Homens que usaram máscaras de monstro para sequestrar homem em São Gonçalo são presos pela polícia

Vítima foi encontrada sendo mantida em um carro em uma das entradas da Favela do Rato Molhado, na Zona Norte do Rio.

A Polícia Civil prendeu dois homens em flagrante pelo sequestro de um morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na última terça-feira (27). Eles usavam máscaras de monstro durante o crime.

O crime foi flagrado por uma câmera de segurança. A vítima, um homem de 61 anos, estava entrando no carro quando um bandido corre até ele. Um comparsa também aparece.

O homem tenta escapar, mas é puxado pelos criminosos, que o ameaçam.

De acordo com a polícia, a mulher da vítima chegou a receber ligações dos bandidos pedindo resgate. Ela entrou em contato com os agentes da Delegacia Antissequestro (DAS).

As investigações levaram os policiais até um carro na entrada da Favela do Rato Molhado, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio. Os agentes realizaram o resgate da vítima, sem ferimentos.

Os dois homens que estavam com ele foram presos em flagrante: Douglas da Conceição Mendes, de 27 anos, e Leonardo Maciel Félix, de 23 anos de idade. Um deles resistiu à prisão e acabou machucado.

Com os dois, os policiais apreenderam uma pistola 9mm, munição, carregadores, uma faca, duas máscaras, uma máquina de cartões e outra que bloqueia sinais de telefone celular.

Os dois foram enquadrados em extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma de fogo e resistência.

 

Polícia diz que suspeitos de morte de PM e filha em farmácia roubavam comércio a cada duas semanas em SP

Um dos homens se entregou na terça-feira (27), outros dois são procurados. Policial trocou tiros com criminosos que tentavam assaltar farmácia na Zona Norte da capital paulista.

O trio apontado pela Polícia Civil como responsável pela morte de um policial militar e da filha dele em frente a uma farmácia em São Paulo roubou o mesmo comércio outras vezes, segundo a investigação. Um dos suspeitos, identificado como Douglas Henrique de Jesus, se entregou à polícia na terça-feira (27).

Funcionários do estabelecimento e testemunhas contaram à polícia que o mesmo grupo já tinha agido no local, mas com a ajuda de uma mulher, que alternava a participação nos crimes.

“Naquela farmácia eles roubavam a cada duas semanas. Eram clientes do mal naquele local”, disse o delegado Severino Vasconcelos, divisionário do Departamento de Homicídios.

O único suspeito preso até a manhã desta quarta-feira (28) estava consumindo drogas e álcool desde o dia do crime, e a família interveio para que ele se entregasse à polícia. Ele foi detido na região da Vila Guilherme e levado ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Douglas Henrique de Jesus estava com prisão temporária decretada. Os outros dois suspeitos são procurados pela morte do PM e da jovem. O crime ocorreu na madrugada do sábado (24), na Zona Norte da capital paulista. Ainda não se sabe se Douglas foi o atirador. Por estar embriagado, a polícia ainda vai ouvi-lo.

“Ficou caracterizado o crime de latrocínio [quando há o roubo seguido de morte] porque a intenção deles [criminosos] era fazer o roubo à farmácia. Existe ali a reação do policial. Ele avaliou que naquela situação haveria condição de fazer a defesa dele próprio e da filha”, disse o delegado.

‘Nós estamos numa batalha’

Flávia Perroni Valentim, mulher do policial militar Anderson de Oliveira Valentim e mãe de Alycia Perroni Valentim, disse nesta terça-feira (27) no programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, que a família espera ver os criminosos presos o mais rápido possível.

“Nós estamos numa batalha. Ainda não vencemos. Dependemos ainda da prisão dos três bandidos que fizeram isso com a minha família. E nós estamos em luto, com o sentimento e o vazio que fica a partir de agora”, afirmou.

A viúva do PM, que tem 42 anos, disse que os dias têm sido difíceis, mas que o marido a ensinou a ser forte.

“Meu marido e minha filha traziam espiritualidade, felicidade. Tenho que ter força de levar a verdade para as pessoas. O Anderson, como policial militar, me ensinou a ser forte, me preparou para esse momento, eu sabia o que eu tinha que falar, o que era importante para a polícia ouvir”, disse Flávia.

O crime
Flávia contou ao SP2 na segunda-feira (26) que a família parou na farmácia para comprar uma medicação para a filha, que havia passado a madrugada em um hospital com gastrite nervosa.

O atendente da farmácia abriu a porta e a trancou após a entrada dela. Na sequência, apareceram os três criminosos, que forçaram a porta e não conseguiram entrar.

