PM expulsa sargento condenado por matar artista plástico durante discussão na Vila Madalena
Em 2022, Ernest Decco Granaro foi julgado e condenado pelo assassinato da vítima.
A Polícia Militar expulsou o sargento Ernest Decco Granaro, o PM que foi condenado a 15 anos de prisão por atirar e matar um artista plástico durante discussão na Vila Madalena, na Zona Oeste de São Paulo, em 28 de novembro de 2020.
Ele foi investigado em um processo administrativo disciplinar e a corporação concluiu que o sargento praticou atos desonrosos ou ofensivos ao decoro profissional. Wellington Copido Benfati, conhecido como Nego Vila, tinha 40 anos quando foi baleado pelo policial.
Granaro estava de folga e sem uniforme quando cometeu crime. Ele alegou legítima defesa e tiro acidental, mas foi condenado pela Justiça, em 2022.
A decisão foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira. A defesa do sargento não quis falar sobre a expulsão do policial até a última atualização desta reportagem.
Relembre o caso
Segundo testemunhas, Ernest Granaro atirou em Nego Vila quando ele estava caído no chão, sem chance de se defender.
Durante todo o caso, o PM negou ter atirado no artista para matá-lo. Inicialmente ele havia alegado na delegacia que disparou para se defender após discutir e brigar com a vítima. Depois durante o processo na Justiça, Ernest Granaro disse que o tiro foi dado acidentalmente quando Nego Vila tentou tirar a arma dele.
O PM chegou a ser preso em flagrante por outros policiais logo após o crime, mas foi solto por decisão da Justiça em março de 2022.
O assassinato de Nego Vila causou indignação à época. Protestos e manifestações artísticas foram feitas na Vila Madalena.
PMs expulsos
No período de 2019 a 2023, nos últimos cinco anos, 488 policiais militares foram expulsos da corporação. Em 2019, foram 103.
Depois, vieram dois anos com redução: 2020, com 89, e 45, em 2021. Já em 2022 houve um salto: 172. Em 2023, 79 policiais militares foram expulsos da corporação.