Empresa contratada pela Loterj dá ‘calote’ de R$ 30 milhões e troca Rio de Prêmios por produto privado nas bancas

Segundo o órgão do Governo do RJ responsável por jogos como o Rio de Prêmios, a empresa MCE está há seis meses sem repassar o valor referente à venda dos bilhetes. Especialista faz alerta sobre contrato firmado.

A Loterj, órgão do Governo do RJ responsável pela gestão das loterias do Estado, acusa a empresa MCE Intermediações e Negócios LTDA de não repassar os valores das vendas dos bilhetes da loteria “Rio de Prêmios” há quase seis meses. O total do calote que a empresa deu na Loterj já superou os R$ 30 milhões

Além da falta de repasse, o Governo do RJ também alega que um de seus principais produtos, o Rio de Prêmios, parou de ser distribuído nos pontos de venda do estado.

Depois do último sorteio, no domingo (26), os bilhetes do “Rio de Prêmios” desapareceram do mercado. Além de não encontrar os bilhetes nas bancas, os clientes também não conseguem mais obter informações pela internet ou pelas mídias sociais.

Atualmente, quando alguém clica no site do “Rio de Prêmios”, na página da Loterj na internet, o navegador vai direto paro o site de outro produto, o Cap Mania. Esse é um produto privado, um título de capitalização.

A reportagem do RJ2 percorreu bancas de jornais pelo Rio tentando comprar bilhetes do “Rio de Prêmios”, mas só encontrou bilhetes do Cap Mania.

Nesta quarta-feira (29), a equipe do RJ2 comprou um bilhete do Cap Mania com sorteio previsto para 3 dezembro. Como todo título de capitalização, este possui um número de autorização da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Ao consultar o número do bilhete no site da Susep, uma mensagem avisa: “este produto não pode mais ser comercializado”.

Por lei, grande parte do lucro arrecado pela Loterj tem que ser aplicado em projetos sociais, escolas, creches. Com a briga entre o Governo e a MCE, atualmente existe um produto privado sendo vendido no lugar e no espaço de um produto público.

R$ 318 milhões de arrecadação
A Loterj é uma das loterias estaduais mais antigas do Brasil, criada em 1944. E o “Rio de Prêmios”, um de seus principais produtos, com sorteios todos os domingos e pagamento, em dinheiro, a quem acertar 20 dezenas do jogo.

Em fevereiro de 2020, a Loterj assinou um contrato com duração de 5 anos com MCE Intermediações e Negócios LTDA.

Com o acordo, a MCE ficou responsável pela administração e operação da chamada loteria convencional, onde está o “Rio de Prêmios”. A estimativa de arrecadação até o fim do contrato é de mais de R$ 318 milhões. Desse total, R$ 121 milhões ficariam com a empresa contratada.

Pelo contrato, a MCE tem até 18 dias para repassar à Loterj todo o valor referente à venda dos bilhetes.

A direção da Loterj diz que a MCE parou de repassar o dinheiro da venda dos bilhetes em junho. Segundo o órgão do governo, todas as faturas foram cobradas e os atrasos notificados.

A Loterj diz também que chegou a acionar a seguradora que garante o contrato entre as duas partes. Contudo, a Potencial Seguradora alegou “questões intransponíveis que impediram o pagamento da indenização”.

Especialista suspeita de contrato
O advogado Gustavo Schiefler, especialista em direito administrativo, acredita que existem falhas no contrato da Loterj com a MCE. Para ele, os recursos da loteria não deveriam passar pela MCE. Schiefler também disse ao RJ2 que o contrato entre as duas partes deveria ser suspenso já no primeiro mês de atraso no pagamento.

“A dívida já se acumula por 5 meses, período significativo, dado o volume do contrato. Aparentemente não teve suspensão do contrato, para mitigar o risco de que o dano se acumulasse. (…) São diversas faturas e a garantia que foi prestada, a garantia exigida é de apenas 2%, que é muito inferior ao valor que hoje é devido”, argumentou o advogado.

“Seria interessante de início romper as atividades. Também seria prudente tão logo a vultuosidade com uma primeira dívida, que fosse instaurado um processo”, comentou Gustavo Schiefler.

O especialista em direito administrativo também argumenta que a arrecadação com a venda dos bilhetes deveria ser direcionada para uma conta do Governo do Estado.

“Esse contrato tem várias falhas de modelagem. Não me parece fazer sentido, que a arrecadação dos prêmios pagos não seja feita numa conta de titularidade do estado”, finaliza o advogado.
O que dizem os citados
Em nota, a Loterj informou que o “Rio de Prêmios” foi interrompido no domingo depois de 16 anos, em desacordo com o contrato celebrado com a empresa MCE. Segundo eles, a mudança nas redes sociais e no site foi feita sem autorização.

