Responsável pelo centro cultural Casa das Águas usou dinheiro público para contratar a própria empresa e de sua mulher

O objetivo de Jefferson Mello era construir um local dedicado a exaltar a água, com museu, cinema, auditório etc. Com mais de R$ 10 milhões em recursos provenientes de leis de incentivo à cultura, ele ainda não finalizou o projeto depois de 12 anos.

Um centro cultural em homenagem a água, com arquitetura imponente, cinema, museu, exposições imersivas, auditório e um bar revolucionário. Essa era a ideia do empresário Jefferson Mello, que batizou seu projeto de Casa das Águas.

Doze anos depois do anuncio do projeto, o empreendimento ainda não ficou pronto, mesmo após a captação de mais de R$ 10 milhões em recursos provenientes de leis de incentivo à cultura. Jefferson agora é suspeito de ter utilizado a verba pública para contratar sua própria empresa e a firma de sua mulher para prestar serviços no local.

Atualmente, a Casa das Águas só faz jus a esse nome por conta das infiltrações e pelo chão molhado no casarão histórico. Uma fiscalização realizada pelo deputado estadual Alan Lopes (PL) registrou os problemas da construção localizada na região da Cruz Vermelha, no Centro do Rio.

O projeto teve início em 2011, quando o empresário começou a buscar patrocinadores. Um ano depois, ele passou a receber verba pública, via renúncia fiscal, para reformar e instalar os equipamentos necessários para o centro cultural interativo.

A todo, a captação autorizada foi de R$ 10,8 milhões pela Lei de Incentivo à Cultura, que autoriza que empresas repassem o valor que seria gasto com impostos para financiar projetos culturais.

Com os recursos, Jefferson além de contratar a própria empresa também gastou dinheiro público para contratar a chefe de cozinha Roberta Luz de Barbosa, sua esposa. Segundo a investigação, a primeira nota fiscal emitida pela empresa de Roberta foi para um serviço prestado para o projeto do marido.

Endereços suspeitos
A maior parte dos recursos obtidos através de lei de incentivo foi para o Instituto de Sustentabilidade e Novos Talentos do Esporte e da Cultura (Intec). O homem por trás do instituto é o próprio Jefferson Mello.

Ainda em 2011, Jefferson enviou um ofício à Cedae pedindo patrocínio para a empresa. O empresário, que já foi diretor de Marketing do Botafogo, também está por trás da Jeff & Sports Marketing e comunicação.

Essa empresa dele também foi contratada pelo Intec para prestar serviços no projeto do museu. O levantamento do RJ2 mostrou que a Jeff & Sports Marketing e Comunicação recebeu pelo menos 42 pagamentos nos últimos anos, totalizando mais de R$ 730 mil.

A empresa que contratou o Intec fica na rua Jardim Botânico, 674, na Zona Sul do Rio. A empresa contratada também usa o mesmo endereço como sede.

A companheira de Jefferson, a chefe de cozinha Roberta Luz de Barbosa, foi contratada pelo Intec para prestar serviços em outra área. O instituto pagou pelo menos R$ 760 mil para a Tina Produções Artísticas, por serviços de cenografia e registro videográfico, entre outros.

A empresa era registrada em um endereço na Gávea, na Zona Sul. O local é um prédio residencial, onde o próprio Jefferson já declarou morar.

Investigações
Em 2020, a Cedae já havia ligado o alerta em relação a construção da Casa das Águas. A empresa encontrou possíveis irregularidades nas contratações e notificou o Intec. No ofício, eles relataram inconsistências no relatório de prestação de contas.

O Ministério da Cultura informou que a prestação de contas do projeto está em análise.

O que dizem os envolvidos
Em nota, a Cedae informou que o casarão pertence à companhia e que foi cedido pra construção do museu. A empresa disse que a contrapartida era de que o imóvel fosse restaurado e transformado em centro cultural.

A Cedae disse que pagou R$ 3,8 milhões para o projeto e que, em função do não andamento, iniciou procedimentos jurídicos para pegar o casarão de volta.

