Prefeito de Alcântaras tem prisão decretada por ameaçar a irmã e descumprir medidas protetivas

Joaquim Freire de Carvalho, o ‘Joaquim do Quinca’, está foragido.

O prefeito do município de Alcântaras, no interior do Ceará, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na última terça-feira (12) por descumprimento de medida protetiva prevista na Lei Maria da Penha contra a própria irmã, ameaçada por ele. O gestor está foragido.

Conforme o Ministério Público do Ceará, a irmã do prefeito Joaquim Freire de Carvalho, mais conhecido como “Joaquim do Quinca”, conseguiu restringir o contato com ele após relatar às autoridades de defesa da mulher constantes ameaças do irmão. No entanto, Joaquim continuou, de forma direta e indireta, ameaçando a integridade da vítima.

O g1 não localizou a defesa do prefeito para se manifestar até a última atualização desta reportagem.

Ameaças
Uma das situações em que o gestor de Alcântaras descumpriu a medida foi registrada em vídeo utilizado pelo Ministério Público como evidência. Nas imagens, segundo o órgão, é possível ver o acusado diminuindo a velocidade do veículo e se aproximando da vítima.

Outra ocorrência relatada pela irmã do prefeito aconteceu no dia 6 de dezembro, quando ela e sua filha foram abordadas pelo marido da secretária de Educação do município, que disse as seguintes ameaças: “Se for mexer com Joaquim, vai aparecer coisa… se for mexer com Joaquim, vai ser pior para vocês”.

Com base nas evidências apresentadas, o Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Comarca de Sobral acolheu o pedido do MPCE e determinou a prisão preventiva do gestor.

“Não há outra medida jurídica cabível a não ser o encarceramento provisório do representado, já que este, mesmo depois de intimado, descumpriu as medidas protetivas que lhe foram impostas”, diz um trecho da decisão da Justiça.

 

Mulher baleada durante ataque de ex-companheiro em sítio em MG tinha medida protetiva contra agressor; prima morreu a pauladas

Além da prima, que morreu no local, na zona rural de Claraval (MG), um outro amigo da família foi baleado; duas pessoas seguem internadas na Santa Casa de Passos.

A mulher que foi baleada durante um ataque do ex-companheiro ao sítio onde ela morava na zona rural de Claraval na manhã de quinta-feira (8) tinha uma medida protetiva contra ele. A prima dela morreu no ataque e um amigo da família também foi baleado. Após os crimes, o agressor se matou.

Para a polícia, Talita Caroline da Silva disse que tinha uma medida protetiva contra o ex-companheiro porque ele era muito ciumento. Eles ficaram juntos por 1 ano e 8 meses e já estavam separados há quatro meses.

A medida protetiva era para o homem não se aproximar do sítio onde ela vivia com três filhos.

“Foi encaminhada para a Justiça no dia 21 de junho uma medida protetiva. No dia 23 de junho, o delegado de Claraval finalizou uma investigação de violência doméstica praticada pelo Lidiomar e também foi encaminhado para a Justiça. E nós temos a instauração de dois inquéritos apurando descumprimento de medida protetiva. O último instaurado na segunda-feira, dia 4 de setembro, em desfavor do Lidiomar. Então, todos os antecedentes criminais que ele pudesse vir a ter estavam todos ligados a esta questão do problema de relacionamento que ele tinha com a sua ex-esposa Talita”, disse o delegado regional interino Paulo Queiroz.

No entanto, as medidas protetivas não adiantaram. Na manhã de quinta-feira (7), quando a família se reunia para tomar café da manhã, o produtor rural Lidiomar Gomes Oliveira, de 48 anos, invadiu o sítio, matou uma prima da ex-mulher com uma paulada na cabeça e em seguida atirou a ex-mulher de 33 anos e um amigo delas, que estava no local.

Após o ataque, o homem tirou a própria vida. A mulher que morreu foi identificada como Dalila da Silva. Ela tinha 65 anos e na hora que foi atingida estava com um bebê de 5 meses no colo.

O motivo do ataque seria o fato do homem não aceitar o fim do relacionamento. O homem também teria ficado indignado com uma decisão da Justiça que deu a ela o direito de ficar com a casa principal do sítio para morar com os três filhos.

Segundo o delegado que cuida do caso, a polícia vai investigar agora se o homem agiu sozinho ou se teve ajuda de mais alguém para cometer os crimes.

“Sim, nós temos que investigar todas as circunstâncias em que este crime bárbaro aconteceu. Nós precisamos identificar a origem da arma, se essa arma era dele, se ele comprou de alguém, se ele pediu emprestado para alguém, se ele recebeu algum auxílio para a prática deste crime, se alguém tinha conhecimento e se omitiu com relação a isso. Então, nós teremos toda uma investigação para poder finalizar, deixar todos os detalhes esclarecidos, para que não haja nenhuma dúvida de que realmente ou foi apenas ele que praticou esse crime, ou se ele teve auxílio de mais alguém fornecendo arma ou algum outro tipo de auxílio para que ele pudesse praticar esse crime horrível”, completou o delegado.

A ex-mulher do agressor e o amigo da família que foi baleado seguem internados na Santa Casa de Passos.

 

Suspeito de assassinar ex-namorada a tiros é preso na Grande BH; vítima morreu no trailer onde trabalhava

Nattan Herison Vieira Rodrigues foi preso neste domingo em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Feminicídio foi no dia 1º de julho em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais.

Nattan Herison Vieira Rodrigues, de 19 anos, suspeito de matar a ex-namorada, Jane Carla Santos Soares, de 34 anos, foi preso neste domingo (28) em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Jane foi assassinada a tiros no dia 1º, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais.

Segundo o boletim de ocorrência da prisão feito pela Polícia Militar, Nattan estava em um carro dirigido pelo pai dele que, ao avistar a viatura, tentou fugir em alta velocidade. A perseguição terminou somente depois que o carro entrou em uma rua sem saída.

Nattan desceu, correu e entrou em uma comunidade, mas acabou preso. Na abordagem, ele apresentou uma identidade falsa.

O feminicídio
Jane Carla foi assassinada assim que chegou ao trailer onde trabalhava. Ela foi surpreendida pelo homem, que atirou várias vezes contra ela.

Jane morreu no local, perto de uma usina siderúrgica, às margens da BR-040. Após a execução, Nattan fugiu em um carro. O veículo foi localizado e apreendido horas depois pela polícia, mas o homem não foi encontrado e segue foragido.

‘Um pedaço de mim foi embora’
No dia 2 de julho, o corpo da mulher foi velado no Cemitério Parque da Boa Vista e será enterrado em Itapé, no Sul da Bahia, onde Jane nasceu. Parentes e amigos prestaram uma última homenagem.

“Um pedaço de mim foi embora, um pedaço que não volta mais. Sempre vai ficar essa ferida. Ela era uma menina muito feliz, trabalhava em dois empregos para pagar todas as contas e não deixar faltar nada para os filhos. E todo mundo falava que ele era muito possessivo com ela. Espero que ele seja preso, a gente quer justiça”, disse a mãe da vítima, Norma da Silva Santos.

De acordo com a mãe da vítima, a filha não comentava muito sobre o relacionamento, porém sabia que se tratava de uma relação abusiva. A mulher possuía medidas protetivas de urgência contra Nattan por outras situações de violência doméstica.

No dia 30 de junho ela registrou boletim de ocorrência contra Nattan por descumprimento da medida protetiva. O casal estava separado há três meses.

Elvis Alexandre Santos é pai de um dos filhos da vítima e confirmou que ela vinha sendo perseguida pelo ex-namorado Nattan desde que o relacionamento terminou.

“Ele falou pra ela que se ela quiser ficar livre, pra ele dar R$ 4 mil para ela. No domingo, ela deu R$ 1,4 mil achando que estava livre. Ela me falava que não queria estar com ele, mas ele a obrigava e por isso ela sentia medo. Falava que ia na casa dela e ia matar as crianças”, contou Elvis Alexandre Santos.

Em nota, a Polícia Civil informou que apura as circunstâncias e motivação do crime. Uma equipe de perícia esteve no local e recolheu vestígios para as investigações.

Quem era Jane Carla

Jane Carla Santos Soares morava há dez anos em Sete Lagoas. Natural de Itapé, tinha dois filhos, um de 16 anos e outro de 10. Ela era design de sobrancelhas e para complementar a renda, começou a trabalhar, recentemente, em um trailer de lanches.

A Polícia Civil confirmou que, em janeiro de 2023, a mulher solicitou medidas protetivas de urgência, que foram encaminhadas para apreciação do Poder Judiciário.

 

Médico Preso em Goiás por Abuso Sexual e Perseguição já Tinha Histórico de Acusações Semelhantes no Rio

Renato Hallak, um cirurgião plástico, foi preso dentro de um hospital em Goiás na última sexta-feira, suspeito de estupro, ameaça e perseguição a uma ex-companheira. Renato já havia sido detido em 2020 por acusações semelhantes feitas por outra mulher no Rio de Janeiro.

Após a confirmação de sua prisão preventiva em audiência de custódia, Renato está detido na Central de Triagem do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia. O caso foi remetido para o VII Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Civil, os crimes ocorreram no Rio de Janeiro, onde Renato morava com a ex-mulher. A investigação foi conduzida pela 42ª DP (Recreio), e a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia realizou a prisão do médico.

Em nota, o advogado de defesa de Renato, Rodrigo Castanheira, afirmou que a prisão cautelar em Goiás é inadequada e descabida, baseada apenas na palavra da vítima em sede policial, sem que Renato tenha tido a oportunidade de apresentar sua versão dos fatos. Ele assegurou que a equipe de defesa está trabalhando incessantemente para reverter a decisão.

O g1 entrevistou a vítima do caso de 2020, que preferiu não ser identificada. Ela relatou que foi agredida, abusada sexualmente e ameaçada por Renato após se recusar a fazer sexo com ele. Ela também afirmou que o médico ameaçou divulgar fotos íntimas dela.

Renato foi preso preventivamente no Hospital Municipal Barata Ribeiro no dia 5 de outubro de 2020, mas foi libertado cinco dias depois. A Justiça determinou que ele fosse monitorado eletronicamente. Apesar das restrições, Renato descobriu o endereço da vítima e começou a circular em frente ao prédio onde ela morava, mesmo usando tornozeleira eletrônica e estando proibido de se aproximar a menos de 250 metros dela. A vítima tinha um pager que apitava caso ele se aproximasse, e disse que Renato começou a atormentá-la.

Na Justiça do Rio, Renato foi condenado por lesão corporal, injúria e por descumprir medidas protetivas de urgência. No entanto, a primeira condenação foi revertida após a decisão de um desembargador, que alegou que nem todas as lesões citadas pela vítima foram comprovadas por laudo.

Médico preso em Goiás por suspeita de abusar sexualmente e perseguir a ex já foi detido após acusações semelhantes de outra mulher no Rio

Renato, que teve a prisão preventiva confirmada em audiência de custódia, está detido na Central de Triagem do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia. Em nota, defesa afirmou que a prisão cautelar é descabida e vai recorrer.

O cirurgião plástico Renato Hallak, preso dentro de um hospital em Goiás na última sexta-feira por suspeita de estupro, ameaça e perseguição a uma ex-companheira, já tinha sido detido em 2020 por acusações semelhantes, de outra mulher, também do Rio.

Renato, que teve a prisão preventiva confirmada em audiência de custódia, está detido na Central de Triagem do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia.

O caso foi remetido para o VII Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil, os crimes aconteceram no Rio de Janeiro, onde o suspeito morou com a ex-mulher. A investigação foi realizada pela 42ª DP (Recreio), e a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia efetuou a prisão de Renato.

Em nota, o advogado de defesa de Renato Hallak, Rodrigo Castanheira, afirmou que a prisão cautelar em Goiás “é inadequada e totalmente descabida, se baseia tão somente na palavra da vítima em sede policial, onde sequer foi oportunizado ao acusado apresentar sua versão sobre os fatos”. “Desde já estamos trabalhando incessantemente para que essa decisão seja revista”, acrescentou.

Vítima relata abusos
O g1 conversou com a vítima do caso de 2020, que não quis ser identificada na reportagem. Ela disse que foi agredida, abusada sexualmente e ameaçada por ele, depois de ter se recusado a fazer sexo com o então namorado.

Contou ainda que o médico ameaçou a divulgar fotos íntimas dela.

Renato foi preso preventivamente no Hospital Municipal Barata Ribeiro no dia 5 de outubro de 2020, mas foi libertado cinco dias depois. A Justiça, então, determinou o monitoramento eletrônico de Renato.

Segundo a vítima, Renato descobriu onde ela estava morando e passou a circular em frente ao prédio, mesmo com uso de tornozeleira eletrônica e proibido de se aproximar a menos de 250 metros dela. A vítima, que tinha um pager que apitaria caso ele se aproximasse, disse que ele começou a atormentá-la.

Na Justiça do Rio, Renato foi condenado por lesão corporal, injúria e por descumprir medidas protetivas de urgência.

A primeira condenação, no entanto, foi revertida após a decisão de um desembargador, que alegou que nem todas as lesões citadas pela vítima foram comprovadas através de laudo.

Deputado Da Cunha: Acusações de Violência e Sequestro Encenado Mancham sua Carreira

Em outubro de 2023, o deputado federal Carlos Alberto da Cunha, também conhecido como “Delegado Da Cunha”, se tornou réu em um caso de violência doméstica contra a nutricionista Betina Grusiecki, com quem mantinha uma união estável há três anos. O deputado negou as acusações de agressão à ex-parceira perante a Justiça.

Um vídeo divulgado pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostrou imagens perturbadoras de supostas agressões e ameaças de morte por parte do deputado, que tem 46 anos. Essa exibição adiciona mais um episódio controverso à trajetória do parlamentar, que já acumulava uma série de polêmicas desde 2021. Entre esses episódios, destacam-se sua demissão da polícia, perda de distintivo e posse de arma, confissão de encenação de um sequestro e acusações de agressão, entre outros.

No processo movido em outubro de 2023, Betina Grusiecki, de 28 anos, acusa Da Cunha de ameaças, agressões e injúrias. Enquanto o deputado nega as alegações de agressão, a exposição de áudio e vídeo no Fantástico mostra graves ameaças contra a vida de Betina. O material evidencia o deputado ameaçando atirar na ex-companheira, além de sons que parecem ser golpes, conforme relatado por Betina ao Ministério Público, incluindo a alegação de que sua cabeça foi batida contra uma parede durante o incidente.

No entanto, durante o processo judicial, Da Cunha negou especificamente a alegação de ter batido a cabeça de Betina contra a parede, alegando que ambos estavam passando por um momento difícil em seu relacionamento. O laudo do Instituto Médico Legal, por sua vez, constatou lesões leves no couro cabeludo e no corpo de Betina.

O advogado do deputado, Eugênio Malavasi, enfatizou a necessidade de uma análise pericial do vídeo antes de se tirar conclusões definitivas sobre sua veracidade. Segundo ele, o vídeo não foi submetido à perícia oficial do Instituto de Criminalística, levantando dúvidas sobre sua autenticidade.

Em meio a essas controvérsias, o deputado, que conta com mais de 5 milhões de seguidores nas redes sociais, enfrentou uma série de problemas, incluindo sua demissão da polícia em 2021 devido a comentários sobre corrupção, a confissão de encenação de um sequestro e outros episódios.

Betina e Da Cunha se conheceram em 2020 e decidiram morar juntos, mas o relacionamento foi marcado por altos e baixos, com Betina relatando agressões verbais e físicas do deputado. Mesmo diante das constantes ameaças, Betina manifestou sua relutância em terminar o relacionamento, o que, segundo sua advogada, Gabriela Manssur, foi devido a manipulações emocionais por parte de Da Cunha.

A Justiça concedeu medidas protetivas para Betina e seus pais contra o deputado. Enquanto isso, Da Cunha, apesar das acusações contra ele, já foi eleito deputado federal por São Paulo em 2022, tornando-se o 24º candidato mais votado pelo Progressistas, consolidando sua popularidade anteriormente conquistada através da divulgação de vídeos sobre operações policiais e o cotidiano dos agentes.

Imagens Inéditas Revelam Deputado Da Cunha Proferindo Insultos e Ameaças de Morte Contra Ex-Companheira

No último domingo (17), o programa Fantástico abordou a grave acusação de violência doméstica contra o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), mais conhecido como “Delegado da Cunha”, que enfrenta uma acusação judicial por ameaçar e agredir sua ex-companheira, Betina Grusiecki.

O programa revelou um vídeo inédito, gravado por Betina, no qual é possível ouvir os insultos e ameaças proferidos pelo deputado. Betina relatou à Justiça que Da Cunha a agrediu fisicamente, chegando a bater sua cabeça contra a parede e tentar sufocá-la.

Carlos Alberto da Cunha, de 46 anos, alcançou a posição de deputado federal por São Paulo após ganhar notoriedade na internet por seus vídeos relacionados a operações policiais.

O deputado se tornou réu em outubro do ano anterior devido a uma ação judicial movida por Betina Grusiecki, na qual é acusado de violência doméstica, ameaça e danos materiais. O caso ainda aguarda julgamento.

Betina e Da Cunha mantiveram um relacionamento por três anos, sem terem filhos em comum. Durante esse período, Betina relatou à Justiça episódios frequentes de agressão verbal e física por parte do deputado.

O ápice da violência ocorreu em 13 de outubro do ano passado, quando Betina foi agredida verbalmente e, posteriormente, fisicamente, conforme registrado no vídeo divulgado pelo Fantástico.

O vídeo captura momentos de extrema tensão, nos quais Da Cunha faz ameaças de morte à ex-companheira. Betina clama por socorro e chega a chamar a polícia.

O Instituto Médico Legal (IML) atestou as lesões sofridas por Betina, corroborando suas alegações de agressão física.

Apesar de negar as acusações e tentar justificar seus atos com argumentos psicológicos e espirituais, o deputado teve medidas protetivas emitidas contra ele, ordenando a entrega de suas armas e protegendo Betina e seus pais.

A defesa do deputado expressou sua intenção de submeter o vídeo a perícia, alegando que não passou por essa avaliação oficial. No entanto, ressaltou que os eventos ocorreram em um contexto de brigas conjugais e que episódios isolados não devem ser relacionados ao seu mandato parlamentar.

Betina optou por não conceder entrevista ao Fantástico, enquanto a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o deputado está afastado de suas funções para exercer suas atividades parlamentares, enfrentando cinco procedimentos na Corregedoria, ainda sem decisão definitiva. O deputado, por sua vez, não concedeu entrevista diretamente, mas seu advogado falou em seu nome.

Homem é preso por ameaçar a ex, que gravou intimidações: ‘Vou voltar pra te matar!’

Mulher já tinha registrado agressões anteriores na delegacia e tinha conseguido medidas protetivas, mas Antonio Marcos Braga da Silva as descumpriu. Polícia, então, orientou a vítima a gravar as ameaças.

Um homem foi preso em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, por ameaçar a ex-mulher.

Ela já tinha registrado agressões anteriores na polícia e tinha conseguido medidas protetivas na Justiça, mas Antonio Marcos Braga da Silva, de 31 anos, as descumpriu, passando várias vezes ao dia em frente à casa dela, proferindo humilhações e ameaças.

A vítima tornou a pedir ajuda, e a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, então, a orientou a gravar as intimidações.

Em um dos registros, Antonio afirmou saber que estava sendo filmado, mas não se intimidou.

“Pode gravar, pode gravar! Pode filmar, pode chamar a polícia, uma hora eu vou sair.”

Em outro momento, as ameaças se acirram.

“Eu vou voltar, vou sumir hoje e amanhã vou voltar pra te matar! Eu vou te matar!!!”, gritou.

A ex entregou todo esse material à Deam, que obteve na Justiça um mandado de prisão contra o agressor.

Segundo a delegada Monica Areal, Antonio não aceitava o fim do relacionamento, que durou 2 anos. “Ele perseguia vítima, injuriando, ameaçando, colocando fotos dela com dizeres depreciativos nas redes sociais, ou seja, não deixando essa vítima viver”, declarou.

“Ela relata que, desde que ela estava grávida do filho que ela tem com Antonio, ele começou a agredi-la fisicamente”, destacou.

Antonio vai responder por ameaça, injúria e perseguição.

 

Mulher é morta a tiros no meio de rua; ex é suspeito do crime

Polícia Civil explicou que o casal tinha um relacionamento de ‘idas e vindas’ há cinco anos. Caso aconteceu em Novo Gama e é investigado pela Polícia Civil.

Um homem é suspeito de matar a ex-companheira a tiros em uma rua de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Segundo relato da Polícia Militar, Nayra Suelen de Oliveira foi atendida por socorristas, mas morreu no local. O caso é investigado pela Polícia Civil.

A delegada Lídia Castro explicou que a foto o nome de Walisson da Silva Pereira foi divulgada pela Polícia Militar, que procura o suspeito. O g1 não conseguiu localizar a defesa dele para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.

O caso foi registrado na polícia na quarta-feira (14) pela manhã. