Motorista de ônibus que tombou com torcedores do Corinthians é indiciado por homicídio culposo

Cleber Felipe Vicente Martins, de 39 anos, ficou gravemente ferido e internado na UTI. Sete pessoas morreram no acidente.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito sobre o acidente com um ônibus que levava torcedores do Corinthians que tombou na serra de Igarapé, na Grande BH, e indiciou o motorista Cleber Felipe Vicente Martins, de 39 anos, por homicídio culposo, sem a intenção de matar.

A informação foi dada no Bom Dia Brasil e confirmada pelo g1 Minas. Sete pessoas morreram no acidente que aconteceu na Rodovia Fernão Dias, no dia 20 de agosto deste ano.

Acidente

O veículo tombou no km 520 da Rodovia Fernão Dias, na serra de Igarapé, na Grande BH.

O vídeo acima mostra momento exato que o condutor perde o controle do veículo. O veículo seguia para Taubaté (SP) e havia deixado a capital mineira após o jogo do time paulista contra o Cruzeiro.

Veículo irregular
Em nota, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que o veículo não possui registro nem autorização para realizar o transporte interestadual de passageiros e, portanto, a viagem é considerada irregular.

A perícia inicial confirmou que o ônibus que estava com pneus desgastados, problemas nos freios e assentos sem cinto de segurança.

Segundo o Corpo de Bombeiros, torcedores que estavam no ônibus afirmaram que o motorista gritou que o veículo estava sem freios.

A concessionária que administra o trecho, Arteris Fernão Dias, informou que o condutor perdeu o controle do veículo quando entrou em uma curva, bateu contra um barranco e tombou.

 

Empresa de ônibus terá que indenizar passageira por importunação sexual

“Empresa não tomou as medidas cabíveis”, afirma a sentença judicial, em relação à Praia Sol

A juíza leiga Meiryelle Ribeiro Leite Ritto, do 2º Juizado Especial Cível (JEC) de Serra, condenou a empresa Praia Sol a pagar uma multa de R$ 7 mil como indenização por danos morais a uma passageira que alegou ter sofrido importunação sexual dentro de um ônibus do Sistema Transcol, caso que foi noticiado na época em Século Diário.

O fato ocorreu no final da tarde de uma sexta-feira, no dia primeiro de julho de 2022, quando Franciele Santos saiu do trabalho e tomou o coletivo nº 12165 em frente ao Shopping Praia da Costa, com destino ao Terminal de Jacaraípe, que fazia a linha 520.

A jovem conta que, como seu cartão de passagem ainda não dispunha da recarga que havia feito, ela ficou na parte de frente do ônibus, até que ocorresse a liberação do crédito no cartão para então atravessar a roleta. Em um determinado momento da viagem, ela sentiu que algo tocava em suas nádegas, mas pensou ter encostado na cadeira do cobrador sem querer. Quando sentiu novamente, percebeu que uma mão a apalpava e verificou que era o próprio cobrador que fazia isso e lhe perguntou: “Você tocou em mim?”. Segundo o relato feito ao jornal na época, Franciele diz que ele pediu desculpas e tentou colocar a culpa nela, porque estaria muito perto da cadeira onde ele sentava.

Desesperada com a situação e sem qualquer apoio por parte do motorista, ela começou a chorar, quando recebeu ajuda de uma passageira do outro lado da roleta, que pagou sua passagem e tentou acalmá-la, enquanto se sentava na cadeira de passageiros com prioridade. Muito abalada, Franciele contou que desceu no primeiro terminal de ônibus, em Carapina, e procurou os fiscais para relatar o ocorrido. Mas não se sentiu acolhida, pois os fiscais disseram que fariam o registro da reclamação e que ela seria chamada pela empresa para tratar do assunto, mas não conseguiu ter confirmação de que o procedimento havia sido feito de forma correta.

Então ela decidiu ir até o Terminal de Laranjeiras para registrar o fato na delegacia que ela sabia ser a mais próxima. Após ter o Boletim de Ocorrência lavrado, foi orientada a procurar a Delegacia da Mulher, o quetentou fazer na segunda-feira seguinte na unidade da Reta da Penha, em Vitória, onde foi direcionada para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Boa Vista II, já que o BO havia sido aberto no município da Serra.

