Suspeito de matar jovem a pauladas na saída de supermercado em Maricá é preso pela polícia

Bruno de Almeida, de 26 anos, morreu após ficar 14 dias internado no CTI do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara. Crime ocorreu em 28 de dezembro de 2023.

A Polícia Civil de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, conseguiu prender na tarde desta quinta-feira (1°) o suspeito de matar Bruno de Almeida, jovem de 26 anos que foi atingido com diversas pauladas ao sair de um supermercado no Centro da cidade, na noite de 28 de dezembro de 2023.

A vítima chegou a ficar 14 dias internada, mas morreu na UTI Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara.

Desde a crime, que foi registrado por câmeras de segurança, o homem seguia sendo procurado (vídeo abaixo – imagens fortes). Ele foi encontrado na comunidade Beira Rio, em Inoã, depois de um trabalho do setor de inteligência para identificação e localização do suspeito.

A investigação
De acordo com a Polícia Civil, o agressor é Luiz Carlos Maurat Junior, de 40 anos. O homem possui diversas anotações criminais por roubo e furto.

A polícia conseguiu imagens do crime dias depois crime. A princípio, não foi possível identificar o rosto do suspeito, apenas as roupas e características físicas.

Mas, nas investigações, os agentes descobriram que o homem chegou ao Centro da cidade usando o transporte público, e, com as imagens das câmeras internas do ônibus, conseguiram ter noção do rosto do autor e do local onde ele embarcou.

Na tarde de quinta-feira (1º), os policiais foram até o ponto de ônibus onde o homem embarcou, em Inoã, e conseguiram localizá-lo pelas ruas do local. Ele chegou a fugir, mas foi alcançado pelos agentes.

De acordo com a polícia, Luiz Carlos estava vivendo em uma construção abandonada, sem portas, e no local foi encontrada a roupa que ele usou no dia do crime.

O mandado de prisão preventiva contra o agressor foi expedido, e ele vai responder pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte.

O crime
Imagens de câmeras de segurança mostram que, quando Bruno deixa o supermercado com as compras na mão, Luiz Carlos o segue e bate com a madeira na cabeça dele, que cai no chão e recebe uma série de outras pauladas. As imagens são fortes.

O agressor pega as chaves do carro do rapaz, entra no veículo, mas tem dificuldade em dar partida. Ainda nas imagens, algumas pessoas que presenciaram a situação tentam impedir a fuga, mas, depois de alguns segundos, ele consegue fugir do local.

O veículo foi encontrado horas depois na comunidade da Linha, em Rio do Ouro, em São Gonçalo.

 

Falso entregador de aplicativo é preso menos de dois meses após sair da cadeia e voltar a assaltar no Rio

Homem usava roupas e mochila de entregador para praticar assaltos, segundo a polícia. Ele é suspeito de balear um cliente de uma barbearia no final de janeiro, na Tijuca, durante um assalto.

Um homem foi preso nesta sexta-feira (2) por policiais do 2º BPM (Botafogo) e da 18ª DP (Praça da Bandeira) suspeito de cometer vários assaltos em bairros do Rio. De acordo com a PM, ele usava uniforme de entregador de aplicativo do iFood para distrair as vítimas.

O homem foi preso em novembro do ano passado, também por roubo. Ele foi solto em dezembro e, segundo a polícia, voltou a praticar os crimes.

Ygor da Silva Gomes, conhecido como Índio, de 23 anos, já acumula outras sete anotações criminais – entre elas, três por roubo a mão armada e um homicídio. Nesta sexta, ele foi localizado no Estácio, na Zona Norte do Rio.

De acordo com a Polícia Militar, os investigadores chegaram até o suspeito após perceberem o aumento do número de roubos praticados com a mesma forma de atuação do acusado na Grande Tijuca.

Segundo a corporação, é Ygor quem aparece em uma imagem de câmera de segurança assaltando o cliente de uma barbearia em janeiro desde ano.

No último dia 27, segundo os investigadores, Índio roubou e baleou um homem na Tijuca, na Zona Norte. A vítima esperava para cortar cabelo quando o suspeito chegou em uma moto com roupa de entregador do iFood.

Após anunciar o assalto, a vítima reagiu, e o criminoso atirou duas vezes. Um disparo atingiu o abdômen do cliente, que precisou passar por uma cirurgia no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Após o crime, Índio fugiu. O caso é investigado pela 19ª DP (Tijuca),

A ocorrência desta sexta será registrada na 18ª DP (Praça da Bandeira).

