Boate na Lapa em que modelo morreu ao cair de escada volta a ser interditada pelos Bombeiros por falta de documentação

Em agosto, o modelo Suede Oliveira Júnior, de 44 anos, morreu ao cair do 3º andar do local. No dia do acidente, local funcionava ilegalmente.

Interditada deste 2021 pelo Corpo de Bombeiros por falta de documentação, a boate Street Lapa, na Lapa, no Centro do Rio, foi interditada novamente na noite deste sábado (16) por agentes do Corpo de Bombeiros por funcionar ilegalmente. A casa de show não tem documentação regular junto aos órgãos estaduais. Mesmo sem os alvarás, os donos do local estavam com as portas abertas.

A Polícia Militar foi acionada para acompanhar o fechamento da casa de festas, já que os donos desrespeitavam a interdição há mais de 2 anos.

Foi na Street Lapa que o modelo Suede de Oliveira Junior, de 44 anos, morreu ao despencar de uma das escadas no dia 7 de agosto deste ano. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu aos ferimentos.

O g1 entrou em contato com a assessoria da Street Lapa, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Boate estava irregular
A casa noturna Street Lapa fica na Avenida Gomes Freire e já foi fechada durante a pandemia por irregularidades sanitárias. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o estabelecimento funcionava de forma irregular.

De acordo com a corporação, “em 2 de janeiro de 2021, foi emitido um auto de interdição pelo Grupamento Operacional do Comando Geral (GOCG), quartel que cobre a área do estabelecimento e, até hoje, o local se encontra interditado”. No entanto, apesar de estar oficialmente interditado e sem alvará, o local seguia funcionando sem fiscalização.

Posteriormente, a casa noturna passou a cumprir a interdição. De acordo com os bombeiros, voltou a descumpri-la.

‘O melhor open bar da Lapa’
A Steet Lapa Entretenimento LTDA, segundo a Receita Federal, está no nome do empresário Jorge Luiz do Nascimento Junior.

Com capital social de R$ 100 mil, Júnior, que aparece como sócio-administrador, optou pelo Simples Nacional – um modelo de tributação – e desde 1ª de janeiro de 2020 está com as portas abertas na região mais boemia da cidade.

De acordo com a corporação, “em 2 de janeiro de 2021, foi emitido um auto de interdição pelo Grupamento Operacional do Comando Geral (GOCG), quartel que cobre a área do estabelecimento e, até hoje, o local se encontra interditado”. No entanto, apesar de estar oficialmente interditado e sem alvará, o local seguia funcionando sem fiscalização.

Posteriormente, a casa noturna passou a cumprir a interdição. De acordo com os bombeiros, voltou a descumpri-la.

‘O melhor open bar da Lapa’
A Steet Lapa Entretenimento LTDA, segundo a Receita Federal, está no nome do empresário Jorge Luiz do Nascimento Junior.

Com capital social de R$ 100 mil, Júnior, que aparece como sócio-administrador, optou pelo Simples Nacional – um modelo de tributação – e desde 1ª de janeiro de 2020 está com as portas abertas na região mais boemia da cidade.

 

‘Preta arrogante’: Jojo Todynho relata caso de racismo em Fortaleza

Cantora diz ter sido chamada de ‘preta arrogante’ após ter se recusado a postar presente de vendedora no sábado (17). O caso foi relatado nas redes sociais da artista.

A cantora Jojo Todynho relatou em suas redes sociais ter sofrido um episódio de racismo em Fortaleza enquanto fazia compras na feira da Beira-Mar no sábado (17). Ela está visitando a cidade e disse ter ido comprar uma mala para colocar alguns presentes que ganhou durante o passeio.

“Veio uma senhora e falou para mim: ‘Você pode ir na loja que vou te dar um presente e você me marca no instagram?’. Eu falei para ela ‘Não, obrigada, quero não’. Ela falou assim: ‘Esses pretos são todos arrogantes'”, explicou Jojo.

Jojo ainda disse que foi falar com a vendedora e que a administradora do local pediu desculpas. Também nas redes sociais, a cantora disse que registrou um Boletim de Ocorrência (B.O).

O g1 entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS), que disse, em nota, que a Polícia Civil apura a denúncia de crime de preconceito de raça ou cor.

“A PCCE acrescenta que a permissionária autônoma, apontada como a mulher que teria supostamente proferido as ofensas, também registrou BO, sendo este contra a artista pelo crime de calúnia. A Polícia Civil seguirá apurando o fato pela Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrin), unidade especializada”.
Já a Prefeitura de Fortaleza respondeu que o caso deve ser apurado e que repudia toda forma de discriminação.

A administração municipal respondeu também que oferece programas e cursos de apoio e capacitação gratuitos para os empreendedores aprimorarem o atendimento.

“A gestão municipal se coloca à disposição por meio da Coordenadoria Especial da Igualdade Racial e da Secretaria de Turismo. A Prefeitura realiza trabalho constante de fiscalização e ordenamento urbano da Avenida Beira-Mar, bem como dos permissionários que atuam no comércio na região”
Também nas redes sociais, Jojo reiterou que tomou a atitude que achou correta no momento. Após divulgação do caso, ela chegou a receber comentários com teor racista em suas fotos.

“Quem quer respeito, se dá ao respeito. Eu só discuti, mas em uma dessas, se meto a mão na cara… Porque com racista tem que ser assim. Eu disse que vim passear, não sou obrigada a aceitar produto”, acrescentou.

A acusada por Jojo de racismo afirmou, por meio das redes sociais, que registrou um B.O por calúnia contra a cantora.

“Falei para ela que não a chamei de preta jamais. Até conversei com ela, mas ela está sempre muito exaltada, não consegue conversar de jeito nenhum”.
O g1 também entrou em contato com o advogado que representa a vendedora.

“As coisas que ela falou sobre minha cliente são inverídicas”, disse o profissional em vídeo.

A lojista contou sua versão. Ela disse que perguntou se Jojo Todynho faria uma divulgação da sua marca e que faria um kit de presentes de sua loja para a cantora.

“Ela já me respondeu gritando, botando o dedo na minha cara e me acusou de racista. Jamais chamaria alguém de preto, negro, macaco. Tenho ódio de gente preconceituosa, não aceito jamais ninguém ser preconceituoso. Queria falar que isso não aconteceu. Vim fazer um boletim para me defender”, comentou também em vídeo.