Thiago Brennand é transferido para o ‘presídio dos famosos’ em Tremembé, SP

Brennand já foi condenado em três processos de violência contra a mulher na capital paulista e no interior de São Paulo. Somadas, as sentenças chegam a 20 anos e dois meses de prisão e R$ 150 mil em indenizações.

O empresário Thiago Brennand, que foi condenado em três processos de violência contra a mulher e tem sentenças que somadas ultrapassam 20 anos de prisão, foi transferido nesta quarta-feira (26) para a Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. O local é conhecido como o “presídio dos famosos”, por receber presos de casos de grande repercussão.

O g1 apurou que Brennand estava preso no CDP de Pinheiros 1, na capital paulista, e deu entrada na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2, por volta das 10h50 desta quarta-feira (26), após liberação da Justiça.

Em procedimento padrão da unidade prisional, Brennand ficará isolado dos outros presos. Ele já foi colocado sozinho em uma cela de cerca de oito metros quadrados, onde passará o período de inclusão. Somente depois de dez dias deve ter contato com os outros detentos da unidade.

A penitenciária onde ele está é conhecida por abrigar presos em casos de grande repercussão, como o ex-jogador Robinho, Fernando Sastre – o motorista do Porsche – e Cristian Cravinhos, por exemplo, para garantir a segurança e a privacidade dos internos. A unidade, no modelo atual, foi criada após desativação do Carandiru.

O empresário Thiago Brennand já foi condenado em três processos de violência contra a mulher na capital paulista e no interior de São Paulo. Somadas, as sentenças chegam a 20 anos e dois meses de prisão e R$ 150 mil em indenizações.

Ao todo, Brennand respondia a nove processos criminais. Destes, três já foram sentenciados e dois foram arquivados após um acordo dentre as partes, sendo um por ameaça contra o caseiro de uma propriedade em um condomínio de luxo, e outro por injúria contra um garçom de um hotel.

Ao g1, o advogado Roberto Podval, que faz a defesa de Brennand, informou que a transferência foi solicitada pelo detento à Justiça.

Relembre, abaixo, cada condenação do empresário:
Estupro contra norte-americana
A primeira sentença de Brennand foi proferida em outubro de 2023. O empresário foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão pelo crime de estupro contra uma norte-americana que mora no Brasil e não teve a identidade revelada.

Segundo o Ministério Público, ela conheceu o empresário quando pretendia adquirir um cavalo e alega ter sido estuprada por Brennand na mansão dele, em um condomínio de Porto Feliz (SP).

A decisão da Justiça de São Paulo, proferida pelo juiz Israel Salu, do Fórum de Porto Feliz, também determina que Brennand deve indenizar a vítima por danos morais no valor de R$ 50 mil.

O magistrado do caso cita o artigo 213 do Código Penal para a condenação, que é quando o réu constrange alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, o estupro.

A primeira audiência deste processo foi realizada no dia 30 de maio, quando o juiz ouviu a vítima e três testemunhas de defesa. Já a segunda audiência foi realizada no dia 21 de junho, data em que Brennand prestou depoimento, assim como o filho dele e uma empregada doméstica, que foram arrolados como testemunhas.

Sobre este caso, a defesa de Brennand informou na época, em nota, que a condenação foi “fundamentada apenas na palavra da vítima, completamente dissociada de todos os elementos de prova colhidos durante a instrução, os quais demonstraram de forma cristalina que o acusado nunca praticou violência sexual”.

Agressão em academia

Quase um mês depois, no dia 1º de novembro, o juiz Henrique Vergueiro Loureiro proferiu a segunda condenação do empresário. Desta vez, o crime ocorreu na capital paulista. Brennand foi condenado a um ano e oito meses de prisão, em regime semiaberto, por agredir uma mulher em uma academia de ginástica que fica dentro de shopping de luxo.

As violências foram filmadas por câmeras de segurança e o caso foi revelado pelo Fantástico em agosto de 2022. (Veja o vídeo acima).

Na decisão, o juiz também determinou o pagamento R$ 50 mil de indenização à vítima. A sentença foi baseada em artigo do Código Penal para crimes cometidos em função da condição de gênero, que significa que a vítima foi alvo pelo simples fato de ser mulher.

A lei de 2021 aumentou a pena para esse tipo de crime. Antes, era de três meses até três anos. Agora, pode variar de um até quatro anos.

Apesar de a condenação ser em regime semiaberto, ele continuou preso por conta da condenação pelo crime de estupro. Sobre este caso, Roberto Podval, advogado de Brennand, informou na época que o empresário “lamenta o episódio” e que vão recorrer “do que entendemos ser exagerado”.

Em nota, o advogado da vítima disse que sua cliente recebeu emocionada a notícia da condenação.

