Policial civil denunciada por injúria racial contra garçom é indiciada, em Fortaleza

O caso aconteceu em março deste ano. O jovem disse que a policial o mandou ‘voltar para a senzala’ e que ele iria sempre ‘viver comendo milho de senzala’.

Uma inspetora da Polícia Civil denunciada por um garçom pelo crime de injúria racial foi indiciada pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). O caso foi relatado ao g1 em março deste ano.

A atualização foi publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (19). Agora, Janete de Almeida Fermon será investigada, já que um processo administrativo disciplinar foi instaurado.

Ao g1, a policial envolvida negou a denúncia e disse que houve uma troca de ofensas entre o garçom e um grupo de clientes.

O garçom de 26 anos denunciou o caso após uma discussão na churrascaria onde ele trabalha no Bairro Serrinha, em Fortaleza. A briga foi filmada por outra funcionária do estabelecimento (veja acima).

Relembre os fatos

A discussão começou após a inspetora e mais duas pessoas se recusarem a pagar a conta. Após a recusa dos clientes, o garçom pediu que eles conversassem com o gerente do local — que autorizou que o pagamento fosse feito em outro dia. No entanto, os três clientes (entre eles, a inspetora) passaram a ofender verbalmente o garçom.

“Ela disse que iria deixar os documentos, para amanhã [na quarta-feira] vir pagar. Mas eu disse que não concordava com isso”, relembrou o garçom sobre o início da discussão. Ele teve receio que, caso os clientes não pagassem, o valor seria descontado do salário dele.

No vídeo, é possível ouvir a inspetora, que tem 54 anos, falando que o garçom iria “viver comendo milho de senzala”. O g1 conversou com a vítima, que disse que a inspetora, em outro momento da discussão, disse para ele “voltar para a senzala”.

“Ela disse que eu era um porco, que eu nunca ia ser ninguém na vida. Aí, nessa hora, eu me exaltei. Ela mandou, pela primeira vez, para eu ir para a senzala, mas ainda não estava gravando”, comentou o garçom.
“Na hora que ela estava falando, eu estava tentando manter a calma pra não me descontrolar e perder a razão, mas depois que a ficha caiu, comecei a chorar de raiva”, lamentou a vítima. Ele disse, inclusive, que não conseguiu dormir após a discussão.

Um dos clientes do local que estava acompanhada da inspetora, que tem deficiência visual, afirma que o garçom iniciou os insultos e eles “reagiram” às provocações. “A gente já tinha combinado com o gerente e o subgerente que iríamos pagar no dia seguinte. O garçom pelo pela gente e chamou de caloteiro, pegou uma cadeira e fez que ia jogar, ameaçando a gente”, diz.

A Polícia Civil informou que repudia veementemente os fatos ocorridos envolvendo a inspetora. A Polícia disse ainda que a inspetora também registrou, um BO por difamação, na mesma delegacia.

 

Suspeitos de matar policial em Fortaleza são denunciados pelo Ministério Público

Três deles foram denunciados pelo latrocínio do agente e um quarto homem por ajudar na fuga de um dos criminosos.

Três homens suspeitos de matarem o sargento da Polícia Militar Flávio Nascimento Rodrigues durante uma tentativa de assalto, em Fortaleza, foram denunciados pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) na última sexta-feira (5).

O crime ocorreu em 10 de junho deste ano na Rua Raimundo Pinheiro Bastos, no Bairro Olavo Oliveira. O policial estava trafegando na via quando foi interceptado pelo veículo dos criminosos. Ao perceber que era um assalto, o agente tentou fugir à ré, mas foi atingido por cinco tiros.

Segundo a denúncia do MPCE, no carro que atacou o PM estavam Anderson Ismael Andrade Soares, Davi Sampaio Soares, Manuel Barbosa e Thiago Gomes, de 26 anos.

Horas após o crime, Thiago foi morto em uma troca de tiros com a polícia e Anderson foi preso. Os outros dois suspeitos conseguiram fugir do local do crime, mas, na mesma noite, Manuel foi capturado.

Davi Soares, encarregado de ocultar a arma do crime, entrou em contato com o seu patrão, Michael Pereira, que ofereceu ajuda para ocultar o objeto e escondendo o suspeito em sua casa por algumas horas.

Michael ainda emprestou um carro, com placas adulteradas, para que o criminoso fugisse. Davi, no entanto, foi preso horas depois após abandonar o veículo no Bairro Álvaro Weyne. Anderson, Davi e Manuel foram denunciados pelo Ministério Público.