A vítima relatou ainda que logo após o primeiro registro policial, ligou para a Praia Sol e foi informada que o fiscal não tinha aberto nenhum protocolo e que a empresa não estava ciente do ocorrido. Mas que a partir da sua denúncia, receberia um retorno em no máximo 48 horas sobre as medidas tomadas.

Uma semana depois, sem ter recebido qualquer satisfação da empresa, ela afirmou que sofreu mais uma violência, ao encontrar novamente o agressor dentro do coletivo. Naquele momento, ela relata que ele ainda tentou culpá-la pelo que havia acontecido. “Ele me disse hoje: ‘moça, você deu mole para mim!’. Meu Deus! Eu jamais iria acusar um trabalhador de algo que não é verdade. Falei que ‘eu ser simpática com você não quer dizer em momento nenhum que eu te dei liberdade para tocar em mim’. Mas ele continuou repetindo dentro do ônibus que eu que ‘dei mole’. Eu avisei que fiz BO e que iria processá-lo, e ele disse que o que eu estava fazendo é perigoso. Entendi como uma ameaça e respondi que perigoso seria levantar falsa acusação contra um trabalhador, coisa que eu não fiz nem nunca faria”.

Dano comprovado

Na sentença, a magistrada afirma que as provas apresentadas, entre elas o testemunho de uma pessoa que estava no ônibus, confirmam o dano. “A testemunha ouvida em audiência confirma a versão dos fatos narrada pela autora e que apesar de não ter visto o ato em si, visto que já havia passado pela roleta presenciou toda a confusão, o que corrobora com as alegações autorais”.

Apesar da falta de nitidez das imagens das câmeras de segurança do ônibus, devido ao ângulo em que estavam posicionadas, a sentença registra que “é possível verificar que o cobrador se inclina em direção à autora”.

A magistrada também destaca o fato de que a vítima “cuidou de realizar o registro junto à autoridade policial no mesmo dia dos fatos, por meio do boletim de ocorrência no qual narra os acontecimentos” e que a empresa, por sua vez, não comprovou que tenha tomado “as medidas cabíveis para a apuração dos fatos e punição do cobrador que praticou importunação sexual”.

Polícia prende presidente afastado da UPBus, empresa de ônibus de SP investigada por ligação com facção criminosa

MP pediu à Justiça a prisão preventiva após descumprimento de medidas cautelares. Ubiratan Antônio da Cunha estava proibido de ter contato com outros réus e com pessoas da cooperativa. Ele é acusado de lavagem de dinheiro e envolvimento com o PCC.

O presidente afastado UPBus, empresa de transportes investigada pelo Ministério Público por ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil.

Um dos alvos da Operação Fim da Linha, deflagrada em abril, ele é réu pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A pedido do MP, a Justiça decretou a prisão preventiva de Ubiratan Antônio da Cunha por descumprimento de medidas cautelares. Ele estava proibido de ter contato com outros réus e com pessoas da cooperativa.

Ainda de acordo com o MP, integrantes da cooperativa sucedida pela UPBus procuraram a polícia e relataram que foram expulsos da sede da empresa pelo dirigente no dia 5 de junho.

O mandado foi cumprido nesta terça pela 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DEIC).

23 armas de fogo apreendidas
No mês passado, o Ministério Público e a polícia apreenderam 23 armas de fogo de propriedade de Ubiratan.

A ação aconteceu em uma força-tarefa entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a 2ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (DEIC).

Após a denúncia, o Ministério Público requereu a suspensão dos registros de posse e porte de arma de fogo do réu em razão do risco a toda coletividade e aos envolvidos na administração atual da empresa.

Além das armas, também foram apreendidos o celular do acusado e o dispositivo de armazenamento de imagens do sistema de monitoramento da empresa.

Justiça mandou prender mais dois

Em abril, a Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de mais dois acusados de participarem de suposto esquema de lavagem de dinheiro na empresa de transporte UPBus: Alexandre Salles Brito, o Buiú, e Décio Gouveia Luís, o Décio Português.

