PF faz operação contra suspeitos de entregar 43 mil armas para facções brasileiras

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (5) uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país — Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho —, movimentando R$ 1,2 bilhão.

São cumpridos 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai — onde está o principal alvo da operação,  Diego Hernan Dirísio, que ainda não foi encontrado.

Dirísio é considerado pela PF o maior contrabandista de armas da América do Sul.

Até a última atualização desta reportagem:

  • 5 envolvidos no crime foram presos no Brasil;
  • 14 no Paraguai; sendo que um deles já estava preso.

A Justiça da Bahia, que conduz a operação, determinou que os alvos de prisão que estiverem no exterior sejam incluídos na lista vermelha da Interpol e que, se forem presos, sejam extraditados para o Brasil.

A investigação começou em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas no interior da Bahia. As armas estavam com o número de série raspado, mas, por meio de perícia, a PF conseguiu obter as informações e avançar na investigação.

Três anos mais tarde, a cooperação internacional que resultou na operação desta terça indica que um homem argentino, dono de uma empresa chamada IAS, com sede no Paraguai, comprava pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições de fabricantes de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

Segundo a PF, de novembro de 2019 a maio de 2022, a empresa de Dirísio importou 7.720 pistolas de uma fabricante na Croácia, bem como a compra e venda de 2.056 fuzis produzidos na República Techa e mais cinco mil rifles, pistolas e revólveres produzidos na Turquia. 1.200 pistolas também foram importadas de uma fábrica na Eslovênia — um total de 16.669 armas.

Após a compra, as armas eram vendidas para facções brasileiras, em especial de São Paulo e do Rio de Janeiro. O esquema envolvia também doleiros e empresas de fachada no Paraguai e nos EUA.

Funcionários envolvidos

Entre as pessoas de confiança de Dirísio estão Maria Mercedes e Elaine Marengo, funcionárias da IAS — peças fundamentais no esquema criminoso. Elas eram as pontes entre Dirísio e o núcleo de intermediários, que negociam diretamente com os criminosos brasileiros.

O papel dos funcionários da empresa era “dar cobertura” para que o nome de Dirísio não aparecesse nas investigações — já que ele não queria que seu nome fosse relacionado às armas apreendidas no Brasil.

A investigação aponta Mercedes é uma das principais vendedoras de armamentos da IAS, ao lado de Marengo, que chegou a ocupar a função secretária pessoal de Dirísio. Maria Mercedes e Elaine Marengo foram presas na manhã desta terça-feira (5).

Investigados

A investigação internacional apontou a suspeita de envolvimento do general Arturo Javier González Ocampo, que até pouco tempo atrás ocupava o cargo de Chefe do Estado Maior General da Força Aérea do Paraguai.

Funcionárias da empresa IAS, de Diego Dirísio, foram flagradas em conversas interceptadas, com autorização judicial, pedindo ao general Arturo Gonzales Ocampo para interceder na DIMABEL, órgão militar de controle de armas.

O objetivo é colocar pessoas na DIMABEL da confiança do esquema de tráfico de armas. A polícia paraguaia prendeu o general nesta terça. E fez busca e apreensão na casa dele.

Na DIMABEL, órgão paraguaio responsável por controlar, fiscalizar e liberar o uso de armas, os investigados são:

 

  • General Jorge Antonio Orue Roa (ex-diretor da DIMABEL no período em que a empresa IAS realizou importações que teriam como destino o Brasil);
  • Coronel Bienvenido Fretes, encarregado do departamento de Registro Nacional de Armas (RENAL) da DIMABEL;
  • Tenente Cinthia Maria Turro Braga, encarregada de estar à frente da parte de Assessoria Jurídica do Registro Nacional de Armas (RENAR) da DIMABEL;
  • Capitã Josefina Cuevas Galeano, que estaria na função de Chefe de Importações;
  • Cesar Adolfo Benitez Pappalardo, identificado no relatório final de análise como pessoa que passava informações sobre a apreensão de armas no Brasil para Dirísio.
Homem é preso no Rio após enviar granadas pelo correio para o RS

Material foi enviado de agência no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Diego foi preso quando se preparava para enviar lança-perfumes pelos correios, na mesma agência, nesta terça-feira (5). O destinatário das granadas foi identificado como Franklin Tarque.

