Mulher que matou ex-companheira a facadas em Santa Maria é presa após ser condenada pela Justiça

Vítima, Helenara Pinzon, tinha 22 anos na época. Crime aconteceu em 2015.

A Polícia Civil prendeu, na segunda-feira (24), Stéphanie Fogliato Freitas por ter matado a ex-companheira Helenara Pinzon a facadas, em 2015, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul. A Justiça decidiu, em última instância, condená-la a 16 anos de prisão na última quinta-feira (20). O Tribunal do Júri já havia condenado ela em 2022.

Ela havia sido presa durante oito meses após ter cometido o crime, mas foi solta por decisão judicial até que o caso fosse definido em última instância.

O g1 procurou o advogado de Stéphanie, Bruno Seligman de Menezes, que disse que, após nove anos de acompanhamento do processo, “encerra qualquer discussão a respeito do fato”. Também afirma que tem “convicção a respeito do que aconteceu”, mas respeita a decisão final do Júri e da Justiça (leia a íntegra abaixo).

Relembre o caso

Helenara Pinzon, 22 anos, foi morta em casa com pelo menos três facadas no pescoço, peito e abdômen pela ex-companheira, Stéphanie Fogliato Freitas, então com 24 anos, em 5 de dezembro de 2015. A Brigada Militar (BM) foi acionada por vizinhos, que ouviram os gritos, e deteve a mulher em flagrante.

De acordo com as investigações policiais Helenara tinha terminado o relacionamento, porém, as duas seguiam dividindo o apartamento em que moravam.

Após matar a ex-companheira, Stéphanie chegou a ficar em estado de choque, sendo encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, para onde foi escoltada e onde ficou algemada.

O irmão da vítima, Renato Soares Lopes, conta que ela planejava se mudar logo. “Elas discutiam, às vezes, por ciúmes. A mana me disse que se sentia um pouco presa”, relatou o irmão da vítima à época.

Nota da defesa
“Após quase nove anos de acompanhamento do processo criminal de Stéphanie Fogliatto Freitas, o trânsito em julgado após o esgotamento de todos os recursos que estavam à disposição, encerra qualquer discussão a respeito do fato. Temos a nossa convicção a respeito do que aconteceu, mas respeitamos, como deve acontecer no estado democratico de direito, a decisão soberana do Tribunal do Júri e decisão final da Justiça”.

 

Vítima de influenciador preso por estupros teve casa invadida por ele: ‘Você via uma maldade no olhar’

Mulher sofreu tentativa de estupro por parte do influenciador, que foi preso por estupros em série no mês passado. Antes, ele já havia sido preso por outros crimes sexuais.

“Você fica insegura de sair, de ir pros cantos. Você pensa: será que vai ter alguém que vai entrar aqui novamente e fazer alguma coisa comigo?”, desabafou à TV Verdes Mares uma das vítimas do influenciador conhecido como Thiago Ferrari, de 35 anos, preso por suspeita de estuprar ao menos sete vítimas no Ceará.

A mulher, que não será identificada, sofreu uma tentativa de estupro do influencer. Ela é mais uma das vítimas do homem, que já tinha sido detido em 2022 por tentativa de estupro em Parambu, no interior do Ceará, e antes, em novembro de 2020, também foi detido por suspeita de fazer filmagens íntimas de mulheres no banheiro feminino de um restaurante de Fortaleza.

A vítima da tentativa de estupro com quem a TV Verdes Mares contou que estava chegando na sua residência, em uma condomínio, quando Thiago forçou sua entrada.

“Chegou uma pessoa como se morasse no local, e foi me acompanhando, e se comportando como uma pessoa que realmente residia lá”, relembra. O influenciador, então, teria seguido a vítima, e quando ela abriu a porta, ele anunciou um assalto. “O comportamento mudou muito rapidamente, de uma pessoa que demonstrava ser uma pessoa simpática, e realmente você via aquela fúria, uma maldade dentro do olhar, que assustava”.
Thiago anunciou que estava armado e que iria atirar caso a mulher gritasse ou reagisse. Porém, ele não chegou a mostrar arma durante ação. “Quando ele chegou que disse que tava armado, ele disse que tinha uma pessoa fora com ele, que não fizesse porque ele [a outra pessoa] tava apoiando e qualquer coisa essa pessoa ia subir também, que tinha esse apoio”, detalha a vítima.

