Mulher é morta a tiros no meio de rua; ex é suspeito do crime

Polícia Civil explicou que o casal tinha um relacionamento de ‘idas e vindas’ há cinco anos. Caso aconteceu em Novo Gama e é investigado pela Polícia Civil.

Um homem é suspeito de matar a ex-companheira a tiros em uma rua de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Segundo relato da Polícia Militar, Nayra Suelen de Oliveira foi atendida por socorristas, mas morreu no local. O caso é investigado pela Polícia Civil.

A delegada Lídia Castro explicou que a foto o nome de Walisson da Silva Pereira foi divulgada pela Polícia Militar, que procura o suspeito. O g1 não conseguiu localizar a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

O caso foi registrado na polícia na quarta-feira (14) pela manhã. Ao g1, a delegada Lídia Castro explicou que o homem e a mulher tinham um relacionamento de “idas e vindas” há cinco anos.

“Ela tinha registrado várias ocorrências. Foram requeridas algumas medidas protetivas, algumas arquivadas, visto que eles iam e voltavam. Ele mandou um áudio dizendo que ia matar ela e infelizmente cumpriu a promessa” detalhou a delegada.

 

Equipes de buscas ainda não encontraram ‘rastro’ dos fugitivos do presídio federal de Mossoró, diz secretário de Segurança do RN

Fuga, que ocorreu nessa quarta-feira (14), foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal. Circunstâncias de como dupla escapou não foram divulgadas pelo Ministério da Justiça, responsável pela unidade. Presos que fugiram somam 155 anos em condenações.

Barreiras nas estradas, uso de helicópteros, distribuição com fotos dos fugitivos. As ações integradas de órgãos federais e estaduais do Rio Grande do Norte em busca dos dois presos que escaparam do presídio de segurança máxima de Mossoró ainda não encontraram “rastro” dos homens, segundo o Secretário de Segurança Pública do estado.

“Até agora não tem rastro. Foram feitas várias diligências lá, sobrevoo de aeronave, policiamento, se distribuiu fotos na redondeza”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo.
De acordo com o secretário, as buscas ocorreram também durante a noite. “Teve uma ligação às 22h, em Mossoró, as pessoas dizendo que viram duas pessoas saindo de uma parte de vegetação. O delegado me ligou dizendo que ia para uma diligência com a PM, mas não tinha relação”, disse. O governo ainda vai avaliar ao longo do dia se o helicóptero Potiguar 2 deverá permanecer na cidade, ou voltar para Natal.

O secretário não detalhou quantos agentes estão atuando nas buscas no Rio Grande do Norte. “Está todo mundo de prontidão”, disse. Segundo o Ministério da Justiça, pelo menos 100 agentes federais estão envolvidos nas ações. Estados vizinhos, Paraíba e Ceará confirmaram que também reforçaram o patrulhamento nas divisas.

Ainda ao g1, o secretário de Segurança do RN afirmou que ainda não sabe como os presos conseguiram sair do presídio. “Já estive lá. É humanamente difícil você entrar no ambiente. Imagine sair. É um labirinto para entrar. Ninguém sabe realmente o que aconteceu”, pontuou.

Primeira fuga
Pela primeira vez no Brasil, um presídio de segurança máxima do sistema penitenciário federal registrou uma fuga. Dois presos escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (14).

Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos. Até a última atualização desta reportagem, eles permaneciam foragidos.

1. O que aconteceu?
Dois presos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (14). A data da fuga foi confirmada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que opera a unidade, mas o horário em que eles conseguiram escapar não foi revelado.

Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, desde sua criação em 2006, que conta com cinco presídios de segurança máxima.

2. Quem são os fugitivos?
Os presos que fugiram são:

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos;
Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”.

Os dois presos são do Acre e estavam na Penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos – três deles decapitados.

Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró.

Rogério da Silva Mendonça responde a mais de 50 processos, entre os quais constam os crimes de homicídio e roubo. Ele é condenado a 74 anos de prisão, somadas as penas, de acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).

Já Deibson Cabral Nascimento tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e roubo. Ele tem 81 anos de prisão em condenações.

3. Como eles fugiram?
O Ministério da Justiça não informou as circunstâncias exatas da fuga dos dois presos até a última atualização desta reportagem. Não há informações sobre como e por onde eles escaparam, nem se havia alguém esperando do lado de fora da penitenciária para resgatá-los. Também não há informações sobre quantos agentes penitenciários atuavam na unidade no momento da fuga.