Um homem foi preso após policiais federais encontrarem quatro granadas enviadas pelo correio de uma agência no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Imagens mostram o momento em que Diego Gonçalves Rodrigues se preparava para postar o material.

Diego foi preso nesta terça-feira (5) quando se preparava para enviar lança-perfumes pela mesma agência.

O destinatário das granadas foi identificado como Franklin Tarque. A encomenda chegou nesta terça-feira em uma agência dos Correios em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Uma mesma embalagem, com características semelhantes, foi identificada como suspeita em outro município do Estado, em Gravataí.

Os agentes perceberam, através do raio-x, que havia uma encomenda suspeita. Após a identificação e confirmação de que era uma granada, os explosivos foram detonados em segurança.

Aprovação polêmica de orçamento que beneficia prefeito Waguinho tem confusão e luz apagada na Câmara de Belford Roxo; oposição vai à polícia

A briga aconteceu durante a votação do orçamento da cidade para o ano de 2024.

Treze vereadores de Belford Roxo registraram um boletim de ocorrência contra o presidente da Casa Legislativa depois de uma briga durante a votação do orçamento de 2024, nesta terça-feira (5).

O presidente Armandinho Penelis (MDB) havia aprovado o orçamento da cidade para o ano que vem, mesmo com três votos a menos. A luz do plenário caiu na hora em que os vereadores da oposição foram reclamar.

O projeto aprovado dá autorização para o prefeito Waguinho mudar o destino de 40% da verba sem autorização da câmara.

A oposição já tinha conseguido na Justiça que o orçamento fosse colocado em pauta, e pressionavam pela votação de uma emenda ao projeto – a proposta era diminuir de 40% para 5% a verba que pode ser alterada sem autorização.

No entanto, eles afirmam que Armandinho ignorou a emenda e declarou o orçamento aprovado.

Um vídeo mostra que Armandinho abandonou a sessão plenária no meio da discussão, e pouco depois a luz apaga. Os vereadores dizem que depois disso, foram ouvidos tiros perto da câmara.

Essa não é a primeira vez que isso acontece, na semana passada também teve um blecaute na hora que a oposição tentou pedir informações sobre a iluminação natalina da prefeitura, contratada sem licitação.

A equipe de reportagem tentou conversar com o presidente Armandinho Penelis pessoalmente, mas não o encontraram na câmara.

Em nota, a Câmara Municipal de Belford Roxo disse que cumpriu a decisão da Justiça e aprovou o projeto do orçamento para o ano que vem, que segue para aprovação do prefeito Waguinho.

O posicionamento diz ainda que o projeto foi aprovado por unanimidade – diferente do que afirmam os vereadores.

A Polícia Civil informou que foi aberto um inquérito para apurar o que aconteceu.

 

Justiça mantém condenação de Nikolas Ferreira por ofensa à identidade de gênero de Duda Salabert

Deputado terá que pagar R$ 30 mil a Salabert por episódio na época em que os dois eram vereadores de Belo Horizonte. Decisão, de segunda instância, ainda cabe recurso.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o recurso movido pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e manteve, nesta terça-feira (5), a condenação dele em processo de danos morais movido pela também parlamentar Professora Duda Salabert (PDT-MG). Com isso, ele terá que pagar uma indenização de R$ 30 mil a ela. Ainda cabe recurso.

O processo diz respeito a declarações feitas por Nikolas em 2020, quando ambos os envolvidos eram vereadores eleitos de Belo Horizonte. Na ocasião, em entrevista a um jornal, o atual deputado federal disse que continuaria chamando Duda de “ele”, como já vinha fazendo durante a campanha eleitoral, por “ser o que está na certidão”. Depois, repercutiu as declarações nas redes sociais.

Duda, então, entrou na Justiça contra Nikolas por danos morais, alegando proteção jurídica ao conceito de identidade de gênero. Nikolas foi condenado em primeira instância em abril deste ano.

Na época, a decisão de primeira instância entendeu que Nikolas tem “incontestável influência nas redes sociais” e que as ofensas a Duda tiveram “grande repercussão”.

Na primeira condenação, em abril, foi fixado o valor de indenização em R$ 80 mil. Em segunda instância, o valor foi corrigido para R$ 30 mil. A motivação ainda não foi divulgada, uma vez que a íntegra da decisão ainda segue sob sigilo. O caso tramita na 10ª Câmara Cível de Belo Horizonte.

