Saiba quem é a influencer digital presa por envolvimento em homicídio

Yeda Freitas faz posts com imagens de carros e viagens nas redes sociais. Ela teria ajudado o namorado a cometer um homicídio

A influenciadora digital e modelo Yeda de Souza Freitas, de 30 anos, foi presa temporariamente na quinta-feira (18) em Goiás por suspeita de participar de um homicídio em março de 2022. Ela foi identificada como sendo namorada de um traficante acusado de matar outro homem. Nas redes sociais, Yeda ostenta uma vida de luxo e tinha o hábito de compartilhar fotos em viagens e de exibir bens, como um carro.

Uma viagem para Pernambuco foi uma das que renderam fotos para o Instagram da jovem. Segundo o delegado Carlos Alfama, a mulher teria acompanhado o namorado no dia em que ele buscou o carro para executar a vítima e teria ajudado na fuga.

Ela também ostentava bens, como um veículo que comprou. “Estou muito feliz, graças a Deus comprei meu segundo carro”, afirmou em um post em que o veículo aparece envolto por um laço.

Yeda aparece na investigação da morte do traficante Douglas Henrique Silva, segundo a polícia. Ele tinha decidido sair do crime e vendeu sua parte em um esquema de venda de cocaína a Antônio Luiz de Souza Filho, conhecido como Toinzinho, namorado de Yeda. O homem deveria repassar à vítima pagamentos semanais de aproximadamente R$ 6.000. Os pagamentos começaram a atrasar, e então Toinzinho passou a ser ameaçado. Por isso, teria decidido matar Douglas.

Além da possível participação no crime, Yeda também estaria envolvida na operacionalização financeira do tráfico de cocaína e da lavagem de dinheiro proveniente da organização criminosa comandada pelo companheiro.

Chegam a 18 os presos pela Operação Cartada Final

Chegou a 18 o número de suspeitos presos hoje pela Operação Cartada Final, da Polícia Federal (PF), que desmontou hoje, simultaneamente, um esquema de contrabando de mercadorias e caça-níqueis em Santa Catarina, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Entre os detidos, está o cônsul honorário da Espanha em Joinville (SC), Antonio Escorza Antoñanzas, e a mulher dele, a vice-consulesa, Débora Pinnow, presa em flagrante. No momento da prisão, Débora carregava na bolsa R$ 43 mil, US$ 27 mil (R$ 43,93 mil) e 7,6 mil euros – cifras que alegou pertencer a Antoñanzas -, o que caracterizou o flagrante do casal, segundo a PF.

A operação concentrou-se, principalmente, na cidade catarinense, distante 170 quilômetros ao norte de Florianópolis. Cerca de 250 policiais federais cumpriram 17 mandados de prisões cautelares, 48 de busca e apreensão, 96 seqüestros de imóveis, apreensão de lanchas e veículos, além do seqüestro de valores de 33 contas bancárias. Ao todo, foram 13 prisões feitas em Joinville, entre as quais o filho do cônsul honorário, 3 no Recife, 1 em Lages (SC) e 1 em Salvador.

Ao ser presa, a mulher alegou que o dinheiro pertencia ao marido. A PF também colheu documentos de contas bancárias no exterior que configuravam evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Conforme a PF, o grupo comercializava, através da venda e aluguel, produtos contrabandeados usados em máquinas caça-níqueis. “Ainda não temos como mensurar o tempo de atuação desta quadrilha, mas há indícios de pelo menos três anos de atuação”, informou o delegado Luciano Raizer.

Neste período, a quadrilha também exportava equipamentos para o México, Panamá, Venezuela, Peru, Bolívia, Colômbia, Argentina, Paraguai, República Dominicana e Espanha. A receita arrecadada pelos envolvidos era ocultada do Banco Central (BC) por meio de depósitos e saques sem comprovação de origem. Durante a operação, os agentes identificaram inúmeras empresas fictícias abertas em nomes de terceiros para ocultar o chefe da organização que, segundo a PF, era Antoñanzas.