Do lado de fora, Anderson e a filha estavam no carro. O policial notou a movimentação dos criminosos e trocou tiros com eles.

“Até pensei que eles iriam entrar na loja. O atendente da farmácia me puxou para a parte de trás do balcão para me proteger dos tiros”, disse Flávia.

“O Anderson entrou no meu campo de visão, já com a arma em punho, e começou os disparos. O menino me colocou debaixo do balcão. Os disparos pegaram as portas e até achei que eles iam entrar. Eu peguei minha bolsinha que estava em cima do balcão, puxei meu celular, liguei para o Copom [Centro de Operações da PM] e fiz o que o Anderson sempre me orientou, dei as características do que estava acontecendo, o local onde estava acontecendo, o endereço, o que eu consegui ver.”

A viúva afirmou que o marido agiu corretamente ao reagir. “O Anderson está sendo muito julgado. Ele era preparado para aquilo. O rapaz passa, dá tchauzinho, manda ele sair fora. Primeiro: ele não é covarde, ele nunca ia me deixar dentro da farmácia para os caras estourarem. O pessoal está dizendo que eles iam embora, mas eles não iam, porque tinha um carro esperando”, disse.

Quem são as vítimas

Anderson de Oliveira Valentim era cabo da 3ª Companhia do 7° Batalhão de Polícia Militar. A filha dele, Alycia Perroni Valentim era estudante de Direito.

Anderson tinha com a esposa um terreiro de Umbanda na Zona Norte da capital. O PM compartilhava a rotina no terreiro pela internet e era engajado em causas sociais.

A Polícia Militar lamentou a morte de Anderson em nota.

“A família policial militar lamenta, com profundo pesar, a perda de nosso companheiro, após tentativa de assalto. O policial fazia parte do efetivo da 3ª Cia do 7° BPM/M e sempre atuou com dedicação e amor à causa pública, não medindo esforços para preservar vidas fazendo cumprir o juramento de proteger a sociedade”, diz o texto.

Deolane Bezerra posta foto com cordão de chefe do tráfico da Maré, e polícia apura ligação

Advogada e influencer se posicionou nas redes sociais. Ela disse que posou com várias pessoas durante um baile funk e admitiu que tirou foto com cordão.

A Polícia Civil vai investigar a relação da influenciadora, cantora e advogada Deolane Bezerra com traficantes do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Na madrugada desta quarta-feira (14), ela postou vídeos em sua conta no Instagram. Em um deles, ela aparece com o cordão de ouro do chefe do tráfico da favela, Thiago da Silva Folly, o TH.

“Queremos entender quem a convidou, se recebeu para fazer presença VIP, explicar essa relação dela e da irmã com o TH. Ambas aparecem em várias imagens com o cordão do criminoso”, diz o delegado Rodrigo Coelho, titular da DRE. 
No início da noite desta quarta (14), a influencer postou um vídeo em suas redes sociais admitindo que tirou foto com o cordão.

“Fui no Complexo da Maré ontem, tava lá no baile da Disney. Fui bem recebida, não gastei um real. Tirei foto com geral, com cordão, sem cordão, botaram o cordão em mim, tiraram, e pocas, eu sou isso”, disse a influencer.

A foto e outras imagens, inclusive o vídeo de uma entrevista em que ela exibe o mesmo cordão, foram obtidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que tem um inquérito aberto para apurar a quadrilha do Terceiro Comando Puro (TCP), que controla as bocas de fumo da região.

“Eu sou povo, eu sou comunidade, eu sei e não quero esquecer nunca de onde eu vim”, disse Deolane na entrevista. “Moradores, com muito amor no coração, é o que todo mundo vai encontrar aqui.”

Na segunda-feira, ela estreou na Sapucaí no desfile da Viradouro, que ganhou o carnaval. A musa não foi à apuração na Cidade do Samba.

Hoje, sua conta no Instagram tem 19,5 milhões de seguidores.

Baile da Disney
O evento que Deolane foi é chamado de Baile da Disney, e acontece todos os fins de semana, no campo da Vila do João, uma das comunidades do Complexo da Maré.

Já no baile, Deolane fez stories exibindo a coleção de bebidas à sua disposição: “A recepção aqui é assim, viu?! Não pagamos nada. Passada! Esquece, filha, a mãe tá estourada”, diz.

Enquanto o amigo mostra garrafas de whisky, vodca e outras importadas (e caras), a influencer diz: “Vai beber tudo. O que derem vai beber!”, diz ela para o amigo.