A Justiça também acolheu a denúncia do Ministério Público de São Paulo e tornou réus os 19 acusados de envolvimento num suposto esquema de lavagem de dinheiro na empresa de transporte coletivo que opera na Zona Leste da capital acusada de ter ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

No final de junho, a Operação Fim da Linha prendeu dirigentes das empresas de ônibus Transwolff e UPBus, que operam na capital paulista, por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A operação foi realizada pelo Ministério Público, pela Polícia Militar, pela Receita Federal e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que fiscaliza e combate abusos de poder econômico.

Histórico
Durante quase cinco anos de investigação, os promotores do grupo de combate ao crime organizado (Gaeco) reuniram indícios de que as empresas eram usadas pela facção criminosa para lavar dinheiro do tráfico de drogas e de outros crimes.

A suspeitas de que o crime organizado estava infiltrado no transporte público de São Paulo vêm desde os anos 1990, quando parte do sistema era operado por perueiros clandestinos, que faziam o trajeto entre os bairros mais afastados e os terminais de ônibus.

Em 2003, a prefeitura da capital transferiu a operação das linhas para a iniciativa privada. Parte do sistema ficou com as grandes empresas de ônibus, e os itinerários mais curtos passaram a ser feitos por cooperativas. A maior delas era a Cooperpam, com sede na Zona Sul.

Ao longo dos anos, segundo o MP, os dirigentes desta cooperativa montaram uma empresa e passaram a pressionar e até ameaçar os cooperados para que transferissem o controle da cooperativa para essa outra companhia, chamada de TW ou Transwolff.

Além disso, segundo os promotores, os diretores se apropriavam de parte da remuneração dos cooperados.

Dez anos depois, em 2013, quando o primeiro contrato de permissão da Prefeitura de SP chegou ao fim para todas as empresas, a Transwolff conseguiu assinar um contrato emergencial, que foi prorrogado durante anos, devido a um impasse no processo de concessão.

 

Polícia prende presidente de empresa de ônibus de São Paulo investigado por lavar dinheiro do crime organizado

Ubiratan Antonio da Cunha descumpriu a ordem judicial de não entrar na empresa onde era presidente. Foi preso preventivamente nesta terça-feira (16).

A polícia prendeu o presidente de uma empresa de ônibus de São Paulo. Ele é investigado por lavar dinheiro do PCC, o crime organizado.

Um funcionário do setor de transporte público, com pouca qualificação, que em dez anos acumula quase R$ 500 mil na participação de uma empresa de ônibus. É o perfil de Ubiratan Antonio da Cunha, réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A rápida evolução patrimonial dele despertou a desconfiança do Ministério Público de São Paulo.

Ubiratan descumpriu a ordem judicial de não entrar na empresa onde era presidente. Foi preso preventivamente nesta terça-feira (16).

Desde abril, tanto a Upbus como outra empresa de transporte da capital paulista, a Transwolfe, passaram a ser investigadas por lavagem de dinheiro do PCC. A Prefeitura de São Paulo então colocou interventores na administração. Dois dirigentes foram presos e outros 26 diretores ainda são investigados. Entre eles, Silvio Luis Ferreira, tido pelos promotores como uma das lideranças no PCC em São Paulo. Está foragido.

Fato é que está sob suspeita toda a operação das duas empresas de transporte. O balanço mostra que só o capital social da Upbus passou de R$ 1 milhão, em 2020, para R$ 20 milhões, em 2021.

A defesa de Ubiratan Cunha, preso na manhã desta terça-feira (16), disse que o empresário, que não podia se aproximar da Upbus, só passou para levar o filho que trabalha lá. Não convenceu a Justiça. O vídeo da câmera de segurança que está com o Ministério Público mostra que ele entra na garagem e cumprimenta funcionários. Para os promotores, é importante que o réu fique longe da empresa para não influenciar e atrapalhar a investigação.

 

Polícia prende presidente de empresa de ônibus de São Paulo investigado por lavar dinheiro do crime organizado

Ubiratan Antonio da Cunha descumpriu a ordem judicial de não entrar na empresa onde era presidente. Foi preso preventivamente nesta terça-feira (16).

A polícia prendeu o presidente de uma empresa de ônibus de São Paulo. Ele é investigado por lavar dinheiro do PCC, o crime organizado.