“A vítima, emocionada, recebeu com serenidade a notícia de que, finalmente o réu Thiago foi condenado. Representa o fim da impunidade. No tocante ao afastamento do crime de corrupção de menores, iremos interpor recurso ao Tribunal de Justiça pois, em nosso entendimento, o crime ocorreu conforme descrito na denúncia, bem como iremos requerer a majoração da pena de lesão corporal. No mais, seguimos confiantes na Justiça e na luta incansável pelo fim da impunidade a toda forma de violência contra a mulher”, diz o texto assinado pelos advogados Márcio Cezar Janjacomo, João Vinicius Manssur e Marcelo Luis Roland Zovico.

Estupro contra massagista
A terceira e mais recente condenação de Thiago Brennand foi divulgada no dia 18 de janeiro deste ano. O empresário foi condenado a oito anos de prisão por estupro em regime inicial fechado. A vítima é uma massagista que alega ter sido estuprada pelo empresário na mansão dele, em um condomínio de Porto Feliz. A sentença ainda cabe recurso.

A decisão da Justiça de São Paulo, proferida pela juíza Raisa Alcântara Cruvinel Schneidero, do Fórum de Porto Feliz (SP), determina que Brennand deve indenizar a vítima por danos morais no valor de R$ 50 mil.

Conforme apurado pelo g1, a massagista foi até a casa do empresário após ser contratada por ele. Após perceber a presença de diversas armas, a vítima foi levada para um quarto e estuprada ao se recusar a manter relações sexuais sem preservativo.

Na sentença, a juíza reconheceu a periculosidade de Brennand por ter tentado intimidar a vítima após o estupro.

O processo contou com três audiências que foram realizadas entre julho e agosto. A primeira ocorreu no dia 28 de julho, quando a vítima e testemunha de acusação foram ouvidas.

A segunda ocorreu no dia 7 de agosto e foi conduzida pelo juiz Israel Salu. Ao todo, cinco testemunhas de defesa foram ouvidas. Já a terceira e última audiência referente ao caso foi realizada no dia 25 de agosto de 2023, quando Brennand foi interrogado.

Clientes denunciam falta de transparência e dificuldades nas negociações com a Bulgarelli – Sociedade de Advogados

É cada vez maior o número de clientes insatisfeitos com a Bulgarelli – Sociedade de Advogados. Muitos clientes relatam dificuldades em receber boletos de cobrança para o pagamento de parcelas dos financiamentos de veículos. Alguns dos relatos descrevem apreensão veicular sem prévio aviso e ligações que nunca completam, ou seja, os clientes relatam não conseguir atender as ligações da Bulgarelli – Sociedade de Advogados pois a chamada cai.

 

 

Segundo relatos de alguns clientes, ao buscar assistência jurídica da Bulgarelli – Sociedade de Advogados para tratar de questões relacionadas aos financiamentos junto ao Banco Safra, eles encontraram obstáculos significativos e um processo de negociação adverso. Essas dificuldades podem incluir falta de transparência, comunicação ineficiente, lentidão nas respostas e falta de disposição da empresa para buscar soluções favoráveis aos clientes.

É importante ressaltar que essas informações são baseadas em relatos individuais e podem não refletir a experiência geral de todos os clientes que tiveram algum tipo de envolvimento com a Bulgarelli – Sociedade de Advogados. Cada caso pode ter circunstâncias únicas, e é essencial que os indivíduos busquem informações adicionais, consultem profissionais jurídicos independentes e realizem sua própria avaliação antes de tomar qualquer decisão relacionada aos serviços da empresa.

Em uma dessas reclamações, o cliente Domingues relata que duas parcelas de seu financiamento estavam em atraso, então a Bulgarelli – Sociedade de Advogados deferiu a ordem de busca e apreensão em seu veiculo. Ele explica que o valor da parcela era de R$377,00 e foi cobrado R$900,00 por parcela para poder ter seu carro de volta. Dificultando a negociação proposta pelo cliente, a Bulgarelli – Sociedade de Advogados simplesmente negou auxilio e não devolveu o veiculo. Outro cliente relata que, tinha pago mais de 80% do veiculo e estava aguardando o envio do boleto para pagamento que nunca chegou. Segundo o cliente, eles disseram que o banco não aprovou o boleto e tardaram em enviar a cobrança deixando assim o cliente como um devedor. O cliente relata que teve seu carro apreendido mesmo solicitando o boleto por diversas vezes e sofrido extorsão por parte da empresa por cobrar taxas de juros abusivas para reaver o veiculo.

 

 

Atualmente, a empresa possui o total de 699 resultados no Reclame Aqui e da respostas genéricas aos clientes que os buscam através da plataforma de reclamações.

