Sargento dos Bombeiros é Detido por Suposto Incêndio de Carro com Ex-Esposa no Rio de Janeiro: Vídeo Revela Sequência do Sequestro

Um vídeo chocante capturou o momento em que Rafaela Torres, de 35 anos, foi violentamente retirada de seu próprio veículo durante a madrugada de domingo (17), no bairro Vilatur, em Saquarema.

O sargento do Corpo de Bombeiros, Silvio Denis Cabral de Oliveira, de 42 anos, foi detido na tarde de segunda-feira (18) sob a acusação de incendiar um carro com sua ex-esposa dentro, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, conforme declarações da Polícia Civil.

Embora os resultados dos exames de DNA ainda estejam pendentes, as autoridades suspeitam fortemente que o corpo carbonizado encontrado seja o de Rafaela Torres, ex-parceira do sargento e proprietária do veículo incendiado.

As imagens das câmeras de segurança revelam a vítima no interior de seu carro na companhia de um homem. Subsequentemente, outro veículo, identificado pela polícia como pertencente ao sargento, se aproxima. O sargento então sai do carro e retira à força Rafaela Torres de dentro de seu veículo. Enquanto o homem que estava com ela consegue escapar, a vítima é levada para dentro do outro carro, que parte com um segundo indivíduo ao volante.

Minutos depois, os suspeitos retornam para recuperar o carro da vítima, que posteriormente foi encontrado carbonizado.

“A vítima estava claramente dentro de seu próprio veículo nas imagens. O outro veículo preto é claramente identificado como pertencente ao ex-marido dela, com as placas confirmadas. Ele abordou a vítima, quebrando o vidro com uma arma e a arrancando do veículo. Ele teve ajuda, pois outra pessoa estava dirigindo o carro. Depois, ele volta correndo e pega o carro dela para levá-lo embora. Nesse ponto, ela já havia sido sequestrada e estava no banco de trás com outro cúmplice. Posteriormente, ela desapareceu e o carro foi encontrado carbonizado com restos mortais dentro”, detalhou a polícia.

A polícia suspeita da participação de pelo menos uma ou até duas pessoas adicionais no crime.

De acordo com as autoridades, o bombeiro detido também estava com queimaduras em seu corpo. Ele foi preso na presença de um advogado e, por ser militar, permanecerá detido no quartel dos Bombeiros.

O suspeito, após se apresentar espontaneamente, prestou depoimento na 124ª DP (Saquarema). Durante o interrogatório de 40 minutos, Silvio alegou estar sob efeito de medicamentos controlados e afirmou não se lembrar dos acontecimentos, atribuindo-os a um surto psicótico.

Prisão de gerente de posto por assassinato revela arsenal surpreendente em sua residência

Homem de 47 anos é detido por assassinato após confessar o crime

Hélio Leonardo Neto, gerente de posto de combustíveis, foi detido no domingo (17) depois de admitir ter estrangulado uma mulher de 33 anos, desaparecida desde 4 de março. A Polícia Civil encontrou em sua residência, em Americana (SP), um arsenal de 80 armas e 16,3 mil munições, das quais algumas não estavam regularizadas.

A vítima, identificada como Mônica Matias de Paula, também residente de Americana, tinha 33 anos e, segundo investigações da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), mantinha uma relação extraconjugal com o suspeito. A defesa de Hélio alega que o relacionamento foi breve e que a vítima passou a ameaçá-lo e à sua família.

Hélio, que é casado com uma pastora, foi denunciado pelo namorado de Mônica, que relatou seu desaparecimento às autoridades em 6 de março, já suspeitando do envolvimento do gerente no caso.

O corpo de Mônica foi encontrado em estado de decomposição em uma área rural próxima à Rodovia Anhanguera (SP-330) na sexta-feira (15). O suspeito foi preso quando retornava para casa em Americana, conduzindo o mesmo veículo que utilizou para levar a vítima ao local do crime.

Segundo a investigação, após ameaças de Mônica expor o relacionamento, Hélio a convidou para um encontro em uma área rural de Limeira, onde a agrediu e estrangulou.

A defesa alega que as ameaças de Mônica levaram Hélio a agir sob intensa pressão psicológica, o que o levou a confessar o crime. O advogado Hamilton Rodrigues enfatiza que o relacionamento extraconjugal foi breve e que as alegações de ameaça à integridade física da família do suspeito foram o estopim para sua reação.