A Loterj afirma que o valor da dívida já subiu para R$ 33 milhões e que forneceu à Procuradoria-Geral do Estado todos os documentos necessários para a abertura de uma ação na Justiça.

Já a MCE disse estar em tratativas para pagar a dívida com a Loterj e que 38% desse valor será abatido, conforme previsto em contrato.

A MCE declarou ainda que não tem qualquer vínculo com a Via Cap ou Cap Mania e que pediu à empresa que administra o site do “Rio de Prêmios” que pare de encaminhar os usuários ao site da Cap Mania.

Em relação ao bilhete da Cap Mania comprado na quarta-feira (29) pela reportagem e que, segundo a Susep, não poderia mais ser comercializado, a empresa Via Cap informou que publicou em seu site e nas redes sociais uma errata, que diz:

“Comunicamos que no título da edição do sorteio que ocorrerá em 03/12/2023 onde consta “autorização processo Susep nº 15414.646687/2023-34” deve-se ler “autorização processo Susep nº 15414.647552/2023-96″. E onde consta Fundação Abrinq, deve-se considerar Apae Brasil. A correção não altera os valores da premiação ou a dinâmica de sorteio e não traz nenhum prejuízo aos participantes”.

Em contato com a TV Globo, a Potencial Seguradora alegou “questões intransponíveis que impediram o pagamento da indenização”.

Em 24 horas, cruzeiro de Neymar tem tratamento do craque, shows e muitas polêmicas; entenda

MSC Preziosa ‘Ney em Alto Mar’ partiu do Porto de Santos (SP). Viagem com destino a Búzios (RJ) já contou com várias polêmicas.

O cruzeiro Ney em Alto Mar, do jogador Neymar Jr., partiu do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, no final da tarde da última terça-feira (26), e em menos de 24 horas já registrou diversas polêmicas, desde falas do craque sobre a compra do Santos F.C. situações inusitadas envolvendo os convidados famosos. O g1 listou e explicou os acontecimentos desse 1º dia de curtição em alto mar (veja abaixo).

Durante a partida do Porto de Santos, uma multidão se reuniu no Deck do Pescador, no bairro Ponta da Praia, para acompanhar a saída do cruzeiro de Neymar Jr. Imagens registradas pelo drone de Fabiano Albuquerque mostram o grupo observando a embarcação indo embora com destino a Búzios, no Rio de Janeiro.

Vários famosos embarcaram no MSC Preziosa para curtir ao lado do craque, entre eles: Matheuzinho, MC Pipokinha, Deolane, MC Guimê, Virginia Fonseca e Zé Felipe. Além deles, artistas renomados, como Péricles, Belo e Livinho estão confirmados para se apresentarem a bordo.

Neymar chegou, de muletas e caminhando devagar (veja abaixo), acompanhado do filho Davi Lucca e do amigo Lucas Lima, jogador do Santos. Recentemente, o atleta do Al-Hilal passou por uma cirurgia de correção da ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo, machucados em jogo da seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Tratamento no rolê
O “Ney em Alto Mar” virou assunto na imprensa internacional. O espanhol ‘Marca’ — jornal esportivo — disse que o jogador embarcou no navio mesmo com a grave lesão que sofreu no joelho esquerdo em outubro. O assunto também foi notícia no inglês ‘The Sun’.

Antes de aproveitar o cruzeiro com os ‘parças’, Neymar mostrou que segue firme no tratamento da lesão. Nas redes sociais, ele compartilhou uma imagem do tornozelo com a frase: “Tratamento no rolê, vale?”

Em um vídeo, Neymar aparece cantando a música “Set dos Casados” cantando o trecho: “Fui dar perdido e a Bianca apareceu. F****!”. Na letra original, a música diz: “Eu fui dar perdido com os amigos e a cunhada apareceu”.

Comprar o Santos FC?
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de voltar ao Santos FC durante conversa com o influenciador Negrete, Neymar comentou sobre a intenção de adquirir o time. “Vou comprar [o Santos] e vou te contratar. Deixa comigo”, disse ele após o influenciador afirmar que sonhava em jogar com o atleta na Vila Belmiro.

Festa
Na primeira noite de festa do cruzeiro temático, o cantor MC Ryan chamou o Davi, filho do jogador, para dançar a música ‘Tubarão Te Amo’ em cima do palco.

