Após ser indiciado, suspeito pela morte de porteiro é denunciado por latrocínio pelo MP

Fagner Wilson Nunes Chamarelli, de 26 anos, é acusado pela morte de José Jailton de Araújo no dia 7 de agosto, no Centro do Rio de Janeiro. O MP concordou com a Polícia Civil do RJ, que pediu a prisão preventiva do suspeito.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou à Justiça a denúncia contra o suspeito pela morte de José Jailton de Araújo, porteiro de um prédio no Centro do Rio, no dia 7 de agosto.

Fagner Wilson Nunes Chamarelli, de 26 anos, vai responder por latrocínio, roubo seguido de morte, segundo o documento assinado pelo promotor Alexandre Themístocles.

A denúncia do MP segue a mesma linha de atuação da Polícia Civil, que pediu a prisão preventiva do suspeito.

Um primeiro pedido de prisão temporária, que tinha sido feito no fim de agosto, com o aval do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi negado pela Justiça.

“Diante da resistência do zelador, o denunciado desferiu dois tapas em seu rosto. Mesmo assim, o covarde agressor não conseguiu subjugá-lo e ambos entraram em luta corporal. Conseguindo se desvencilhar, o denunciado, com inequívoco propósito de matar, efetuou disparo de arma de fogo no rosto do trabalhador José Jaílton, provocando nele as lesões corporais descritas no respectivo laudo de necropsia1, que foram a causa de sua morte”, dizia um trecho da denúncia.

Denúncia anônima e pedido de ajuda
A Delegacia de Homicídios da Capital identificou Fagner com a ajuda das imagens das câmeras de segurança do edifício e de denúncias anônimas. Os próprios parentes dele, procurados pela polícia, também o reconheceram e disseram que Fagner lhes pediu um local para se esconder.

A polícia apurou que Fagner, fingindo ser um entregador, foi até o prédio na Rua Carlos de Carvalho para saquear o apartamento de uma moradora que havia viajado e tinha esquecido a chave na porta. Funcionários acabaram guardando na portaria — apenas 4 pessoas no condomínio sabiam disso.

Segundo os investigadores, José Jailton, que nada entregou a Fagner, podia nem saber que de fato havia uma chave em poder da portaria.

 

Polícia pede à Justiça prisão preventiva de assassino de porteiro no Centro do Rio

Um primeiro pedido de prisão, desta vez temporária, foi negado pela Justiça.

A Polícia Civil do RJ pediu a prisão preventiva do homem que matou o porteiro José Jailton de Araújo no dia 7 de agosto, no Centro do Rio de Janeiro. Fagner Wilson Nunes Chamarelli, de 26 anos, foi indiciado por latrocínio — roubo seguido de morte.

Um primeiro pedido de prisão temporária, que tinha sido feito no fim de agosto, com o aval do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), foi negado pela Justiça.

O juiz Marcos Augusto Ramos Peixoto, da 37ª Vara Criminal, entendeu não haver motivos legais para o encarceramento temporário de Fagner. “Por mais hediondo e desprezível que nos pareça uma conduta, mesmo que em tese, não podemos nos afastar do Estado de Direito”, escreveu.

Denúncia anônima e pedido de ajuda
A Delegacia de Homicídios da Capital identificou Fagner com a ajuda das imagens das câmeras de segurança do edifício e de denúncias anônimas. Os próprios parentes dele, procurados pela polícia, também o reconheceram e disseram que Fagner lhes pediu um local para se esconder.

A polícia apurou que Fagner, fingindo ser um entregador, foi até o prédio na Rua Carlos de Carvalho para saquear o apartamento de uma moradora que havia viajado e tinha esquecido a chave na porta. Funcionários acabaram guardando na portaria — apenas 4 pessoas no condomínio sabiam disso.

Segundo os investigadores, José Jailton, que nada entregou a Fagner, podia nem saber que de fato havia uma chave em poder da portaria.

Busca pelo comparsa
A polícia sabe que Fagner não agiu sozinho, já que falava com alguém ao telefone durante o crime. Agora, o foco dos investigadores é descobrir quem estava do outro lado da linha.

Fagner: Cadê a chave da sala de reunião?
José Jailton: Não tem, não, cara. Não tem, não, filho. Não tem, não, cara.
Fagner: Bora! Cadê a sala de reunião?
José Jailton: Não tem sala de reunião nenhuma.
Fagner: Vai morrer! Aqui, tá achando que tô mentindo.
José Jailton: Não tem nada, cara.
Fagner: Alô! Ele tá falando que não tem nada, não. Tá falando que aqui não tem sala de reunião, não. Vou te matar agora. Cadê a chave?

Relembre o crime
Nos registros, Fagner chega em uma moto vermelha. Ele se aproxima do portão, carregando uma mochila de entregas, e fala ao telefone, aguardando a oportunidade de entrar.

Depois que um homem passa, o ladrão segura o portão e consegue acessar o edifício. Na portaria, Fagner espera por alguns segundos até que moradores subam no elevador. Ele disfarça mexendo na mochila.