O Intec alegou ao RJ2 que não recebeu nenhuma notificação da Cedae e que a primeira captação foi destinada à restauração emergencial do imóvel e que os valores gastos com as obras foram todos comprovados.

Segundo o Intec, a segunda captação compreende o desenvolvimento de projetos executivos do centro cultural, mas não houve captação de 100% dos valores.

O Intec informou que é importante ressaltar que mantém o casarão com seguro, limpeza, câmeras de segurança e vigias noturnos.

A reportagem perguntou sobre o fato de Jefferson Mello contratar a própria empresa e a da mulher para prestação de serviços, mas o Intec não comentou o assunto.

 

Justiça decretou prisão de 2 ex-diretores das Americanas por risco de fuga; foragidos podem responder no exterior

Miguel e Anna Christina estão no exterior. Seus nomes serão incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados do mundo.

Ao expedir os mandados para a Operação Disclosure, deflagrada nesta quinta-feira (27) pela Polícia Federal (PF) contra as fraudes contábeis nas Lojas Americanas, a 10ª Vara Federal Criminal, alertada pela PF, viu risco de fuga de 2 dos 14 investigados e decretou a prisão deles.

Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, ex-CEO do grupo, e Anna Christina Ramos Saicali, uma de suas então diretoras mais próximas, já são considerados foragidos. Miguel tem cidadania espanhola e está em Madri. Anna foi para Portugal, mas não se sabe onde. Seus nomes serão incluídos na Difusão Vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados do mundo.

A PF considera a hipótese de não obter a extradição de Miguel e de Anna, mas já trabalha em um pedido de cooperação internacional a fim de compartilhar provas com autoridades espanholas e portuguesas para que ao menos os ex-dirigentes possam responder no exterior.

Esse instrumento jurídico é semelhante ao usado contra o ex-jogador Robinho, preso no Brasil após ser condenado por um estupro na Itália.

Os investigados

 

Foragidos

 

  • Anna Christina Ramos Saicali
  • Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, ex-CEO

 

Alvos de buscas

 

 

  • Anna Christina da Silva Sotero
  • Carlos Eduardo Rosalba Padilha
  • Fabien Pereira Picavet
  • Fábio da Silva Abrate
  • Jean Pierre Lessa e Santos Ferreira
  • João Guerra Duarte Neto
  • José Timotheo de Barros
  • Luiz Augusto Saraiva Henriques
  • Marcio Cruz Meirelles
  • Maria Christina Ferreira do Nascimento
  • Murilo dos Santos Correa
  • Raoni Lapagesse Franco Fabiano

 

A 10ª Vara Federal Criminal ainda determinou o bloqueio de R$ 500 milhões em bens dos envolvidos.

Americanas se diz vítima
A Americanas divulgou a seguinte nota:

“A Americanas reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes. A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos.”

Como era a fraude
De acordo com a PF, a fraude maquiou os resultados financeiros do conglomerado a fim de demonstrar um falso aumento de caixa e consequentemente valorizar artificialmente as ações das Americanas na bolsa.

Com esses números manipulados, segundo a PF, os executivos recebiam bônus milionários por desempenho e obtiam lucros ao vender as ações infladas no mercado financeiro.

A operação é fruto de investigação iniciada em janeiro de 2023, após a empresa ter comunicado a existência de “inúmeras inconsistências contábeis” e um rombo patrimonial estimado, inicialmente, em R$ 20 bilhões. Mais tarde, a Americanas revelou que a dívida chegava a R$ 43 bilhões.

Foram identificados vários crimes, como manipulação de mercado, uso de informação privilegiada (ou insider trading), associação criminosa e lavagem de dinheiro. Caso sejam condenados, os alvos poderão pegar até 26 anos de prisão.

A força-tarefa contou com procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e representantes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A atual administração do Grupo Americanas também contribuiu com o compartilhamento de informações da empresa.

Disclosure, expressão utilizada pela Polícia Federal para designar a operação, é um termo do mercado de capitais referente ao fornecimento de informações para todos os interessados na situação de uma companhia e tem relação com Polícia Federal para designar a operação, é um termo do mercado de capitais referente ao fornecimento de informações para todos os interessados na situação de uma companhia e tem relação com a necessidade de transparência das empresas de capital aberto.