Em imagens é possível ver o menino fazendo a coreografia da canção. O jogador foi visto curtindo o show do Péricles e cantando a música ‘Final de Tarde’.

Polêmica entre famosas
A influenciadora digital Virginia Fonseca, que está no navio com o marido e cantor Zé Felipe, reclamou do sinal de internet. “Cheguei agora no quarto, lá não pegava internet. Meus stories foram postar agora [riso sem graça]”, explicou ela.

A advogada Deolane Bezerra passou um susto durante a primeira noite no cruzeiro. Ela havia perdido uma pulseira de ouro com diamante Just Un Clou, da grife Cartier, avaliada em R$ 326 mil.

No entanto, a peça foi encontrada por um funcionário que a devolveu. Além disso, o look dela também gerou polêmica. O traje que Virginia escolheu para curtir a primeira noite do navio é o mesmo que Deolane usou em abril.

Bruna e Mavie não foram
Enquanto Neymar está navegando pelo Atlântico, Bruna Biancardi e Mavie, fruto do relacionamento da influenciadora com o jogador, estavam em casa. A ex-namorada do camisa da 10 da Seleção Brasileira mostrou momentos de sua terça ao lado da família e da filha para os seguidores.

De madrugada, Bruna postou um stories ninando a filha. Já pela manhã, compartilhou um vídeo em que fala que, após certa idade, “não é mais a felicidade que se busca, mas a paz”.

Ney em Alto Mar

O cruzeiro, com três dias de duração, partiu do Porto de Santos (SP) com destino a Búzios, no Rio de Janeiro. O navio, que pesa 139 mil toneladas e tem espaço para mais de 4 mil hóspedes, retornará a Santos no dia 29.

A embarcação tem academia, SPA, restaurantes temáticos, uma “piscina de borda infinita” e várias outras atrações. Entre os shows confirmados, estão Péricles, Belo, Livinho, Guimê, Poze do Rodo e Orochi.

Os pacotes incluíam todos os shows, além de acomodação na cabine, alimentação completa, serviço 24 horas e espetáculos no Platinum Theatre. Não estão inclusos bebidas, sauna, cinema 4D, boliche, simulador de Fórmula 1 e o serviço extra (bares).

Todos os pacotes, que custavam a partir de R$ 5 mil por pessoa, esgotaram. Os hóspedes tinham três opções de cabine: a interna sem janela, sem vista para o mar; a externa com janela, com vista para o mar; e, por fim, a externa com varanda, com vista para o mar.

 

Vídeo mostra advogada suspeita de matar ex-sogro e mãe dele envenenados na casa das vítimas um dia depois do crime

Ela estava acompanhada da mãe e irmã dela. A polícia ainda tenta identificar a substância que causou a morte de mãe e filha.

Um vídeo mostra quando a advogada Amanda Partata, suspeita de matar envenenados o ex-sogro e a mãe dele, voltou à casa das vítimas um dia após o crime. Ela está presa, mas negou os assassinatos. A polícia ainda tenta identificar a substância que causou a morte de mãe e filho.

Na imagem, Amanda aparece de vestido azul conversando com um policial. Ela estava acompanhada da mãe e avó dela. Na casa também estavam outros familiares das vítimas, Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves.

Luís Gustavo Nicoli, que representa a família das vítimas, contou que Amanda foi à casa do ex-sogro, onde também morava a mãe dele, no último dia 17, um domingo, para um café da manhã. De acordo com as investigações, foi nesse momento que eles foram envenenados.

“No dia seguinte, quando o Leonardo e a Luzia já tinha falecido, e a Amanda já sabia disso, ela foi à casa da família acompanhada da mãe e da avó dela. Quando elas chegaram, a polícia estava no local, já investigando o caso”, disse Nicoli.

O advogado contou que a família não chegou a descobrir o motivo de ela ter ido à casa, pois os policiais logo começaram a conversar com ela para pegar mais informações e a levaram para prestar um depoimento na delegacia.

“No tempo em que ela esteve lá, não demonstrou sofrimento ou dor pela perda da família. Os parentes nem desconfiavam dela”, completou o advogado.

Em nota, os advogados de Amanda disseram que aguardam o desenrolar de investigações antes de comentarem sobre as acusações. Eles contestam a legalidade da prisão e destacam que Amanda se apresentou voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou à polícia sobre sua localização e estado de saúde.

Incredulidade
O médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex da advogada Amanda Partata disse nunca ter imaginado algo que justificasse “tamanha brutalidade”. A declaração aconteceu após ele prestar depoimento na delegacia na terça-feira (26).