Além dos três homens, o promotor de Justiça Marcus Vinícius Amorim de Oliveira denunciou Michael Pereira por ter ajudado um dos acusados a fugir e a adulterar a placa do carro utilizado na fuga.

Os envolvidos na morte do policial têm antecedentes criminais por roubo, homicídio ou tráfico de drogas.

Thiago, o que morreu no confronto com a polícia, possuía passagens por roubo, receptação, associação criminosa e crime de adulteração de sinal de identificador de veículo. Anderson responde por homicídios, tentativa de roubo com restrição de liberdade, integrar organização criminosa, crime contra a administração pública e receptação.

Davi, suspeito de guardar a arma utilizada no crime, quando adolescente foi apreendido por atos infracionais análogos a tráfico de drogas e a homicídio.

Já Michel, que teria emprestado o carro para a fuga de Davi, tem passagens por porte ilegal de arma de fogo, receptação e adulteração de sinal de identificador de veículo.

Morte do sargento

O 1º sargento Flávio Rodrigues estava de folga, trafegando na via em um carro prata, quando foi abordado pelos criminosos que estavam em um veículo de cor preta. Ao reagir, o militar foi baleado pelos assaltantes.

Mesmo ferido, ele tentou fugir de marcha à ré, porém parou momento depois próximo a uma calçada. Os suspeitos fugiram.

O sargento atuava no Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas.

“A SSPDS e seus órgãos vinculados, em especial a Polícia Militar, lamentam profundamente a morte do 1º sargento Flávio Rodrigues e solidarizam-se com a família e os amigos do policial, ao passo que frisam que todos os meios disponíveis estão sendo empregados para prender todos os envolvidos no crime”, disse a pasta.

A Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Ceará também lamentou a morte do policial.

“Nesse momento de profunda tristeza e revolta, a Aspramece se solidariza com familiares e amigos enlutados, compartilhando com eles o luto”, disse a Associação.

 

Influenciador preso em Fortaleza estuprou ao menos 7 vítimas, entre elas mãe e filha

Thiago Ferrari foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro, roubo e extorsão.

O influenciador Thiago Ferrari, de 35 anos, preso no último sábado (24), no Centro de Fortaleza, fez ao menos sete vítimas durante os estupros em série na capital e na Região Metropolitana, conforme a Polícia Civil. As mulheres têm entre 15 a 40 anos e duas delas são mãe e a filha.

Os crimes sexuais ocorreram desde o dia 18 de fevereiro, nos bairros Barra do Ceará, Montese e Itaoca, na capital; no Cumbuco, em Caucaia e na cidade de Tauá.

“Ele abordava as vítimas de forma aleatória, no portão da casa delas e ameaçava dizendo que estava armado e era membro de uma facção criminosa. Depois da violência sexual, ele chegava a tirar foto e roubava o celular da mulher”, disse o delegado Valdir Cavalcante de Paula Passos, titular da delegacia do 5º Distrito Policial.

A polícia tomou conhecimento do caso após a denúncia de mãe e filha, que foram atacadas pelo homem no Bairro Itaoca. A investigação foi realizada pelo 5° Distrito Policial e a Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza.

As imagens do momento da prisão do suspeito foram cedidas pela Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS) já com o rosto dele borrado.

“Para dificultar a identificação ele costumava usar veículos diferentes durante as abordagens. Em algumas delas ele estava de carro, em outra de bicicleta e até de moto”, relatou o delegado.
Apesar de se apresentar como influenciador, com mais de 90 mil seguidores nas redes sociais, a polícia suspeita que o homem atuasse na venda de veículos fraudados, popularmente conhecido como “veículos de estouro”.

“Conseguimos apreender diversos objetos na casa dele como roupas, balaclava e outros equipamentos. Também vamos averiguar se ele também praticava esses crimes em meio virtual”, disse Valdir Passos.

O influenciador mora em Fortaleza e é natural de Minas Gerais. Ele possui antecedentes criminais por crimes sexuais em outros locais de país. O homem foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro, roubo e extorsão.

 

‘Preta arrogante’: Jojo Todynho relata caso de racismo em Fortaleza

Cantora diz ter sido chamada de ‘preta arrogante’ após ter se recusado a postar presente de vendedora no sábado (17). O caso foi relatado nas redes sociais da artista.