Um funcionário do setor de transporte público, com pouca qualificação, que em dez anos acumula quase R$ 500 mil na participação de uma empresa de ônibus. É o perfil de Ubiratan Antonio da Cunha, réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A rápida evolução patrimonial dele despertou a desconfiança do Ministério Público de São Paulo.

Ubiratan descumpriu a ordem judicial de não entrar na empresa onde era presidente. Foi preso preventivamente nesta terça-feira (16).

Desde abril, tanto a Upbus como outra empresa de transporte da capital paulista, a Transwolfe, passaram a ser investigadas por lavagem de dinheiro do PCC. A Prefeitura de São Paulo então colocou interventores na administração. Dois dirigentes foram presos e outros 26 diretores ainda são investigados. Entre eles, Silvio Luis Ferreira, tido pelos promotores como uma das lideranças no PCC em São Paulo. Está foragido.

Fato é que está sob suspeita toda a operação das duas empresas de transporte. O balanço mostra que só o capital social da Upbus passou de R$ 1 milhão, em 2020, para R$ 20 milhões, em 2021.

A defesa de Ubiratan Cunha, preso na manhã desta terça-feira (16), disse que o empresário, que não podia se aproximar da Upbus, só passou para levar o filho que trabalha lá. Não convenceu a Justiça. O vídeo da câmera de segurança que está com o Ministério Público mostra que ele entra na garagem e cumprimenta funcionários. Para os promotores, é importante que o réu fique longe da empresa para não influenciar e atrapalhar a investigação.

 

Polícia prende presidente de empresa de ônibus de São Paulo investigado por lavar dinheiro do crime organizado

Ubiratan Antonio da Cunha descumpriu a ordem judicial de não entrar na empresa onde era presidente. Foi preso preventivamente nesta terça-feira (16).

A polícia prendeu o presidente de uma empresa de ônibus de São Paulo. Ele é investigado por lavar dinheiro do PCC, o crime organizado.

Um funcionário do setor de transporte público, com pouca qualificação, que em dez anos acumula quase R$ 500 mil na participação de uma empresa de ônibus. É o perfil de Ubiratan Antonio da Cunha, réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A rápida evolução patrimonial dele despertou a desconfiança do Ministério Público de São Paulo.

Ubiratan descumpriu a ordem judicial de não entrar na empresa onde era presidente. Foi preso preventivamente nesta terça-feira (16).

Desde abril, tanto a Upbus como outra empresa de transporte da capital paulista, a Transwolfe, passaram a ser investigadas por lavagem de dinheiro do PCC. A Prefeitura de São Paulo então colocou interventores na administração. Dois dirigentes foram presos e outros 26 diretores ainda são investigados. Entre eles, Silvio Luis Ferreira, tido pelos promotores como uma das lideranças no PCC em São Paulo. Está foragido.

Fato é que está sob suspeita toda a operação das duas empresas de transporte. O balanço mostra que só o capital social da Upbus passou de R$ 1 milhão, em 2020, para R$ 20 milhões, em 2021.

A defesa de Ubiratan Cunha, preso na manhã desta terça-feira (16), disse que o empresário, que não podia se aproximar da Upbus, só passou para levar o filho que trabalha lá. Não convenceu a Justiça. O vídeo da câmera de segurança que está com o Ministério Público mostra que ele entra na garagem e cumprimenta funcionários. Para os promotores, é importante que o réu fique longe da empresa para não influenciar e atrapalhar a investigação.

 

Foragido em MG: Sequestrador de Ônibus no Rio Cumpriria 16 Anos por Homicídio

Paulo Sérgio de Lima, autor de um crime ocorrido em Goianá, na Zona da Mata, em 2015, foi preso inicialmente, mas liberado após quase dois anos de detenção devido a um habeas corpus, uma vez que ultrapassou o período de 730 dias sem julgamento.

O mesmo indivíduo, condenado a 16 anos de prisão em regime fechado por roubo e homicídio com facão em Goianá, estava foragido da Justiça de Minas Gerais desde o ano anterior ao episódio em que sequestrou um ônibus e manteve 16 pessoas como reféns por cerca de três horas na Rodoviária do Rio de Janeiro.