Nas redes sociais, Duda Salabert comemorou a decisão. Procurado pela reportagem, Nikolas Ferreira ainda não se manifestou sobre o assunto.

Mulher de chefe do tráfico no Pará é presa quando saía de festa em quiosque na orla do Recreio, Rio

Evelyn Baladan é suspeita de integrar a organização criminosa e de atuar na lavagem de dinheiro do crime. Ela foi presa em operação da Polícia Civil do Pará com 18 presos.

Uma operação da Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (5), a mulher de um dos chefes do tráfico do Comando Vermelho no Pará, Anderson Latrol.

Evelyn Baladan foi detida quando saía de uma festa em um quiosque na praia da Reserva, na Zona Oeste do Rio, acompanhada de uma amiga.

A paraense, que também está no Rio desde 2021, foi capturada quando se preparava para entrar em um carro de aplicativo para ir embora.

Ela e Andressa Franco, companheira outra liderança do CV, Bené, também foi presa no Pará. As duas, segundo as investigações, participavam ativamente da organização criminosa, sobretudo na lavagem do dinheiro.

A operação foi realizada pela Polícia Civil do Pará, com a apoio da Civil do Rio.

Segundo investigadores, Latrol está escondido há dois anos no Rio, e tem como base o Complexo da Penha, na Zona Norte. Ele era um dos braços-direitos do traficante Léo 41, morto no Complexo do Salgueiro em março.

“A Evelin estava escondida no Rio, com o Latrol, desde o início de 2021 e vinha sendo investigada pela Polícia Civil do Pará por lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Vínhamos fazendo o monitoramento dela e conseguimos efetuar a prisão no momento em que ela deixava uma festa com uma amiga”, disse Gustavo Fossati, delegado da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado.

Operação ‘Acerto de Contas’
A operação da polícia paraense prendeu, no total, 18 suspeitos de organização criminosa, tráfico de drogas no município de Tailândia (PA) e lavagem de dinheiro.

As prisões foram feitas em seis municípios além do Rio: Belém, Tailândia, Marituba, Mocajuba, Quatro Bocas, no Pará; e São Luís, no Maranhão.

A investigação apurou que a quadrilha movimentou aproximadamente R$ 4,5 milhões no período investigado. Foi realizado um bloqueio bancário no valor de R$ 6.870.000.

 

Um dos chefes do Comando Vermelho em MG é preso, diz polícia

Criminoso foi detido na manhã desta terça-feira (5) durante a Operação ‘Irmandade’, realizada em Juiz de Fora e região. Douglas de Castro seria o 2º criminoso mais procurado do estado.

Foi preso na manhã desta terça-feira (5) um dos principais chefes do Comando Vermelho em Minas Gerais. A prisão dele aconteceu durante a Operação “Irmandade”, realizada pelo Gaeco e outras forças de segurança na Zona da Mata mineira, contra integrantes de organizações criminosas responsáveis por crimes de homicídios e tráfico de drogas.

Segundo a PM, ele foi detido em casa na cidade de Matias Barbosa. Com mais de 20 folhas de processos, Douglas de Castro era o criminoso mais procurado de Juiz de Fora e o 2º de Minas Gerais. Ele também é suspeito de planejar um homicídio ocorrido no dia 3 de setembro no Bairro Vila Esperança. O g1 não conseguiu localizar a defesa dele.

Ao todo, foram cumpridos 8 mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão pela Vara do Tribunal do Júri de Juiz de Fora. Um vizinho de Douglas também foi preso em atitude suspeita durante a ação, que aconteceu também em Ponte Nova e Rio de Janeiro.

Posição de ‘chefia’
Em entrevista à TV Integração, o delegado Samuel Neri, titular da delegacia de Homicídios de Juiz de Fora, disse que Douglas de Castro tinha um “cargo” de chefia na organização criminosa.

“Ele tem uma posição de destaque em Minas Gerais e principalmente aqui em Juiz de Fora”, complementou.
Ainda conforme o delegado, o objetivo da ação foi alcançar os mandantes de homicídios registrados nos últimos meses na cidade, além dos executores.

Participaram da operação promotores de Justiça, agentes e servidores do Gaeco Juiz de Fora, policiais militares, policiais civis, policiais penais, policiais rodoviários e agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ.

 

Marido de influencer é preso por maus-tratos a cães na Zona Norte do Rio

 

O marido da influencer Gabriely Araújo, João Vitor de Vasconcelos Gomes Peixoto, foi preso na manhã desta segunda-feira (4) por maus-tratos a dois cachorros, em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele foi levado para a 24ª DP (Piedade).

(CORREÇÃO: inicialmente, a Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais afirmou que Gabriely Araújo foi presa. Após a publicação da reportagem, no entanto, a polícia informou que Gabriely apenas acompanhou o marido, que está preso, até a delegacia. A reportagem foi corrigida às 13h52.)

Aos policiais, João Vitor se declarou tutor dos cachorros e alegou que resgatou os animais na rua e estava cuidando dos mesmos.

Os cães foram encontrados pelos agentes da prefeitura do Rio em um imóvel do casal em Piedade, que está abandonado.

De acordo com os agentes da Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais, os dois cães da raça pitbull estavam com feridas pelo corpo e não tinham acesso a água e comida. Os animais estavam desidratados.

Os dois cachorros foram levados para a Fazenda Modelo, onde passarão por exames e outros cuidados veterinários.

João Vitor passará por audiência de custódia, quando a justiça decidirá se ele permanece preso ou responderá pelo crime em liberdade.

Segundo os agentes da secretaria, a mulher alegou não ter dinheiro para cuidar dos animais mas, nas redes sociais, ostenta uma vida de luxo. A família mora em uma casa e, de acordo com os fiscais, os cães ficavam em outra, sem mínimas condições de vida.

“É inadmissível que os animais vivam nessas condições, ainda mais com tutores que ostentam nas redes sociais suas viagens, suas conquistas. Os animais precisam de cuidados e é crime privá-los de sombra, água, comida e cuidados veterinários. Maus-tratos a animais é crime, espero que a justiça faça o seu papel pois esses inocentes já sofreram demais”, afirmou Flávio Ganem, secretário de Proteção e Defesa dos Animais.

 

 

PM que matou esposa a tiros já foi acusado pela ex por agressão, ameaça e estupro

Ex-mulher conseguiu medida protetiva, que proibiu o soldado de se aproximar a menos de 100 metros dela. Thiago Lima foi acusado de usar droga em 2022 e cometer crimes contra mãe de seu filho. Soldado está preso por matar atual esposa, Erika Ferreira, esta semana. Feminicídio foi gravado.

O policial militar Thiago Cesar de Lima, preso neste final de semana em São Paulo por aparecer em vídeo (veja acima) agredindo e matando a tiros a atual esposa, Erika Satelis Ferreira, já foi acusado pela ex-mulher por agressão, ameaça e estupro. A vítima é mãe do filho dele e os crimes teriam ocorrido no ano passado, em Franco da Rocha, na região metropolitana.

Em 18 de agosto de 2022, a ex registrou boletim de ocorrência contra Thiago na delegacia da cidade por lesão corporal, ameaça e estupro, no contexto da violência doméstica. Ela ainda pediu medida protetiva à Polícia Civil contra o ex-marido baseada na Lei Maria da Penha. A Justiça concedeu o benefício para a mulher, proibindo o soldado da Polícia Militar (PM) de se aproximar a menos de 100 metros dela e de sua família.

O relacionamento conturbado de oito anos culminou em violência física e sexual, com a ex-mulher relatando episódios de agressões, ameaças e estupro, inclusive sob o efeito de cocaína, segundo o depoimento da ex à polícia. O inquérito policial desse caso foi arquivado em novembro do ano passado, e a Justiça confirmou o arquivamento em março de 2023.

Até a última atualização desta reportagem o g1 não conseguiu localizar a ex-mulher de Thiago e nem a defesa do soldado para comentarem o assunto e informarem os motivos da extinção do caso.

Em seu depoimento na delegacia de Franco da Rocha, ela disse que, enquanto estavam casados, “houve diversos conflitos, os quais desencadeavam-se em ameaças, lesões corporais e estupros constantes”.

O passado conflituoso de Thiago com a ex-mulher também está no inquérito policial que investiga o soldado pelo assassinato da atual esposa. Erika foi morta na madrugada do último domingo (3) em Perus, na Zona Norte de São Paulo. O caso foi registrado na 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na Zona Norte. Ele acabou indiciado por feminicídio, o homicídio que envolve “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.

A vítima tinha 33 anos, trabalhava como representante comercial e deixou duas filhas, frutos de um relacionamento anterior, segundo policiais ouvidos pela reportagem. Thiago e Erika se conheciam havia dois anos, mas estavam casados há seis meses. O homem tem 36.