Além disso, entre as armas apreendidas na residência de Hélio, havia pistolas, espingardas e metralhadoras, muitas das quais estavam legalmente registradas.

Cubano preso por matar galerista confessa autoria do crime em novo depoimento

Depois de uma reunião com a defesa, o suspeito decidiu apresentar outra versão para a polícia. Antes, ele negava o crime.

Em um novo depoimento à polícia, o cubano Alejandro Triana Prevez, suspeito da morte do galerista norte-americano Brent Sikkema, confessou a autoria do crime no Complexo de Gericinó, onde ele está preso.

O suspeito foi ouvido quatro dias depois do advogado Greg Andrade dizer que o cliente estava disposto a mudar a versão apresentada à polícia.

O crime aconteceu no dia 15 desse mês, no Jardim Botânico. Câmeras de segurança flagraram um homem, que a polícia acredita ser o cubano de tocaia na frente da casa da vítima, no dia do assassinato.

De acordo com a defesa, o cubano decidiu mudar a versão após se reunir com o advogado e ver as provas que a polícia já tinha, na sexta-feira (26).

Antes, Alejandro negava qualquer participação no crime e chegou a dizer que foi agredido por policiais.

“Ele reavaliou tudo que ele tinha tido, até porque o depoimento dele foi logo depois que ele tinha sido preso, ele estava sob efeito da emoção da prisão. Agora, com o advogado apresentando pra ele as provas existentes, ele entendeu que seria interessante fazer um novo depoimento”, disse o advogado Greg Andrade.

O crime

Brent Sikemma, de 75 anos, foi encontrado por uma amiga morto com 18 facadas na casa dele, no Jardim Botânico, no último dia 15 de janeiro.

Dono de uma galeria famosa em Nova York, Sikemma gostava de passar temporadas no Rio, onde comprou a casa. O crime foi registrado como latrocínio, roubo seguido de morte. A polícia não descarta que o crime possa ter tido um mandante.

Imagens de câmeras de segurança da rua apontaram as primeiras pistas. Vídeos mostraram um homem que para a polícia é Alejandro entrando na casa do galerista na madrugada do dia em que ele foi morto e saindo 14 minutos depois. Ele aparece retirando luvas das mãos.

A polícia descobriu então o carro que teria sido usado pelo criminoso e as investigações chegaram a Alejandro Prevez , que já conhecia Brent Sikemma e o ex- marido, que também é cubano.

A polícia descobriu que Alejandro Triana Prevez veio de São Paulo para o Rio exclusivamente para cometer o crime. Fotos da concessionária da Via Dutra mostram que ele passou pelo pedágio de Paracambi um dia antes de cometer o crime. Ele estava sozinho no carro

Em São Paulo, policiais foram até o endereço da proprietária do veículo que Alejandro usou. O filho dela informou que Alejandro de fato era amigo da família e que tinha pedido o carro emprestado para fazer entregas. O rapaz também reconheceu Alejandro Prevez como o homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança.

Imagens de câmeras no Jardim Botânico, registraram que o cubano havia passado uma parte do dia de tocaia, observando a saída e a chegada de Brent.

O suspeito foi preso em Uberaba, Minas Gerais. Com ele a polícia encontrou dólares. A polícia investiga se o dinheiro teria sido roubado da casa do galerista.

“É uma pessoa inteligente, mas nem de longe um mentor intelectual de um crime ardiloso, que envolve… Não, não é. O que eu posso dizer pra você é que ele tem muita coisa a dizer”, diz o advogado Greg.

123 Milhas: Justiça autoriza estornos de passagens aéreas e pacotes de viagens para conta judicial

Nova decisão atende recurso do Banco do Brasil, principal credor da agência de viagens, contra medidas cautelares do último 10 de outubro, quando Justiça determinou que valores de ‘chargebacks’ pedidos pelos clientes voltassem à 123 Milhas.

A Justiça mineira autorizou, em segunda instância, os estornos de passagens aéreas e pacotes turísticos comprados pelo cartão de crédito com a 123 Milhas para uma conta judicial. No último 10 de outubro, uma decisão havia solicitado que os valores de “chargebacks” pedidos pelos clientes voltassem para a empresa.