Em seguida, o bandido rende José Jailton com uma arma. Ele pega chaves do prédio e faz as perguntas à vítima. Fagner faz ameaças e dá um tapa no rosto do porteiro.

Depois de falar ao telefone, ele agride mais uma vez José Jailton, que então reage e tenta pegar a arma do bandido.

A luta corporal dura alguns segundos, até que o criminoso atira contra o porteiro, que morre na hora. Depois, Fagner junta as coisas, volta na sala, pega celulares e foge.

Ficha criminal
Segundo o processo, Fagner comete crimes desde os 14 anos de idade e tem anotações por homicídio, tentativa de homicídio, furtos e roubos a pedestres e a motoristas, receptação, lesão corporal, ameaça e porte ilegal de arma de fogo.

Ele também é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas na comunidade do arará, em Benfica, na Zona Norte do Rio.

MP denuncia 26 pessoas acusadas de integrar facção criminosa em Salvador

Seis homens apontados como líderes e “gerentes” de grupo criminoso ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e outras 20 pessoas foram denunciados pelo Ministério Público estadual por crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, associação para o tráfico e formação de organização criminosa. A denúncia foi oferecida hoje, dia 18, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), a partir de investigações da Operação Ícaro, deflagrada no último dia 9 de novembro pela Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

Conforme as investigações, a organização criminosa agia, principalmente, no bairro de Sussuarana Velha, em Salvador, liderada por Fagner Souza da Silva, conhecido como “Fal”, atualmente preso no Conjunto Penal de Serrinha. Na denúncia, o MP dividiu a estrutura de atuação da facção em três núcleos. O primeiro, dos líderes, formado por ‘Fal’ e seus principais gerentes: Daniel Siqueira de Andrade, vulgo ‘Daniel Baiano’; Ronaldo Santos Gonçalves, chamado de ‘Canário’ ou ‘Roni’; Carlos Augusto dos Santos Cruz Júnior, conhecido como ‘Negão’ ou ‘Penga’, Alex dos Santos Pereira, vulgo ‘Gordo’ e João Paulo Conceição Silva, ‘JP’. O segundo núcleo era formado por 17 pessoas, que funcionavam como ‘olheiros’, ‘jóqueis’ ou motoristas, responsáveis por comercializar as drogas nos pontos de venda espalhados por Sussuarana Velha. O terceiro núcleo era constituído por Irlan Ricardo Ferreira, Amanda Mendes de Carvalho e Filipe Santos da Silva. Eles são apontados na denúncia por lavar o dinheiro das práticas criminosas.

De acordo com as investigações, o líder da organização criminosa, ‘Fal’, tinha relações comerciais com o PCC, sendo abastecido de drogas por essa facção para distribuí-las nas áreas de seu domínio de venda em Salvador. O grupo criminoso também seria responsável por outros crimes ocorridos em Sussuarana Velha, como homicídios e roubos. Segundo a denúncia, do núcleo de liderança, estão presos preventivamente Carlos Augusto, Daniel Siqueira, João Paulo Silva e Alex dos Santos Pereira. Ronaldo Gonçalves encontra-se foragido e o principal líder, ‘Fal’, também está preso preventivamente por conta dos crimes apurados na Operação Ícaro e já foi condenado em outro processo criminal.

Operação Miami prende quatro suspeitos de participar de quadrilha internacional de estelionato

Quatro pessoas foram presas suspeitas de fazer parte de uma quadrilha internacional especializada em clonagem de cartões, na manha desta sexta-feira. Cerca de 60 policiais civis participaram da Operação Miami, que investigou o esquema durante seis meses. O grupo teria arrecadado milhões de reais e dólares. Além das quatro prisões, os oficiais cumpriram sete mandados de busca de apreensão domiciliar e cinco conduções coercitivas.

Guilherme Augusto Müller, 27, e José Ivanilson Alexandre Bezerra Júnior, 26, foram detidos ao desembarcar de um avião da Flórida, Estados Unidos da América, onde realizavam compras e saques em dólar com os cartões clonados. Os comparsas, Fagner da Paixão Santos e o português Nuno Filipe Tinoco Alves, chegaram ao Recife um dia antes, para garantir que era seguro. Entretanto, a polícia já estava monitorando-os. Eles foram presos assim que Guilherme Augusto e José Ivanilson embarcaram.

Os cartões eram realizados através de dados bancários roubados durante invasões no sistema de operadoras financeiras. Durante a operação, ainda foram apreendidas impressoras e máquinas de cartão de crédito. A polícia também confiscou três carros, incluindo uma BMW de luxo, avaliada em cerca de R$ 150 mil. Os quatro presos serão indiciados por associação criminosa, estelionato, furto mediante fraude e falsidade ideológica. Segundo o delegado Joselito Amaral, a investigação ainda não acabou e a polícia não descarta a possibilidade de encontrar novas ramificações da quadrilha.