Irmãos são presos por suspeita de esquema internacional para manipular apostas esportivas

Além dos irmãos, outras duas pessoas de 19 anos foram presas. Suspeitos também estão envolvidos em fraude em cartões de crédito.

Quatro homens suspeitos de envolvimento em apostas esportivas manipuladas e fraude em cartões de crédito foram presos pela polícia no Bairro Meireles, área nobre de Fortaleza, nesta quarta-feira (17).

Os suspeitos são os irmãos Abimael Lucas Bastos Pina, 23 anos, e Felipe Cauã Bastos Pina, 19 anos; além de Kayron Victor Maciel Lopes e Carlos Eduardo Nogueira Feitosa, ambos de 19 anos.

A defesa dos suspeitos, formada pelos advogados Teodorico Menezes e Rayssa Mesquita, informou por meio de nota que repudiou a denúncia contra os clientes, afirmando que “não houve nenhuma investigação prévia por parte da polícia no presente caso”. Já a Secretaria da Segurança afirma que uma “equipe policial acompanhou as movimentações dos suspeitos durante uma semana”.

“A defesa dos acusados esclarece que acompanhará todo a persecução penal para ao final demonstrar a inocência dos acusados”, afirmam os advogados.

Prisão mantida

Os homens passaram por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (18) e tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva. Na decisão, o juiz levou em consideração, entre outros requisitos, a gravidade acentuada da ação criminoso praticada pelo quarteto, “ocasionando prejuízos em nível nacional e/ou até internacional”.

“Os acusados, de maneira audaciosa, sofisticada e premeditada, formaram uma organização criminosa de âmbito nacional, com divisão de tarefas e com o intuito de cometerem diversos crimes de estelionato na utilização de contas para realizarem apostas que já sabiam antecipadamente dos resultados, ocasionando prejuízos ao nível nacional e/ou até internacional.”

Eles são suspeitos também de “lavagem de dinheiro de vultuosas quantias em nome de terceiros e causando prejuízos incalculáveis para os apostadores e as bancas de apostas”, diz um trecho da decisão.

Conforme o juiz, gravidade do crime é acentuada, devido ao modus operandi dos suspeitos, que se uniram para enganar pessoas de boa-fé.

“A gravidade é acentuada, devido ao modus operandi da empreitada criminosa, pois se uniram em quadrilha organizada em conjugação de vontades, união de esforços e com divisão de tarefas para enganarem um grupo indeterminado de pessoas de boa-fé para obterem um lucro elevado com a prática de aposta de jogos manipulados, além de causarem prejuízos econômicos incalculáveis nas vítimas.”

Monitorados por uma semana
O quarteto foi localizado após Batalhão de Policiamento Turístico receber informações de que um grupo se reunia de forma recorrente em um posto de combustível entre a Rua Osvaldo Cruz e a Avenida Abolição, e cometia fraudes em cartões de crédito.

A equipe policial acompanhou as movimentações dos suspeitos durante uma semana e na quarta-feira fez a abordagem. Duas motocicletas empreenderam fuga, já o carro que os quatro homens estavam foi parado.

Na ocasião, foram apreendidos uma máquina para cartões magnéticos com registros de transações de 9 mil e 13 mil reais, um cartão de crédito, recibos em branco, quatro smartphones, dois relógios e uma cópia de cartão de estacionamento prioritário (idoso).

Em 24 horas, cruzeiro de Neymar tem tratamento do craque, shows e muitas polêmicas; entenda

MSC Preziosa ‘Ney em Alto Mar’ partiu do Porto de Santos (SP). Viagem com destino a Búzios (RJ) já contou com várias polêmicas.

O cruzeiro Ney em Alto Mar, do jogador Neymar Jr., partiu do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, no final da tarde da última terça-feira (26), e em menos de 24 horas já registrou diversas polêmicas, desde falas do craque sobre a compra do Santos F.C. situações inusitadas envolvendo os convidados famosos. O g1 listou e explicou os acontecimentos desse 1º dia de curtição em alto mar (veja abaixo).