Em nota, o iFood disse que “repudia o uso indevido da sua marca e qualquer tipo de conduta criminosa de terceiros que não possuem relação com a empresa e que contribuem para a depreciação da imagem e trabalho dos entregadores.”

A empresa disse também que “não exige dos entregadores que usem a mochila com a logo da empresa para fazer entregas pela plataforma. Portanto, o fato de uma pessoa estar usando uma mochila da marca não significa que ela esteja fazendo uma entrega pelo iFood ou que seja um entregador cadastrado.”

A TV Globo tenta contato com o Tribunal de Justiça do Rio.

A Secretaria de Administração Penitenciaria (Seap) informou que o suspeito foi posto em liberdade após relaxamento da prisão no dia 20 de dezembro.

 

Crime da 113 Sul: assassino confesso causa reviravolta 14 anos após homicídio triplo em Brasília; entenda ponto a ponto

Em 2009, três pessoas foram mortas com mais de 70 facadas em um apartamento de luxo na capital federal; entre os mortos, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela e a mulher dele. A filha do casal foi uma das condenadas pelo crime.

Prestes a completar 15 anos, o caso que ficou conhecido, em Brasília, como “crime da 113 Sul” teve uma reviravolta nesta quinta-feira (1º ).

A ONG “Innocence Project”, que se dedica a comprovar casos de erros judiciários em processos já encerrados em vários países, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a liberdade de um dos condenados pelo assassinato de três pessoas em apartamento de luxo na quadra 113 Sul, em 2009. Para o Ministério Público, no entanto, essa versão não tem valor (leia mais abaixo).

Como o crime aconteceu?

Três pessoas foram mortas com mais de 70 facadas em um apartamento do sexto andar na quadra 113 da Asa Sul, em Brasília, em agosto de 2009.

Quem são as vítimas?
Inicialmente tratado como latrocínio (roubo seguido de morte), o caso chamou ainda mais atenção por causa da identidade de uma das vítimas: José Guilherme Villela, ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Além do ministro, foram assassinadas a mulher dele, Maria Carvalho Villela; e a empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva.

Quem encontrou os corpos?
Os corpos dos três foram encontrados pela neta do casal já em estado avançado de decomposição.

Como foram as investigações?
As investigações tiveram idas e vindas. A primeira delegada do caso disse que teve ajuda de uma vidente para desvendar o crime. Martha Vargas, então, apontou três supostos culpados. Depois, a delegada foi presa e condenada por ter forjado provas contra eles.

Em 2010, no ano seguinte do crime, outra delegacia assumiu o caso e apontou os executores: Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal morava; e o sobrinho dele, Paulo Cardoso Santana. Os dois confessaram o crime e, na casa deles, foram encontradas as joias roubadas das vítimas.

Mas os dois mudaram de versão:

eles disseram que foram contratados pela filha das vítimas, Adriana Villela, para matar os pais;
e incluíram uma terceira pessoa na cena do crime: Francisco Mairlon Aguiar.
Qual era a versão inicial de Leonardo e Paulo?
Inicialmente, Leonardo dizia que somente ele e Paulo tinham ido ao apartamento dos Villela para roubá-los. Depois, afirmou que foi contratado por Adriana para matar o casal e forjar um roubo.

Na época, ao mudar a versão, Leonardo disse que ficou na rua e não entrou no apartamento. Ele, então, incriminou Francisco Mairlon, afirmando que foi ele e Paulo que subiram até a cobertura dos Villela e desferiram as facadas.

Em 2010, Paulo confirmou à polícia a versão narrada por seu tio. No entanto, em 17 de janeiro deste ano, ele fez uma retratação à ONG.

Relembre os 10 dias de julgamento do ‘Crime da 113 Sul’
Adriana Villela, filha do casal assassinado, foi condenada a 67 anos
Qual é a reviravolta revelada agora?
Segundo a ONG “Innocence Project”, Paulo, um dos condenados, agora inocenta Francisco Mairlon. Ele diz que acusou o homem porque, na época, foi torturado pela polícia.

“Em nenhum momento a gente entrou em contato com Francisco Mairlon. Francisco Mairlon não tem nada a ver com isso aí. Ele é inocente, entendeu? Ele foi levado num processo a pagar por um crime que ele não cometeu. Ele tá há 14 anos inocente”, diz, agora, Paulo.
A segunda inocente no caso, segundo Paulo, seria Adriana, a filha do casal, que também foi condenada. Nessa nova versão, cairia a tese de crime encomendado.