Segundo a Polícia Civil, este era um comportamento comum nos vários casos pelos quais Thiago é investigado: ele anunciava o assalto, afirmava que pertencia a uma facção criminosa, praticava a violência sexual, roubava itens das vítimas e até as obrigava a fazer transferências de dinheiro.

“Ele chegou a entrar no meu domicílio, e você percebia pela forma, pelas características, pelo jeito de agir, que a intenção não era só fazer um assalto”, conta a mulher. “Isso deixa a gente apavorada como mulher. Estar sozinha numa situação dessa, em um lugar que a gente deveria estar protegida que a nossa casa, um lugar que você não espera que aquilo aconteça”.
No caso dela, o estupro não chegou a ser consumado. Thiago entrou no apartamento, mas a porta ficou entreaberta e, no momento, um vizinho passou pelo local. O influenciador, então, se assustou com o homem, anunciou um assalto para afugentar o vizinho e aproveitou a ocasião para fugir.

Desde então, a vítima tem tido medo de sair e até mesmo de ficar em casa, onde foi atacada.

“Isso dói porque por mais que a gente tente deixar isso pra lá, as memórias vêm”, desabafa. “É uma sensação de impotência. É uma sensação que você não tem como explicar, você sentir a maldade de alguém, alguém simplesmente querer fazer o mal para você, você sentir que a pessoa sente prazer em fazer aquilo”

O g1 questionou ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) sobre o motivo de Thiago ter sido colocado em liberdade tantas vezes, mesmo com a reincidência nos crimes. O órgão informou que o processo corre em segredo de justiça.

Reincidente

Seis mulheres denunciam terem sido filmadas por Thiago no episódio que levou à sua detenção em 2020. Duas vítimas eram turistas de São Luís, no Maranhão. O caso foi investigado Delegacia de Proteção ao Turista.

Uma câmera de segurança do centro comercial flagrou o momento que o homem, que até então tinha a identidade desconhecida, entrou no banheiro feminino. Momentos depois, ele saiu correndo, enquanto duas mulheres tentavam segurá-lo. As imagens viralizaram nas redes sociais. (Assista ao vídeo abaixo)

Durante os levantamentos, a polícia identificou que Thiago chegou ao local em um veículo de aplicativo e foi direto ao banheiro. Na época, a Polícia Civil informou que o homem já havia sido identificado e prestou depoimento na delegacia. Ele ficou em liberdade.

O episódio de 2020 não foi o suficiente para conter as ações de Thiago, que em 2022 praticou um ato parecido em um shopping no Bairro Parangaba, na capital cearense, ao tentar filmar mulheres no banheiro do estabelecimento.

Novamente ele foi preso, porém, foi colocado em liberdade na audiência de custódia que determinou que ele cumprisse medidas cautelares, entre elas, uso de tornozeleira eletrônica, além de manter distância do estabelecimento e das vítimas.

Na ocasião, ele foi autuado por registro não autorizado de intimidade sexual, ou seja, fazer imagens das mulheres no banheiro sem o consentimento delas.

Ainda em 2022, Thiago foi preso em flagrante no município de Parambu por invadir uma casa e tentar estuprar duas mulheres. Conforme a vítima, o ato não foi consumado porque a avó das vítimas chegou na hora e acionou a polícia. Nesse caso ele foi autuado por tentativa de estupro, invasão de domicílio e roubo.

Nos casos mais recentes, Thiago passou a cometer estupros em série, fazendo vítimas em Fortaleza, na Região Metropolitana e no interior do Estado.

Thiago é natural de Minas Gerais e mora com a família em Fortaleza. Ele possui antecedentes pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro, crime contra a dignidade sexual, violação de domicílio e furto tanto no Ceará como em outros locais do país.

Estupros em série
A polícia tomou conhecimento dos casos envolvendo o influenciador após a denúncia de mãe e filha, que foram atacadas pelo homem no Bairro Itaoca, em Fortaleza, no dia 18 de fevereiro deste ano. Com o decorrer das investigações, os policiais civis identificaram que o suspeito já havia praticado o mesmo crime desde o início deste mês, e o último em 23 de fevereiro.

