Força tarefa transfere mais oito presos para o sistema penitenciário federal

A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap-PB), em ação conjunta com equipes do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE), Polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, deu continuidade, na manhã desta terça-feira (31), à operação “Perseu III”. A ação tem o objetivo de transferir para o Presídio Federal de Mossoró oito presos recolhidos na Penitenciária Romeu Gonçalves de Abrantes  (PB1 e PB2), em João Pessoa.

Os oito detentos foram escoltados para o Centro de Educação da Policia Militar, também em Mangabeira, para realizar exame de corpo delito e em seguida serem transferidos para a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

A transferência foi determinada pela Justiça Federal do Estado do Rio Grande do Norte, que acolheu decisão prolatada pela Vara de Execuções Penais da Comarca de João Pessoa, atendendo a um pedido conjunto formulado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Seds), com aval do Ministério Público Estadual, após mapeamento minucioso elaborado por agentes de inteligência da Seap, Polícia Militar e Polícia Civil.

Por determinação do secretário de Estado da Administração Penitenciária, coronel Washington França, a ação está sendo coordenada pelo gerente executivo do Sistema Penitenciário (Gesipe), tenente coronel Arnaldo Sobrinho, com apoio dos agentes penitenciários do GOE, integrantes da Polícia Militar (Choque, Gate, Rotam) e da Polícia Rodoviária Federal, num total de 73 policiais e agentes.

De acordo com o coronel Washington França, a operação “Perseu III” é um desdobramento da operação anterior, sendo resultado de ação integrada dos órgãos de inteligência da Polícia Militar, Civil e do Sistema Penitenciário, que fez um trabalho de investigação meticuloso, o que vai possibilitar desarticular possíveis ações delituosas de facções criminosas, narcotraficantes e homicidas, com ramificação interestadual.

Operações – A operação “Perseu I” aconteceu em julho de 2011, quando foram transferidos também oito presos de perfil semelhante ao desta operação. “A Perseu II” ocorreu no último dia 3 e, nesta terça-feira (31), a operação “Perseu III” fecha o ciclo de transferência do primeiro semestre de 2012, de acordo com o tenente coronel Arnaldo Sobrinho. “De modo geral, os transferidos integram organizações e facções criminosas responsáveis por narcotráficos na Paraíba e Estados vizinhos. Relatórios de inteligência submetidos à justiça conseguiram demonstrar essa articulação e a necessidade de custódia num presídio federal”, esclareceu o coronel Arnaldo Sobrinho.

Ele acrescentou que, além do envolvimento em tráfico e facções, há a extrema periculosidade de alguns presos, a exemplo do conhecido como “Dudu da morte”, que esquartejou outro preso dentro do Presídio do Roger. “Esse é um perfil de detento que não tem mais condição de convivência na Paraíba. São ações como a deste encarcerado que geram alto custo para o Estado. Um presídio federal funciona com custódia individual. Não há cela coletiva e possui um regime disciplinar diferenciado. Por não ter contato com outros apenados, manter uma organização criminosa fica mais difícil”, comentou o gerente executivo do Sistema Penitenciário.

Ele observou que nem todos os transferidos desta terça-feira (31) se encontravam custodiados no PB1 e PB2. Havia também presos de Guarabira (da “Operação Quark”), de Patos (“Operação Hidra”) e da Penitenciária Desembargador Silvio Porto. Após o exame médico – procedimento usual para a recepção de presos custodiados – seguiram para o Rio Grande do Norte.

Perfil dos presos transferidos

1. Carmésio Claudiano Leonardo (Arrepiado) – Traficante, homicida e assaltante com atuação no alto sertão do Estado da Paraíba. Comandava uma facção criminosa denominada de “O Cordão”, responsável por execuções ligadas a dívidas dependentes químicos. Foi preso durante a “Operação Hidra”, em março de 2012.

2. Carlito Claudiano Leonardo (Carlito) – Traficante, homicida e assaltante com atuação no alto sertão do Estado da Paraíba. Comandava com o irmão “Arrepiado” a facção criminosa denominada de “O Cordão”, responsável por execuções ligadas a dívidas dependentes químicos. Foi preso durante a “Operação Hidra”, em março de 2012. Suspeita-se que atuava distribuindo na Paraíba e em Pernambuco drogas adquiridas na Bolívia e no Paraguai.