A penitenciária federal de Mossoró está em reforma, e a Senappen desconfia que as obras podem ter favorecido a fuga dos presos.

4. Como funciona a penitenciária federal de Mossoró?
Inaugurado em 2009, o presídio de segurança máxima de Mossoró tem capacidade para 208 presos. A unidade recebeu os primeiros detentos em fevereiro de 2010 – eram 20, transferidos do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte.

Mossoró é a segunda maior cidade do RN, mas a penitenciária fica em uma área isolada, distante cerca de 15 quilômetros do centro da cidade, na altura do quilômetro 12 da rodovia estadual RN-15, que liga Mossoró a Baraúna. A unidade foi a terceira a ser construída pela União.

Veja características da penitenciária:

Área total de 12,3 mil metros quadrados.
Celas individuais, divididas em quatro pavilhões, mais 12 de isolamento para os presos recém-chegados ou que descumprirem as regras.
As celas têm sete metros quadrados. Dentro delas há dormitório, sanitário, pia, chuveiro, uma mesa e um assento.
Cada movimento do preso é monitorado. O chuveiro liga em hora determinada, a comida chega através de uma portinhola e a bandeja é inspecionada.
Não há tomadas, nem equipamentos eletrônicos dentro das celas.
As mãos devem estar sempre algemadas no percurso da cela até o pátio onde se toma sol.
Câmeras de vídeo reforçam a segurança 24 horas por dia, segundo o governo federal.
Dentro do presídio, ainda há biblioteca, unidade básica de saúde e parlatórios para recebimento de visitas e de advogados, além de local para participação de audiências judiciais.

5. Como é a rotina na penitenciária?
Ao chegar ao presídio, o preso passa 20 dias em uma cela de inclusão, separada das celas definitivas. Nesse local, os agentes explicam toda a nova rotina para o custodiado e entregam um documento impresso que contém todos os direitos e deveres do custodiado.

O preso ainda recebe um kit com uniformes (bermuda e calça, camiseta e blusa de inverno) e materiais de higiene pessoal (escova e pasta de dente, sabonete, desodorante e toalha). No período de inclusão, a equipe também avalia todo o quadro clínico do preso, que inclui, por exemplo, se ele precisa de atendimentos especiais ou se tem restrições alimentares.

6. O que foi feito após a fuga?
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou uma série de providências após a fuga dos presos, incluindo a revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais do país. Também foram determinados:

O afastamento imediato da atual direção da penitenciária federal de Mossoró e a indicação de um interventor para comandar a unidade.
Abertura de inquérito para apurar as circunstâncias da fuga.
Deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos.
Atuação de mais de 100 agentes federais nas buscas — a forma como essa operação para recaptura ocorre, no entanto, não foi explicada.
O secretário André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), também viajou até Mossoró com uma comitiva do Ministério da Justiça para apurar o caso de perto.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte informou que enviou um helicóptero para auxiliar nas buscas em Mossoró e colocou um outro, que está em Natal, à disposição. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte também informou que auxilia as operações para recaptura.

7. O que são as penitenciárias federais?
O sistema penitenciário federal foi criado em 2006 com objetivo de combater o crime organizado, isolar lideranças criminosas e os presos de alta periculosidade.

Para ser transferido para um presídio federal, o detento precisa se enquadrar em alguns pré-requisitos como: ter função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa; ser membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça.

Os presos são incluídos no sistema penitenciário federal por três anos, mas o prazo pode ser prorrogado quantas vezes forem necessárias.

 

PM que matou morador da Maré com tiro à queima-roupa pode ir a júri popular

Inicialmente autuado por homicídio culposo, cabo responderia à Justiça Militar, mas MP levou caso para a competência do Tribunal do Júri, onde será julgado caso seja denunciado. PM atirou com fuzil em morador que participava de manifestação.

O cabo da PM Carlos Eduardo Gomes dos Reis, que matou à queima roupa com um tiro de fuzil o morador Jefferson de Araújo Costa, será julgado pela Justiça comum – e pode ir a júri popular.

O Ministério Público do Rio (MPRJ) pediu, e o juízo da Auditoria da Justiça Militar acatou, nesta quinta-feira (15), que o policial responda por homicídio doloso – quando há a intenção de matar.

Assim, o caso sai da esfera militar, já que foi cometido contra um civil. Agora, a promotoria vai dar andamento às investigações e, caso ele seja denunciado pelo crime, responderá no Tribunal do Júri.

O disparo foi feito durante operação da PM na Maré, no último dia 8 de fevereiro. No dia, Reis foi autuado pela Delegacia de Homicídios por homicídio culposo.

O MP, no entanto, alega que há elementos para a tipificação para crime mais grave. Segundo a promotoria, a polícia “deixou de considerar o fato de que o indiciado estava a todo momento da abordagem com o dedo no gatilho, apontando o fuzil para uma pessoa desarmada”. Por isso, segundo o MP.

Para levar o militar a júri popular, o promotor que atua junto à Auditoria de Justiça Militar, Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, sustentou que as imagens da câmera corporal do militar não deixaram dúvidas sobre o dolo de matar do agente.

“Observa-se, de forma indubitável, que o PM Dos Reis, logo após chegar no local dos fatos, vai em direção à vítima, com o fuzil em riste, destravado e com o dedo no gatilho, momento em que tenta golpear a vítima com o armamento, ocasião em que efetua o disparo”, diz trecho do documento.
Nas imagens às quais o RJ2 teve com exclusividade mostram que após o disparo, o PM segue agressivo e ainda xinga a vítima: “Mete aí, p…Tomar no c…, p….”.

O Ministério Público informou que vai instaurar um inquérito para apurar se outros policiais que participaram da operação cometeram os crimes de omissão de socorro e prevaricação com relação à morte de Jefferson.

Ação filmada por vários ângulos

A ação que terminou com a morte de Jefferson foi filmada por moradores e também pela câmera corporal do PM.

No vídeo, é possível ver que o policial guarda o rádio de comunicação, pega o fuzil e vai em direção a Jefferson, que fazia um protesto à beira da Avenida Brasil.

O cabo encurrala Jefferson dizendo: “Mete aí, mete aí”.

Em seguida, é possível ouvir o som do tiro, que acerta a barriga de Jefferson. Após atirar, o PM segue agressivo e ainda xinga a vítima: “Mete aí, p… Tomar no c…, p…”, diz.

O policial sai andando, sem manifestar arrependimento ou dar sinais de que ache que tenha cometido um erro.

Em depoimento, o cabo afirmou que a arma disparou acidentalmente.

Jefferson participava de um protesto e, nas imagens, aparenta estar desarmado. Não dá para ver qualquer ataque dele ao PM. Ele tinha 24 anos e, segundo familiares, tinha problemas psiquátricos e era usuário de drogas.

 

Polícia prende suspeito de matar professor de inglês em São Gonçalo, RJ

O caso aconteceu no bairro Luiz Caçador, na casa do professor Cláudio Cardoso Luiz.

A Delegacia de Homicídios do Rio e a Polícia Civil de Goiás prenderam, nesta quarta-feira (14), em Anápolis (GO), o homem suspeito de matar um professor de inglês, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A vítima, o professor de inglês Cláudio Cardoso Luiz, de 54 anos, foi encontrada morta na noite da última terça-feira (13). Segundo testemunhas, o corpo estava escondido na cisterna da casa dele com sinais de asfixia.

De acordo com a Delegacia de Homicídios, Agnaldo de Mesquita Pedrosa era namorado da vítima e foi preso por homicídio na cidade onde tem parentes. Segundo a Polícia Civil do RJ, Cláudio e Agnaldo moravam em São Gonçalo e tinham um relacionamento marco do brigas e discussões.

Na madrugada de segunda (12) para terça (13), após uma briga, Agnaldo teria estrangulado o professor e escondeu o corpo de Cláudio em uma cisterna. Em seguida, o suspeito teria furtado e vendido do notebook da vítima. Em seguida, fugiu para Goiás.

Segundo os investigadores, o suspeito teria confessado o crime. Ele vai responder por homicídio.

Agnaldo tinha um mandando de prisão em aberto por furto qualificado expedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

 

Investigado ‘sob sigilo’, caso de importunação sexual contra o atacante Everton completa 3 meses

Jogador foi denunciado em 13 de novembro de 2023 por duas mulheres, que alegam que ele passou a mão nas nádegas durante churrasco. Ex-Fla, São Paulo e Grêmio disse em nota que “repudia acusação”.

O inquérito envolvendo o atacante Everton, denunciado por duas mulheres pelos crimes de importunação sexual e lesão corporal, segue sem desfecho três meses após o registro da ocorrência na delegacia de Paulínia (SP).

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo informa apenas que “o caso é investigado sob sigilo”.

A assessoria do atleta informou que ela não irá se pronunciar sobre a investigação. Em sua única manifestação sobre o caso, o ex-Flamengo, São Paulo, Grêmio e Ponte Preta disse, em nota, que “repudia os termos da acusação”.

Logo após a denúncia, o advogado que representa as mulheres, irmãs de 38 e 30 anos que tinham relação de proximidade com o jogador, disse que elas foram ouvidas pela Polícia Civil – um vídeo divulgado à época mostra o atleta se aproximando de uma das denunciantes (assista abaixo).

Somente com a conclusão do inquérito a Polícia Civil irá definir se tem elementos para apresentar denúncia contra o jogador ao Ministério Público (MP) pelos crimes investigados. Por enquanto, Everton é suspeito de importunação sexual e lesão corporal.

Relembre o caso e veja o que se sabe:
A denúncia
O boletim de ocorrência foi registrado em 13 de novembro, em Paulínia, no interior de São Paulo. Com passagens por Flamengo, São Paulo e Grêmio, entre outros clubes, o jogador foi acusado por duas irmãs de que teria passado a mão nas nádegas delas dentro da piscina durante um churrasco e que, ao ser confrontado, agrediu as vítimas.
Primeiro episódio
De acordo com o registro da ocorrência, uma das vítimas relatou que o primeiro episódio de importunação sexual ocorreu na noite de 9 de novembro, quando foi jantar na casa de Everton na companhia do marido.
À Polícia Civil, a mulher narrou que, quando voltou do banheiro, a esposa de Everton estava sentada ao lado de seu marido e, por isso, ela teve de sentar ao lado do jogador. Segundo ela, em seguida, o jogador acariciou sua panturrilha. Ela teria pedido que o atleta parasse, mas Everton teria insistido e ela foi sentar em outro local.
A vítima disse ter pensado que Everton “teria agido por conta do efeito de consumo de bebida alcoólica”, e que acreditava que ele iria parar diante de sua negativa à investida.
Repetição
A denunciante afirmou que, no sábado, dia 11 de novembro, Everton e a esposa foram até a casa dela para um churrasco, e todos foram à piscina, inclusive sua irmã. Ela contou que Everton passou mão em suas nádegas e, assustada, contou o ocorrido à irmã.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, Everton teria, então, cometido o mesmo ato com a irmã da primeira vítima, que ao confrontar o jogador, teria ouvido que ele “havia se enganado e a confundido com a esposa”. Foi aí que houve início uma discussão, que se estendeu para fora do condomínio.
Vídeo na piscina
Imagens obtidas pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram dez pessoas, entre homens e mulheres, em uma confraternização dentro da piscina. No vídeo (assista acima), é possível ver que Everton se aproxima, fica muito perto de uma das mulheres, que está de costas, e chega a encostar nela, quando imediatamente ela se vira contra ele e o confronta.
“Ele fala que confundiu ela com a esposa, mas o vídeo é bem claro. A esposa está na frente dele. Após essa importunação, houve discussão fora da residência, onde houve uma agressão por parte do Everton e as duas irmãs ficaram feridas, com lesões. Elas tentaram dialogar com ele, perguntar o por quê de tudo isso e ele não falava nada”, explicou o advogado das mulheres.

Repúdio
Após o caso vir à tona, o atleta, por meio de sua assessoria, divulgou um comunicado em 14 de novembro em que “repudia os termos da acusação”.

A nota também mencionava que o atleta e a esposa foram ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exames de corpo de delito por conta de “lesões recebidas ao final do evento de confraternização para o qual foram convidados”.

Veja a nota na íntegra:

“A assessoria de EVERTON CARDOSO DA SILVA vem a público para manifestar que ele repudia os termos da acusação que ora lhe recai. Informa que, por orientação dos seus advogados, ao menos por ora, não irá se manifestar sobre detalhes da imputação, mesmo porque apenas no final da tarde de hoje (terça-feira, 14/11) foi obtido acesso aos autos, e em momento em que se estava às voltas com a apresentação dele e da sua esposa no IML, onde foram realizados exames de corpo de delito dadas as importantes lesões recebidas ao final de um evento de confraternização para o qual foram convidados”.

Impasse entre vereadores de Votorantim termina na delegacia após Polícia Militar ser acionada

Thiago Schiming (PSDB) acusava o ex-assessor de um parlamentar de usurpação de função pública.

Um impasse entre vereadores da Câmara de Votorantim (SP) terminou na delegacia nesta quinta-feira (15). A situação ocorreu após a Polícia Militar ser acionada pelo presidente da Casa, Thiago Schiming (PSDB), que acusava o ex-assessor de um parlamentar de usurpação de função pública.

Durante a tarde, o Legislativo divulgou material no qual cita atos ilegais promovidos pelos vereadores Cesar Silva (Cidadania) e Zelão (PT).

“(…) além de desrespeitar o Regimento Interno, desrespeitam a Lei Orgânica do Município, e desrespeitam também o trabalho dos servidores da Câmara de Leis, desta vez, a tentativa foi de fazer o assessor do vereador Pastor Lilo atuar como diretor Legislativo da Câmara Municipal”, diz o documento.

O assessor foi conduzido pela PM, acompanhado dos vereadores Cesar Silva, Zelão e Pastor Lilo (União Brasil), por usurpação de cargo público após instalar-se na sala de reuniões da Câmara, gravar vídeo, e solicitar que uma estagiária da diretoria entregasse documentos oficiais.

“Tudo isso ocorre após a divulgação, de forma arbitrária e ilegal da exoneração do diretor legislativo, Nikolas Diniz, e a posse dada de forma criminosa pelos secretários Cesar Silva e Zelão, a Ronaldo Rosa dos Santos, assessor do vereador Pastor Lilo ao cargo”, afirma a Câmara.

Outro lado
Lilo, contudo, afirmou que a nota é mentirosa, “pois em nenhum momento qualquer assessor do meu gabinete foi conduzido à delegacia, pelo contrário. Eu vereador Pastor Lilo, vereador Zelão e o vereador Cezar Silva fomos à delegacia registrar boletim de ocorrência a fim de parar os abusos do presidente da Câmara, Thiago da Silva Shiming”, disse o vereador.

Zelão e Cezar Silva divulgaram nota conjunta sobre a situação. “Infelizmente, a verdade é que o presidente da Câmara Municipal de Votorantim, tem buscado contrariar a lei e comandar sozinho todos os destinos e decisões, na tentativa de concentrar poderes que a lei confere a mesa diretora e não ao presidente.”

“Inclusive, ele presidente, tem se valido desta pretendida concentração de poderes para embaraçar o recebimento e apuração das denúncias que contra ele tem chego na Câmara”, diz outro trecho da nota.

“Dessa forma, não há dúvidas com relação a legalidade da exoneração do antigo diretor legislativo e a nomeação do senhor Ronaldo Rosa para a presente ocupação do cargo. Uma vez que a decisão foi tomada pela maioria de seus membros em respeito ao que expressamente preveem tanto a lei orgânica Municipal quanto o Regimento Interno da Câmara Municipal.”

A nota termina dizendo que “esse imbróglio não passa de uma inaceitável tentativa ilegal do presidente do Legislativo em evitar a apuração das graves denúncias apresentadas contra ele, dentre as quais a de compra superfaturada e de tentativa de estupro da prefeita municipal”.

Impasse
Os parlamentares que compõe a Mesa Diretora da Câmara de Votorantim alegam que houve a exoneração do servidor e a nomeação de um novo, o ex-assessor do Pastor Lilo. O presidente da Câmara, que obviamente é membro da mesa, não reconhece a decisão e teria se manifestado contra a medida durante reunião.

Na Legislativo, o problema está relacionado à denúncia de estupro que tem como vítima a prefeita da cidade, Fabíola Alves (PSDB). Após o caso vir à tona, existe a tentativa de levar adiante uma Comissão Processante contra o presidente da Câmara, acusado pela prefeita. Thiago Schiming sempre negou a situação.

Hoje, conforme os parlamentares que investigam o caso, houve a tentativa de iniciar uma reunião sobre o caso, o que foi impedido com a chegada da Polícia Militar.

Justiça mantém condenação de agente penitenciário aposentado por escrever que ouvidor das polícias de SP ‘tem que morrer’

Réu deixou mensagens contra Cláudio da Silva no grupo de WhatsApp ‘Polícia Penal Assuntos’. Hélio de Matos também escreveu ‘negro maldito’. Justiça entendeu que houve ameaça e injúria racial.

A 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de São Paulo manteve a condenação de dois anos em regime aberto por injúria racial e ameaça ao agente penitenciário aposentado que deixou mensagem racista e de morte contra o ouvidor de Polícia do Estado de São Paulo, Claudio da Silva, em um grupo de WhatsApp, em agosto de 2023. A decisão, em segunda instância, foi publicada em 8 de fevereiro e ainda cabe recurso.

Claudio recebeu o conteúdo e registrou um boletim de ocorrência no dia 4 de agosto, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do DHPP. No dia 14 do mesmo mês, ainda como investigado, Hélio foi ouvido na delegacia. Ele reconheceu em interrogatório que fazia parte do grupo no WhatsApp “Polícia Penal Assuntos”.

Na ocasião, os integrantes comentavam sobre a primeira “Operação Escudo” no Guarujá, que deixou 28 mortos no litoral de São Paulo, e o posicionamento do Ouvidor das Polícias, que pedia acesso às informações da PM, como as câmeras corporais dos agentes.

Hélio contou que resolveu se manifestar sobre o tema com as frases: “não podemos tapar o sol com a peneira e fingir que nada está acontecendo. Demorou pra matar esses vagabundos e quem estiver apoiando bandido igual esse negro maldito e esse ouvidor das polícias, tem que morrer também”.

“Essa é a minha posição. Vai virar uma guerra eu estou pronto”, completou.

À Polícia Civil, ele afirmou que se arrependeu e excluiu a mensagem e saiu do grupo, “pois sabia que havia cometido um ato discriminatório e não sabe dizer o motivo de ter sido tão rude e agressivo”. O caso corre pela 3ª Vara Criminal de São Paulo.

Anteriormente, o g1 tentou contatar Hélio, e ele respondeu por mensagens.

“Não sei o que é isso. Primeiro que alguém deve ter montado isso. Sou de descendência negra, meus avós eram negros”, disse ao g1. Agora, a reportagem tentou com a defesa dele, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

Condenação
O juiz da 3ª Vara Criminal de São Paulo já tinha o condenado na primeira instância a 2 anos em regime aberto. A privação de liberdade foi substituída por prestação de serviço à comunidade. No entanto, o réu tentou recorrer da primeira sentença dizendo que “jamais demonstrou sentimento discriminatório contra sua própria cor”, detalha o acórdão.

“Em juízo o réu admitiu a autoria da mensagem, e inclusive que se excedeu, revelando arrependimento.”

“A injúria racial ficou satisfatoriamente demonstrada com a expressão ‘negro maldito’, ao passo que o tom ameaçador da mensagem consiste na expressão ‘tem que morrer também'”, detalhou o desembargador Francisco Orlando.

‘Não estou intimidado’
Na época, Cláudio acreditava que tenha sido vítima de ofensas e ameaça por conta de críticas à Operação Escudo, no litoral de São Paulo.

“Não estou intimidado, eu vou continuar fazendo meu trabalho com muita dedicação e equilíbrio, porque o trabalho que eu faço é um trabalho equilibrado. Eu não faço trabalho para falar mal de polícia, desqualificar as instituições da democracia, como são as polícias Civil, Militar e Científica”, contou em agosto ao g1.

E completou: “Eu vou continuar defendendo que policial precisa ser valorizado profissionalmente, vou continuar defendendo que o policial precisa ser valorizado no sentido de proteção social à sua família, mas vou continuar enfrentando os desmandos que alguns policiais insistem em fazer por conta da sua condição de homem da lei, de homem que tem um aparato estatal ao seu dispor para praticar ilegalidades. Ilegalidades não serão toleradas”.

A Operação Escudo foi deflagrada depois que o soldado Patrick Bastos Reis foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Júlia, em Guarujá, em 27 de julho de 2023.

Ao todo, 28 supostas abordagens a suspeitos que teriam entrado em confronto com as forças policiais terminaram com morte.