“A gente nunca imaginava qualquer coisa justificasse tamanha brutalidade. E a gente tá vivendo nosso luto. Tem sido muito difícil”, desabafou o médico.

Prisão
A suspeita foi presa temporariamente na noite de quarta (20) e passou pela audiência na quinta (21). À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime. A Justiça negou o pedido de liberdade feito pelos advogados.

A polícia informou que o caso é tratado como envenenamento. A Polícia Científica descartou que foi usado algum tipo de pesticida, mas segue tentando identificar a substância usada.

No dia 21, o delegado Carlos Alfama deu uma coletiva de imprensa dando explicações sobre o caso. Na ocasião, ele disse que, mesmo que a perícia não consiga identificar a substância usada, o caso seguirá sendo considerado envenenamento.

“Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento”, explicou o delegado.

STF nega habeas corpus a prefeito de Iporá réu por tentar matar a ex e o namorado dela

O caso aconteceu no dia 18 de novembro. Segundo a Polícia Civil, Naçoitan teria feito mais de 15 disparos de arma de fogo dentro da casa da ex-companheira e fugido na sequência.

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou o habeas corpus do prefeito afastado de Iporá, Naçoitan Araújo Leite (sem partido), acusado de tentar matar a ex-mulher e o namorado dela. No pedido, a defesa alegou que Naçoitan “apresenta fatores de risco cardiovasculares e sequelas do tratamento cirúrgico”) e, por isso, seria “inadequada e arriscada a permanência dele no sistema carcerário”.

Conforme o documento assinado pelo Ministro Luís Roberto Barroso na segunda-feira (25), não foi verificada “situação de teratologia ou ilegalidade flagrante que justifique o acolhimento do pedido cautelar”. A decisão ainda pontuou que não existe impossibilidade de tratamento das doenças mencionadas dentro da prisão.

O caso aconteceu no dia 18 de novembro. Segundo a Polícia Civil, Naçoitan teria feito mais de 15 disparos de arma de fogo dentro da casa da ex-companheira e fugido na sequência.

O prefeito afastado estaria separado da mulher há cerca de dois meses. Por não aceitar o fim da relação, o homem usou a própria caminhonete para quebrar o portão e invadir o imóvel. No local, estavam a ex-companheira e o atual namorado dela, que ficaram dentro do quarto durante os disparos e não se feriram.

Problemas de saúde
Desde que foi preso, Naçoitan passou a apresentar problemas de saúde na prisão. No dia 25 de novembro ele deixou o presídio e foi levado à unidade hospitalar após um mal-estar em que estava com vômito e diarreia.

Ele só retornou para o presídio no dia 28 de novembro, quando apresentou melhora no quadro clínico. Mas, dois dias depois, precisou novamente retornar ao hospital após passar mal mais uma vez dentro da cela.

“Passou mal após o julgamento e foi levado para o hospital. Ao que parece, com princípio de infarto, deve passar por exames para confirmar”, disse o advogado.

Relembre o caso

Naçoitan Leite foi preso no dia 23 deste mês, após se entregar à polícia de Iporá, no oeste de Goiás. Segundo a Polícia Civil, o prefeito invadiu a residência com uma caminhonete e atirou pelo menos 15 vezes contra o quarto onde a ex estava com o namorado (assista vídeo abaixo).

Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que o prefeito invadiu a casa com uma caminhonete, segundo a polícia. A invasão aconteceu na madrugada do dia 18 deste mês, sendo que o prefeito fugiu logo após o crime. A Justiça determinou a prisão de Naçoitan no mesmo dia.

Em entrevista à TV Anhanguera no dia do crime, a ex-companheira relatou os momentos de pânico vividos quando ele invadiu a casa dela. A mulher contou que estava dormindo e acordou com o barulho da porta de vidro da cozinha quebrando.

Após a prisão de Naçoitan, a vice-prefeita Maysa Cunha (Progressistas) tomou posse da Prefeitura de Iporá.

 

Laudo aponta que substância usada para matar mãe e filho foi colocada em doces em pote, diz perícia

Segundo Polícia Técnico-Científica, substância não alterou sabor e não tinha cheiro. Substância ingerida pelas vítimas causou uma intoxicação.

O laudo da Polícia Técnico-Científica apontou que a substância usada para matar mãe e filho, Luzia Tereza Alves e Leonardo Pereira Alves, foi colocada em doces de pote, em Goiânia. Segundo a perícia, a substância ingerida pelas vítimas causou uma intoxicação.

A Polícia Técnico-Científica disse ainda que ao todo, dois doces de pote estavam com a substância que é considerada um veneno ‘potente’ e que foi colocado em grande quantidade. Mesmo em pequenas doses, a substância é tóxica e letal, e não tem sabor nem odor, ou seja, não é possível ser visualizada.

A perita criminal Mayara Cardoso informou nesta quarta-feira (27), que foi realizado um exame toxicológico em amostras coletadas no local do crime e amostras retiradas dos corpos das vítimas.

O nome da substância não foi divulgado. Ao todo, foram analisadas quatro amostras de bolo, das quais duas estavam contaminadas. Também foram analisas colheres, sucos e outros itens encontrados no local. A substância não foi encontrada no suco do café da manhã da família.

Segundo a Polícia Civil, a advogada Amanda Partata está presa suspeita de matar os dois após não aceitar o fim do relacionamento com o filho de uma das vítimas.

Desabafo

O médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex da advogada e filho de uma das vítimas, se pronunciou sobre o caso pela primeira vez na tarde de terça-feira (26), após prestar depoimento à polícia. Ao lamentar a morte do pai e da avó, ele disse nunca ter imaginado algo que justificasse “tamanha brutalidade”.

“A gente nunca imaginava qualquer coisa que justificasse tamanha brutalidade. E a gente tá vivendo nosso luto. Tem sido muito difícil”, desabafou o médico.
O médico, a irmã Maria Paula e a mãe dele, Elaine, prestaram depoimento na manhã desta terça-feira (26). Os depoimentos começaram por volta das 10h e foram até 13h50.

Prisão
A suspeita foi presa temporariamente na noite de quarta (20) e passou pela audiência na quinta (21). À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime. A Justiça negou o pedido de liberdade feito pelos advogados.

No dia 21, a polícia deu uma coletiva de imprensa dando explicações sobre o caso. Na ocasião, o delegado Carlos Alfama, responsável pelas investigações, disse que, mesmo que a perícia não consiga identificar a substância usada, o caso seguirá sendo considerado envenenamento.

“Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento”, explicou o delegado.

Relembre o caso
Conforme a Polícia Civil, na manhã de 17 de dezembro, Amanda Partata foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e até bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia.

Estavam na casa: Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado; Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado; e o marido de Luzia. Destes, apenas o último familiar não tomou o café da manhã. Uma foto mostrou Amanda na mesa do café da manhã perto das quitandas, doces e suco, que estaria envenenado, segundo a polícia.

Nota da defesa de Amanda na íntegra
Os advogados que representam a Senhora Amanda Partata informam que aguardam os desdobramentos das investigações, cujo trâmite é sigiloso, para se manifestar quanto ao teor das imputações declinadas pela Autoridade Policial.

Quanto a prisão da Senhora Amanda Partata consideramos que se efetivou de forma ilegal na medida em que realizada no período noturno em hospital onde se encontrava internada sob cuidados médicos.

Destaque-se, ainda, que a Senhora Amanda Partata compareceu voluntariamente à Delegacia de Investigação de Homicídios, entregou objetos e documentos e, por intermédio de seus advogados, deu plena ciência à Autoridade Policial da sua localização e estado de saúde. As medidas judiciais para preservação e restabelecimento da legalidade serão adotadas oportunamente.

Suspeito de matar policial e servidor da Justiça no Ceará é preso em flat de luxo

Inspetor da Polícia Civil do Ceará, Glicelio Felix de Almeida, de 41 anos, foi morto no dia 17 de dezembro. Em outubro, o analista judiciário do TJCE, Haroldo Ximenes Júnior, também assassinado a tiros. As duas mortes aconteceram em Granja, na Região Norte.

Um dos homens mais procurados no Ceará e Piauí foi preso, na noite desta terça-feira (26), em um flat no bairro Pirajá, área nobre de Teresina. Com ele foram apreendidos dinheiro, relógios, uma pistola, munições e cinco aparelhos celulares.

Segundo a polícia, Adeilson do Amaral de Sousa, conhecido como “Kiko”, de 35 anos, é apontado como chefe de um grupo criminoso e mandante do assassinato do inspetor da Polícia Civil do Ceará, Glicelio Felix de Almeida, de 41 anos, registrada no último dia 17 de dezembro, no município de Granja.

Ainda segundo a polícia, “Kiko” é investigado como mandante do homicídio do analista judiciário do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Haroldo Ximenes Júnior, de 53 anos, também assassinado a tiros em Granja, no dia 31 de outubro.

As polícias do Ceará e do Piauí cumpriram o mandado de prisão.

Mortes de inspetor e analista da Justiça
O inspetor da Polícia Civil, Glicério Felix de Almeida, foi morto a tiros em uma praça no Bairro Boca do Acre, na noite do último domingo (17). Horas após o crime, dois adolescentes foram apreendidos, e um adulto suspeito de envolvimento na ação foi morto em confronto.

Segundo testemunhas, o inspetor de 41 anos, estava de folga, sentado na praça falando ao telefone, quando foi atacado com disparos de arma de fogo e morreu no local. Na fuga o suspeito levou a arma do agente.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, equipes policiais fizeram buscas na região e conseguiram identificar três suspeitos, sendo dois deles adolescentes.

Já o analista judiciário do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) foi assassinado a tiros na Avenida Virgílio Távora, no Centro da cidade.

Segundo testemunhas, Haroldo Ximenes Júnior, estava próximo de casa quando foi atacada por dois homens armados em um carro. O analista foi atingido por vários disparos e morreu no local, já os suspeitos fugiram. Haroldo deixa a mulher e dois filhos.

Além do trabalho no TJCE, Haroldo Ximenes também atuou como advogado e foi procurador-geral nas cidades de Camocim, Chaval e Granja.

 

Polícia prende homem suspeito de matar namorada e esconder o corpo

Jefferson José Guilherme, de 42 anos, tinha um relacionamento conturbado e com episódios de agressão contra Silvania dos Santos Sousa, de 44 anos. Jefferson já tinha sido preso em 2022 pela Lei Maria da Penha.

Agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) prenderam um homem suspeito de matar sua namorada e ocultar o corpo da vítima.

Jefferson José Guilherme, de 42 anos, tinha um relacionamento conturbado e com episódios de agressão contra Silvania dos Santos Sousa, de 44 anos. Jefferson já tinha sido preso em 2022 pela Lei Maria da Penha.

De acordo com as investigações, em fevereiro, Silvania saiu com amigos para um bar, sem Jefferson. De acordo com depoimentos, amigos chegaram a chamá-lo para se juntar a eles no estabelecimento, mas ele não quis ir.

Silvania foi sozinha para sua casa, no Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, e não foi trabalhar no dia seguinte. O corpo dela foi encontrado no rio Pavuna uma semana depois.

A passagem do carro de Jefferson foi registrada no pedágio da Linha Amarela na noite do dia seguinte ao desaparecimento.

Em depoimento, ele alegou que foi à Pavuna para fechar o orçamento de uma obra dois dias após o desaparecimento. Seu depoimento, segundo a polícia, era repleto de contradições, e ele foi indiciado pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.

 

Polícia prende homem acusado de matar a mulher a facadas há cerca de 20 anos

Homem foi reconhecido por vizinhos. O mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado estava aberto desde maio de 2004.

Policiais civis da 32ª DP (Taquara) prenderam um homem acusado de matar a mulher a facadas há cerca de 20 anos.

Segundo a polícia, Sidnei Pinheiro usava uma identidade falsa e estava escondido na casa de parentes, no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio.

O mandado de prisão preventiva por homicídio qualificado estava aberto desde maio de 2004. Os policiais chegaram até ele depois de vizinhos o reconhecerem por fotos e pelo nome falso que Sidnei usava. Segundo a polícia, ele confirmou na delegacia ter esfaqueado a mulher.

 

Ex de advogada suspeita de matar pai e avó dele diz que não imaginava tamanha brutalidade: ‘Vivendo o luto’

Segundo a polícia, Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves foram envenenados durante um café da manhã no dia 17 de dezembro. Polícia Científica investiga qual substância causou o envenenamento.

O médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex da advogada Amanda Partata, que é suspeita de ter envenenado e matado o ex-sogro e a mãe dele se pronunciou sobre o caso pela primeira vez. Ao lamentar a morte do pai e da avó, ele disse nunca ter imaginado algo que justificasse “tamanha brutalidade”.

“A gente nunca imaginava qualquer coisa justificasse tamanha brutalidade. E a gente tá vivendo nosso luto. Tem sido muito difícil”, desabafou o médico.

O médico, a irmã Maria Paula e a mãe dele, Elaine, prestaram depoimento na manhã desta terça-feira (26). Os depoimentos começaram por volta das 10h e foram até 13h50. A suspeita do crime, ex de Leonardo Filho, foi presa temporariamente na noite de quarta (20) e passou pela audiência na quinta (21). À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime.

Em nota, os advogados dela disseram que aguardam o desenrolar de investigações antes de comentarem sobre as acusações. Eles contestam a legalidade da prisão e destacam que Amanda se apresentou voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou à polícia sobre sua localização e estado de saúde (veja nota completa no fim da reportagem).

Entenda o caso
O caso começou a ser investigado no dia 18 de dezembro, após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa dele afirma que a ex-nora comprou o doce e outros alimentos para um café da manhã com a família. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram durante a manhã do dia 17, um domingo.

Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram.

Café da manhã

Uma foto obtida com exclusividade pelo g1 mostra a advogada na mesa de café da manhã no dia em que o ex-sogro e a mãe dele morreram em Goiânia (veja acima). A foto mostra Amanda sorrindo ao lado da mesa com bolos de pote, sacolas e uma garrafa de suco.

O delegado Carlos Alfama acredita que a mulher colocou veneno no suco servido para as vítimas. Segundo Alfama, a advogada disse que comeu os bolos, mas ao ser questionada se tomou o suco, ela “travou”.

“Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido”, afirmou o delegado.

A polícia afirma que Amanda ficou na casa entre 9h e 12h. Ela foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco de uva e até bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia.

Estavam na casa: Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado; Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado; e o marido de Luzia. Destes, apenas o último familiar não tomou o café da manhã.

Envenenamento

A Polícia Científica ainda tenta analisar qual a substância exata foi usada no envenenamento das vítimas. Mais de 300 pesticidas foram analisados para tentar identificar qual pode ter sido aplicado e a polícia descartou o uso de pesticida para o envenenamento

“Mesmo que a perícia não encontre veneno nas substâncias apreendidas, a certeza é de uma morte por envenenamento. Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento”, explicou o delegado.

Alfama completou dizendo ainda que a morte por intoxicação alimentar foi descartada, porque o tempo de incubação das bactérias no organismo humano faz com que, normalmente, a morte aconteça depois de um período mais prolongado.

A polícia acredita que o crime aconteceu pelo fato de Amanda ter se sentindo rejeitada com o término do namoro com Leonardo Filho de uma das vítimas (assista explicação do delegado abaixo). Mesmo separados, a advogada continuava frequentando a casa dos parentes do ex-namorado, pois afirmou que estava grávida. O delegado concluiu, no entanto, que essa gestação é falsa.

No dia do crime, estavam na casa Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado, Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado, e o marido de Luzia. Amanda chegou com alimentos para um café da manhã. Dos moradores, apenas o último familiar não tomou o café da manhã.

“Eu acredito que a intenção dela era matar qualquer pessoa que consumisse os alimentos”, disse o delegado.

A advogada
Amanda é advogada em Itumbiara, no sul goiano. Nas redes sociais, ela também se apresentava como psicóloga, mas segundo o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), ela não tem registro profissional ativo no banco de dados. Ao comentar sobre a prisão, o delegado Carlos Alfama declarou que se trata de um “caso complexo e que envolve até um grau de psicopatia”.

Para a polícia, Amanda é a responsável pelas mortes de Leonardo e Luzia. A motivação para o crime seria o sentimento de rejeição da advogada com o fim do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo. Com o intuito de continuar próxima do rapaz e da família dele, assim que o namoro acabou, Amanda anunciou que estava grávida. Com isso, acabou sendo acolhida por todos.

Relação com as vítimas

Para a polícia, Amanda é a responsável pelas mortes de Leonardo e Luzia. A motivação para o crime seria o sentimento de rejeição da advogada com o fim do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo.

Com o intuito de continuar próxima do rapaz e da família dele, assim que o namoro acabou, Amanda anunciou que estava grávida. Com isso, acabou sendo acolhida por todos. Mas delegado afirmou, com base em um exame de sangue, que Amanda não está grávida.

“Ela não está grávida agora e já não está grávida há algum tempo, apesar dela ainda dizer que está grávida. O exame Beta HCG, que a própria defesa dela nos trouxe, mostra que deu zerado, ou seja, ela não está grávida há algum tempo, mesmo fingindo ter enjoos da gravidez”, disse o delegado.

Até a última atualização desta reportagem, a polícia ainda não sabia dizer se Amanda inventou a gravidez e forjou exames para corroborar essa versão ou se, de fato, ela perdeu o bebê.

Durante coletiva de imprensa, o delegado também comentou sobre Amanda ser muito inteligente e dissimulada. Ele afirma que ela forjou uma personalidade dócil para ser acolhida pelas vítimas.

“É uma pessoa que mostrou uma personalidade extremamente voltada ao crime, com condutas criminosas complexas […] Ela foi recebida de braços abertos pelas vítimas, porque ela forjou uma personalidade dócil, amável, quando na verdade ela não tinha”, afirmou o delegado.

Depoimentos
Familiares das vítimas prestaram depoimento nesta terça-feira (26). Os depoimentos foram iniciados pela manhã, por volta das 10h e foram até 13h50. Foram ouvidos pela polícia:

Filho da vítima Leonardo, que é ex de Amanda: depoimento começou às 10h;
Médica Maria Paula Alves, filha da vítima Leonardo: depoimento começou as 12h;
Ex-esposa da vítima Leonardo e mãe dos filhos dele: passou a ser ouvida a partir de 13h10.

Nota da defesa de Amanda na íntegra
“Os advogados que representam a Senhora Amanda Partata informam que aguardam os desdobramentos das investigações, cujo trâmite é sigiloso, para se manifestar quanto ao teor das imputações declinadas pela Autoridade Policial.

Quanto a prisão da Senhora Amanda Partata consideramos que se efetivou de forma ilegal na medida em que realizada no período noturno em hospital onde se encontrava internada sob cuidados médicos.

Destaque-se, ainda, que a Senhora Amanda Partata compareceu voluntariamente à Delegacia de Investigação de Homicídios, entregou objetos e documentos e, por intermédio de seus advogados, deu plena ciência à Autoridade Policial da sua localização e estado de saúde. As medidas judiciais para preservação e restabelecimento da legalidade serão adotadas oportunamente.”

 

Justiça decreta prisão de analista do MPDFT suspeito de receber R$ 140 mil de grupo investigado por lavar dinheiro desviado do DFTrans

Suedney dos Santos está foragido. Polícia encontrou comprovantes de pagamentos do grupo criminoso direcionados ao servidor; g1 tenta contato com defesa dele.

A Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia decretou, neste domingo (25), a prisão preventiva de Suedney dos Santos. O homem é analista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e é investigado por receber R$ 140 mil de um grupo suspeito de lavar dinheiro desviado do extinto sistema de bilhetagem DFTrans.

No dia 20 de dezembro, a Polícia Civil deflagrou uma operação e cumpriu nove mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão, em Brazlândia, contra suspeitos de participar do esquema (veja mais abaixo). Durante a investigação, os policiais encontraram diversos comprovantes de pagamentos para o analista do MPDFT, feitos entre 2017 e 2019.

De acordo com a Polícia Civil, Suedney está foragido. O g1 tenta contato com a defesa dele. Quem tiver informações sobre o analista, pode entrar em contato com a corporação pelo telefone 197.

Além disso, nesta terça (26), os policiais tentaram cumprir um mandado de prisão preventiva contra uma mulher que já havia sido presa temporariamente e usava tornozeleira eletrônica, mas ela também não foi encontrada. Segundo a polícia, a foragida é esposa do empresário e integra a cadeia de comando da organização criminosa.

Transferências
Os comprovantes encontrados pelos investigadores mostram que o dinheiro transferido para o analista era depositado nas contas da esposa e da mãe do analista. Além disso, os policiais também identificaram o pagamento de uma fatura de cartão de crédito do servidor.

Segundo a investigação, o analista prestava “consultoria” para a organização criminosa. “Ele fazia as minutas e pedia para os advogados assinarem as peças”, disse a Polícia Civil.

Operação Old West

A operação Old West é um desdobramento da operação Trickser que, em 2018 identificou “condutas de corrupção e desvio milionários” do antigo sistema de bilhetagem da capital. Segundo a apuração da 18ª Delegacia de Polícia, de Brazlândia, após a ação anterior, o grupo formou uma organização criminosa para lavar dinheiro e evitar bloqueios judiciais.

Segundo a investigação, a organzação era formada por pessoas da mesma família e contava com participação de “laranjas”. Além disso, há a suspeita da participação do analista do MPDFT.

De acordo com a Polícia Civil, após a operação Trickster, as empresas de um casal suspeito de estar à frente do esquema foram colocadas no nome de “laranjas” para que não houvesse bloqueios judiciais e para que as companhias continuassem prestando serviço para o governo do Distrito Federal e para prefeituras.

Lavagem de dinheiro
Os investigadores identificaram que o casal suspeito fazia transferências dos valores recebidos na contas empresariais para poupanças de filhos, parentes e amigos. Em seguida, os valores eram retirados e passados para outras empresas.

A ideia, segundo a polícia, era “dissimular os valores ujos e evitar bloqueios judiciais”. Entre as poupanças usadas pelos suspeitos, estavam a dos filhos que, à época da investigação, tinham 4 e 15 anos.

A polícia estima que o grupo tenha lavado R$ 31 milhões. Pelo menos 15 “laranjas” participavam do esquema.