Durante a partida do Porto de Santos, uma multidão se reuniu no Deck do Pescador, no bairro Ponta da Praia, para acompanhar a saída do cruzeiro de Neymar Jr. Imagens registradas pelo drone de Fabiano Albuquerque mostram o grupo observando a embarcação indo embora com destino a Búzios, no Rio de Janeiro.

Vários famosos embarcaram no MSC Preziosa para curtir ao lado do craque, entre eles: Matheuzinho, MC Pipokinha, Deolane, MC Guimê, Virginia Fonseca e Zé Felipe. Além deles, artistas renomados, como Péricles, Belo e Livinho estão confirmados para se apresentarem a bordo.

Neymar chegou, de muletas e caminhando devagar (veja abaixo), acompanhado do filho Davi Lucca e do amigo Lucas Lima, jogador do Santos. Recentemente, o atleta do Al-Hilal passou por uma cirurgia de correção da ruptura do ligamento cruzado anterior e do menisco do joelho esquerdo, machucados em jogo da seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Tratamento no rolê
O “Ney em Alto Mar” virou assunto na imprensa internacional. O espanhol ‘Marca’ — jornal esportivo — disse que o jogador embarcou no navio mesmo com a grave lesão que sofreu no joelho esquerdo em outubro. O assunto também foi notícia no inglês ‘The Sun’.

Antes de aproveitar o cruzeiro com os ‘parças’, Neymar mostrou que segue firme no tratamento da lesão. Nas redes sociais, ele compartilhou uma imagem do tornozelo com a frase: “Tratamento no rolê, vale?”

Em um vídeo, Neymar aparece cantando a música “Set dos Casados” cantando o trecho: “Fui dar perdido e a Bianca apareceu. F****!”. Na letra original, a música diz: “Eu fui dar perdido com os amigos e a cunhada apareceu”.

Comprar o Santos FC?
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de voltar ao Santos FC durante conversa com o influenciador Negrete, Neymar comentou sobre a intenção de adquirir o time. “Vou comprar [o Santos] e vou te contratar. Deixa comigo”, disse ele após o influenciador afirmar que sonhava em jogar com o atleta na Vila Belmiro.

Festa
Na primeira noite de festa do cruzeiro temático, o cantor MC Ryan chamou o Davi, filho do jogador, para dançar a música ‘Tubarão Te Amo’ em cima do palco.

Em imagens é possível ver o menino fazendo a coreografia da canção. O jogador foi visto curtindo o show do Péricles e cantando a música ‘Final de Tarde’.

Polêmica entre famosas
A influenciadora digital Virginia Fonseca, que está no navio com o marido e cantor Zé Felipe, reclamou do sinal de internet. “Cheguei agora no quarto, lá não pegava internet. Meus stories foram postar agora [riso sem graça]”, explicou ela.

A advogada Deolane Bezerra passou um susto durante a primeira noite no cruzeiro. Ela havia perdido uma pulseira de ouro com diamante Just Un Clou, da grife Cartier, avaliada em R$ 326 mil.

No entanto, a peça foi encontrada por um funcionário que a devolveu. Além disso, o look dela também gerou polêmica. O traje que Virginia escolheu para curtir a primeira noite do navio é o mesmo que Deolane usou em abril.

Bruna e Mavie não foram
Enquanto Neymar está navegando pelo Atlântico, Bruna Biancardi e Mavie, fruto do relacionamento da influenciadora com o jogador, estavam em casa. A ex-namorada do camisa da 10 da Seleção Brasileira mostrou momentos de sua terça ao lado da família e da filha para os seguidores.

De madrugada, Bruna postou um stories ninando a filha. Já pela manhã, compartilhou um vídeo em que fala que, após certa idade, “não é mais a felicidade que se busca, mas a paz”.

Ney em Alto Mar

O cruzeiro, com três dias de duração, partiu do Porto de Santos (SP) com destino a Búzios, no Rio de Janeiro. O navio, que pesa 139 mil toneladas e tem espaço para mais de 4 mil hóspedes, retornará a Santos no dia 29.

A embarcação tem academia, SPA, restaurantes temáticos, uma “piscina de borda infinita” e várias outras atrações. Entre os shows confirmados, estão Péricles, Belo, Livinho, Guimê, Poze do Rodo e Orochi.

Os pacotes incluíam todos os shows, além de acomodação na cabine, alimentação completa, serviço 24 horas e espetáculos no Platinum Theatre. Não estão inclusos bebidas, sauna, cinema 4D, boliche, simulador de Fórmula 1 e o serviço extra (bares).

Todos os pacotes, que custavam a partir de R$ 5 mil por pessoa, esgotaram. Os hóspedes tinham três opções de cabine: a interna sem janela, sem vista para o mar; a externa com janela, com vista para o mar; e, por fim, a externa com varanda, com vista para o mar.

 

Polícia de Mogi prende esposa de braço direito do traficante Andinho, líder de quadrilha de Campinas

Suspeita é casada com Anderson Manzini, que atuava com Andinho, que liderou uma quadrilha de sequestros e tráfico de drogas em Campinas e região. Segundo a polícia, a suspeita foi presa em Praia Grande, no litoral paulista.

A Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes prendeu a esposa de Anderson Manzini, braço direito de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, na manhã desta terça-feira (24), em Praia Grande, no litoral paulista. De acordo com a polícia, Fabiana Manzini foi presa após cumprimento de mandados de busca e apreensão e de prisão temporária.

Ainda segundo a polícia, a investigação teve início após uma apreensão de 40 kg de drogas realizada em Itaquaquecetuba. Com o avanço das diligências, a polícia concluiu que a suspeita atuava no tráfico de drogas na cidade.

Andinho liderou uma das maiores quadrilhas de sequestros e tráfico de drogas da região de Campinas.

Após ser detida, a mulher foi encaminhada para a Dise de Mogi das Cruzes, onde o caso é registrado.

 

Homem acusado de matar a própria esposa asfixiada vai à júri popular nesta quarta-feira em Lorena, SP

Álvaro Bastos é acusado de matar a esposa asfixiada após briga e tentativa de forçá-la a manter relações sexuais em matagal. Corpo foi encontrado no Horto Florestal da cidade.

O homem acusado de matar a esposa asfixiada em setembro de 2020, em Lorena, no interior de São Paulo, passa por júri popular nesta quarta-feira (20).

Álvaro Bastos Monteiro Magalhães, que tinha 25 anos na época do crime, é acusado de ter matado Caroline Coelho Monteiro após uma briga ocorrida na casa da sogra de Caroline.

Dias depois, ele procurou a polícia para confessar o crime e indicar onde o corpo da companheira estava. Ela deixou uma filha de quatro anos de idade à época.

Procurada pelo g1, a defesa de Álvaro Bastos disse que espera “que seja um julgamento justo, decotados os excessos da acusação, a fim de que se tenha uma pena justa”.

A vítima
Caroline era a filha mais velha e deixou um irmão, que hoje tem 14 anos, e a filha, que na época tinha 4 anos e hoje tem 7. Ela estava cursando o 8º semestre de Direito e tinha encerrado o estágio de dois anos na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Segundo um familiar da jovem, Caroline viajava todos os dias à noite para Cruzeiro para estudar. Durante o dia, ela cuidava da filha.

“A Caroline era uma menina muito boa, determinada, responsável. Quando ela teve a filha, mesmo sendo mãe cedo, continuou os estudos. A filha era tudo para ela, era a motivação dela para lutar”.
Segundo a família, a filha de Caroline já tinha entendimento da mãe e lembra de Caroline até hoje. O desafio da família, atualmente, é tentar não deixar com que a dor da perda abale a criança, hoje com 7 anos de idade.

“A filha na época já entendia, lembra da mãe. Ela sente falta, chora, mesmo três anos depois é difícil. A gente tenta fazer de tudo para suprir, não deixar transparecer a dor, nada para ela, para que ela não perceba”, narrou.