Uma câmera de segurança de um imóvel na Rua Bananalzinho gravou o momento em que o soldado da PM, que estava de folga e sem uniforme, dá pelo menos cinco socos no rosto de Erika e depois atira duas vezes no peito dela, que cai no chão.

O casal havia discutido momentos antes dentro de um carro, que era dirigido pela vítima. Após o crime, Thiago entra no veículo e acelera, mas desiste de fugir quando é observado por moradores. Ele arrasta a vítima até o veículo e a leva para o Pronto-Socorro de Taipas, onde a morte dela foi confirmada pelo hospital.

Segundo o boletim de ocorrência do caso, ele confessou ter atirado na esposa, mas alegou que ela havia tentado pegar sua arma e por isso disparou. Mas não é isso o que as imagens mostram.

A pistola de Thiago, uma Glock calibre .40 da Polícia Militar, foi apreendida para perícia. Segundo a delegada titular da 4ª DDM, Marina Cerqueira, o indiciado ficou em silêncio durante a maior parte do interrogatório. Ele disse que não tinha condições de falar sobre o crime.

A Corregedoria da PM foi acionada para apurar a conduta do soldado. Atualmente ele está preso no Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte. A Justiça converteu a prisão em flagrante dele em preventiva, para que fique preso por tempo indeterminado até que seja julgado pelo crime.

Em 30 de outubro de 2023, cerca de um mês antes de ser morta a tiros pelo marido, Erika registrou um boletim de ocorrência na 4ª DDM por ameaça, e acusou o policial de apontar a arma para a cabeça dela.

Segundo ela relatou à época, Thiago havia discutido por ciúmes após o casal sair de uma casa noturna em São Paulo. Chegando à residência deles, os dois continuaram a discutir. Erika contou que ele ameaçou matá-la quando pegou a arma, apontou para sua cabeça e disse que ela não veria as filhas crescerem.

Em seguida, Erika chamou a Polícia Militar, que levou ela e o marido até a Delegacia de Defesa da Mulher. Lá, Thiago confirmou a discussão, mas negou ter apontado a arma e ameaçado atirar na esposa.

Como o caso envolvia violência doméstica, ela foi orientada pela Polícia Civil a pedir medida protetiva contra o soldado, mas não quis. Também não o representou criminalmente para que ele fosse investigado pelo crime.

O velório e o enterro de Erika aconteceram na segunda-feira (4), no Cemitério Valle das Colinas, em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo.

Mulher morta a tiros por marido PM registrou boletim de ocorrência por ameaça em outubro

Erika relatou à polícia na época que Thiago Lima apontou a arma para ela durante uma discussão por ciúme. Ele foi preso no domingo (3) após dar 5 socos na esposa e atirar duas vezes nela. Câmera de segurança registrou o crime.

No final de outubro, cerca de um mês antes de ser morta a tiros pelo marido, Erika Satelis Ferreira, a esposa do policial militar Thiago Cesar de Lima, registrou um boletim de ocorrência por ameaça, e acusou o policial de apontar a arma para a cabeça dela.

No domingo (3) o soldado foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) depois de dar pelo menos cinco socos no rosto de Erika e disparar contra ela em Perus, na Zona Norte de São Paulo.

Ele alegou que a esposa quis retirar a pistola Glock calibre .40 dele e, por isso, deu um tiro de advertência para o alto e depois atirou mais duas vezes nela.

A Polícia Civil o indiciou por feminicídio, o homicídio que envolve “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.

Em 30 de outubro, Erika registrou boletim de ocorrência por ameaça no contexto de violência doméstica. À época, ela não quis fazer representação criminal contra o soldado para que o caso fosse investigado nem pediu medida protetiva contra ele.

O registro policial foi feito na mesma delegacia que atualmente investiga o feminicídio dela: a 4ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na Zona Norte da capital.

Segundo Erika relatou à época, Thiago havia discutido com ela por ciúmes após o casal sair de uma casa noturna.

Chegando à casa deles, os dois continuaram a discutir. Erika contou que Thiago ameaçou matá-la quando pegou a arma, apontou para sua cabeça e disse que ela não veria as filhas crescerem.

Em seguida, Erika chamou a Polícia Militar, que foi até a residência do casal e o levou até a Delegacia de Defesa da Mulher. Lá, Thiago confirmou a discussão, mas negou ter apontado a arma e ameaçado atirar na esposa.