Adriana não é citada no pedido de habeas corpus apresentado pela ONG “Innocence Project” porque, no caso dela, ainda cabe recurso. Ela foi condenada pelo crime, mas aguarda o julgamento de seu recurso pelo STJ em liberdade.

A defesa de Francisco Mairlon argumenta que o nome dele só foi apontado pelos réus confessos no sétimo depoimento à polícia e que os dois jamais repetiram a acusação em juízo. A defesa também alega que faltam provas contra ele e pede exame de DNA e rastreamento no celular dele para comprar que ele nem passou perto do apartamento no dia do crime.

Segundo a advogada Dora Cavalcanti, do “Innocente Project”, ele confessou o caso sob tortura e recebeu da polícia, na época, a promessa de que sairia logo da cadeia se confessasse participação no crime.

O que diz a ONG?
O “Innocence Project” afirma que, durante um ano e meio, analisou as mais de 16 mil páginas do processo, assistiu a vídeos que estavam arquivados na Justiça, que mostram as circunstâncias em que os executores confessaram o crime, e concluiu que Francisco Mairlon não teve participação. A ONG atua somente em favor dele.

O pedido de habeas corpus, um tipo de recurso, protocolado no STJ contesta uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal que negou, no ano passado, um pedido do “Innocence Project” para produzir novas provas com o objetivo de reabrir o processo de Francisco Mairlon.

O “Innocence Project” alega no habeas corpus que Francisco Mairlon foi condenado com base apenas nos depoimentos de Leonardo e Paulo, sem outras “provas técnicas” que o ligassem ao crime.

O número de celular que teve o sigilo quebrado em 2010, quando Francisco Mairlon foi preso, não era o mesmo que ele usava na data do crime, em 2009, afirma Dora.

“Tendo em vista que Francisco Mairlon residia no estado de Goiás, distante mais de 30 km da SQS 113 em Brasília, onde trabalhava na mercearia do pai no bairro do Pedregal, é inegável que tal informação [a localização do celular no dia do crime] seria relevantíssima para confirmar, por mapeamento de ERBs [antenas de transmissão], que o Paciente [Mairlon] não estava, no dia 28 de agosto de 2009, nem próximo do Edifício Leme”, diz o Innocence Project.

O que diz o Ministério Público
Um dos promotores do caso, Marcelo Leite Borges, afirma que, para o Ministério Público, a retratação não tem “valor nenhum”, porque os condenados já mudaram suas versões outras vezes.

“[É] Uma alegação sem prova nenhuma, que quer fazer a gente reabrir toda a instrução de um processo transitado em julgado. Todos eles voltaram atrás nos seus depoimentos. Isso é mais uma manobra para tentar justificar a reabertura do caso”, diz Borges.

“A coisa julgada tem que ser respeitada. A decisão do Conselho de Sentença tem que ser respeitada”, afirma, referindo-se ao júri que condenou Mairlon.

No caso de Adriana, o promotor sustentou a mesma posição, de que a nova versão não tem “valor nenhum”.

O que diz a Polícia Civil
Questionada sobre as alegações de que pressionou os acusados a mudarem suas versões, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que, “considerando que o citado caso se encontra em tramitação no Poder Judiciário, não irá se manifestar”.

Justiça condena ex-jogador do Flamengo e esposa por ofensas a advogada nas redes sociais

Decisão contra Whelliton Augusto Silva e a esposa, a ex-vereadora Janaina Ballaris, é de 1ª instância e a defesa do casal informou que vai recorrer.

A Justiça condenou o vereador de Praia Grande (SP) e ex-jogador de Flamengo e Santos, Whelliton Augusto Silva (PL), e a esposa dele, a ex-vereadora Janaina Ballaris Silva, a indenizar em R$ 20 mil uma advogada por ofensas feitas pelo casal nas redes sociais.

A decisão também prevê a exclusão de publicações relacionadas a autoria da ação. Em caso de descumprimento, será aplicada multa de R$ 1 mil por dia. A defesa informou que recorrerá da decisão. (leia mais abaixo)

A advogada Natasha da Cunha E Silva, que ganhou a ação por danos morais, em 1ª instância, conheceu o casal quando representou uma mulher que denunciou Whelliton e Janaina por estupro, em 2022.

De acordo com ela, mesmo a Justiça tendo arquivado o processo da cliente após acatar um pedido Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o casal começou a atacá-la publicamente.

Decisão do juiz
O juiz Sérgio Castresi de Souza Castro, da 3ª Vara Cível de Praia Grande, deu a sentença que garantiu a indenização por danos morais à advogada. Na decisão, de 20 de janeiro, ele apontou que as defesas apresentadas pelo casal corroboram a tese de que a advogada foi “perseguida e atacada sistematicamente”.

“As provas trazidas aos autos comprovam que as manifestações públicas dos réus Janaína e Whelliton descambam para o alinhamento de ataques gratuitos à atuação profissional da autora como advogada, com o fim claro de desonrá-la, inclusive na esfera pessoal, e prejudicá-la perante sua clientela e a sociedade”, apontou o juiz na sentença.

Portanto, embora os réus tenham alegado que Natasha e a cliente tinham interesses políticos e financeiros e, por isso, estariam em um “complô” para atacá-los, o juiz entendeu que a advogada não praticou atividade que tenha ultrapassado o exercício legítimo da advocacia.

Denúncia de estupro
Em 2022, Letícia Almeida Holanda de Albuquerque fez uma denúncia na Câmara de Praia Grande contra o vereador. Ela afirmou ter transtorno de personalidade borderline (caracterizado, por exemplo, por comportamento impulsivo e alterações de humor) e que o suposto estupro causou grave abalo psicológico, desencadeou pensamentos suicidas e a fez ser internada com urgência.

Na denúncia sobre “abuso de autoridade”, a mulher alegou ter sido perseguida por agentes da Guarda Civil Municipal (GCP) de Praia Grande, que teriam sido enviados a mando de Whelliton Silva.

Ele e a esposa Janaina negaram as acusações, e a Justiça arquivou o processo ao acatar um pedido do MP-SP. Após o episódio e atrito entre as partes, a profissional moveu a ação contra o casal.

À época, a advogada afirmou ao g1 ter entrado com a ação indenizatória contra o casal por causa da “veiculação que ambos fazem na mídia” com a imagem dela, “certa de que eles podem expor situações em suas redes sociais e se defender de maneira correta, o que é muito diferente de difamar, ofender e expor de maneira pejorativa”.

Defesa do casal
Em nota, a defesa do casal informou não concordar com a decisão que julgou procedentes os pedidos da advogada Natasha por entender que não houve qualquer conduta ilícita ou abusiva por parte dos clientes. “Apenas exerceram seu direito de defesa e de liberdade de expressão, diante das acusações infundadas e caluniosas que lhes foram imputadas pela autora e pela sua cliente”, diz o texto.

Os representantes de Janaina e Whelliton ressaltaram que a decisão judicial fez uma avaliação equivocada “ao se basear quase que exclusivamente na imunidade profissional do advogado” e, segundo a defesa, tendo ignorando que o casal também tem imunidades e direitos que foram violados.

A defesa, portanto, ressaltou que vai recorrer da decisão, buscando a reforma da sentença e a improcedência dos pedidos de Natasha. “Confiamos na Justiça e na verdade dos fatos. Não nos intimidaremos com as tentativas de censura que a autora (advogada) vem promovendo contra os nossos clientes, que são pessoas públicas e respeitadas na sociedade”.

Ainda de acordo com os representantes do casal, Janaina teria usado as redes sociais para se defender dos ataques à honra, enquanto Whelliton fez um discurso na Câmara Municipal, diante dos demais vereadores, citando o depoimento do pai de Letícia (que os havia denunciado por estupro), que teria dito que a Natasha teria interesse no resultado das ações que patrocina.

 

Justiça torna réu casal suspeito de matar jovens degolados no interior de SP

Jimmy Pereira da Silva, de 21 anos, e Caroline Batista Froes, de 22, foram encontrados mortos sem as roupas, enrolados em lençol e escondidos por colchão. Crime foi registrado em novembro de 2023, em Birigui (SP).

A Justiça tornou réu o casal preso por matar dois jovens que foram encontrados nus, degolados e enrolados em um lençol. O crime aconteceu em novembro de 2023, em Birigui, interior de São Paulo.