Conforme as investigações da polícia, Thiago observava a vítima, obrigava-a entrar na própria casa dela e cometia o estupro, na maioria deles, na frente de familiares das mulheres. Durante os atos, o suspeito usava uma balaclava, uma pistola falsa e alegava pertencer a um grupo criminoso para ameaçar as vítimas.

“Ele abordava as vítimas de forma aleatória, no portão da casa delas e ameaçava dizendo que estava armado e era membro de uma facção criminosa. Depois da violência sexual, ele chegava a tirar foto das vítimas e roubava o celular da mulher”, disse o delegado Valdir Cavalcante de Paula Passos, titular da delegacia do 5º Distrito Policial.

Além da violência sexual, o influenciador obrigava as mulheres a enviar transferência de dinheiro para ele via Pix.

A polícia também apurou que o homem usava diversos transportes, como carro, motocicleta e bicicleta para realizar os crimes e, após isso, se desfazia dos veículos.

“Para dificultar a identificação ele costumava usar veículos diferentes durante as abordagens. Em algumas delas ele estava de carro, em outra de bicicleta e até de moto”, relatou o delegado Valdir Passos.
Durante a prisão do influenciador, a polícia apreendeu veículos, roupas usadas pelo suspeito para cometer os crimes, celulares e uma pistola falsa. Na ocasião, o homem foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro, roubo e extorsão.

As investigações foram conduzidas pelo 5° Distrito Policial e a Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza.

 

 

Renato Cariani: quem é o influencer fitness indiciado pela PF por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Fisiculturista tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões no YouTube. Ele é sócio de uma empresa investigada por desviar produtos químicos para produção de crack. PF cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa e na casa do influenciador em dezembro de 2023.

Indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, o influencer Renato Cariani, de 47 anos, é um dos principais nomes do mundo fitness e conhecido por ser o maior apoiador do fisiculturismo brasileiro.

Segundo a PF, o indiciamento dele e de outros dois amigos ocorreu com a conclusão do inquérito contra o influenciador, neste mês, por suspeita de desvio de produtos químicos para a produção de toneladas de drogas para o narcotráfico.

A investigação não pediu as prisões dos três investigados. Todos respondem em liberdade.

Uma operação com mandados de busca a preensão ocorreu em dezembro de 2023 (veja mais abaixo). Na época, ele negou nas redes sociais o envolvimento no esquema e disse ter sido surpreendido pela operação.

Cariani tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões de seguidores no YouTube. Os vídeos sobre o mundo da dieta e do culto ao corpo acumulam 1 bilhão de visualizações.

Nas redes sociais, ele se apresenta como professor de química, professor de educação física, atleta profissional, empresário e youtuber.

Site e eventos de fisiculturismo
Cariani ainda tem um site oficial, onde oferece cursos, entre eles de nutrição, musculação, investimento, inglês e até sobre como montar canal no YouTube.

“Nação Renato Cariani é o lugar onde você encontra tudo o que precisa para sua transformação pessoal. Aqui, você terá acesso a conteúdos online que acelerará a sua evolução. Aulas semanais com Renato Cariani, módulos completos com especialistas e uma comunidade onde milhares de pessoas com o mesmo objetivo que você”, diz o site.

Em outubro, o influencer conversou com o ge durante a realização do Mr. Olympia Brasil, evento de prestígio na área fitness que ocorreu em São Paulo.

Na entrevista, o fisiculturista disse que transformou o bullying sofrido na infância em combustível para adotar hábitos alimentares mais saudáveis e ganhar a vida promovendo o mercado que movimenta centenas de milhões de reais.

“O meu amor pelo fisiculturismo veio pelo amor que eu tive pela musculação. A musculação transformou a minha vida. Eu era um garoto que sofria muito bullying na escola por ser obeso e entrei na academia para fugir do bullying. Descobri que a academia me deixava mais forte, mas não era apenas no corpo, mas forte na mente. Me deixou mais disciplinado, concentrado e resiliente”, disse.
Ao ge, Cariani ainda contou que as formações em três áreas distintas – química, administração de empresas e educação física – o ajudaram a se tornar um empresário de sucesso do ramo fitness.

Operação da PF

Ao todo, a operação da PF cumpriu 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná.

O grupo foi investigado por suspeita de desviar toneladas de um produto químico para produzir entre 12 e 16 toneladas de crack.

A operação foi realizada em conjunto com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal.

Histórico
A investigação começou em 2022, depois que uma empresa farmacêutica multinacional avisou a PF de que havia sido notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais faturadas em nome dela com pagamento em dinheiro não declaradas.

A farmacêutica alegou que nunca fez a aquisição do produto, que não tinha esses fornecedores e que desconhecia os depositantes.

A partir de tais informações, a Polícia Federal iniciou a investigação e identificou que entre 2014 e 2021 o grupo emitiu e faturou notas em nome de três empresas grandes de forma fraudulenta: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica.

A PF pediu prisão dos envolvidos, o Ministério Público foi favorável, mas a Justiça negou.

Indiciamento

Após dez meses de investigações, a Polícia Federal (PF) de São Paulo concluiu em janeiro o inquérito contra o influenciador fitness Renato Cariani por suspeita de desvio de produtos químicos para a produção de toneladas de drogas para o narcotráfico.

O relatório final terminou com o indiciamento dele e de mais dois amigos pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A investigação não pediu as prisões dos três investigados. Todos respondem em liberdade. A conclusão da PF foi encaminhada para o Ministério Público Federal (MPF), que poderá ou não denunciar o grupo pelos crimes. Caberá depois à Justiça Federal decidir se o trio deverá ser julgado pelas eventuais acusações. Se forem condenados, eles poderão ser punidos com penas de prisões.

A TV Globo e g1 não conseguiram localizar as defesas deles para comentarem o assunto até a última atualização desta reportagem.

Além de Renato, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth são acusados pela PF de usar uma empresa química para falsificar notas fiscais de vendas de produtos para multinacionais farmacêuticas. Mas os insumos não iam para essas empresas. Eles eram desviados para a fabricação de cocaína e crack. Essas drogas abasteciam uma rede criminosa de tráfico internacional comandada por facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

Polícia prende segundo suspeito de assassinar família encontrada com sinais de execução em canavial

Família de Olímpia desapareceu no dia 28 de dezembro e triplo homicídio foi descoberto no dia 1º de janeiro, em Votuporanga (SP). Pai, mãe e filha de 15 anos foram encontrados em um canavial e apresentavam sinais de execução.

A polícia prendeu na noite deste domingo (28) o segundo suspeito de envolvimento no assassinato da família de Olímpia (SP), encontrada com sinais de execução em um canavial. O triplo homicídio foi descoberto pela polícia no dia 1º de janeiro, em Votuporanga (SP).

De acordo com a Polícia Civil, Rogério Schiavo, de 39 anos, foi encontrado em Pedranópolis (SP), durante o cumprimento de um mandado de prisão temporária.

“A participação já vinha sendo ‘ventilada’ nas investigações e foi confirmada pelo primeiro preso, capturado no dia 18, em interrogatório. Ele delatou a suposta participação do preso de hoje nos crimes”, conta o delegado Tiago Madlum Araújo, delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito estava escondido em uma casa e se preparava para fugir na manhã desta segunda-feira. Ele negou o crime, mas foi preso temporariamente por 30 dias e, após audiência, será encaminhado ao presídio de Catanduva.

O primeiro suspeito de envolvimento no crime, João Pedro Teruel, de 23 anos, foi preso no dia 18 de janeiro, em Valentim Gentil (SP). Ele confessou que ajudou a armar a emboscada contra a família.

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga aguarda laudos e continua investigando o caso para tentar localizar outros suspeitos de participarem do crime.

Relembre o caso
Anderson Marino, de 35 anos, a esposa Mirele Tofalete, de 32, e a filha deles, Izabelly, saíram de Olímpia para almoçar em São José do Rio Preto e comemorar o aniversário da mulher no dia 28 de dezembro. Desde então, ninguém conseguiu entrar em contato com as vítimas.

Depois de dois dias, familiares receberam a informação de que o celular de Anderson teria dado sinal em Votuporanga, cidade a 139 quilômetros de Olímpia e 83 quilômetros de São José do Rio Preto. Foi na cidade que os corpos foram encontrados por um morador que passava pelo canavial.

O veículo da família foi encontrado no canavial e apresentava marcas de tiros. O homem estava caído fora do carro, com ferimentos provocados por sete disparos. Ele entregaria maconha aos suspeitos do crime quando foi assassinado.

“Anderson foi o primeiro a morrer, com sete disparos. A esposa foi a segunda, recebeu 13 disparos, ela não teve tempo nem de tirar o cinto de segurança. A adolescente recebeu quatro disparos e estava escondida no banco”, revelou o delegado.

Antes de a família desaparecer, foi identificada uma ligação para o 190, número de emergência da PM, do celular da adolescente, mas a ligação não foi concluída. Durante a investigação, a polícia também constatou que o homem havia sido ameaçado de morte antes do crime.

Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Conforme apurado pelo g1, não foi realizado velório, mas os enterros ocorreram no dia 2 de janeiro, no Cemitério Jardim Parque das Primaveras, em Olímpia.

 

Militares dizem que sargento que matou soldado já havia ameaçado outros colegas no DF

PMs contaram à TV Globo que caso ocorreu no batalhão do Gama, onde Paulo Pereira de Souza trabalhou durante 9 anos. Militar teria passado por junta médica e transferido para o Recanto das Emas.

Policiais militares que trabalharam com o sargento Paulo Pereira de Souza, de 46 anos, contaram à TV Globo que ele já havia ameaçado outros colegas de corporação. No último domingo (14), o militar matou o soldado Yago Monteiro e, em seguida, tirou a própria vida no Recanto das Emas (veja detalhes abaixo).

Os PMs, que preferem não se identificar, afirmam que as mortes poderiam ter sido evitadas. De acordo com eles, Souza passou pela junta médica da corporação, no entanto, foi apenas transferido do batalhão do Gama para o Recanto das Emas.

No Gama, onde trabalhou durante 9 anos ele teria feito ameaças a colegas de farda.

“A tropa toda sabia das ameaças. Todos do batalhão sabiam que ia matar pelo menos dois e se matar”, conta um militar.
A viúva do sargento, que também não quer ser identificada, tem opinião parecida com a dos militares. Nas redes sociais, ela chegou a criticar a corporação.

“E o que fizeram com você quando você mais precisou? Deixaram você sem nenhuma assistência, deixaram você trabalhar doente. Acharam que transferir você para outro batalhão seria a solução. Agora, duas famílias choram e o estado é o maior culpado”, diz o texto da viúva.
A investigação
O delegado Fernando Fernandes, da 27ª Delegacia de Polícia, no Recanto das Emas, responsável pela investigação da morte dos PMs, diz que as denúncias estão sendo apuradas.

“A gente está tentando ouvir alguns colegas que trabalharam com ele, tanto lá no antigo batalhão quanto no novo, para saber se existia algum tipo de ameaça, de situação que colocasse em risco os colegas que acompanhassem uma eventual guarnição”, afirma.
Relembre o caso
O sargento Paulo Pereira de Souza atirou no colega de trabalho Yago Monteiro dentro de uma viatura da PMDF na manhã de domingo (14), no Recanto das Emas. Depois, Souza atirou em si mesmo e morreu no local.

Yago Monteiro foi levado para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas não resistiu.

O sargento Paulo Pereira de Souza, autor dos disparos, trabalhou durante 23 anos na corporação. A Polícia Civil investiga se o policial estava com problemas de saúde mental.

Um terceiro policial estava dentro da viatura. Diogo Carneiro dos Santos foi atingido por estilhaços do para-brisa quebrado por conta do disparo. Ele foi atendido na UPA do Recanto das Emas e liberado.

Homem que esfaqueou e matou segurança em mercado tinha 11 passagens pela polícia por furto

Vídeo mostra quando o segurança impede que o homem saia do supermercado com barras de chocolate escondidas sob a roupa. Logo depois, ele volta e esfaqueia o funcionário.

O homem preso na quinta-feira (18) por esfaquear e matar um segurança de um supermercado em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, tinha 11 passagens pela polícia por furto e havia acabado de furtar uma drogaria, segundo a Polícia Militar.

Imagens de câmeras de segurança mostram quando o criminoso, Jorge Luís Gomes da Silva, de 29 anos, tenta sair do mercado e é impedido pelo segurança Rildo de Oliveira Torres. Após uma revista, Jorge é obrigado devolver barras de chocolate que estavam sob a roupa.

Em outro momento do vídeo, o criminoso retorna e corre na direção do segurança, que ainda tenta fugir entre os caixas do mercado, mas é atingido por ao menos uma facada.

A vítima chegou a ser socorrida e levada para o Hospital do Andaraí, mas não resistiu.

As 11 anotações criminais dele por furto são de 2001 e a 2019. Agora, ele foi preso em flagrante por homicídio e furto. Com ele, foram apreendidas duas facas (veja abaixo).

 

Feminícidio: suspeito de matar namorada a facadas era possessivo, diz polícia

Homem não sabia de mandado de prisão em aberto e foi preso ao se apresentar na Delegacia de Homicídios de Contagem. Após o crime, ele postou nas redes sociais: ‘Quem vacila, nós ‘manda’ pra vala’.

O homem suspeito de assassinar com várias facadas a namorada, Emilly Fernandes, de 18 anos, tinha o perfil possessivo. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) pela Polícia Civil, durante coletiva de imprensa.

Emilly foi morta por volta da 1h da quarta-feira (10), dentro do apartamento onde morava com a mãe, no bairro Chácaras Reunidas Santa Terezinha, em Contagem, na Grande BH. Depois do feminicídio, ele fugiu com o filho do casal de 7 meses.

O suspeito, de 22 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (16) após ir à Delegacia de Homicídios de Contagem para apresentar a versão dele sobre o crime. No entanto, o delegado Ítalo Fernandes de Almeida, responsável pelo caso, afirmou que o suspeito preferiu ficar calado, já que foi “surpreendido pelo mandado de prisão”.

“Como foi uma surpresa, ele preferiu ficar calado e não apresentou nenhuma versão para os fatos”.
Almeida disse que Emilly sofria violência doméstica e não buscou ajuda talvez por não estar entendendo a situação.

Se condenado, ele pode ficar preso entre 12 e 30 anos, e a pena pode ser aumentada porque o homem matou a namorada na frente do filho.

Redes sociais
O delegado Ítalo de Almeida disse que o suspeito se apresentava nas redes sociais como filho de traficante, mas essa informação não foi confirmada.

“Ele fazia postagens exaltando a criminalidade, mas ele não tem passagem policial”, explicou.

Almeida falou ainda que na Delegacia de Homicídios o suspeito não demonstrou arrependimento.

Ainda segundo o delegado, ele não gostava de trabalhar e não ajudava na criação da criança, como comprar fralda e leite, por exemplo. Ele também fazia uso de droga.

“Nas redes sociais, ele se identificava como ‘filho do moço 33’, que faz referência ao crime de tráfico de drogas. ‘Moço’ no vocabulário utilizado significa que comanda a favela, a comunidade, que tem influência no crime”, explicou o delegado.
Ítalo informou também que após matar Emilly, o suspeito postou nas redes sociais: “Quem vacila, nós ‘manda’ pra vala”.

Irmãs da vítima
Durante entrevista na delegacia, Lorrayne Gabriela Fernandes da Silva, irmã de Emilly, desabafou.

“É muito revoltante. Eu não esperava isso nunca. Meu coração chora. Eu grito por justiça pela Emilly e por todas as outras mulheres”.
Ela falou que a família não percebeu que Emilly vivia um relacionamento abusivo e que o suspeito estava onde a vítima estivesse. Segundo ela, ele a levava e a buscava na escola.

Outra irmã de Emilly, a auxiliar de produção Brenda Fernandes, disse que a atitude do suspeito era vista como cuidado, mas era possessão.

“Eu peço a Deus, de todo o meu coração, que me fortaleça e fortaleça a minha família. Ele não tem dimensão do mal que ele fez à minha família. Ele matou ela com várias facadas, com requintes de crueldade”.
Brenda ainda contou que, mesmo o suspeito preso, a família não se sente segura.

 

Homem é morto a facadas pelo irmão após discussão em São Sebastião, SP

A vítima tinha 62 anos. O autor das facadas, de 56, confessou o crime e foi preso em flagrante.

Um homem de 62 anos foi morto a facadas pelo próprio irmão, de 56, na tarde deste domingo (17), em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo. O autor do crime foi preso.

De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 19h, na rua Manoel Inácio Correa, na região da Praia de São Francisco.

A vítima foi identificada como Nelson de Siles. O irmão dele, identificado como Luiz Alberto de Siles, foi preso em flagrante.

A faca de cerca de 17 centímetros foi apreendida. O caso foi registrado como homicídio por motivo fútil na delegacia de São Sebastião e segue sendo investigado.

O crime
A Polícia Militar foi acionada para atender um caso de lesão corporal entre dois irmãos por volta das 19h. Ao chegar no local, os policiais foram informados por parentes que a vítima já havia sido resgatada.

Nelson de Siles chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Aos policiais, o autor do crime contou que estava voltando da praia para a casa da família, quando foi confrontado pelo irmão mais velho.

Nelson deu dois socos no rosto de Luiz Alberto, que ficou irritado e foi para a casa pegar uma faca. Ao voltar para a rua, onde a discussão começou, ele acertou duas facadas na região do abdômen da vítima.

Luiz Alberto acabou preso em flagrante. O g1 tenta contato com a defesa do autor do crime.

Suspeito de dar soco em idoso em Copacabana tem prisão decretada pela justiça

Um suspeito foi preso e um menor, apreendido. Autor do soco segue procurado: ele tem passagens por roubo, furto e tráfico de drogas, atos praticados desde a adolescência, e já foi preso duas vezes.

O Tribunal de Justiça do RJ expediu nesta quinta-feira (7) um mandado de prisão temporária para o suspeito de agredir – até desmaiar – e roubar o empresário empresário Marcelo Rubim Benchimol, em Copacabana, no último sábado (2). A prisão foi expedida pelo juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 21ª Vara Criminal da Capital. Vitor Hugo de Oliveira Jobim, de 22 anos, já é considerado foragido.

Segundo a Polícia Civil, Vitor Hugo tem nove anotações criminais por roubo, furto e tráfico de drogas, por atos praticados desde a adolescência, e já foi preso duas vezes.

Também nesta quinta, um suspeito foi preso e um menor apreendido apontados como participantes das agressões na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul do Rio. As agressões foram registradas por câmeras de segurança (veja abaixo).

Marcelo foi atacado por um grupo de mais de 15 pessoas. Ele foi ouvido na delegacia e contou sobre o momento do ataque.

“Eu me lembro que eu estava indo para a academia e vi uma moça sendo atacada. O principal que eu pensei foi: ‘ou eu fujo ou eu ajudo ela’. Optei por ajudar”, disse.

Agressão seguida de roubo

No vídeo a que o g1 teve acesso (veja acima), é possível ver um dos integrantes do grupo de criminosos se aproximando de uma mulher na calçada da via. Ela é a primeira vítima do bando. Um dos homens chega por trás e rouba alguma coisa do bolso da calça da mulher.

Logo em seguida, ao tentar atravessar a rua, a vítima, a personal trainer Natália Silva, é cercada por mais cinco suspeitos. Ela tenta correr, mas um deles segura sua bolsa. Nesse momento, o empresário Marcelo Benchimol aparece na imagem.

Ele impede o ataque contra Natália e entra em confronto com os cinco homens. Marcelo é agredido, mas consegue sair. Contudo, após o primeiro grupo fugir da cena do crime, logo uma nova turma chega para continuar com as agressões.

Em poucos segundos, o empresário está frente a frente com outro homem, que o agride com um soco bastante potente. Marcelo cai sentado em um vaso de plantas na calçada.

Ao tentar fugir dos agressores, o empresário é novamente atingido, dessa vez por um soco ainda mais forte, por trás. O novo golpe derruba de vez o empresário, que cai desmaiado no chão.

Os bandidos cercam e roubam Marcelo. Em seguida, integrantes do primeiro grupo se juntam a um grupo ainda maior, que vinha andando pela mesma calçada. Ao todo, esse novo bando conta com, pelo menos, mais 11 pessoas.

 

Homem que matou ex-mulher a facadas na frente da filha em Limeira é condenado a 24 anos de prisão em regime fechado

Acusado é réu confesso. Sentença foi dada na tarde desta quinta-feira (7). Defesa afirmou que deverá recorrer da decisão em relação às qualificadoras do crime.