Nesta segunda-feira (16), o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, da 21ª Câmara Cível Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), acatou um recurso interposto pelo Banco do Brasil, principal credor da agência de viagens, e suspendeu medidas cautelares favoráveis à holding, que está em processo de recuperação judicial.

“Deve ser suspensa a ordem de entrega direta às recuperandas dos valores oriundos de ‘chargebacks’ não processados pelas operadoras de meios de pagamento, tendo em vista a gravidade e a irreversibilidade dos danos que tal medida poderá ocasionar aos interesses de centenas de milhares de credores do pedido de recuperação judicial”, decidiu o desembargador.
Após a divulgação da suspensão da linha promocional, a 123 Milhas alegou que vários clientes procuraram as instituições financeiras e contestaram as compras indevidamente, bloqueando o repasse de recursos. No entanto, o magistrado entendeu que os estornos devem ser depositados em uma conta judicial até o resultado da perícia de constatação prévia.

“A decisão do desembargador restabeleceu a aplicação do melhor direito. A decisão da juíza de 1ª instância não observou o princípio da exceção do contrato não cumprido, que dispõe que quando uma parte não cumpre a sua obrigação em um contrato, a outra também pode não cumpri-lo”, analisou o advogado Gabriel de Britto Silva, diretor jurídico do Instituto Brasileiro de Cidadania (Ibraci).

Em nota ao g1, a 123 Milhas afirmou que já foi citada e que vai recorrer da decisão dentro do prazo legal.

Outras determinações
Além dos “chargebacks”, o recurso proposto pelo Banco do Brasil tratava de outras duas questões:

suspensão de repasses ao Banco do Brasil de operações com cartão de crédito, que deveriam ser depositados em conta a ser indicada pela 123 Milhas;
estorno, por parte do Banco do Brasil, no prazo de cinco dias, dos valores referentes ao resgate de aplicações financeiras, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.
Sobre o primeiro tópico, o desembargador afirmou que “não há dúvida, portanto, que tais recebíveis pertencem ao Banco do Brasil, o que revela a inexistência de plausibilidade no pedido de suspensão de repasse formulado dos recebíveis pelas empresas”.

Em relação ao segundo ponto, ele argumentou que valores referentes às aplicações financeiras do tipo Cédula de Crédito Bancário (CCB) possuem natureza concursal e se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial.

O magistrado determinou que a 123 Milhas restitua imediatamente ao Banco do Brasil quaisquer valores de cartão de crédito que tenham sido repassados pelas credenciadoras. Além disso, lembrou que a recuperação judicial solicitada pelo grupo 123 Milhas segue suspensa temporariamente, enquanto está sendo feita a constatação prévia do pedido.

“Só após tal análise, caso se decida pela plausibilidade da recuperação judicial, é que serão examinados os créditos CCBs e chargebacks, além de outros aspectos, tais como administradores judiciais”, disse o relator.
Recuperação judicial suspensa
O pedido de recuperação judicial feito pela 123 Milhas, pela HotMilhas, controlada pela agência de viagens, e pela Novum Investimentos, sócia da empresa, tinha sido aceito no dia 31 de agosto.

Em setembro, o TJMG suspendeu provisoriamente a recuperação judicial do grupo, atendendo a um pedido do Banco do Brasil. No entanto, manteve o período de blindagem de 180 dias, em que ficam suspensas as ações ordinárias e execuções contra a sociedade devedora.

Em outubro, a Justiça mineira também aceitou o pedido da Maxmilhas, que faz parte da holding, e incluiu a empresa no processo.

 

Ex-governador do DF Agnelo Queiroz vira réu por suposto pedido de propina em doações de R$ 300 mil para PT

Segundo denúncia, pedido ilegal de dinheiro foi feito para empreiteiras durante reforma do Estádio Nacional de Brasília, entre 2011 e 2014. Agnelo afirma que acusação é ‘absolutamente improcedente e absurda’.

A Justiça Eleitoral aceitou uma denúncia de falsidade ideológica eleitoral contra o ex-governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT). De acordo com a acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE), o político pediu propina de R$ 300 mil em doações para o Partido dos Trabalhadores (PT).

Segundo o processo, entre 2011 e 2014, após “prévio acerto de pagamento de propinas com as empreiteiras Andrade Gutierrez e Via Engenharia”, Agnelo solicitou que parte do percentual (R$ 300 mil) fosse feito por “contribuição oficial” ao PT. A ideia, segundo o MPE, era ocultar a origem e a natureza dos “valores ilícitos”.