A cantora Jojo Todynho relatou em suas redes sociais ter sofrido um episódio de racismo em Fortaleza enquanto fazia compras na feira da Beira-Mar no sábado (17). Ela está visitando a cidade e disse ter ido comprar uma mala para colocar alguns presentes que ganhou durante o passeio.

“Veio uma senhora e falou para mim: ‘Você pode ir na loja que vou te dar um presente e você me marca no instagram?’. Eu falei para ela ‘Não, obrigada, quero não’. Ela falou assim: ‘Esses pretos são todos arrogantes'”, explicou Jojo.

Jojo ainda disse que foi falar com a vendedora e que a administradora do local pediu desculpas. Também nas redes sociais, a cantora disse que registrou um Boletim de Ocorrência (B.O).

O g1 entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS), que disse, em nota, que a Polícia Civil apura a denúncia de crime de preconceito de raça ou cor.

“A PCCE acrescenta que a permissionária autônoma, apontada como a mulher que teria supostamente proferido as ofensas, também registrou BO, sendo este contra a artista pelo crime de calúnia. A Polícia Civil seguirá apurando o fato pela Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrin), unidade especializada”.
Já a Prefeitura de Fortaleza respondeu que o caso deve ser apurado e que repudia toda forma de discriminação.

A administração municipal respondeu também que oferece programas e cursos de apoio e capacitação gratuitos para os empreendedores aprimorarem o atendimento.

“A gestão municipal se coloca à disposição por meio da Coordenadoria Especial da Igualdade Racial e da Secretaria de Turismo. A Prefeitura realiza trabalho constante de fiscalização e ordenamento urbano da Avenida Beira-Mar, bem como dos permissionários que atuam no comércio na região”
Também nas redes sociais, Jojo reiterou que tomou a atitude que achou correta no momento. Após divulgação do caso, ela chegou a receber comentários com teor racista em suas fotos.

“Quem quer respeito, se dá ao respeito. Eu só discuti, mas em uma dessas, se meto a mão na cara… Porque com racista tem que ser assim. Eu disse que vim passear, não sou obrigada a aceitar produto”, acrescentou.

A acusada por Jojo de racismo afirmou, por meio das redes sociais, que registrou um B.O por calúnia contra a cantora.

“Falei para ela que não a chamei de preta jamais. Até conversei com ela, mas ela está sempre muito exaltada, não consegue conversar de jeito nenhum”.
O g1 também entrou em contato com o advogado que representa a vendedora.

“As coisas que ela falou sobre minha cliente são inverídicas”, disse o profissional em vídeo.

A lojista contou sua versão. Ela disse que perguntou se Jojo Todynho faria uma divulgação da sua marca e que faria um kit de presentes de sua loja para a cantora.

“Ela já me respondeu gritando, botando o dedo na minha cara e me acusou de racista. Jamais chamaria alguém de preto, negro, macaco. Tenho ódio de gente preconceituosa, não aceito jamais ninguém ser preconceituoso. Queria falar que isso não aconteceu. Vim fazer um boletim para me defender”, comentou também em vídeo.

 

Influencer filmada nua sem consentimento por dona de clínica em Fortaleza lamenta o caso: ‘nunca imaginei que ela faria isso’

Dona da clínica, denunciada por gravações, negou o crime, afirmou que teve o celular hackeado e que foi vítima de extorsão. Polícia investiga o caso.

Uma das vítimas filmadas nuas sem consentimento em uma clínica de estética em Fortaleza desabafou sobre o caso nas redes sociais. A mulher disse que era cliente do estabelecimento há cerca de quatro anos, e nunca imaginou que pudesse passar por uma exposição desse tipo.

Clientes de uma clínica de estética denunciaram ter sido filmadas nuas ou seminuas, sem autorização, pela dona do estabelecimento, Val Silveira, no bairro Messejana, em Fortaleza. As vítimas tiveram as imagens gravadas indevidamente expostas nas redes sociais e denunciaram o caso.

“Era o meu momento de relaxar e eu nunca imaginei que a Val faria isso, nunca mesmo, nunca imaginei. Teve um momento que eu meio que notei (que Val filmava), aí ela já meio que justificou: ‘Amiga, eu bati só uma foto para acompanhar teu resultado’”, lembrou Beth Campêlo no próprio perfil em uma rede social, onde contou como se tornou uma das vítimas.

Em depoimento à polícia, Val Silveira disse que foi alvo de uma quadrilha que instalou aplicativos que permitiam controlar o celular dela. Conforme a empresária, os criminosos fizeram as filmagens das clientes nuas sem que ela soubesse.

Já a Secretaria de Segurança Pública do Ceará afirmou que investiga a denúncia de crime contra a dignidade sexual, praticado em ambiente virtual, conforme relatam as clientes que tiveram imagens íntimas vazadas.

“Não tinha como nem eu e nem uma das mulheres saber, ela fingia que estava mandando áudio. No meu vídeo eu chego bem perto dela e falo: ‘Amiga, olha esse meu sinal’. Não tinha como a gente saber que ela estava gravando a gente”, declarou Beth.
“Estou chorando, mas é de revolta, de indignação, de decepção. Eu estou bem, inclusive estou indo trabalhar. Ela [Val] se vitimiza tanto, ela tem postado que é vítima, que tem gente que acha que ela está sendo perseguida”, complementou.

Vítima relutou em denunciar

Beth falou que viu quando o perfil da clínica começou a divulgar os vídeos feitos sem o consentimento das clientes. Neste momento, ela viu que havia imagens dela entre o conteúdo. Ela relutou em denunciar o caso, crendo que poderia ser algo passageiro, mas depois mudou de ideia.

“Alguém roubou o Instagram dela, e a pessoa primeiro postou uns textos dizendo que a Val não era quem a gente pensava, que ela filmava familiares, amigos, os filhos e clientes para vender na internet”, comentou a vítima.

“Quando isso aconteceu na mesma hora eu só pensei assim: ‘Eu vou ficar bem caladinha aqui, não quero saber de vídeo, não quero saber de nada. Vou ficar bem caladinha que isso vai se acabar e vai ter passado. Eu não quero nem ver nada e pronto’”, lembrou Beth.

Ela disse, então, que recebeu os vídeos das clientes, o dela incluso. A mulher falou ainda que, nas imagens, há vídeos também de crianças. “Tem vídeo dos filhos dela, ela gravava os próprios filhos. Hoje [quarta-feira, 12] pela manhã a pessoa que está expondo ela me mandou os vídeos dos filhos”, denunciou.

“Ela pede para a criança ficar pelada, a criança pede: ‘mamãe não grava’, e ela mostra. Aí eu falei: ‘custe o que custar, eu não vou deixar isso passar, porque não é mais sobre mim, não é mais sobre uma pessoa, é sobre um monstro’”, explicou Beth sobre a decisão de procurar a Polícia sobre o caso.

Dona da clínica diz que foi hackeada e vítima de extorsão

Em entrevista ao g1, a dona da clínica, Val Silveira, também compartilhou o boletim de ocorrência com a reportagem. Conforme a mulher, ela vinha mantendo um relacionamento online com um suposto empresário de São Paulo, e os dois teriam marcado um encontro presencial em novembro em Fortaleza.

De acordo com a mulher, o homem não apareceu no encontro, mas enviou um grupo de pessoas que teriam roubado seus celulares e afirmado que iriam controlar sua clínica. No período entre o encontro e a publicação indevida das imagens, ela diz ter sido extorquida em cerca de R$ 10 mil.

No boletim de ocorrência, ela também diz que o grupo instalou aplicativos que permitiam controlar seu celular e que eles haviam feito as filmagens sem o seu consentimento.

Em conversa com o g1 na tarde da terça-feira (12), contudo, a dona da clínica contou que ela mesmo havia feito as gravações, mas que estava sendo obrigada a gravar as clientes pelo grupo, e que não sabia qual o uso que eles fariam das imagens.

Ela também disse que o grupo vinha controlando as suas redes sociais há algum tempo, e que os vídeos começaram a ser publicados após descumprir as ordens deles.

Criminosos fogem pelo mar, se escondem em barco e acabam presos em Fortaleza

Uma arma falsa foi apreendida e os pertences das vítimas de roubo foram recuperados.

Dois suspeitos de roubo fugiram nadando pelo mar, se esconderam em um barco, mas terminaram presos pela polícia na Praia do Mucuripe, em Fortaleza, na tarde deste domingo (12).

Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, os policiais militares foram comunicados por testemunhas sobre o crime e confirmaram a localização dos suspeitos com uso de câmeras de segurança.

As câmeras registram o momento em que os homens fugiram nadando pelo mar e entraram em uma embarcação.

Após localizar a dupla, agentes do Corpo de Bombeiros usaram um bote para ir até o barco, capturam os dois homens e levaram eles para a faixa de areia, onde os suspeitos foram entregues aos PMs.

Após a prisão, Ismael Castro Gomes, de 22 anos, com antecedentes criminais por roubo, roubo de veículo e corrupção de menor; e José Jefferson Lopes da Silva, de 25 anos, foram levados ao 2º Distrito Policial.

Na unidade, os homens foram autuados por roubo majorado em concurso de agentes. Uma arma falsa foi apreendida e os pertences das vítimas foram recuperados.

O 9º DP seguirá com as investigações com o intuito de identificar a participação dos alvos em outros crimes ocorridos na região.

 

MP pede condenação de três policiais acusados de sufocar jovem com saco d’água em Fortaleza

Adolescente tinha na época 15 anos e não teve como se defender. O crime foi filmado por moradores.

O Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu a condenação dos três policiais envolvidos no caso de tortura contra um adolescente no ano de 2018 em Fortaleza.

Segundo o MPCE, os policiais militares, Jean Claude Rosa dos Santos, Carlos Henrique dos Santos Uchôa e José Alexandre Sousa da Costa devem ser sentenciados por tortura e omissão perante a tortura. Além disso, relatos de testemunhas que gravaram a tortura ajudaram nas investigações.

O cabo Jean Claude Rosa foi demitido ano passado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD). Os outros dois militares denunciados receberam sanção de permanência disciplinar, porque segundo a CGD “participaram passivamente das agressões, porque ficaram inertes diante do ato”.

Um quarto policial denunciado por tortura morreu no ano passado, após ser baleado na cabeça. Devido ao óbito, a Justiça declarou extinta a punibilidade do tenente da polícia militar Leonardo Jader Gonçalves Lírio.

Terreno baldio na Bela Vista
O crime de tortura ocorreu no dia 28 de agosto de 2018, num terreno no Bairro Bela Vista. Os policiais militares foram verificar uma denúncia de tráfico de drogas. Após realizarem abordagens encontraram 500 gramas de crack no local.

Durante a ocorrência, moradores flagraram momentos nos quais o adolescente é sufocado com saco d’água. Nas imagens é possível perceber que o jovem não tinha como reagir. O vídeo tem um minutos e 21 segundos.

 

Casal é morto a tiros após ir tirar satisfação com ex-namorado da mulher em Fortaleza

Ítalo Carlos Ambrózio de Oliveira, de 31 anos, e Carine Pereira Ferreira, de 21 anos, morreram no local.

Um casal foi morto a tiros na Rua General Mário Hermes, no Bairro Álvaro Weyne, em Fortaleza, nesta quarta-feira (4). O suspeito do crime é um ex-namorado da mulher, que havia discutido com as duas vítimas. O homem foi preso.

Conforme testemunhas, Ítalo Carlos Ambrósio de Oliveira, de 31 anos, viu mensagens de um ex-namorado no celular da atual dele, identificada como Carine Pereira Ferreira, de 21 anos. O casal se desentendeu e Ítalo foi armado até a casa do homem tirar satisfação. A jovem também acompanhou o namorado.

Ao chegar na residência do ex de Carine, identificado como Janilson Justa Paulino, de 34 anos, os dois homens brigaram e o ex conseguiu desarmar Ítalo.

Conforme o Auto de Prisão em Flagrante, que o g1 teve acesso, Janilson atirou primeiro em Carine. Nesse momento, Ítalo tentou fugir correndo, mas foi perseguido e assassinado. Com o homem já morto, o ex voltou até o local onde a mulher estava ferida e atirou outras vezes, atingindo a cabeça dela.

Janilson foi preso horas após o crime, por uma equipe da Polícia Militar. Ele foi conduzido para a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuado em flagrante por feminicídio e homicídio.

Nesta quinta-feira (5), o suspeito passou por uma audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva.

“Concluo, assim, pelo exposto, que restou demonstrado o perigo gerado peloestado de liberdade do flagranteado, pois o contexto da prática criminosa a ele imputada(duplo homicídio e com diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas, inclusive na cabeça de uma delas) destaca sua periculosidade social, circunstâncias aptas, repita-se, a justificar a segregação cautelar para garantia da ordem pública”, diz um trecho da decisão da juíza.

 

Funcionário de escola é preso suspeito de assalto que levou R$ 100 mil da diretora, em Fortaleza

O crime foi filmado e as imagens mostram a diretora sendo rendida no chão pelo criminoso. O dinheiro seria para pagar os salários dos funcionários da escola.

O funcionário de uma escola e outras duas pessoas foram presas nesta terça-feira (12) suspeitos de envolvimento em um assalto à diretora de um colégio de Fortaleza. O crime foi filmado por uma testemunha (veja no vídeo acima) e é possível ver o assaltante levando uma bolsa com dinheiro, que continha cerca de R$ 100 mil.

O assalto aconteceu no último dia 6, no Bairro Tancredo Neves. Foram presos três homens com uma quantidade em dinheiro em espécie. Eles foram levados ao 13º Distrito Policial, no Bairro Cidade dos Funcionários.

Segundo a Polícia Civil, durante as investigações os agentes identificaram que Natanael Freitas da Silva, de 21 anos, funcionário da instituição, foi o autor intelectual do crime e teria passado informações aos comparsas para realizar o assalto. Ele foi preso em um imóvel no Bairro Jardim das Oliveiras.

Os outros dois suspeitos foram identificados como sendo José Luciano de Oliveira Júnior, de 23 anos, com passagens por roubos e crime contra a paz pública, e Paulo Roberto da Silva Fernandes, de 31 anos, conhecido como “Kim”, com passagens por tráfico de drogas. A dupla foi capturada no Centro da capital.

No vídeo feito pela testemunha, a diretora aparece deitada no chão, rendida, enquanto o assaltante armado pega a bolsa no carro dela.

O vídeo mostra ainda o homem indo em direção a uma motocicleta com a arma e o dinheiro na mão. A quantia seria usada para o pagamento dos funcionários da instituição.

Histórico Criminoso do ‘Rei da Cebola’ Inclui Roubo de Carros, Fraude Fiscal e Dívidas de IPTU e Condomínio

O empresário Xinxa Góes de Siqueira, conhecido como “Rei da Cebola,” foi preso na quarta-feira (31) durante uma operação da Polícia Federal no Recife. Xinxa, que chefia uma transportadora de produtos hortifrutigranjeiros, é acusado de liderar uma quadrilha que movimentou R$ 70 milhões nos últimos cinco anos em Pernambuco, São Paulo e Fortaleza. Sua prisão foi ordenada pelo juiz Jandercleison Pinheiro Jucá, da Vara Criminal de Salgueiro (PE).

Histórico Judicial de Xinxa

Xinxa possui um histórico extenso de ações judiciais e acusações. Em setembro de 2002, ele foi preso por receptação de um carro roubado e, ao revistarem sua garagem, a polícia encontrou outro veículo roubado. Na época, ele foi acusado de receptação qualificada e adulteração de veículo, mas foi solto em dezembro do mesmo ano e respondeu ao processo em liberdade. Em 2019, o processo prescreveu devido à sua ausência em várias audiências.

Em 2012, Xinxa foi acusado de fraude contra a administração pública e ordem tributária. Ele e seu pai, o ex-deputado estadual Apolinário Góes de Siqueira, foram acusados de sonegar ICMS através da empresa Xinxa Transportes Rodoviários de Cargas LTDA, omitindo operações de entrada de mercadorias. A dívida com o governo foi calculada em R$ 96.564,84, mas ambos foram absolvidos em 2016 por falta de provas suficientes.

Além disso, Xinxa foi processado por não pagar taxas condominiais entre 2014 e 2015, totalizando R$ 2.942,74. O processo foi arquivado após um ano sem movimentação. Em 2022, ele também foi denunciado pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes por não pagar IPTU, mas a dívida foi quitada em julho do mesmo ano.

Prisão e Acusações Atuais

A prisão de Xinxa na Operação Duplo X resultou na apreensão de 24 veículos de luxo, avaliados em mais de R$ 30 milhões, e seis cavalos de raça, estimados em R$ 10 milhões. A PF investiga Xinxa por sonegação fiscal, agiotagem, lavagem de dinheiro, aluguel e empréstimo de armas, além de associação criminosa. Caso seja condenado por todas as acusações, sua pena pode ultrapassar 30 anos de reclusão.

A equipe do g1 tentou contato com a defesa de Xinxa, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Resumo da Prisão

  • Local: Apartamento em Boa Viagem, Recife.
  • Operação: Duplo X da Polícia Federal.
  • Bens Apreendidos: 24 veículos de luxo e seis cavalos de raça.
  • Atuação: Pernambuco, Ceará e São Paulo.
  • Acusações: Sonegação fiscal, agiotagem, lavagem de dinheiro, aluguel e empréstimo de armas, associação criminosa.
  • Possível Pena: Mais de 30 anos de reclusão.