DPCA prende travesti Linda Welsh por aliciamento e exploração sexual de jovens

Linda Welsh, de 42 anos – registrada como Lindomar Fidélis Miranda -, foi detida em sua casa na Vila Bandeirante, em Goiânia, no início da manhã de ontem (01.10). A Polícia Civil investiga o envolvimento do travesti no aliciamento e exploração sexual de vulneráveis e rufianismo (tirar proveito da prostituição alheia) desde 2009. Ela fica presa preventivamente por 30 dias. Linda nega e afirma que apenas oferecia a sua residência como pensão a outros travestis que não teriam onde ficar.

A denúncia é baseada nos depoimentos de três adolescentes, colhidos desde 2009 por três delegadas. Os jovens contaram que foram convidados a morar com Linda na casa da Vila Bandeirante. O travesti multava os moradores da casa à revelia, além de endividá-los.

O caso de exploração sexual de travestis, sobretudo de adolescentes, ocorre quando pessoas de 12 ou 13 anos reconhecem sua sexualidade, mas, por homofobia, acabam sendo rejeitadas na família, escola e demais esferas sociais. Sem apoio do Estado e da família, a opção de se sujeitarem à exploração passa a ser o único método de sobrevivência.

Nesta situação, outras pessoas passam a se aproveitar da falta de políticas públicas para a população lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e transgênero (LGBT), de acordo com a psicóloga Beth Fernandes. Linda, segundo a investigação policial, seria uma dessas pessoas. Ela aliciaria travestis adolescentes para sua residência e cobrava diária de R$ 50 a R$ 100 pelo quarto, que seriam pagos com prostituição, ou seja, parte do valor ganho em programas era repassada a Linda

Cirurgias

Além disso, Linda Welsh prometia arcar com as cirurgias para a transformação das travestis, como a colocação de silicones e demais práticas estéticas. Para tal, Linda pagava o procedimento e cobrava do travesti o dobro do valor, de acordo com a titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Renata Vieira da Silva Freitas, responsável pelo caso.

Segundo Beth, que é presidente do Fórum de Transexuais de Goiás e coordenadora da Associação de Travestis de Goiás (Astral-GO), essas cirurgias de transformação são todas clandestinas, com riscos à saúde. A clandestinidade ocorre pelo fato de que adolescentes, ainda sem a autorização de responsáveis, passam por esses procedimentos, o que seria contra a ética médica.

Os três travestis que prestaram depoimentos o fizeram após fugir da casa de Linda, mesmo sob ameaças. Um dos métodos de “aprisionar” as pessoas era guardar as roupas, impedindo que os travestis saíssem. Segundo os relatos à polícia, Linda chegou a agredir um deles. Dos três, apenas um deles alega se arrepender de ter feito programas, mas todos se declaram travestis e sem arrependimento das cirurgias.

A delegada Renata Vieira estima, baseado no depoimento dos seis travestis maiores de idade que estavam na residência de Linda no momento da ação policial, que os três jovens não estejam mais em Goiânia. Para Beth Fernandes, é possível que eles sejam explorados por outra pessoa.

Renata Vieira conta que há relatos de outros travestis de que alguns procedimentos estéticos eram realizados com a aplicação direta de silicone, por um travesti chamado Joyce. A polícia ainda não conseguiu identificá-lo. Na casa de Linda, além de outros seis travestis detidos para prestar depoimentos, foram apreendidas fotos de práticas sexuais, máquinas fotográficas, dois computadores, R$ 3.475 em espécie, 10 dólares e cadernos com a contabilidade da casa.

Linda cobrava, nos programas dos travestis, uma taxa para a ida a outros locais, como motéis ou hotéis. A casa é simples, com vários quartos e estruturas que permitiam o serviço de bar. No entanto, Linda e os outros travestis contaram que não eram realizados programas sexuais no local nem mesmo a permissão de que menores dormissem na casa.

Dos seis travestis detidos para prestarem depoimentos, Renata Vieira acredita que dois eram funcionários de Linda, sendo uma empregada doméstica e outra responsável pela contabilidade. Exceto as duas, em depoimento, os demais assumiram ser explorados por Linda e que não conseguiam sair da casa em razão das dívidas com a proprietária.

Prisão em 2006 pela PF

Lindomar Fidélis de Miranda, a Linda Welsh, em março de 2006, foi detida pela Polícia Federal em Uberlândia (MG) por suspeita de tráfico internacional de pessoas. A Operação Tarantela investigou a participação dela no envio de seis pessoas para a Itália, onde eram exploradas sexualmente. Segundo a PF, Linda e Maksuri (José Maria Siqueira Santos) lideravam os pontos em Goiânia e agenciavam travestis em Uberlândia e Belém. Na Itália eram apresentadas a Erika ou Kika (Elias Mota da Costa), que pegava a documentação das vítimas e só devolvia após pagamento de despesas.