O acordo de propina, segundo a denúncia, está relacionada às obras no Estádio Nacional de Brasília. Ao g1, Agnelo disse que a acusação é “absolutamente improcedente e absurda”.

Ainda segundo o MPE, “a verdadeira origem dos valores não foi devidamente declarada à Justiça Eleitoral”. Segundo o juiz titular da 1ª Zona Eleitoral de Brasília, Lizandro Garcia Gomes Filho, “o indício de materialidade encontra-se adequadamente delineado a partir do relatório final realizado pela autoridade policial”.

Inicialmente, a denúncia havia sido apresentada para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região. No entanto, a Corte declarou incompetência do juízo e o processo seguiu para a Justiça Eleitoral.

 

Diretora de creche é afastada após divulgação de vídeo em que ela ensina crianças a dançar passinho de funk com suposto teor sexual

Outras quatro diretoras haviam sido afastadas nesta semana por conta da apresentação de uma companhia de dança em uma creche na Cidade de Deus.

A diretora da creche municipal Luiza Barros de Sá Freire, que fica em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, foi afastada do cargo nesta quarta-feira (30).

O motivo do afastamento de Fernanda Alvarenga é pela circulação de vídeos em que ela aparece ensinando crianças de 2 a 4 anos a dançarem passinhos de funk ao som de músicas com possível teor sexual. As imagens, divulgadas em primeira mão pelo Diário do Rio, foram postadas na própria rede social da diretora.

No vídeo, é possível ver que ela reúne grupos de crianças para dançar. O problema não seria esse, mas sim as letras das músicas utilizadas.

Uma delas diz: “Bola aê, brisa aê, que hoje a noite é de prazer”. Um outro vídeo a diretora aparece usando o crachá de servidora e ensinando as crianças irem até ao chão com a música da cantora Thaysa Maravilha, do Bonde das Maravilhas, com o DJ Pedro Sampaio. A letra diz:

“A primeira maravilha chega com disposição. Desce, sobe, toma rajadão. A segunda maravilha acabou de terminar. Agora ela tá solteira e ninguém vai segurar. Vai bate, vai bate com a bunda no calcanhar”.

Em um outro vídeo, é possível ouvir o choro de uma criança enquanto toca a música do Mc Livinho e a diretora dança com os pequenos. “Na movimentação a novinha tem o dom” é um dos versos que é possível ouvir.

Fernanda legenda o vídeo dizendo: “respeitem meu tiktok que nem a Xuxa arrastava tanta criança assim”. Em outro momento, ela se intitula “rainha dos baixinhos da shopee” e diz que trabalha com gente que a idolatra.

A diretora tinha o hábito de compartilhar esses momentos nas redes sociais, que foram desativadas. Inclusive, ela diz que foi cobrada por não postar a rotina de dança no Facebook.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, não será tolerado nenhum uso de música ou apresentação com conotação sexual para crianças em creches e escolas municipais da rede.

Por isso, ela foi afastada do cargo e uma sindicância aberta para apurar o caso.

A denúncia do veículo Diário do Rio completa ainda que a situação não é recente e que mães de crianças dessa unidade já haviam feito denúncias em relação ao posicionamento da diretora.

Procurada, a secretaria informou que por ora o único posicionamento disponível é o da nota (veja completa abaixo).

A secretaria não explicou ainda se havia permissão para postar imagens e vídeos das crianças nas redes sociais.

No entanto, o secretário Renan Ferreirinha usou as redes sociais para se posicionar. Ele diz que as situações são casos isolados e absurdos.

“Eu fico indignado quando eu vejo algo assim. O projeto para a Educação do Rio é muito claro. Não toleramos que crianças sejam expostas a qualquer conteúdo inapropriado”, diz ele.

O secretário completa ainda que músicas com conteúdo sexual e apresentações impróprias são proibidas.

“Criança tem que consumir conteúdo de criança”, completa Ferreirinha.

Esse não é o primeiro caso a se ter conhecimento nesta semana. A apresentação feita pela Companhia Suave, que recebeu R$ 50 mil de incentivo, foi motivo do afastamento de quatro diretoras de escolas municipais.