Conforme o Tribunal de Justiça (TJ), Washington Elias Reliquias de Souza Sarmento, de 29 anos, e Kathlen da Silva Ferreira, de 24, foram denunciados por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Conforme apurado pelo g1, Washington Elias Relíquias de Souza Sarmento está preso preventivamente em Penápolis (SP), enquanto Kathlen da Silva Ferreira foi levada para Lavínia (SP).

O crime

As vítimas Caroline Batista Froes e Jimmy Pereira da Silva, de 22 e 21 anos, foram achadas mortas na casa dos presos, em 23 de novembro, um dia após o crime. Elas estavam degoladas e sem roupas, enroladas em um lençol e escondidas por um colchão.

A polícia foi acionada pela irmã de um dos presos, que confessou o crime por telefone.

Segundo a polícia, o corpo da mulher apresentava um corte profundo no pescoço e vestígios de secreção no órgão genital. Já o corpo do homem, por sua vez, tinha sinais de facadas no peito e também um corte profundo no pescoço.

Ambos estavam com toalhas enroladas no pescoço e nus. Na casa, a polícia encontrou roupas sujas de sangue em um saco de lixo, além de documentos de dois moradores, Washington e Kathlen, que foram apontados como principais suspeitos.

A mulher foi presa no dia 27 de novembro. Ela relatou à Polícia Civil que fugiu para o Paraguai com o companheiro, Washington, logo após o crime. Contudo, negou ser autora das facadas, afirmou que desistiu da fuga e voltou para Birigui, onde foi presa.

Ainda à polícia, Kathlen informou que Jimmy, uma das vítimas, tentou abusar sexualmente dela, por isso foi degolado por Washington. A outra jovem foi morta por ele ao tentar ligar para a polícia.

Já Washington foi preso no Paraguai, no dia 1º de dezembro, durante o cumprimento de um mandado de prisão temporária.

A polícia suspeita que os jovens e os assassinos usavam drogas antes do crime. As vítimas não possuíam antecedentes criminais.

Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Araçatuba (SP), onde passaram por exames necroscópicos e toxicológicos. A Polícia Civil aguarda os resultados de laudos complementares para concluir a investigação do caso.

Maíra Cardi é condenada a indenizar seguidora por curso que prometia ganhos de R$ 250 por dia e ‘sociedade’ com influencer

‘Houve propaganda com forte apelo, que tem o condão de induzir o consumidor a acreditar, de forma enganosa, que, ao adquirir e terminar os cursos, seria ‘sócio’ da requerida’, apontou o juiz da 10ª Vara Cível de São Paulo. Maíra deverá pagar R$ 5 mil por danos morais.

A influenciadora digital Maíra Cardi foi condenada a indenizar uma seguidora por vender um curso online que prometia ganhos diários de R$ 250 e status equiparado a sócio nos negócios da influencer

Segundo a sentença, o curso de Maíra Cardi prometia:

Que a seguidora trabalharia como afiliada, equiparando-o a sócio ao afirmar que seria “praticamente uma sociedade”;
Que as pessoas trabalhariam com a influencer, não para ela;
Haveria publicidade individual para cada consumidor, ajudando-o a divulgar os produtos, o que não aconteceu.

“Denota-se que não somente o curso de marketing digital, mas a parceria prometida vinculava-se, indevidamente, à aquisição de outro produto”, disse o juiz da 10ª Vara Cível de São Paulo. “Houve propaganda com forte apelo, que tem o condão de induzir o consumidor a acreditar, de forma enganosa, que, ao adquirir e terminar os cursos, seria ‘sócio’ da requerida”, completou.

A propaganda do curso dizia: “Compre a imersão […] e, de graça, meu curso de marketing digital que vai te habilitar a se tornar minha parceira de negócios e ter uma renda extra de, pelo menos, 250 reais por dia”.
Segundo o magistrado, a conduta de Maíra violou o dever de transparência e informação, além do princípio da boa-fé objetiva, “ao levar o consumidor a crer, na publicidade, que seria tratado como sócio, enquanto, após a aquisição e término dos cursos, passou a ser tratado como mero afiliado”.

Em primeira instância, o juiz decidiu que Maíra deveria apenas devolver o valor do curso R$ 829. Já os desembargadores da 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiram que a influenciadora deverá pagar R$ 5 mil de indenização por danos morais à autora do processo.

“É evidente o dano moral suportado pela autora, que foi vítima de graves violações à legislação consumerista perpetradas por pessoa que se utiliza de seu prestígio público para tanto”, diz o acórdão.