Quem também aparece nas imagens no evento é Dayanne Bezerra, irmã de Deolane. Numa das fotos obtidas pela polícia, ela também aparece com o cordão do bandido.

Direção após beber
Em um dos vídeos, ela aparece bebendo uma garrafa de uma bebida que mistura licor com tequila. Antes de dormir, ela diz: “Beba, sim. Dormir maquiada tendo o João, não”.

Em seus stories sobre a noite no baile, Deolane Bezerra postou dirigindo seu carro de volta para o hotel às 9h46. Às 9h57, “Ahhh, cês querem revoada, então bora”. E no vídeo diz: “Eita cachaça da peste!”.

Quem é TH
TH, que agora também é chamado de Mano Tcheco, é uma das principais lideranças do tráfico do Complexo da Maré, que reúne 16 comunidades.

Ele divide o controle de regiões como Timbau, Baixa do Sapateiro, Vilas do João e Pinheiro, Salsa e Merengue, com outros dois criminosos: Michel de Souza Malvieira, o Buffalo Bill, Mangolê ou César, e Edmílson Marques de Oliveira, o Cria.

Uma reportagem do Fantástico sobre o treinamento do tráfico na Maré, no ano passado, exibiu imagens de bandidos ao redor do campo e da piscina. Numa delas, o próprio TH aparece com o cordão pendurado no pescoço.

‘Tirei foto com geral com cordão, sem cordão’, diz Deolane Bezerra sobre selfie com acessório de chefe do tráfico da Maré

Polícia Civil está investigando a relação de Deolane com traficantes da comunidade. Segundo o delegado, ela e a irmã aparecem em várias imagens com o cordão do criminoso.

A influencer, cantora e advogada Deolane Bezerra postou um vídeo em suas redes sociais explicando uma selfie que fez horas antes usando um cordão que seria do chefe do tráfico da Maré, comunidade da Zona Norte do Rio, durante um baile funk na comunidade na noite desta terça-feira (13).

“Fui no Complexo da Maré ontem, tava lá no baile da Disney. Fui bem recebida, não gastei um real. Tirei foto com geral, com cordão, sem cordão, botaram o cordão em mim, tiraram, e pocas, eu sou isso”, disse a influencer.

A Polícia Civil está investigando a relação de Deolane com traficantes da comunidade.

“Eu vim da favela e eu vou continuar indo. Sabe por quê? Tem pessoas lá que nunca vão poder me ver se eu não for até elas. E eu vou mesmo, sou artista”, disse a cantora.

Na madrugada desta quarta-feira (14), Deolane postou vídeos em sua conta no Instagram. Em um deles, ela aparece com o cordão de ouro do chefe do tráfico da favela, Thiago da Silva Folly, o TH.

“Queremos entender quem a convidou, se recebeu para fazer presença VIP, explicar essa relação dela e da irmã com o TH. Ambas aparecem em várias imagens com o cordão do criminoso”, diz o delegado Rodrigo Coelho, titular da DRE. 

A foto e outras imagens, inclusive o vídeo de uma entrevista em que ela exibe o mesmo cordão, foram obtidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que tem um inquérito aberto para apurar a quadrilha do Terceiro Comando Puro (TCP), que controla as bocas de fumo da região.

“Eu sou povo, eu sou comunidade, eu sei e não quero esquecer nunca de onde eu vim”, disse Deolane na entrevista. “Moradores, com muito amor no coração, é o que todo mundo vai encontrar aqui.”

Na segunda-feira, ela estreou na Sapucaí no desfile da Viradouro, que ganhou o carnaval. A musa não foi à apuração na Cidade do Samba.

Hoje, sua conta no Instagram tem 19,5 milhões de seguidores.

Baile da Disney
O evento que Deolane foi é chamado de Baile da Disney, e acontece todos os fins de semana, no campo da Vila do João, uma das comunidades do Complexo da Maré.

Já no baile, Deolane fez stories exibindo a coleção de bebidas à sua disposição: “A recepção aqui é assim, viu?! Não pagamos nada. Passada! Esquece, filha, a mãe tá estourada”, diz.

Enquanto o amigo mostra garrafas de whisky, vodca e outras importadas (e caras), a influencer diz: “Vai beber tudo. O que derem vai beber!”, diz ela para o amigo.

Quem também aparece nas imagens no evento é Dayanne Bezerra, irmã de Deolane. Numa das fotos obtidas pela polícia, ela também aparece com o cordão do bandido.

Direção após beber
Em um dos vídeos, ela aparece bebendo uma garrafa de uma bebida que mistura licor com tequila. Antes de dormir, ela diz: “Beba, sim. Dormir maquiada tendo o João, não”.