A música usada pelo grupo tem uma suposta conotação sexual, e o próprio autor da letra diz que há uma versão infantil que poderia ter sido usada. Confira parte da letra:

“Vem mulher, vem galopando, que o cavalo está chamando, olha os ‘cavalo’ voltando, olha os ‘cavalo’ voltando, olha os ‘cavalo’ no cio, cavalo taradão. O cavalo ficou danado, o cavalo tá de frente, o cavalo tá do lado, o cavalo ficou danado. Galopa de frente, galopa de lado, ela vai pra frente, ela toma, ela toma, ela vai pra trás, ela toma, ela toma.”

O afastamento dos diretores dura até que a sindicância esclareça os fatos, e então será determinado o futuro dos servidores.

Posicionamento da Secretaria Municipal de Educação
A Secretaria Municipal de Educação não tolera o uso de qualquer música ou apresentação com conotação sexual para crianças em creches e escolas municipais do Rio. Por este motivo, a diretora da unidade foi afastada do cargo e uma sindicância foi aberta para apurar o caso. A Secretaria seguirá conduzindo com o rigor necessário e não tolerará que nossas crianças sejam expostas a conteúdos impróprios de forma alguma.

‘Hacker da Vaza Jato’ embarca para Brasília em avião da Polícia Federal para prestar depoimento

Ele estava preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Araraquara (SP) desde o dia 2 de agosto, quando foi detido durante a Operação 3FA.

Walter Delgatti Neto, mais conhecido como “hacker da Vaza Jato”, embarcou em um avião da Polícia Federal nesta quarta-feira (16), de Araraquara (SP) para Brasília (DF), para prestar depoimento ao órgão.

Ele estava preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) desde o dia 2 de agosto, quando foi detido durante a Operação 3FA. Na mesma operação, a PF também cumpriu mandados de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), no apartamento e no gabinete.

A aeronave da PF aterrissou no aeroporto Bartolomeu de Gusmão por volta das 10h40. O embarque aconteceu às 10h56 e o avião decolou cerca de 20 minutos depois, por volta das 11h20. O depoimento está agendado para às 13h na sede da instituição, em Brasília.

Conhecido como “hacker da Vaza Jato”, Delgatti voltou a entrar na mira da PF em janeiro deste ano pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça para a inclusão de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No ofício, havia inclusive a frase “faz o L” – um dos slogans da campanha eleitoral mais recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, ele disse que o falso documento foi redigido pela deputada Carla Zambelli (PL-SP).

A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli no apartamento e no gabinete dela durante a operação que prendeu Delgatti. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também determinou apreender o passaporte da parlamentar e dinheiro e bens acima de R$ 10 mil.

Antes da prisão, Delgatti fez declarações à PF sobre Zambelli

A prisão do hacker e a busca contra Zambelli acontecem depois do depoimento que Delgatti deu à PF em junho, revelado pelo blog da Andreia Sadi. Entre as declarações estão:

Que ele encontrou com Zambelli em setembro de 2022, às vésperas da eleição, em um posto de gasolina e que ela pediu que ele invadisse a urna eletrônica ou qualquer sistema da Justiça brasileira. Segundo ele, a intenção dela era mostrar a fragilidade dos sistemas;
Que ele chegou a tentar invadir a urna, mas que o código fonte não estava conectado a um computador em rede e, por isso, não conseguiu;
Que ele retornou à Zambelli que não tinha tido sucesso e que ela pediu que ele invadisse o celular e e-mail do ministro Alexandre de Moraes para tentar conversas comprometedoras. Ele disse que já tinha acessado o e-mail de Moraes em 2019 e não havia encontrado nada;
Que conseguiu ter acesso foi o do CNJ e que foi ele quem deu a ideia de emitir um mandado de prisão em desfavor de Moraes, como sendo emitido por ele mesmo. Disse à PF que ao contar isso à Zambelli, ela enviou a ele um texto para publicar, mas que o português estava ruim. Que após fazer os ajustes, emitiu o mandado incluindo o bloqueio de bens no mesmo montante da multa aplicada ao PL.
Que foi levado por Zambelli para um encontro com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, em agosto de 2022.

Dona de conveniência diz que motorista discutiu por futebol antes de atropelar mulher em posto: ‘Absurdo’

De acordo com a Polícia Militar de Itu (SP), homem apresentava sinais de embriaguez e foi preso em flagrante. Câmera flagrou momento em que homem atropelou a mulher. Vítima passou por cirurgia e segue internada na UTI de um hospital da cidade.