3. Damião Barbosa de Lima (Damião de Araçagi ou Mião) – Comandava o tráfico de drogas na região do brejo paraibano, foi alvo de na operação Quark. Investigações indicam que “faz negócios” com as facções Okaida e Estados Unidos, fornecendo e alimentando o tráfico de drogas. É considerado um dos “cabeças” do presídio João Bosco Carneiro (Guarabira) , na gestão do ex-diretor Emilson, chegando a usar o dinheiro ganho com tráfico de drogas para comprar imóveis e veículos, patrocinava festas na unidade prisional para os outros apenados. Suspeita-se estar envolvido com os homicídios em série registrados na cidade de Mari-PB.

4. Sebastião de Azevedo Ferreira (Basto) – Fornecedor de drogas na Paraíba e Rio Grande do Norte. Era o dono de 21 Kg de Crack apreendidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) na capital e dos 10 kg apreendidos pela Policia Militar. Realiza grande movimentação de entorpecentes na grande João Pessoa.

5. Núbio Fernandes de Souza (Núbio) – Traficante que controlava pontos de venda de drogas em vários bairros de João Pessoa, bem como informações de possível envolvimento com ordens de execução de dependentes químicos.

6. Eduardo Ferreira dos Santos (Dudu da morte) – membro da facção “Okaida”, preso por homicídio e porte de arma, liderou as últimas rebeliões e escavações de túnel no presídio do Roger, há indícios de sua participação também nas mortes dos apenado dentro do presídio do Roger, atuava como traficante com pontos de vendas de drogas nos bairros do Valentina e loteamento Parque do Sol (zona sul da cidade), é temido pelos presos por ser agressivo cruel e frio nas suas ações.

7. Jonathan Ricardo de Lima Medeiros (Dom) – Assaltante e homicida, tem envolvimento direto com a tentativa de assalto frustrada à Distribuidora “Norece”; na cidade de Bayeux/PB. Tem envolvimento com ações delituosas na grande João Pessoa, crimes esses que vão desde homicídios, sequestro, roubo a casas lotéricas e tráfico de drogas. Foi preso pelo GOE/PB, logo em seguida a um assalto, com uso de explosivos, a um caixa eletrônico, sendo flagrado portando uma pistola Glock Calibre.40 (uso restrito) e bananas de dinamite. Segundo informações, o elemento possui ligações com a facção PCC.

8. Robério Figueiredo da Silva (Belo) – tem participação ativa no tráfico de drogas no conjunto Alto dos Mateus, Ilha do Bispo e região ribeirinha da cidade Bayeux. Atentou contra a vida do Capitão Antônio e policiais militares da Paraíba. É acusado de sequestrar, estuprar, matar e ocultar o cadáver de uma adolescente de 14 anos no Alto dos Mateus. É acusado de determinar a morte e esquartejamento do detento Rickson Henrique da Silva, ocorrido no dia 26/10/2011, no qual a vítima foi degolada e teve partes do corpo separadas.

Condenadas 24 pessoas por crimes em Itapipoca

O Ministério Público Estadual, junto a Justiça, encerrou a primeira fase da ´Operação Pedra Lascada´, que investigou uma série de crimes que vinha ocorrendo no Município de Itapipoca (a 130Km de Fortaleza), entre eles, tráfico de drogas, execuções sumárias e assaltos. Vinte e quatro pessoas foram denunciadas pelo MP pelos crimes de associação para o tráfico e financiamento para o tráfico.

No último dia 30, a Justiça, através da Segunda Vara da comarca de Itapipoca, condenou as seguintes pessoas, Francisco Talvane Teixeira, Antônio Edísio Pires, Régis Carneiro Viana, Marcos Barroso Teixeira de Souza, o ´Marcos Paraguai´; Marcos Antônio Soares de Souza, o ´Neném Bocão´; José Welligton de Oliveira Braga, o ´Sibite´; Francisco Josileudo Teixeira de Souza, José Pires de Sousa, Francisco Gileno Ferreira de Aguiar, Aristóteles de Andrade Paixão, o ´Nego Pita´; Manuel Bezerra de Araújo, o ´Manuelito´; Franklin Alex Bezerra Dantas, Álysson Pires de Sousa, o ´Cheira´; Carlos Alexandre Matos e Belarmino, Francisco Jorge Ciríaco da Costa, Albérico Teixeira de Matos, John Gleydson Bastos Pinheiro de Lima, José Adriano Teixeira de Souza, o ´Maninho´; Ana Gláubia Rodrigues da Silva, Maria de Lourdes Ferreira, Antônio Raimundo de Souza Filho, o ´Toinho Preto´; Francisco Cláudio da Silva, o ´Irmão´; e Ana Karoliny Pontes Barroso.