A Justiça de Limeira (SP) condenou o homem acusado de matar a ex-mulher a facadas na frente da filha a 24 anos de prisão em regime fechado por crime de feminicídio. A sentença foi anunciada em julgamento do réu quinta-feira (7). O crime ocorreu em fevereiro de 2022.

Ao g1, a defesa do acusado afirmou que deve recorrer da decisão

Wagner William Augusto confessou ter matado a ex-mulher Luciana de Oliveira de Camargo, de 42 anos, dentro de casa. O homem que já seguia preso de forma cautelar, segundo a sentença, deverá continuar preso para fazer a apelação.

Sentença

Na sentença assinada pelo juiz da Comarca de Limeira, Rogério Danna Chaib, foi acolhida a tese da acusação e reconhecidas a qualificadoras do crime que aumentaram a pena de, inicialmente 12 anos de reclusão em regime fechado, para 24 anos, conforme motivações mencionadas na decisão:

motivo fútil que dificultou a defesa da vítima
condição de sexo feminino da vítima, em situação de violência doméstica e meio cruel
crime cometido na presença física de descendente da vítima
O advogado de defesa do acusado afirmou ao g1, nesta quinta-feira, que concorda com a sentença de homicídio cometido em frente à filha da vítima. Porém, sustentou o afastamento das três qualificadoras do crime.

“Consideramos a pena um pouco alta. Entendemos que foi tipificado erroneamente porque seria motivo torpe e não fútil, uma vez que já havia discussões anteriores entre o casal, como em relação à tentativa de retirada da guarda do filho. Tentamos também tirar a qualificadora de dificuldade de defesa da vítima porque ela não foi pega de surpresa em momento nenhum. Houve outras ameaças de morte”, pontuou o advogado Ubirajara Mangini.
“Além disso, não há provas sobre intenção de torturar. O próprio laudo necroscópico aponta que não há condições de dizer se houve ou não crueldade”, acrescenta a defesa.

Prisão
O homem foi preso no dia 23 de fevereiro deste ano. A equipe da Força Tática encontrou o suspeito em uma casa no bairro Geada 2, em Limeira, que seria a casa de um amigo dele. Inicialmente, o homem tentou trancar o imóvel, mas depois que foi abordado pelos policiais não apresentou mais resistência.

Ele confessou o crime à PM e disse estar embriagado, que não sabe o que aconteceu.

Os policiais também encontraram a bermuda que possivelmente ele estava usando no momento do crime e a faca usada, objetos que foram apreendidos para auxiliar nas investigações.

Feminicídio

Luciana de Oliveira de Camargo de 42 anos foi morta a facadas em Limeira, dentro da própria casa, no Jardim Caieiras, por volta das 19h30. Segundo vizinhos relataram à equipe da EPTV, afiliada da TV Globo, o suspeito já estava rondando a casa há cerca de 20 dias, e nesta terça, ele conseguiu invadir o imóvel e cometer o crime.

Ainda segundo os vizinhos, ele bateu a cabeça de Luciana contra a mesa e, quando ela estava desmaiada, deu quatro facadas nela e depois fugiu.

O crime aconteceu na frente da filha mais velha, que é deficiente, ela tem síndrome de Willians. Foi a adolescente quem avisou os vizinhos e ligou para o pai dela.

Luciana deixou outros dois filhos, um menino de 15 anos, de outro relacionamento, e outro de 6 anos. O mais novo é filho do homem suspeito de matar a vítima.

Segundo a família, eles foram casados durante sete anos e há quatro estavam separados. Luciana já tinha registrado dois boletins de ocorrência contra o ex-marido por ameaças, mas não tinha medida protetiva.

A irmã da vítima relatou que, 20 dias antes do crime, o homem invadiu a casa da ex-mulher, perto das 3h da manhã, após ela se esquecer de trancar o portão, entrando na residência e arrombando a fechadura da sala. Ela estava dormindo e foi pega de surpresa.

Após perceber a presença do ex-marido, a vítima gritou por seu filho, e ainda segundo sua irmã, o filho conseguiu enfrentá-lo e retirá-lo da casa.