“A gente nunca mais vai ter ela, nunca mais vai ter, mas o que a gente quer é pelo menos ter o conforto que vai dar tudo certo, que ele responda pelo o que ele fez”.

Ainda segundo a família, uma das paixões de Caroline era andar à cavalo — algo que a jovem tentava passar para a filha enquanto estava viva.

“Uma paixão que ela tinha era cavalgar. Cavalgava desde os dois anos de idade e estava ensinando a filha dela. A família toda andava. Hoje é a gente que mantém a tradição e cavalga com ela”, contou.

O crime
Segundo a denúncia do Ministério Público, Caroline estava com Álvaro e a filha, de quatro anos, na casa da sogra, quando passou a discutir com o companheiro. Após a briga, o casal saiu em um carro e deixou a filha no local, com a avó.

Durante o trajeto, Álvaro e Caroline continuaram brigando, o que, em seguida, se tornou agressões físicas, próximo ao Horto Florestal de Lorena. Ainda segundo a denúncia, o acusado retirou Caroline do carro, a deitou no chão, tirou suas roupas e a forçou a manter relações sexuais com ele.

Durante a violência, Caroline teve ferimentos nas costas, maxilar, mandíbula, cabeça e boca. Em seguida, segundo o MP, Álvaro asfixiou Caroline – o que causou a morte da estudante.

Com a vítima morta, Álvaro teria colocado novamente as roupas em Caroline para tentar despistar eventual crime sexual, além de ter arrastado o corpo pelo matagal, deixando a cena do crime em seguida.

De acordo com o relatório da Polícia Civil, o delegado responsável pelo caso foi comunicado sobre o desaparecimento de Caroline na noite do dia 1º de outubro de 2020. No dia 2, a polícia iniciou a investigação do caso.

Segundo o relatório, a defesa procurou a Delegacia da Defesa da Mulher alegando que Álvaro indicaria onde o corpo de Caroline estava. Naquele momento, a polícia passou a tratar o caso como feminicídio e não mais como um desaparecimento.

Juntamente com Álvaro, a polícia foi até o Horto Florestal de Lorena e, após percorrer cerca de 4 km de estrada na mata, o suspeito indicou onde o corpo de Caroline estava.

 

Presidente da Cruz Vermelha no Brasil é afastado temporariamente para investigações

Júlio Cals de Alencar é jornalista e nasceu em Fortaleza. A decisão do afastamento foi do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF).

O presidente da Cruz Vermelha, Júlio Cals de Alencar, foi afastado temporariamente do cargo para investigações de abusos e irregularidades na gestão do órgão. A decisão liminar foi proferida na última segunda-feira (5) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF).

O presidente da entidade é jornalista e nascido em Fortaleza. Ele se tornou presidente da filial do Ceará em 2013 e, dois anos depois, da regional Nordeste. Em 2016, o jornalista cearense virou presidente nacional.

A assessoria do presidente da Cruz Vermelha Brasileira, em nota, comentou o caso. “Estamos absolutamente tranquilos sobre a decisão liminar, monocrática, não colegiada do TJDF, que deve cair a qualquer momento, por tratar-se de denúncia vazia”, disse.

“Não há fato administrativo que sustente a medida. Nem qualquer veracidade. O que ocorre é apenas uma reação desesperada e desproposital para promover ruídos em retaliação à cobrança por mais transparência e prestação de contas exigidas de todas as filiais no país”, complementou.

Júlio havia sido afastado em julho pela Comissão de Ética da Cruz Vermelha Brasileira, devido a supostos abusos, irregularidades e práticas ilícitas.

Júlio recorreu da decisão do TJDF, que foi derrubada pelo Juízo da 4ª Vara Cível de Brasília. No entanto, filiais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais entraram com recurso solicitando a permanência da decisão — o que foi acatado pelo desembargador Alfeu Machado, do TJDF. A princípio, o afastamento deve durar 60 dias.

Em comunicado, a Cruz Vermelha Brasileira afirmou que o departamento jurídico está acompanhando os fatos e se pronunciará ao término do processo.

