louco’. Falava ‘fica em segredo, só entre nós’”.

Segundo a paciente, João Eduardo Leite ainda a fez se sentar em uma cadeira, enquanto tentava se explicar.

“Ele me pediu desculpa de isso ter acontecido (…) Disse que olhou pra minha boca e não resistiu, uma coisa assim. Eu estava nervosa, comecei a tremer, não consegui gritar. Poderia ter feito um escândalo, mas não consegui. Ele chegou a encostar a boca na minha. Me segurava muito forte e eu tentava sair dele.”

Antes de deixar o consultório, de acordo com a paciente, o médico ainda fez uma nova tentativa de beijá-la a força.

Coragem para denunciar
Desnorteada, a paciente foi até a recepção, mas não conseguiu contar o que tinha acontecido. Ela chegou a perguntar a um atendente como poderia marcar o exame, mas acabou indo embora com a ajuda de uma recepcionista que chamou um carro de aplicativo.

No caminho de volta para casa, a paciente contou o que tinha acontecido a um casal de amigos que a orientou a conversar com o marido e a buscar a polícia imediatamente.

“Eu cheguei chorando. Ele [amigo] falou ‘converse com seu esposo e vá na delegacia’. Falaram pra eu contar tudo o que aconteceu e eu fiz o boletim de ocorrência.”
O caso foi registrado na Polícia Civil como tentativa de estupro. Na segunda-feira, a vítima procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para informar sobre tentativas de comunicação feitas pelo médico por meio de mensagens no celular.

À noite no dia da consulta, ele mandou uma mensagem perguntando sobre o exame. No dia seguinte, encaminhou um “oi”. A paciente não respondeu às abordagens por orientação da polícia.

Há uma semana, a mulher está sendo acompanhada por uma psicóloga. Abalada, ela diz que tem crises de choro toda vez que se lembra do ataque e se diz triste com comentários nas redes sociais questionando a denúncia dela.

“Não consigo dormir, está recente e me dói, me machuca. Eu cheguei a ver o comentário de uma mulher falando que estava duvidoso, mas eu sei, eu passei por isso. Na hora eu não tive reação, não sabia o que fazer. Só quem passa pra saber. Eu me sinto impotente, estava dentro da sala sozinha. Não tenho mais coragem de ir em consulta nenhuma desacompanhada, e não são todos os médicos que são assim.”
O que diz a clínica
Procurada, a clínica AmorSaúde Franca, onde aconteceu o atendimento, informou que afastou o médico das atividades e que abriu o processo de desligamento dele. A empresa também informou que acompanha o caso.

“Procuraremos esclarecer, apoiar e acolher a paciente em suas queixas, buscando um tratamento e conclusão adequados à situação. Além disso, cabe destacar que a AmorSaúde apoia e colabora, desde já, para que os fatos sejam devidamente apurados e para que, caso sejam comprovados os problemas na conduta do profissional, sejam tomadas as medidas correspondentes por parte das autoridades, das leis e da justiça.”

Prefeito de SP diz que pediu cancelamento do contrato com a Enel

Ricardo Nunes disse em agenda nessa terça-feira (16), que a prefeitura de SP entrou na Justiça, notificou o Procon e notificou a Aneel sobre o problema.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a dizer durante uma agenda na manhã desta quinta-feira (16), que pediu para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cancelar o contrato de concessão com a Enel.

O pedido de Nunes ocorre após uma série de quedas de energia nos últimos dias. No dia 3 de novembro, milhares de pessoas ficaram sem luz na Grande São Paulo após um forte temporal. Nesta semana, a cidade de SP registrou falhas em diversos pontos devido a um pico de consumo, no dia mais quente do ano. Na quarta-feira (15), outra queda de energia foi registrada após mais um temporal.

“O que pedi para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é para que cancelasse o contrato com a Enel. Não é só por conta dessas chuvas que aconteceram, as rajadas de vento do dia 3 de novembro. A gente já vinha há muito tempo discutindo com a Enel uma série de questões. Eu tenho, por exemplo, cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS) que estão prontas aguardando a Enel fazer a ligação de energia, tenho um conjunto habitacional para inaugurar na Vila Olimpia, que não conseguimos inaugurar porque a Enel não faz ligação de energia”, afirma.

“O problema com a Enel é grave, não é só por conta da falta de resposta nesses adventos das rajadas de vento e das chuvas, já é um problema que a prefeitura vem discutindo há bastante tempo, eles precisam melhorar muito. A Prefeitura entrou na Justiça, notificamos o Procon e notifiquei a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, completou.

Em nota, a Aneel informou instaurou um processo de fiscalização na Enel, em conjunto com a ARSESP. “A ANEEL pretende ter os primeiros resultados em 30 dias e nesse processo serão analisadas diversas dimensões do problema como: a preparação das distribuidoras para eventos críticos, o desempenho na prevenção dos seus efeitos, a capacidade de restabelecimento, adequação, preparo e quantitativo das equipes utilizadas na recomposição, a execução do plano de contingência, a interlocução com as demais instituições envolvidas no processo de restabelecimento, dentre outros. Nesse processo, serão apuradas as responsabilidades e aplicadas as sanções”.

A Prefeitura de São Paulo informou que “reforça que a responsabilidade de fornecimento de energia elétrica em toda a capital é da Concessionária Enel. O Prefeito Ricardo Nunes está em constante contato com o presidente da Aneel para cobrar melhorias nos serviços de energia elétrica. A situação é preocupante, uma vez que a época de chuvas de verão ainda estão por vir, e foi solicitado à Agência que cancelasse o contrato com a Enel”.

Contrato federal
A Enel é uma multinacional italiana de capital misto voltada para o setor energético. Criada em 1962, a empresa iniciou sua expansão para o exterior no início do século 21 e, atualmente, está presente em 30 países ao redor do mundo, incluindo Estados Unidos, Canadá, Espanha e, claro, Brasil.

No território brasileiro, ela presta serviço em três estados: Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo. Até o último ano, ela também atuava em Goiás, mas vendeu as operações na região após sucessivas reclamações do governo local sobre as constantes quedas de energia na área de concessão.

A distribuidora chegou a São Paulo em 2018, quando adquiriu 73% das ações da até então chamada Eletropaulo Metropolitana. O restante das ações disponíveis no mercado foram compradas ao longo do tempo, até que a Enel-SP ficou com todo o capital da empresa.

No entanto, o contrato de concessão da Enel pertence a Aneel, que é gerido pelo governo federal.

A Aneel foi criada para regular o setor elétrico brasileiro e tem como função:

Regular a geração (produção), transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica;
Fiscalizar, diretamente ou mediante convênios com órgãos estaduais, as concessões, as permissões e os serviços de energia elétrica;
Implementar as políticas e diretrizes do governo federal relativas à exploração da energia elétrica e ao aproveitamento dos potenciais hidráulicos;
Estabelecer tarifas;
Dirimir as divergências, na esfera administrativa, entre os agentes e entre esses agentes e os consumidores
Promover as atividades de outorgas de concessão, permissão e autorização de empreendimentos e serviços de energia elétrica, por delegação do Governo Federal.

A agência é responsável por gerir o contrato de concessão com a Enel, mas as estaduais e municipais também têm um papel importante na gestão e podem, por exemplo, aplicar multas e sanções na empresa.

O que diz a Aneel
“A ANEEL tem mantido amplo diálogo com todas as partes envolvidas no processo, que inclui o Ministério de Minas e Energia (MME), o Governador do Estado de São Paulo, os Prefeitos dos Municípios atingidos, as sete distribuidoras que operam nessas áreas e o objetivo é construir protocolos que busquem melhores respostas a eventos climáticos severos em três frentes: 1) melhorar a detecção de eventos dessa natureza pelos próprios agentes do setor e em parceria com serviços de meteorologia; 2) aprimoramento dos planos de prevenção e redução de danos, em estreita coordenação com governos estaduais e prefeituras; 3) plano de ação de recomposição do serviço, também em estreita colaboração com todas as partes envolvidas, inclusive com a possibilidade de utilização de equipes de outras distribuidoras.

O processo de fiscalização foi imediatamente instaurado pela ANEEL que, em conjunto com a ARSESP, tem dado prioridade máxima ao tema. A ANEEL pretende ter os primeiros resultados em 30 dias e nesse processo serão analisadas diversas dimensões do problema como: a preparação das distribuidoras para eventos críticos, o desempenho na prevenção dos seus efeitos, a capacidade de restabelecimento, adequação, preparo e quantitativo das equipes utilizadas na recomposição, a execução do plano de contingência, a interlocução com as demais instituições envolvidas no processo de restabelecimento, dentre outros. Nesse processo, serão apuradas as responsabilidades e aplicadas as sanções”

 

Corpo de menino que morreu ao ser esquecido em van escolar é velado na Zona Leste de SP

Apollo Gabriel Rodrigues, de 2 anos, deveria ter sido entregue na escola de manhã e foi achado morta à tarde após dia de calor forte na capital paulista, na terça-feira (14). Motorista e auxiliar chegaram a ser presos por homicídio, mas Justiça concedeu liberdade provisória na quarta (15).

O corpo de Apollo Gabriel Rodrigues, de 2 anos, morto após ser esquecido dentro de uma van escolar, é velado na manhã desta quinta-feira (16), no Cemitério da Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo.

Nesta quarta (5), a Justiça concedeu liberdade provisória a auxiliar e ao motorista da van onde menino foi esquecido e encontrado morto na terça-feira (14). Eles chegaram a ser presos por homicídio.

O caso
Apollo Gabriel Rodrigues foi colocado na van por volta das 7h, mas não foi deixado na unidade pelo motorista e auxiliar.

À tarde, o menino foi encontrado desacordado no veículo e levado ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo, por volta das 16h20. Apollo chegou já sem vida.

“Ele estava tão bem hoje [terça-feira, 14]. Mas quando eu fui por ele na perua ele chorou. Ele chorou. Não queria ir. E ela [auxiliar do motorista] sempre colocava ele na frente, hoje ela colocou ele no banco de trás e esqueceu do meu filho”, disse Kaliane Rodrigues.

“Sempre que eu chegava, meu filho estava lá. Hoje eu cheguei e meu filho não estava e eu nunca mais vou ver ele. Eu nunca mais vou ver meu filho”.
Ainda conforme a mãe, ela quer que a Justiça seja feita. “Independente se ela [auxiliar] colocou atrás, na frente ou no meio da van, isso pra mim é irresponsabilidade, porque quem trabalha com criança tem que ter muita atenção. E eu acho isso injustiça demais. E eu quero justiça. Só peço justiça”.

“Eu nunca pensei em passar por isso, é muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele estava seguro e fui trabalhar. Mas, sabe, pressentimento de mãe. Não foi bom o meu dia e quando deu 16h eu falei ‘mãe, o Apolo chegou?”.

A avó do menino lamentou a morte do neto e também falou sobre irresponsabilidade do casal responsável pela van.

“Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível, como hoje, só foi perceber [que o menino ainda estava atrás] na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer Justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, disse a avó Luzinete Rodrigues dos Santos.

Investigação

Em depoimento à polícia, o condutor Flávio e a mulher, Luciana, e que é auxiliar do marido, contaram que tinham buscado Apollo em casa, de manhã, para levá-lo até a creche no Parque Novo Mundo.

Contudo, só perceberam ter esquecido o garoto depois do almoço, quando usaram o veículo de novo para buscar as crianças na creche.

A suspeita da polícia é a de que o menino morreu por conta do calor. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros registraram 37,7°C nesta terça, sendo o segundo dia mais quente da história das medições feitas pelo Inmet. Porém, o laudo irá apontar a causa da morte.

De acordo com o boletim de ocorrência, o qual o g1 e a TV Globo tiveram acesso, a auxiliar disse também à polícia que costuma conferir o embarque e o desembarque das crianças, mas que nesta terça (14) não passou bem e estava com enxaqueca, o que pode ter prejudicado a sua atenção no trabalho.

O boletim de ocorrência também aponta que o casal encontrou o menino na cadeirinha já caído no penúltimo banco.

Em seguida, os dois foram até a creche, falaram com a responsável do local e seguiram ao hospital no bairro Parque Novo Mundo com a criança desmaiada. A morte foi confirmada pelos médicos.

O caso foi registrado como homicídio contra menor de 14 anos. Flávio e Luciana foram presos, encaminhados ao IML e passarão por audiência de custódia nesta quarta-feira (15).

A Prefeitura de São Paulo, por meio de nota, lamentou o caso e disse que presta apoio aos familiares.

“A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e a Diretoria Regional de Educação (DRE) está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação.

O condutor do Transporte Escolar Gratuito (TEG) já foi descredenciado e um processo administrativo foi aberto para apurar a conduta do profissional.”

Suspeito de aplicar golpe de falso fiscal da Receita Federal em idosa de 81 anos é preso em Copacabana

Lucas Nazaré dos Santos foi preso em flagrante por agentes do Segurança Presente, após invadir um prédio na Zona Sul do Rio e roubar cerca de R$ 10 mil em peças de ouro, segundo a polícia. Idosa recebeu uma ligação sobre uma falsa dívida na Receita Federal que poderia ser paga com joias.

Agentes do Segurança Presente, de Copacabana, na Zona Sul do Rio, prenderam em flagrante Lucas Nazaré dos Santos nesta quinta-feira (16). Ele é suspeito de invadir o apartamento de uma idosa de 81 anos e roubar cerca de R$ 10 mil em joias.

Segundo o Segurança Presente, Lucas e outro homem tentaram aplicar um golpe na idosa, se passando por fiscais da Receita Federal.

De acordo com os agentes, a idosa havia recebido uma ligação horas antes do roubo, informando sobre uma falsa dívida na Receita Federal. Segundo os criminosos, ela precisava quitar a dívida ainda nesta quinta-feira.

A vítima combinou então que alguém fosse até o apartamento dela para buscar as joias como forma de pagamento.

Na tarde desta quinta, Lucas foi até o prédio da vítima e se identificou na portaria como fiscal da receita. O porteiro do prédio então ligou para a moradora, que autorizou a entrada do falso fiscal.

Contudo, para azar dos criminosos, a filha da vítima tentou e não conseguiu falar com sua mãe por telefone. A mulher então ligou para o porteiro e pediu que ele fosse verificar se a idosa estava bem.

O porteiro do prédio desconfiou da presença de um fiscal da Receita no local e acionou os policiais do Segurança Presente.

Lucas foi preso no local. Ele já tinha uma outra passagem pela polícia, por roubo de aparelho celular. O preso, que vai responder por estelionato, foi encaminhado para a 13ª Delegacia de Polícia, em Ipanema.

 

Procon registra mais de 13 mil reclamações contra Enel em SP em 2023

Dados do Procon-SP também apontam que a concessionária de energia recebe ao menos mil reclamações mensais desde 2022 na capital paulista.

O Procon de São Paulo registrou 13,1 mil reclamações de consumidores da capital paulista contra a concessionária de energia Enel de janeiro até 9 de novembro deste ano.

De acordo com os dados do Painel de Reclamações, os quais o g1 e a TV Globo tiveram acesso, em apenas 7 dias — entre os dias 3 e 9 de novembro —, foram 923 registros. O número já ultrapassa o registrado em todo o mês de novembro de 2022, que foram 860 reclamações.

Em 3 de novembro, um temporal atingiu São Paulo e milhares de imóveis chegaram a ficar sem energia na área de atuação da Enel. A concessionária só anunciou que havia restabelecido a energia de 100% dos clientes atingidos pela chuva no dia 10 de novembro, uma semana após.

Diversos comércios sofreram com as consequências. Houve relatos de que estoques de comidas em restaurantes estragaram por conta da falta de energia em vários pontos da cidade.

Segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o comércio na Grande São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 126 milhões devido à falta de energia.

Durante coletiva de imprensa realizada no dia 8 de novembro, o presidente da Enel Distribuidora SP, Max Xavier Lins, pediu desculpas à população que enfrentou problemas de abastecimento de energia na Grande São Paulo.