Tráfico

A operação ´Pedra Lascada´ foi desencadeada no dia 14 de setembro de 2007, sendo executada pela Polícia Federal, resultando, ainda, na prisão de um delegado da Polícia Civil, um perito do Instituto de Criminalística (lotado na Delegacia Regional de Itapipoca), dois policiais militares, dois advogados, além de comerciantes e outras pessoas residentes naquele Município, todas acusadas de crimes.

Nove pessoas são presas durante Operação Trinca Ferro

Investigações de mais de dois anos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava levaram à realização nesta terça feira (1º), de operação nacional que resultou na prisão de nove pessoas e no cumprimento de dezenas de mandados de busca e apreensão, em 21 cidades de sete estados. Foram presos preventivamente os principais integrantes de uma quadrilha especializada em desvio de cargas, que, com a concordância dos motoristas e de policiais, levavam os produtos e registravam falsos boletins de ocorrência. Os fatos investigados envolvem desvios de mais de R$ 2 milhões, em cargas de diversos produtos, dentre eles ferro, fertilizantes, açúcar, semente, tecidos, cosméticos e tratores, praticados entre os meses de abril de 2007 e setembro de 2010.

A operação denominada Trinca Ferro, teve a participação dos núcleos do Gaeco de Guarapuava, Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu, dos Gaecos de São Paulo, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Mato Grosso, de Goiás e de Rondônia, além do apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil e das Agências Locais de Inteligência dos Batalhões de Polícia Militar de Guarapuava, Ponta Grossa e Maringá.

A quadrilha é acusada pelos crimes de formação de quadrilha em crime organizado; corrupção passiva qualificada; corrupção ativa qualificada; furto qualificado; falsificação de documento público; inserção de dados falsos no sistema de informação (da Polícia) e crimes de lavagem de dinheiro.

Os mandados de prisão e busca e apreensão, deferidos pelo juízo de direito de Cândido de Abreu, resultaram, até o momento, na apreensão de aparelhos celulares, arma de fogo ilegal, certa quantia em dinheiro e diversos documentos.

Prisões
 

Na delegacia de Cândido de Abreu foi preso o servidor público estadual que ocupava o cargo de motorista e exercia as funções de investigador de polícia “Ad hoc” Sidnei Adão Jarenco, e a servidora municipal que exercia as funções de escrivã “Ad hoc” Clades Martinato Santos, responsáveis pela confecção, mediante o pagamento de propina, de diversos boletins de ocorrência unificados falsos, noticiando a ocorrência de roubos não existentes de cargas.
 

Na Delegacia de Polícia de Pitanga foi preso o investigador Ademir Muniz da Silveira, que exercia as funções de superintendente daquela unidade, também responsável pela confecção dos boletins de ocorrência sobre falsos crimes de roubo, mediante o pagamento de propina.

Em Paranavaí e Maringá, foram presos Pedro Valdir Ferreira de Ramos, vulgo “Compadre”, Heloise Alves Fagundes, Valdecir José Ferreira de Ramos, Diogo da Costa Ramos, líderes da organização criminosa. Eles aliciavam motoristas de caminhão dispostos a desviar as cargas que iriam transportar e encontravam receptadores para tais cargas, registrando, com a participação e conivência dos funcionários públicos, Boletins de Ocorrência noticiando falsos roubos, visando dissimular o furto praticado. Ainda foram presas duas outras pessoas em outras localidades.
 

Na Comarca de Pitanga foi cumprindo, ainda, mandado de busca e apreensão no escritório central da banca de jogo do bicho Norte Sul, bem como na residência da gerente, investigada por pagar propina para o servidor público Sidnei Adão Jarenco, lotado na Delegacia de Polícia de Cândido de Abreu.
 

O Gaeco é o braço do Ministério Público do Estado do Paraná que trata do combate ao crime organizado e do controle externo da atividade policial. Há unidades do Grupo em Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava, Guaíra e Maringá. Todas são compostas por policiais civis e militares e por integrantes do MP-PR – procuradores e promotores de Justiça – que são os responsáveis pela coordenação das ações.