Nesta segunda-feira (4), o soldado passou por audiência de custódia e a Justiça converteu a prisão em flagrante dele em preventiva para que fique preso por tempo indeterminado até que seja julgado pelo crime.

Thiago foi levado para o Presídio da PM Romão Gomes, na Zona Norte. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele para comentar.

Segundo a delegada titular da 4ª DDM, Marina Cerqueira, o indiciado ficou em silêncio durante a maior parte do interrogatório.

O homem tem 36 anos. A vítima tinha 33 e deixou duas filhas, frutos de um relacionamento anterior. Thiago e Erika estavam casados havia seis meses.

A câmera de segurança de um imóvel na Rua Bananalzinho, em Perus, gravou o assassinato de Erika. As cenas, que circulam nas redes sociais, estão sob análise da polícia.

No vídeo é possível ver que Erika abre a porta da posição de motorista, dá a volta no veículo e abre a porta traseira. No banco de trás está Thiago. Ela tenta tirá-lo de lá, mas não consegue. Ambos saem do automóvel e começam a discutir do lado de fora.

Thiago aparece dando uma série de socos no rosto de Erika. Em seguida, ele atira nela. A mulher cambaleia e bate a cabeça no porta-malas, caindo no chão. O soldado entra no carro e acelera o veículo, mas depois retorna e a arrasta até o veículo. Enquanto isso, moradores saem de suas casas para saber o que aconteceu na rua. E acompanham toda a ação.

O PM levou a vítima até um hospital da região, o Pronto-Socorro de Taipas, onde a morte dela foi confirmada. Segundo o boletim de ocorrência do caso, ele confessou ter atirado na esposa após uma discussão. Alegou que ela havia tentado pegar sua arma e por isso disparou contra a esposa. Mas não é isso o que as imagens mostram.

A pistola do policial militar foi apreendida para perícia. A Corregedoria da PM foi acionada para apurar a conduta de Thiago. Ele também responderá criminalmente na Polícia Civil.

O velório e o enterro de Erika aconteceram na tarde desta segunda, no Cemitério Valle das Colinas, em Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo.

Casos de feminicídios

Os casos de feminicídio cresceram 62% neste ano no estado de São Paulo em comparação com 2018.

Entre janeiro e outubro deste ano, foram registrados 181 casos Em 2018, ano em que a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) passou a categorizar o feminicídio dentro dos dados de casos de violência contra a mulher, foram 112 registros.

O levantamento foi feito pela GloboNews com base em dados da SSP.

Casos de feminicídio em São Paulo entre janeiro e outubro:

2018: 112 casos
2019: 140 casos
2020: 140 casos
2021: 118 casos
2022: 153 casos
2023: 181 casos
 

Vereador de Mogi Mirim tem mandato cassado após ser denunciado por racismo

Tiago César Costa (MDB) estava afastado do cargo desde o início de novembro. Decisão teve 14 votos a favor, 2 contra e uma abstenção.

A Câmara Municipal de Mogi Mirim aprovou, na noite desta segunda-feira (4), a cassação do mandato do vereador Tiago César Costa (MDB) por quebra de decoro. A parlamentar estava afastado do cargo desde o início de novembro após ser denunciado por racismo (relembre abaixo).

O presidente da Casa, Dirceu Paulino (Solidariedade), determinou a expedição do decreto legislativo de cassação do mandato do vereador por 14 votos a favor, 2 contra e uma abstenção.

À época do afastamento, Costa afirmou, em nota, que estava sendo perseguido por ser pré-candidato a prefeito, e disse acreditar que tudo seria revertido na Justiça “no tempo oportuno”.

O g1 entrou em contato com o parlamentar, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem. Assim que ele se manifestar, o texto será atualizado.

Denúncia de racismo
Em setembro, o parlamentar se envolveu em uma confusão após pedir a retirada de monumento da Câmara Municipal para defender negros e acabar sendo acusado de agir de forma racista.

Na época, ele havia convocado uma audiência para discutir a remoção da obra “Pelourinho”, que fica em frente à sede do Legislativo, por afirmar que o objeto simboliza a escravidão.

No entanto, o vereador amarrou um boneco na estrutura com sacos de lixo para simbolizar um escravizado e pessoas que estavam presentes entenderem a atitude como uma ofensa.