Em seus stories sobre a noite no baile, Deolane Bezerra postou dirigindo seu carro de volta para o hotel às 9h46. Às 9h57, “Ahhh, cês querem revoada, então bora”. E no vídeo diz: “Eita cachaça da peste!”. 

Quem é TH
TH, que agora também é chamado de Mano Tcheco, é uma das principais lideranças do tráfico do Complexo da Maré, que reúne 16 comunidades.

Ele divide o controle de regiões como Timbau, Baixa do Sapateiro, Vilas do João e Pinheiro, Salsa e Merengue, com outros dois criminosos: Michel de Souza Malvieira, o Buffalo Bill, Mangolê ou César, e Edmílson Marques de Oliveira, o Cria.

Uma reportagem do Fantástico sobre o treinamento do tráfico na Maré, no ano passado, exibiu imagens de bandidos ao redor do campo e da piscina. Numa delas, o próprio TH aparece com o cordão pendurado no pescoço.

Feminícidio: suspeito de matar namorada a facadas era possessivo, diz polícia

Homem não sabia de mandado de prisão em aberto e foi preso ao se apresentar na Delegacia de Homicídios de Contagem. Após o crime, ele postou nas redes sociais: ‘Quem vacila, nós ‘manda’ pra vala’.

O homem suspeito de assassinar com várias facadas a namorada, Emilly Fernandes, de 18 anos, tinha o perfil possessivo. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) pela Polícia Civil, durante coletiva de imprensa.

Emilly foi morta por volta da 1h da quarta-feira (10), dentro do apartamento onde morava com a mãe, no bairro Chácaras Reunidas Santa Terezinha, em Contagem, na Grande BH. Depois do feminicídio, ele fugiu com o filho do casal de 7 meses.

O suspeito, de 22 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (16) após ir à Delegacia de Homicídios de Contagem para apresentar a versão dele sobre o crime. No entanto, o delegado Ítalo Fernandes de Almeida, responsável pelo caso, afirmou que o suspeito preferiu ficar calado, já que foi “surpreendido pelo mandado de prisão”.

“Como foi uma surpresa, ele preferiu ficar calado e não apresentou nenhuma versão para os fatos”.
Almeida disse que Emilly sofria violência doméstica e não buscou ajuda talvez por não estar entendendo a situação.

Se condenado, ele pode ficar preso entre 12 e 30 anos, e a pena pode ser aumentada porque o homem matou a namorada na frente do filho.

Redes sociais
O delegado Ítalo de Almeida disse que o suspeito se apresentava nas redes sociais como filho de traficante, mas essa informação não foi confirmada.

“Ele fazia postagens exaltando a criminalidade, mas ele não tem passagem policial”, explicou.

Almeida falou ainda que na Delegacia de Homicídios o suspeito não demonstrou arrependimento.

Ainda segundo o delegado, ele não gostava de trabalhar e não ajudava na criação da criança, como comprar fralda e leite, por exemplo. Ele também fazia uso de droga.

“Nas redes sociais, ele se identificava como ‘filho do moço 33’, que faz referência ao crime de tráfico de drogas. ‘Moço’ no vocabulário utilizado significa que comanda a favela, a comunidade, que tem influência no crime”, explicou o delegado.
Ítalo informou também que após matar Emilly, o suspeito postou nas redes sociais: “Quem vacila, nós ‘manda’ pra vala”.

Irmãs da vítima
Durante entrevista na delegacia, Lorrayne Gabriela Fernandes da Silva, irmã de Emilly, desabafou.

“É muito revoltante. Eu não esperava isso nunca. Meu coração chora. Eu grito por justiça pela Emilly e por todas as outras mulheres”.
Ela falou que a família não percebeu que Emilly vivia um relacionamento abusivo e que o suspeito estava onde a vítima estivesse. Segundo ela, ele a levava e a buscava na escola.

Outra irmã de Emilly, a auxiliar de produção Brenda Fernandes, disse que a atitude do suspeito era vista como cuidado, mas era possessão.

“Eu peço a Deus, de todo o meu coração, que me fortaleça e fortaleça a minha família. Ele não tem dimensão do mal que ele fez à minha família. Ele matou ela com várias facadas, com requintes de crueldade”.
Brenda ainda contou que, mesmo o suspeito preso, a família não se sente segura.

 

PM faz operação na Cidade de Deus após chefe do tráfico ser morto em tiroteio na Freguesia

De acordo com a Polícia Militar, com os criminosos foram apreendidos um fuzil, duas pistolas e um rádio de comunicação. Bandidos foram socorridos e levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge. Um deles também morreu.

O traficante Carlos Henrique dos Santos, o Carlinhos Cocaína, de 52 anos, apontado como um dos chefes do tráfico de drogas da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, morreu ao trocar tiros com policiais militares na madrugada desta sexta-feira (12) na Freguesia, em um dos acessos à comunidade.

O bandido estava em um carro com ao menos três seguranças, que também foram baleados. Um deles também morreu.

De acordo com a PM, os criminosos resistiram à prisão e atiraram contra agentes do 18º BPM (Jacarepaguá).

Carlinhos Cocaína e os seguranças, identificados como Fábio da Silva Machado Júnior, o Bumba, de 29 anos, e Bigode, foram levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Um quarto homem conseguiu fugir pulando muros de casas da região, mas foi encontrado baleado num terreno baldio. O traficante e um dos seguranças morreram no hospital.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ainda não informou o estado de saúde dos outros homens baleados.

Segundo a PM, com os bandidos foram apreendidos um fuzil, duas pistolas e um rádio de comunicação.

Carlinhos Cocaína era procurado pela polícia. O Disque Denúncia oferecia R$ 1 mil para quem desse informações sobre o paradeiro dele. Ele tinha envolvimento com o tráfico havia mais de 30 anos e nunca foi preso.

Na Cidade de Deus, Carlinhos controlava o tráfico nas localidades conhecidas como Apartamentos, Pantanal, Quintanilha e Bariri.

Por conta da sua morte, a PM montou uma operação emergencial na Cidade de Deus nesta manhã.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, por medida de segurança, o Centro Municipal de Saúde Hamilton Land e as Clínicas da Família Lourival Francisco de Oliveira e José Neves suspenderam o funcionamento.

Mansão, festa de R$ 1 milhão e Disney
Em 2019, Carlinhos Cocaína foi alvo de uma operação da Polícia Civil. De acordo com os investigadores, o criminoso era o responsável pelo braço financeiro do grupo.

Embora não tenha conseguido prendê-lo, a polícia garantiu o sequestro de cerca de R$ 5 milhões em bens imóveis, incluindo uma mansão em um condomínio na Freguesia, em Jacarepaguá, avaliada em cerca de R$ 2 milhões.

A casa, considerada de alto padrão, tem dois andares, piscina, churrasqueira e circuito interno de monitoramento por câmeras. Em um closet, foram encontradas muitas bolsas, roupas e calçados de marcas famosas e caras.

À época, durante as investigações, a polícia apurou que somente com a festa de 15 anos de uma das filhas de Cocaína, ocorrida em 2016, foram gastos mais de R$ 1 milhão. Segundo a polícia, a comemoração foi animada pela bateria de uma escola de samba e contou com a presença de DJs.

O traficante também teria presenteado a filha e alguns membros da família com uma viagem à Disney.

A investigação identificou ainda que 29 imóveis que seriam de Carlinhos Cocaína estavam em nome de “laranjas”.

Carlinhos Cocaína atuava como o gestor da caixinha comum da principal facção criminosa do Rio, segundo os investidores. É com esse dinheiro que é paga uma espécie de “pensão” aos traficantes presos. Os valores também são usados na compra de armamento para várias comunidades dominadas pelo Comando Vermelho.

Amiga sequestrada com Marcelinho Carioca nega relacionamento com ex-jogador e cita ameaça para fazer vídeo fake

Em entrevista ao g1, Tais afirmou que os criminosos receberam ‘um áudio de uma pessoa falando que era para fazer um vídeo fake, porque se a casa deles caiu, que a nossa tinha que cair também. Então, que era para inventar uma história do marido que sequestrou, que saiu com mulher casada.’

Tais Alcântara de Oliveira, a mulher que foi sequestrada com Marcelinho Carioca, afirmou em entrevista ao g1 que foi obrigada a gravar um vídeo com o ex-jogador de futebol e apontar o ex-marido, Márcio Moreira, como mandante do crime.

A mulher é funcionária da Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, onde o ex-atleta foi secretário até janeiro deste ano. Os dois foram sequestrados no domingo (17) e encontrados pela Polícia Militar na segunda-feira (18), depois de uma denúncia anônima que apontou a casa, em Itaquaquecetuba, usada pelos criminosos (entenda mais abaixo sobre o crime).

“Eu não tenho nenhum relacionamento com o Marcelinho. Nunca tive. A nossa relação é de amizade mesmo. Eu estou separada do Márcio. A gente mora em casas separadas, não estamos convivendo, apesar que ainda não saiu o divórcio. A gente continua ainda casados no papel.”

Tais falou ao g1 sobre as horas cercada por criminosos e Márcio detalhou sobre ter sido acusado pelo crime e ter o nome e fotos repercutidos na internet.

Os ingressos
Horas antes do sequestro, Marcelinho tinha ido ao show do cantor Thiaguinho, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, e Tais acompanhou a publicação do amigo nas redes sociais, quando mandou mensagens e comentou sobre ingressos para o outro dia.

“[Queria ver] se ele conseguia uns convites para o domingo, e aí falou que só conseguia levar para mim se fosse à noite, porque no outro dia ele tinha outra coisa para fazer. Eu falei que não tinha problema. Ele me ligou quando estava chegando e desci para pegar os ingressos”, lembra Tais.

A abordagem

A amiga entrou no carro de Marcelinho, um modelo de luxo, por causa do receio dele em ficar parado no bairro, segundo ela.

“Ele não queria ficar parado [no bairro]. Ele ia passar as coordenadas do show, qual o portão eu poderia entrar, com quem eu iria falar. A gente deu uma volta de carro no quarteirão e, assim que a gente estava chegando, ele avistou três caras vindo em direção ao carro. Eu falei que eu ia sair [do carro] e ele disse para eu esperar, mas eu abri a porta e os caras já nos abordaram falando para colocar a mão na cabeça”, disse.

“Ele [Marcelinho] desceu e disse que era o ex-jogador. Os caras não acreditaram. Colocaram ele dentro do carro e deram uma coronhada nele. Me colocaram no banco de trás apontando o revólver para a minha cabeça.”
Cativeiro
Marcelinho e a amiga foram levados a uma casa e deixados olhando para uma parede. O grupo oferecia água, comida e acompanhava quando as vítimas queriam ir ao banheiro.

“O tempo todo eles pediam só para passar senha de PIX, essas coisas. Eles pegaram meu celular, provavelmente devem ter olhado o banco e vendo que não tinha saldo, e estavam mais pedindo para o Marcelo. O Marcelo falou que era ex-jogador e eles começaram a investigar nas redes sociais. Entraram na minha rede social, entraram na rede social do Márcio, para saber quem a gente era. A todo momento falavam que iam nos libertar, que era pra gente aguardar um pouco”, contou Tais.

Vídeo
Os criminosos fizeram os dois gravarem um vídeo, segundo a vítima. No registro, Marcelinho diz que a conheceu em uma festa e seria uma mulher casada, e que o marido teria dela descoberto a suposta traição.

“O helicóptero começou a sobrevoar e eles começaram a se desesperar e falando que ‘moio para eles’, que a casa caiu. Receberam um áudio de uma pessoa falando que era para fazer um vídeo fake, porque se a casa deles caiu, que a nossa tinha que cair também. Então, que era para inventar uma história do marido que sequestrou, que saiu com mulher casada. Uma pessoa ficou atrás segurando a coberta e outra ficou apontando a arma.”

PIX
Foram feitas transferências bancárias para contas de criminosos. Enquanto isso, um policial militar suspeitou de um carro de luxo parado no bairro e pesquisou sobre o dono, quando chegou ao sócio de Marcelinho.

“Fiquei o tempo todo orando, pedindo para o Senhor me guardar, para guardar o Marcelo, guardar a nossa vida. É um momento muito angustiante.”

Resgate
Horas depois, denúncias anônimas apontaram à PM o endereço do cativeiro. Os policiais entraram no local, onde existem várias casas, e encontraram Marcelinho e Tais em um dos cômodos.

“Quando o policial chegou, fiquei chorando eu estava em choque de ver que aquilo estava realmente acontecendo, porque não são todos que conseguem sair de uma situação dessa vivo”, comenta.

Nesta terça-feira, a Polícia Civil indiciou seis pessoas por sequestro, extorsão, formação de quadrilha, roubo, lavagem de dinheiro e receptação. Quatro estão presas e duas sendo procuradas. A Divisão Antissequestro (DAS) de São Paulo investiga o caso.

Trauma
“Estou evitando de olhar as redes sociais. Já estou traumatizada com tudo que aconteceu todos esses dias, então não quero ficar mais traumatizada com as pessoas. As pessoas elas têm que começar a rever que existe uma família por trás, que existe uma vida por trás. Elas acabam te criticando, colocando você numa situação que você não é”, desabafa Tais.

‘Vida virou do avesso’, diz ex-marido
Márcio Moreira, autônomo e ex-marido de Tais, contou ao g1 que foi avisado pelo filho sobre o desaparecimento dela na mesma noite do sequestro.

“Achei estranho, porque a Tais nunca fez um negócio desse [desaparecer]. Eu estava me preparando para ir para São Paulo, porque eu faço vendas. Fui para a casa para ficar com eles e estava vendo que estava acontecendo uma coisa estranha. Comecei a ficar preocupado. Fiz algumas ligações e não tive êxito”, lembra.

Na manhã seguinte, sem ter resposta da ex-mulher, Márcio divulgou uma foto delas nas redes sociais e comunicou sobre o desaparecimento. Não foi registrado boletim de ocorrência.

“Quando eu publiquei a foto dela, mais ou menos umas 11h30, começou a chover [comentários]. Parece que em questão de instantes minha vida virou do avesso. Foi quando descobriu que ela estava no cativeiro e começou o pessoal mandando mensagem, inclusive pessoas me xingando. Pessoas que eu nem conheço. Foi um transtorno pra mim total.”

Uma vez que Marcelinho e Tais falavam no vídeo gravado pelos sequestradores sobre o crime ter sido premeditado pelo ex-marido da mulher, Márcio passou a ser atacado pelas redes sociais.

“Pensa numa situação difícil que eu fiquei. Quando a gente anda com a verdade, a verdade é uma coisa poderosa, que quando você é verdadeiro você não tem que temer nada. A gente sabe a minha índole. Aqui na cidade onde eu moro eu fui abraçado de uma forma inexplicável, porque ninguém apoia pessoas do mal, ninguém apoia bandido, e eles sabendo da minha índole fui superbem tratado nas delegacias. Já sabiam que eu não tinha nada a ver”, destaca.

“Para você ter noção, eu estou há três dias sem trabalhar. A gente pode sair e vem um louco aí e confunde a gente: ‘olha o menino ali, o sequestrador. Pode fazer maldade'”, se preocupa Márcio.

Resumo do caso

O ex-atleta e a amiga foram encontrados pela polícia em uma casa em Itaquaquecetuba no início da tarde de segunda-feira (18). Nesta terça-feira, a polícia informou que quatro pessoas foram presas pelo crime e outras duas são procuradas.

Segundo Marcelinho, ele tinha saído do show do cantor Thiaguinho, na Neo Química Arena, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, e ido até a casa da amiga, Tais, para dar a ela ingressos que ele tinha para a outra apresentação do cantor que aconteceria na tarde de domingo.

O ex-atleta ficou em poder dos sequestradores por um dia e meio, segundo a polícia. Cerca de R$ 40 mil chegaram a ser pagos pela família de Marcelinho Carioca para que ele fosse solto pelos criminosos. Uma denúncia anônima à polícia apontou onde estava o cativeiro.

 

Justiça de São Carlos condena a mais de 21 anos réus por morte de duas pessoas em festa

Outras seis pessoas ficaram feridas no dia do crime. Tribunal do Júri começou na segunda-feira (30) e terminou na madrugada desta terça (31).

A Justiça de São Carlos (SP) condenou a 28 anos de prisão Luan Russo Bataglia por assassinar duas pessoas a tiros e ferir outras seis durante uma festa, em janeiro do ano passado, no bairro Aracê de Santo Antônio.

O Tribunal do Júri começou na segunda-feira (30) e terminou na madrugada desta terça (31). O julgamento também condenou Helton Pereira Cosmo, que está foragido, a 21 anos de prisão por participação no crime.

O advogado Reginaldo Silveira, responsável pela defesa de Luan, informou que vai recorrer da sentença.

“De todas as pessoas que foram ouvidas em juízo, nenhuma delas aponta com certeza que foi o Luan que cometeu o crime. Até o depoimento do próprio segurança, ele disse que foi uma suposição de que ele estava armado”, informou.

O advogado de Helton não foi localizado para comentar a condenação.

O crime
De acordo com a Guarda Civil Municipal, na madrugada de 23 de janeiro de 2022, por volta de 2h20, indivíduos invadiram uma festa no bairro de chácaras Aracê de Santo Antônio e fizeram vários disparos. Pelo menos oito pessoas que estavam na festa foram atingidas por balas perdidas.

Rodrigo morreu no local e a Polícia Civil revelou que ele já tinha sido vítima de tentativa de homicídio em setembro de 2021. Já Eduardo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Homem acusado de matar 2 pessoas e ferir 6 em festa começa a ser julgado em São Carlos

Audiência teve início às 8h e é aberta ao público. Crime aconteceu em janeiro de 2022.

O julgamento de Luan Russo Bataglia, acusado de assassinar dois jovens em uma festa no no bairro Aracê de Santo Antônio, em São Carlos (SP), começou nesta segunda-feira (30) e é aberto ao público. O crime aconteceu em janeiro de 2022 e deixou outras seis pessoas feridas.

Bataglia está preso em Serra Azul. Ele é suspeito de matar a tiros Eduardo Escapolão Lucas da Silva, de 16 anos, e Rodrigo de Castro da Rocha, de 20 anos, em um tiroteio durante uma festa que acontecia em uma chácara do bairro. Segundo as primeiras investigações, Rocha seria o alvo do atentado.

O crime
De acordo com a Guarda Civil Municipal, na madrugada de 23 de janeiro de 2022, por volta de 2h20, indivíduos invadiram uma festa no bairro de chácaras Aracê de Santo Antônio e fizeram vários disparos. Pelo menos oito pessoas que estavam na festa foram atingidas por balas perdidas.

Rodrigo morreu no local e a Polícia Civil revelou que ele já tinha sido vítima de tentativa de homicídio em setembro de 2021. Já Eduardo chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Quadrilha de ladrões de imóveis de luxo mandava homens bem vestidos para enganar porteiros, diz polícia

Três suspeitos foram presos na noite de sexta-feira (13) no hotel onde estavam hospedados. Com eles, a polícia encontrou pertences das vítimas, como dinheiro, bolsas, celulares, joias e perfumes.

A quadrilha de São Paulo que vinha ao Rio de Janeiro para furtar apartamentos de luxo na Zona Sul da cidade usava homens bem vestidos para enganar os porteiros, segundo a Polícia Civil.

Na noite de sexta-feira (13), policiais da 14ª DP (Leblon) e da 12ª DP (Copacabana) montaram uma operação conjunta e foram ao hotel onde os ladrões costumam se hospedar. Três suspeitos foram presos.

Segundo a polícia, em um vídeo é possível ver dois integrantes da quadrilha paulista fazendo check-in em um hotel da Lapa. De lá, eles foram para o quarto alugado.

Os funcionários não imaginavam que a dupla estava no Rio não para fazer passeios turísticos, mas sim, para fazer vítimas.

Segundo as investigações, os ladrões costumavam se hospedar em hotéis na região central da cidade, mas os alvos estavam em áreas nobres da Zona Sul.

Os criminosos se interessavam por pertences de proprietários de apartamentos caros. O trabalho em conjunto das unidades da polícia auxiliou no avanço das investigações.

“A prisão dos criminosos foi resultado da constante troca de informações entre as unidades da Polícia Civil, fazendo com que a ação policial fosse imediata e com o melhor resultado possível”, disse o delegado Gustavo Castro, da 12ª DP (Copacabana).
De acordo com a polícia, a quadrilha era formada por jovens vestidos com roupas caras. Eles se aproveitavam disso para ganhar a confiança dos porteiros e se diziam moradores ou visitantes.

Já dentro do prédio, arrombavam os imóveis e furtaram os pertences das vítimas.

Em outra imagem, do fim do mês passado, outros suspeitos aparecem chegando no mesmo hotel, na Lapa. Eles também vieram para assaltar apartamentos.

“Eles elegem os edifícios através do que eles veem. Então, eles param em um edifício, veem que é de um alto padrão e então adentram no edifício. Logo após o furto, eles retornam para São Paulo e lá eles comercializam esses bens furtados”, explica o delegado Felipe Santoro, da 14ª DP (Leblon).
Um rapaz de casaco preto e uma mulher de camisa estampada que aparecem na imagem fazem parte do bando, segundo a polícia. Os dois carregam malas. Eles agem sem levantar qualquer suspeita. Depois de preencher a ficha na recepção, entram no elevador e sobem para o quarto.

Os presos nesta sexta são Lucas Targino Oliveira, Juan do Carmo Fonseca Santana e Lucas Costa Guedes.

Com eles, os agentes encontraram vários pertences das vítimas, como dinheiro (real, dólar e euro), bolsas, celulares, joias e perfumes.

Os suspeitos vão responder por furto qualificado, organização criminosa e resistência.

“A Polícia Civil alerta para que porteiros sempre verifiquem com os proprietários se, de fato, aquelas pessoas que estão ingressando na residência, no edifício, são efetivamente moradores ou parentes”, diz o delegado Felipe.

O RJ2 não conseguiu contato com a defesa dos presos Lucas Targino Oliveira, Juan do Carmo Fonseca Santana e Lucas Costa Guedes. Segundo a polícia, os três permaneceram em silêncio na delegacia.