A dona da loja de conveniência em que uma mulher foi atropelada propositalmente disse que o motorista teria discutido por futebol antes do crime. O caso aconteceu na noite de sábado (17) na avenida Dr. Otaviano Pereira Mendes, em Itu (SP), e a ação foi registrada por uma câmera de segurança.

O homem foi preso em flagrante e, de acordo com a polícia, responde a um outro processo de 2013 por crime de homicídio qualificado. Edmilton Araújo Silva, de 40 anos, chegou a ser preso em setembro de 2022, e cumpria pena de quatro anos em regime aberto.

Em entrevista à TV TEM, a dona do estabelecimento, Mônica Boni, disse que o homem teria discutido e, inclusive, trocado socos com outras pessoas antes do crime.

“Teve uma briga, por futebol, e ele levou dois ou três socos e falaram ‘vai embora que você está sendo inconveniente’. Ele foi até o carro, o pessoal ficou até aliviado, mas aí ele passa por aqui, dá uma ré e atropela o pessoal. Nós ficamos em choque”, relata.

Ainda de acordo com Mônica, a funcionária estava trabalhando normalmente no momento em que foi atropelada. “Nós estamos preocupadíssimos. Ela só estava trabalhando e nem tinha nada a ver com isso. É um absurdo, uma coisa muita pequena virar isso tudo”, conta.

A dona ainda disse que não calculou os prejuízos ocorridos na estrutura do estabelecimento.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o motorista deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (19) e, com isso, a Justiça vai decidir se ele permanece preso ou se será liberado.

Confusão e acidente
Segundo a Polícia Militar, o condutor se envolveu em uma confusão com outras pessoas, entrou na caminhonete e avançou sobre o grupo que estava na frente de uma loja de conveniência.

Nas imagens, é possível ver que as pessoas estavam paradas quando, por volta de 23h30, a câmera registra o momento que a caminhonete circula pelo posto.

Alguns segundos depois, as pessoas se levantam e tentam sair rapidamente do local, quando o motorista avança em marcha à ré. Uma mulher, que estava sentada, foi atingida pelo veículo .

Com o impacto, o vidro do estabelecimento quebrou, e a mulher foi atropelada. Conforme apurado pelo g1, ela sofreu ferimentos graves nas pernas, foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa de Itu, onde passou por cirurgia e segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ainda conforme a Polícia Militar, o motorista fugiu do local, mas foi encontrado na casa dele com sinais de embriaguez. Apesar de ter se recusado a realizar o teste do bafômetro, ele confessou ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.

O homem foi preso e confessou o crime às equipes da corporação, sendo levado para a delegacia de Itu. Além disso, ele foi autuado por desacato às autoridades policiais, tendo xingado e feito gestos obscenos para uma policial civil.

O caso foi registrado como desacato, embriaguez ao volante e tentativa de homicídio na Delegacia de Polícia de Itu. A caminhonete envolvida no atropelamento foi apreendida.

Mulher detalha efeitos de suposto erro médico em cirurgia de estética em hospital de Duque de Caxias

Cirurgião-plástico equatoriano Bolívar Guerrero Silva, que foi detido no centro cirúrgico, teria mantido uma paciente presa desde que procedimento estético deu errado.

A mulher de 35 anos que teria sido mantida em cárcere privado por um médico em uma unidade de saúde da Baixada Fluminense relatou os efeitos dos problemas no procedimento estético que fez antes do período em que supostamente foi impedida de sair do Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias.

“Meu peito está todo necrosado. Eu tô com buraco na barriga. Dois! Eu não vejo meu umbigo. Ele [o médico Bolivar Guerrero Silva, que foi preso nesta segunda] falava que não era para eu contar para ninguém que eu estava assim. Não era para eu contar para minha família”, lembrou ela

“Não podia andar no corredor, não podia fazer nada. Só ficar trancada no quarto que eu estava. Meu sentimento é de apavoramento, de dor, de angústia, de querer ir embora, de sair daqui”, acrescentou ela.

O cirurgião-plástico equatoriano Bolívar Guerrero Silva foi detido nesta segunda-feira (18), suspeito de manter a paciente de 35 anos presa desde que procedimento estético deu errado. Ele vai responder por cárcere privado e associação criminosa.

A delegada Fernanda Fernandes, da Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias (Deam-Caxias), falou sobre o caso durante a tarde. Quatro pessoas já procuraram a delegacia desde a prisão do médico para relatar novos supostos crimes de Bolívar.

A vítima afirma que uma transferência vinha sendo dificultada pelo hospital e médico. A polícia foi acionada depois que uma acompanhante da vítima prestou queixa.

Além de prender o cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, os agentes foram à unidade de saúde para resgatar a mulher.

“A gente ficou muito impactado, como ela estava com lesões muito graves, preocupados com a situação de saúde dela. Tomamos o termo da vítima no hospital e ela relatou dificuldades, que não estava conseguindo sair do hospital. Por conta disso, representamos no plantão judiciário pela transferência dela, prisão temporária do autor e suspensão do CRM temporário”, disse a delegada.

Em 2010, o médico já teve uma prisão prisão enquanto respondia por falsificação de medicamento e organização criminosa.

A delegada acrescentou que a vítima estava correndo risco, quase morreu e estava em estado muito grave. Ainda é incerta a quantidade de cirurgias que a mulher foi submetida. Ela afirma que estava recebendo negativas na transferência. A polícia requisitou o prontuário e ao longo da semana não foi fornecido. “Por conta disso estivemos no hospital pra tentar falar com a vítima e com a acompanhante de quarto”, explicou a delegada.

Médico era sócio do hospital

A polícia pediu uma perícia na unidade, que pode até ser fechado, segundo a delegada. Bolívar será levado para audiência de custódia direto da delegacia.

O Hospital Santa Branca afirma que as acusações de que foi praticado cárcere privado na unidade são “infundadas” e nega que o médico seja sócio do hospital. O hospital também afirma que a paciente chegou a se recusar a deixar a unidade (veja a íntegra da nota no fim da reportagem).

Ao ser levado pela polícia, o médico não quis comentar quando foi questionado pela equipe de reportagem.

A equipe que trabalha com o cirurgião plástico fez uma postagem em uma de suas redes sociais e negou que o médico estivesse mantendo a paciente em cárcere privado. Segundo a publicação, Bolívar topou liberar a paciente, desde que ela assinasse um documento se responsabilizando por qualquer problema após a liberação.

“O dr. Bolivar foi prestar um depoimento na delegacia. Ele não estava mantendo paciente nenhuma em cárcere privado. Ela estava fazendo curativo e sendo assistida no hospital dele por ele. Porém ela queria ser liberada sem ter terminado o tratamento e ele como médico seria imprudente de liberá-la. Ele disse que poderia liberá-la se ela assinasse a alta à revelia (documento ao qual a paciente se responsabiliza por qualquer coisa que acontecer após sua liberação) e ela não quis assinar. Ele disse que liberaria somente se ela assinasse. Como ela não assinou ele não liberava. O intuito dele é prestar toda assistência a paciente até ela está recuperada”, dizia um trecho da publicação.

Até as 12h50, ainda não havia informações sobre uma possível transferência da paciente para outra unidade de saúde.

Os policiais cumpriram mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão e de condução coercitiva no Hospital Santa Branca.

Médico é preso por suspeita de manter paciente em cárcere privado no RJ  — Foto: Reprodução/TV Globo

Médico é preso por suspeita de manter paciente em cárcere privado no RJ — Foto: Reprodução/TV Globo

Pedido de socorro

Na semana passada, a tia da mulher procurou a Deam-Caxias para relatar o que estava acontecendo. A paciente se submeteu a uma abdominoplastia no início de março. Em junho, ela voltou para se submeter a mais três intervenções.

Só que algo deu errado no procedimento e, de acordo com parentes, a cirurgia teve complicações, a ponto de a barriga dela ter necrosado.

A polícia investiga a denúncia de que o médico e sua equipe estariam impedindo que a mulher fosse transferida para outra unidade de saúde.

Os investigadores descobriram que o médico envolvido atende em uma clínica de cirurgia plástica e faz cirurgias no hospital. Ele também é um dos administradores da unidade particular.

No mesmo dia da denúncia da tia, a polícia requisitou o prontuário da paciente e o relatório médico. Até esta segunda, a documentação ainda não tinha sido entregue.