O crime de 2015, detalhado em registros obtidos pelo G1, envolveu o assassinato de Adriano Eduardo Sarmento, encontrado sem vida em sua residência, onde Paulo Sérgio foi preso e posteriormente confessou o crime, alegando legítima defesa. No entanto, não compareceu ao julgamento em setembro do ano anterior, tornando-se um foragido desde então.

Além desse delito, em 2019, Paulo Sérgio foi detido por assaltar passageiros de um ônibus no Rio de Janeiro, sendo sentenciado a oito anos de prisão em regime fechado. Posteriormente, progrediu para o regime semiaberto e, em 2022, foi concedida prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, porém, após violações, houve solicitação para seu retorno ao regime semiaberto.

Recentemente, após se envolver em conflitos na cidade do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio fugiu para Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde foi reconhecido por testemunhas como autor de roubos na região da Rocinha. Após se entregar às autoridades, ele foi detido e encaminhado ao sistema prisional do Rio de Janeiro.

Justiça determina prisão de suspeitos de roubar e matar auxiliar de imigração que sofreu queda de ônibus no Rio; vídeo mostra ação de criminosos

Imagens mostram suspeitos chutando a porta do ônibus e vítima caindo no asfalto. Sete pessoas foram indiciadas pela Delegacia de Homicídios da Capital. Auxiliar de imigração morreu aos 28 anos.

A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de sete suspeitos do latrocínio (roubo seguido de morte) de Leonardo Alves Quintanilha, no Centro do Rio, em novembro de 2023. Os mandados de prisão foram expedidos na tarde desta quinta-feira (8).

No início de fevereiro, a Delegacia de Homicídios da Capital indiciou e pediu a prisão preventiva dos suspeitos de participarem de roubos em série no Rio de Janeiro.

Um deles terminou com Leonardo caindo de um ônibus e sofrendo uma queda, que acabou levando-o à morte. Ele tentava recuperar seu telefone, que tinha sido roubado.

Imagens de um relatório da Polícia Civil mostram a atuação do grupo, que conta com até 25 pessoas incluindo adolescentes, dentro de um ônibus enquanto cometem crimes.

A investigação ainda revelou detalhes de como o grupo se dividia para cometer crimes, tirar chips dos celulares roubados, esconder os itens e depois revender os aparelhos.

A Justiça pediu a prisão dos seguintes suspeitos:

Marcos Vinícius Pereira Paiano, o “MV”
Vitor Gabriel Rosário Soares, o “VT”
Erick Marlon Pereira Mendes, o “Tubarão”
Fabrícia de Souza Sampaio, vulgo “Di Dedo”
Erick Freitas de Araújo, o “Erick Ratão”
Jorge Samoel Lúcio Soares, o “Seu Baldi”
Weberthy Ruan Moreira de Oliveira

“Necessário destacar, ainda, que o crime foi cometido com emprego de grande violência, por meio de verdadeiro espancamento da vítima, e em concurso de agentes, evidenciando sua gravidade concreta”, diz a decisão do juiz Daniel Werneck Cotta.

O jovem de 28 anos, que trabalhava como auxiliar de imigração, foi agredido por ao menos cinco bandidos durante um assalto: os suspeitos saíram de um ônibus da linha 472 para cometer o crime.
O auxiliar de imigração foi agredido com socos e chutes e teve o celular levado. Os suspeitos fugiram de volta para o veículo. O rapaz tentou correr atrás do grupo e se pendurou no ônibus. Um dos suspeitos chutou a porta e Leonardo se desequilibrou e caiu, batendo a cabeça na pista.

A vítima só foi para um hospital três dias depois. A morte foi confirmada sete dias após o crime, e o corpo de Leonardo foi enterrado no dia 6 de dezembro em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, onde ele nasceu.

Todos os suspeitos foram indiciados por latrocínio consumado, associação criminosa e corrupção de menores. Três deles são considerados foragidos.

Segundo a DH, vários adolescentes também participaram do crime e estão sendo investigados em um inquérito separado.

MV, dias depois do latrocínio, participou de outro crime de grande repercussão: a agressão ao empresário Marcelo Rubim Benchimol, em Copacabana, na Zona Sul, durante um arrastão.

O suspeito de organizar arrastões na Zona Sul foi preso pela 13ª DP (Ipanema).

Ouvido pelos policiais da DH, ele confirmou toda a dinâmica do crime: cinco homens desceram do ônibus e roubaram o celular de Leonardo. Quando voltaram para o ônibus, a vítima correu atrás e se agarrou na porta do veículo.

Segundo MV, Leonardo “caiu na pista de cabeça pois os meliantes chutaram a porta muito para que a vítima saltasse do ônibus”.

O suspeito preso indicou os outros participantes do crime. Em depoimentos de outros indiciados, MV é chamado por outros envolvidos de “Pai dos Ladrões” e chefe da chamada “Tropa do MV”.

Outros crimes
Imagens obtidas pela investigação mostram que os suspeitos já estavam no ônibus mais de uma hora antes do caso de Leonardo, praticando “roubos e furtos” contra quem estava na rua e até mesmo passageiros do próprio coletivo.

De acordo com testemunhas, os celulares roubados, chamados pelos suspeitos de “Bebelzinhos”, podem render até R$ 1 mil por dia.

Os chips são retirados dos aparelhos, que são vendidos por preços maiores caso estejam com a tela desbloqueada, já que possibilitam que os criminosos acessem aplicativos bancários das vítimas.

Alguns integrantes, segundo os investigadores, possuem funções específicas: Fabrícia de Souza Sampaio, vulgo “Di Dedo”, é responsável por guardar os celulares roubados. Segundo o depoimento de suspeitos presos, a razão é que mulher “é mais difícil de ser revistada”.

 

 

Ministério Público denuncia motorista e dono da empresa de ônibus que tombou durante fuga e matou cinco pessoas no DF

Felipe Alexandre Gonçalves Henriques e o pai Alexandre Henriques Camelo foram denunciados por tentativa de homicídio e homicídio com dolo eventual — quando se assume risco de matar; ônibus estava em situação irregular. Advogados que faziam defesa deixaram caso; reportagem tenta contato com nova defesa.

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) denunciou o motorista e o dono da empresa de ônibus irregular que tombou durante uma fuga e matou cinco pessoas, na BR-070, em Ceilândia. O caso foi no dia 21 de outubro e o ônibus, em situação irregular, havia saído do Maranhão para o DF (saiba mais abaixo).

Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, de 32 anos, e o pai dele Alexandre Henriques Camelo, de 56 anos, foram denunciados por tentativa de homicídio e homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar. Se a Justiça aceitar a denúncia do MP, os dois vão a júri popular.

Pai e filho estão presos desde 21 de outubro no Complexo Penitenciário da Papuda. Os advogados que faziam a defesa deixaram caso e a reportagem tenta contato com nova defesa.

‘Cientes da realização do transporte irregular’

Segundo a denúncia do MP, Felipe assumiu o risco de morte ao “fugir da fiscalização da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] sob condições de tempo desfavoráveis, já que chovia” no momento em que o ônibus tombou. Conforme o Ministério Público, pai e filho estavam “cientes da realização do transporte irregular”.

Os promotores afirmam que Alexandre Henriques Camelos também colocou em risco a vida dos passageiros “pois auxiliou Felipe a desobedecer a ordem dos servidores da ANTT” e fugir com o ônibus que seria apreendido.

O Ministério Público também considerou dois agravantes para os crimes de homicídio: o emprego de meio que resultou em perigo comum, já que a fugir da fiscalização, pai e filho colocaram mais pessoas em risco, e a BR-070 ser uma rodovia bastante movimentada.

Os promotores dizem ainda “motivo torpe”: apenas para evitar a apreensão do ônibus. O MP pede que, em caso de condenação, Felipe e Alexandre indenizem os familiares das vítimas pelos danos sofridos e que a carteira de habilitação dos dois seja cassada.

Ao todo, 18 pessoas foram ouvidas no inquérito enviado ao Ministério Público.

Cinco mortos

O ônibus tombou no canteiro central da BR-070, na altura de Ceilândia. Uma testemunha filmou o momento do acidente (veja vídeo mais acima).

Cinco pessoas morreram, quatro ainda na rodovia e uma no hospital. Outras 15 pessoas ficaram feridas. Ao todo, eram 32 passageiros no ônibus.

A Polícia Civil informou que uma pessoa continua internada em estado grave, após um mês do acidente.

Ônibus seria apreendido

Segundo a Polícia Civil, após o ônibus ser parado no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele seria escoltado pela ANTT até a Rodoviária de Taguatinga, onde os passageiros desembarcariam e o veículo seria apreendido.

No entanto, o delegado Josué Pinheiro, da 12ª DP, de Taguatinga Centro, disse que, a pedido do pai – e dono da empresa – o motorista Felipe Alexandre Gonçalves Henriques foi orientado a fugir da escolta e seguir para a sede da empresa, que também fica na região.

O investigador afirmou que o empresário Alexandre Henriques Camelo usou o próprio carro para tentar atrapalhar a escolta da ANTT (veja vídeo acima). “Nesse momento, Felipe tentou fugir com o ônibus, bateu em outro veículo e tombou”, disse a polícia.

A defesa dos investigados à época negou a versão da polícia.

Em nota, a ANTT também disse que o motorista do ônibus tentou fugir com o veículo. “A agência esclarece que, em nenhum momento, houve perseguição por parte da equipe da agência”, diz a ANTT.

Ainda segundo a ANTT, além do veículo não ter autorização para transportar passageiros, ele estava sem seguro e com pneus carecas.

Polícia do DF prende motorista e dono da empresa responsável pelo ônibus que tombou ao tentar fugir de fiscalização; cinco pessoas morreram

Suspeitos são pai e filho e teriam planejado fuga dos fiscais da ANTT, segundo investigação; defesa dos investigados nega. Além das pessoas que não sobreviveram, outras 15 ficaram feridas.

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, neste sábado (21), o motorista e o dono da empresa responsável pelo ônibus que tombou ao tentar fugir da fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O acidente ocorreu na BR-070 e deixou cinco pessoas mortas e 15 feridas (veja mais abaixo).

De acordo com a investigação, o dono da empresa, Alexandre Henriques Camelo, de 56 anos, e o motorista, Felipe Alexandre Gonçalves Henriques, de 32 anos, são pai e filho. Os dois são suspeitos de homicídio qualificado e lesão corporal. A defesa dos investigados negou versão da polícia.

Segundo a Polícia Civil, após o ônibus ser parado no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele seria escoltado pela ANTT até a Rodoviária de Taguatinga, onde os passageiros desembarcariam e o ônibus seria apreendido. No entanto, o delegado Josué Pinheiro, da 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga Centro, diz que, a pedido do pai, o motorista foi orientado a fugir da escolta e seguir para a sede da empresa, que também fica na região.

O investigador afirma que o pai usou o próprio carro para tentar atrapalhar a escola da ANTT. Nesse momento, o filho tentou fugir com o ônibus, colidiu com outro veículo e tombou.

“A causa que gerou a perda do controle do ônibus está sendo apurada, mas houve um excesso de velocidade. Ele assumiu o risco de causar  o dano, quando ele empreendeu fuga. Estava chovendo na BR-070, [a pista] estava molhada. O ônibus não estava em perfeitas condições”, afirma o delegado.
Um motorista auxiliar também estava no ônibus. No entanto, ele foi ouvido pela investigação e liberado.

Em nota, a ANTT também disse que o motorista do ônibus tentou fugir com o veículo. “A agência esclarece que, em nenhum momento, houve perseguição por parte da equipe da agência”, diz o texto.

Ainda segundo a ANTT, além do veículo não ter autorização para transportar passageiros, ele estava sem seguro e com pneus carecas.

(Correção: o g1 errou ao informar que sete pessoas morreram no acidente. Na verdade, cinco pessoas morreram. A informação foi corrigida às 17h deste domingo, 22.)

Cinco mortos

O ônibus tombou no canteiro central da BR-070, na altura de Ceilândia. Uma testemunha filmou o momento em que o ônibus tombou.

Até a última atualização desta publicação, a Polícia Civil havia confirmado que cinco pessoas morreram por causa do acidente. Quatro vítimas faleceram ainda na rodovia e uma perdeu a vida no hospital.

Além dos mortos, pelo menos 15 pessoas ficaram feridas. Ao todo, eram 32 passageiros no ônibus. As vítimas foram levadas para os hospitais de Ceilândia, Taguatinga e de Base.