“Desde a minha 1ª entrevista, na segunda-feira, no Palácio dos Bandeirantes, fiz questão de me solidarizar com a população que está sem energia, com toda a sociedade. Não só o consumidor, o cliente, dependem da energia. (…) Estamos, sim, sentindo a dor [das pessoas sem energia], estamos solidários, estamos trabalhando e pedimos desculpas por isso”, disse.

A reportagem do g1 entrou em contato com a Enel sobre os números de reclamações registradas no Procon, e aguarda um posicionamento.

Mil reclamações mensais
Ainda conforme os dados do Procon-SP, a empresa recebe ao menos mil reclamações mensais desde 2022. Veja abaixo os números:

Reclamações contra Enel em 2023

Mês    Número
Janeiro    1091
Fevereiro    1043
Março    1107
Abril    865
Maio    894
Junho    904
Julho    1.423
Agosto    2.500
Setembro    1.208
Outubro    1.230
Novembro (até dia 9)    923
TOTAL    13,1 mil

Reclamações contra Enel em 2022

Mês    Número
Janeiro    1492
Fevereiro    1293
Março    1509
Abril    1328
Maio    1422
Junho    1241
Julho    1032
Agosto    1121
Setembro    1066
Outubro    1064
Novembro    860
Dezembro    859
TOTAL    14, 2 mil

Ranking entre todas as empresas
Conforme o Procon, a Enel é campeã de reclamações entre todas as empresas na capital paulista e no estado de São Paulo.

Em 2023, entre janeiro e outubro, foram 12,4 mil na cidade de SP. Veja:

Enel: 12,4 mil
Claro/NET/Embratel: 10,1 mil
Vivo/Telefônica: 8,5 mil
No estado de SP, de janeiro a outubro de 2023, a concessionária teve mais de 17 mil reclamações no Procon. Veja:

Enel: 17,1 mil
CPFL: 1,5 mil
EDP Brasil: 800

Prefeitura anuncia ação civil

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Procuradoria Geral do Município, acionou a Justiça contra a empresa Enel. A ação só foi protocolada nesta quinta-feira (9), quase uma semana após o temporal matar oito pessoas e deixar milhares sem energia.

No documento, a gestão municipal exige o religamento imediato da energia, sob pena de multa de R$ 1 mil por hora.

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A prefeitura pede ainda que a Enel informe no prazo de cinco dias um plano de contingência compatível com as dimensões da cidade de São Paulo, e que, no prazo de dez dias, “apresente projetos e cronogramas de trabalho preventivo para o período de aumento de chuvas que se avizinha.”

Também é solicitada a remoção, em 24 horas, das árvores que continuam caídas com interferência na fiação elétrica em vários pontos da cidade.

MP apura omissão
O Ministério Público de São Paulo instaurou no dia 9 de novembro um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades na atuação da Enel durante o apagão.

O procedimento aberto pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social se baseia em denúncias de moradores sobre as dificuldades em comunicação com a Enel e a ausência de respostas claras da distribuidora sobre a solução da falta de energia em diversas partes da capital.

O promotor Silvio Marques também levou em conta os prejuízos materiais que os poderes estadual e municipal sofreram com a interrupção no fornecimento energético, especialmente nas áreas da Saúde, Educação, Transporte e Segurança.

A Enel-SP foi oficiada para prestar esclarecimentos em até 15 dias sobre as razões da interrupção prolongada na distribuição de energia.

A empresa deverá apresentar um relatório contendo informações sobre o número de imóveis afetados, o período entre a queda e o restabelecimento do serviço, e as medidas sendo tomadas para evitar novos apagões.

A concessionária precisará ainda esclarecer se possui plano de ações emergenciais para lidar com fenômenos climáticos extremos e, se sim, o que está previsto nele.

As gestões estadual e municipal também serão oficiadas para informarem o prejuízo estimado do patrimônio público devido ao episódio. O prazo para isso será de 20 dias.

Por nota, a Enel-SP afirmou que recebeu o ofício e prestará os esclarecimentos solicitados dentro do prazo estipulado.