Na sexta-feira (15), a polícia repassou um celular para a paciente. Quando os agentes ligaram para confirmar se o aparelho estava funcionando, a mulher atendeu desesperada, pedindo para ser retirada do hospital porque estava com medo de morrer.

Hospital dificultou acesso, segundo agentes

Os agentes da Deam-Caxias correram para o hospital e foram recebidos pela advogada da unidade médica, que alegou que eles não poderiam falar com a vítima porque ela estava sedada. Mesmo assim, a polícia entrou e localizou a mulher, que chorava muito.

Os agentes fizeram fotos que comprovam o péssimo estado de saúde. A polícia pediu à Justiça para prender o médico responsável pelo procedimento e que também administra a unidade, o que foi concedido.

Outros casos parecidos envolvendo o mesmo médico são investigados pela polícia.

O que diz o hospital

“Hospital Santa Branca Ltda vem através de sua diretoria em atenção aos comunicados veiculados nas mídias escritas, narradas e digitais manifestar-se publicamente sobre acusações infundadas de CÁRCERE PRIVADO no interior das suas dependências.

Tal crime decorre do verbo encarcerar, que significa deter, ou prender alguém indevidamente e contra sua vontade. No crime de cárcere privado, a vítima quase não tem como se locomover, sua liberdade ficarestrita a um pequeno espaço físico, como um quarto ou um banheiro.

Com 43 anos de funcionamento, essa Unidade desconhece tal prática dentro do seu estabelecimento, sempre buscando zelar pela saúde física e mental de seus pacientes, prezando pelo direito de ir e vir dos mesmos, amparado por um equipe multidisciplinar profissional, centros cirúrgicos e CTI com 20 leitos operando 24 horas por dia. Nossas salas cirúrgicas são locadas.

Repudiamos quaisquer práticas criminosas que nos foram indevidamente atribuídas! Tal acusação é absurda !

Além disso, o Dr. Bolivar Guerrero não pertence ao quadro societário desta empresa, como descrito pela imprensa.

– DATA DA INTERNAÇÃO DA PACIENTE 01/06/2022.

-ACOMODAÇÃO: APARTAMENTO PRIVATIVO COM DIREITO A ACOMPANHANTE .

– PACIENTE RECUSA-SE A SAIR DA UNIDADE, (TRANSFERIDA)

-TODO CUSTO DA PACIENTE MANTIDO PELO CIRURGIAO, INCLUSIVE COM ATENDIMENTOS EXTERNOS”.

PF procura doleiro suspeito de liderar organização criminosa sediada em Ribeirão Preto, SP, investigada por lavar dinheiro e sonegar impostos

Mohamad Kassem Najm é apontado como chefe de organização criminosa que movimentou R$ 22 bilhões de forma ilegal em sete anos. Operação prendeu 36 pessoas e apreendeu carros de luxo, joias e dinheiro vivo.

A Polícia Federal procura o doleiro Mohamad Kassem Najm, de Ribeirão Preto (SP), apontado como líder de uma organização criminosa sediada na cidade suspeita de lavar dinheiro e sonegar impostos. Em sete anos, a quadrilha movimentou R$ 22 bilhões de forma ilegal, segundo o Ministério Público Federal.

Mohamad é o único investigado da Operação Octopus, deflagrada no último dia 6, que não foi preso. Outras 36 pessoas foram presas, entre elas irmãos e cunhados do doleiro. Carros de luxo, dinheiro vivo e joias foram apreendidos. A Justiça também bloqueou US$ 250 mil [R$ 1,3 milhão] em criptomoedas.

EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso com exclusividade ao processo. São mais de 7 mil páginas que detalham como o grupo agia sob liderança de Mohamad.

 

As investigações apontam que os recursos eram sacados para o pagamento de títulos ou transferidos para corretoras localizadas em regiões de fronteira, responsáveis pelas remessas ilegais ao exterior.

“Há registro de movimentações financeiras com pessoas investigadas, denunciadas ou já condenadas e indícios de que o grupo mantinha conexões com outros grupos criminosos”, diz o Ministério Público.

Operação Octopus

Segundo o MPF, as investigações basearam-se em quebras de sigilo bancário e fiscal das empresas envolvidas e análise de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Diante do material colhido, a Justiça autorizou os mandados de busca e apreensão e de prisões, que foram cumpridos em oito cidades paulistas, uma de Minas Gerais e uma do Paraná. São elas: