PPS afasta prefeito e secretária de Toritama presos em operação da PF

O PPS decidiu afastar o prefeito de Toritama (PE), José Marcelo Marques de Andrade e Silva, e a secretária Elizabeth Gonçalves da Silva da Comissão Provisória do partido na cidade após a prisão dos dois durante a operação Gestão Plena, da Polícia Federal.

Segundo a assessoria do partido, a decisão vale até que os fatos sejam apurados. Eles serão julgados pelo Conselho de Ética do PPS.

A PF prendeu nesta terça-feira, além de Silva e da secretária, outras quatro pessoas envolvidas no desvio de verbas repassadas pelo Ministério da Saúde à Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco: o secretário Giovany Bezerra Calado, o advogado Alberto Salles de Assunção Santos e dois ex-funcionários terceirizados da Secretaria de Saúde, Joaquim José do Nascimento e Leonardo Carvalho da Costa.

O dinheiro, segundo a PF, era desviado através da prestação de serviços hospitalares e ambulatoriais, sendo este órgão responsável pelo pagamento às prefeituras municipais para posterior repasse aos hospitais dos municípios e particulares que têm convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde).

A Polícia federal informou que o montante desviado é de cerca de R$ 2,5 milhões, entre os anos de 2005 e 2007.

As investigações sobre o esquema tiveram início há cerca de um ano, e cerca de 70 policiais federais participaram da operação.

Os acusados devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema de informação e peculato, entre outros.

PF prende prefeito por desvio de verbas durante operação em Pernambuco

Suposta quadrilha desviou R$ 2,5 milhões entre 2005 e 2007 do Ministério da Saúde.
Além do prefeito de Toritama, outras cinco pessoas foram presas.

A Polícia Federal de Pernambuco prendeu nesta terça-feira (17) o prefeito de Toritama, José Marcelo Marques de Andrade e Silva (PPS), e outras cinco pessoas ligadas à prefeitura durante a Operação Gestão Plena, deflagrada para desarticular uma suposta quadrilha que teria desviado R$ 2,5 milhões do Ministério da Saúde.

Toritama fica a 170 quilômetros do Recife, capital pernambucana. Segundo a PF, a suposta quadrilha fraudava recursos repassados para a Secretaria Municipal de Saúde pelo governo federal para atender ao Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.

A PF informou que 70 policiais cumpriram os seis mandados de prisão temporária (válida por cinco dias) para o prefeito, um secretário, um tesoureiro, um advogado e dois ex-funcionários da Secretaria Estadual de Saúde e diversos mandados de busca e apreensão.

As investigações tiveram início há aproximadamente um ano. Há suspeita de irregularidades em outros seis municípios de Pernambuco: Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro, João Alfredo, São José do Egito, Tamandaré e Teresinha. Nestes locais, ninguém foi preso.

Os envolvidos podem responder por formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema de informação e peculato (desvio de verbas por funcionários públicos). O prefeito deve responder ainda por apropriação indevida de bens. As penas podem chegar a 30 anos de prisão.

Segundo o secretário de governo de Toritama, Djerson Soares Bezerra, a Prefeitura ainda não se posicionará sobre as prisões porque está apurando os fatos. “Estou na Prefeitura, estou indo para Caruaru (onde o prefeito está detido). Vou até lá para conversar, saber o que aconteceu”.

Em MG, prefeito renuncia
Em Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani (PTB) renunciou ao mandato de prefeito na segunda-feira (16). Preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, ele enviou uma carta à Câmara de Vereadores afirmando que deixava o cargo para poder se dedicar exclusivamente à sua defesa.

Foi a segunda prisão de Bejani pela PF. Em abril, ele foi detido em uma operação sobre fraudes no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Foi solto 14 dias depois. Na ocasião, a polícia encontrou R$ 1,12 milhão na casa dele e vídeos em que aparece recebendo dinheiro de um empresário do setor de transportes. No último dia 12, ele foi preso novamente. Quatro dias depois, renunciou.

 

Verba da saúde – Prefeito acusado de desviar dinheiro é preso pela PF

A Polícia Federal prendeu seis acusados de desviar verbas do Ministério da Saúde, em Pernambuco. São eles: o prefeito do município de Toritama, José de Andrade e Silva, mais os secretários Giovanny Calado e Elizabeth da Silva, os funcionários públicos Joaquim Nascimento e Leonardo Costa, além do advogado e contador Alberto Salles de Assunção Júnior. O grupo é acusado de desviar RS$ 3 milhões. A PF prendeu, ainda, acusados de contrabando no Rio Grande do Sul.

Na manhã desta terça-feira (17/6), foram deflagradas as duas grandes operações, que resultaram na prisão. A Operação Pampa, no Rio Grande do Sul, segundo a corporação, tem o objetivo de “desarticular uma das maiores quadrilhas de contrabandistas em atuação no Estado”. Em Pernambuco, a intenção da PF com a Operação Gestão Plena é desbaratar um grupo acusado de desviar verbas do Ministério da Saúde transferidas à Secretaria Estadual de Saúde.

O esquema de superfaturamento de valores com gastos na saúde, segundo a PF, era feito por funcionários terceirizados, que dotavam os valores junto ao Sistema de Gerenciamento de Informações Financeiras. A Polícia Federal, com suas 18 equipes, cumpre 16 mandados de busca e apreensão.

No Rio Grande do Sul, na Operação Pampa, foram mobilizados 270 policiais federais que cumprirão mandados de prisão preventiva e temporária e 61 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Alegre e região metropolitana, Vale do Sinos, Santana do Livramento, Pelotas e no Estado de São Paulo. A ação conta com o apoio de 53 servidores da Receita Federal. Relato parcial, divulgado às 11h desta terça-feira, afirma que entre os presos “estão os responsáveis por transportar os produtos a partir do Uruguai e Paraguai e os revendedores, que utilizavam-se de lojas de fachada, inclusive com sites na internet, para revender os produtos contrabandeados”.

Segundo a PF, as investigações iniciaram após a Operação Plata, deflagrada em novembro de 2005, que desmontou uma organização criminosa especializada em contrabando, em atividade em vários estados do Brasil. A PF relata que “após essa ação, verificou-se que alguns dos criminosos continuavam em atividade. Durante as investigações, foram efetuados 21 flagrantes de contrabando em diversas cidades gaúchas”.

A PF relata ainda que “entre os produtos importados ilegalmente, destacam-se notebooks, videogames, câmeras digitais, perfumes, CDs e DVDs virgens, queijos e até mesmo armas de fogo e munição. Em um desses flagrantes, foram apreendidas mercadorias totalizando mais de R$ 700 mil”.

Os presos serão indiciados pelos crimes de contrabando e descaminho, formação de quadrilha e tráfico internacional de arma de fogo. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal de Porto Alegre.