Homem se entrega à polícia e é preso por suspeita de matar a ex-mulher em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio

Casal estava divorciado. Eles tinham dois filhos pequenos.

Um homem de 30 anos se entregou à polícia em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, e confessou ter matado a ex-mulher horas antes. O crime aconteceu na madrugada de domingo (3) para segunda-feira (4), na casa da vítima.

Giovana Anselmo Sodré foi encontrada morta dentro da casa que morava na Rua Santo Augúrio, no centro de Santa Cruz. Policiais militares do 27º BPM (Santa Cruz) isolaram a área para perícia ainda na madrugada.

Enquanto isso, Iago Magno Thomáz decidiu se entregar à polícia e foi até a 36ª DP (Santa Cruz) acompanhado de um advogado. De lá, ele foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

A autoridade policial pediu à Justiça que a prisão em flagrante fosse convertida em temporária, e agora Iago passará ao menos 30 dias detido enquanto a investigação continua.

Ele responde pelo crime de feminicídio. A família da vítima esteve no Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, no Centro, para fazer a liberação do corpo para o sepultamento.

Giovana e Iago estavam divorciados e ainda não se sabe o que teria motivado o crime. Eles tinham dois filhos pequenos juntos.

 

Justiça torna réus três envolvidos no assassinato de travesti em Santa Cruz do Rio Pardo

Crime ocorreu em abril de 2023 e a vítima de 45 anos foi encontrada morta em um carro. Justiça aceitou a denúncia do MP contra dois homens por homicídio qualificado e um terceiro por homicídio.

A Justiça de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus três pessoas por suposto envolvimento no assassinato de uma travesti, ocorrido em abril de 2023.

Willian Alves Feitosa Cesar e Rafael Aparecido da Silva são acusados de homicídio qualificado, enquanto Alessandro Oliveira Zaia é acusado por homicídio simples.

O juiz responsável pelo caso determinou a prisão preventiva de Willian e Rafael, já o pedido para a prisão de Alessandro foi negado.

A vítima, de 45 anos, foi assassinada a tiros na noite do dia 18 de abril no bairro Vila Gonzaga, em Santa Cruz do Rio Pardo. Ela foi encontrada morta dentro de um carro.

As investigações apontam que o assassinato foi encomendado mediante pagamento de recompensa e o caso corre em segredo de Justiça. O g1 não conseguiu contato com a defesa dos envolvidos.

Homem é condenado a 32 anos por assassinato de ex-companheira em Santa Cruz do Sul

Servo Tomé da Rosa matou a ex-companheira, Heibe Priebe, a tiros, no ano passado. Defesa diz que vai recorrer.

O pedreiro Servo Tomé da Rosa, de 70 anos, foi condenado nesta quinta-feira (6) a 32 anos e 2 meses pelo assassinato da ex-companheira Heide Juçara Priebe, morta no dia 8 de julho do ano passado, em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, cidade que fica a 153 km de Porto Alegre.

O defensor público Arnaldo Quaresma, que representou o réu no júri, informou que respeita a decisão, e irá vai recorrer. Servo Tomé confessou o crime.

Heide morreu aos 63 anos, atingida por tiros disparados pelo ex, enquanto caminhava pela rua, ao sair do trabalho. Ela tinha uma medida protetiva contra o homem, com quem havia se relacionado entre 2018 e 2021. Ele a ameaçava e chegou a invadir a residência dela após o término.

Durantes as investigações, a polícia encontrou caderno com mensagens que demonstram que o homem premeditava o crime e teria escrito até a data em que tentaria matar a Heide.

O réu estava preso preventivamente desde o dia do assassinato. Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado (incluindo feminicídio) e perseguição.

Filho da vítima, o técnico eletrônico Franklin Fetzer acompanhou o julgamento.

“A gente sabe que isso nunca vai ser uma vitória, porque nossa mãe foi assassinada com violência, foi tirada de nós. Mas a condenação pelo menos traz justiça pra que a mãe descanse em paz e a gente possa seguir com as nossas vidas e nosso luto”, afirmou.