Preso o contrabandista acusado de matar auditor da Receita Federal

Alcides Carlos Grejianim, de 49 anos, considerado um dos maiores contrabandistas de cigarros da região de fronteira com o Paraguai, foi preso no final da tarde de quinta- feira, em Porto Murtinho. Ele é acusado de movimentar cerca de R$ 5 milhões por mês em produtos contrabandeados do país vizinho. Grejianim também estaria envolvido na morte do auditor da Receita Federal Carlos Renato Zamo, cujo corpo foi encontrado carbonizado no ano de 2006, na margem da MS-295. Conforme as informações repassadas pela delegacia de Polícia Federal em Ponta Porã, Grejianim, que também atende pelo apelido de “Polaco”, foi preso durante barreira montada pelos agentes da PF e da Força Nacional em Porto Murtinho, perto da fronteira com o Paraguai. Ao ser parado para fiscalização, ele informou ser morador no município de Eldorado, cone sul do Estado, mas disse que estava na região por ser proprietário de fazenda em território paraguaio. Durante checagem da documentação, os policiais descobriram que havia um mandado de prisão em aberto expedido pela justiça da comarca de Goiânia-GO, em caráter condenatório. Em 2007, “Polaco” já tinha sido preso durante a “Operação Contranicot” desencadeada pela Polícia Federal. Ele seria o líder de um grupo responsável pelo contrabando de mais de 5 mil caixas de cigarros a cada 30 dias, que são levadas para o estado de Goiás, movimentando uma quantia estimada em R$ 5 milhões por mês. No ano de 2008 a Polícia Federal em Naviraí, confiscou do contrabandista mil cabeças de gado, conforme determinação da justiça. Outro crime em que aparece o nome de “Polaco”, segundo a PF de Ponta Porã, refere-se à execução e depois incineração do corpo do auditor da Receita Federal do Brasil, Carlos Renato Zamo, cujo corpo foi localizado na margem da MS-295, em outubro de 2007, na região sul do Estado. Execução Luiz Carlos Zamo foi encontrado com o corpo carbonizado no dia 27 de outubro de 2006, no interior da caminhonete S-10, placas HSL- 0357, de Mundo Novo-MS. Durante as investigações, a Polícia Federal prendeu “Polaco” e outros supostos envolvidos, entre eles, o ex-prefeito da cidade de Eldorado Pedro Luiz Balan, que acabou solto depois de vencer a prisão temporária. Também foram presos, e posteriormente liberados, Luiz Carlos Favato de Aro, o policial militar Júlio Cezar Roseni e Antônio José da Silva Júnior. Uilson Francisco de Oliveira e Roque Fabiano Silveira também foram citados como supostos envolvidos na morte do funcionário federal. Durante as investigações, à época, o delegado da PF, Edgar Paulo Marcon, concluiu que o auditor da Receita Federal foi assassinado porque estava envolvido com a quadrilha de “Polaco” e pretendia deixar a facção. Os criminosos teriam prometido até um reajuste na mensalidade de US$ 8 mil que estaria sendo paga ao auditor. O ex-prefeito de Eldorado Pedro Luiz Balan, segundo a polícia, atuava como consultor da quadrilha, indicando rotas e formas de negociação.

Contrabandista de cigarros é preso em Porto Murtinho

Considerado um dos maiores contrabandistas de cigarros da fronteira, Alcides Carlos Grejianim, o “Polaco”, 49 anos, foi preso hoje à tarde, por volta das 17h, em Porto Murtinho, cidade distante 484 quilômetros de Campo Grande. – 

Alcides foi reconhecido numa barreira policial formada por policiais da Delegacia da Polícia Federal de Ponta Porã, juntamente com integrantes da Força Nacional, em realização à Operação Sentinela, que visa combater a criminalidade na fronteira.

Contra ele havia um mandado de prisão em aberto por contrabando e formação de quadrilha, expedido em caráter contraditório pela Comarca de Goiânia (GO).

Conforme a Polícia Federal, Alcides relatou que estava na região de Porto Murtinho pelo fato de possuir uma fazenda no Paraguai.

Polaco já fora alvo da PF em na Operação Contranicot, realizada em 2007. Há estimativas de que o grupo liderado por ele contrabandeava mais de cinco mil caixas de cigarros por mês para o estado de Goiás, movimentando R$ 5 milhões mensais.

No ano retrasado Alcides já teve cinco mil cabeças de gado confiscadas em Naviraí pela PF. O nome de Polaco ainda aparece no inquérito policial que investiga a morte do técnico da Receita Federal, Carlos Renato Zamo, encontrado carbonizado dentro de um veículo na rodovia MS-295, em outubro de 2007.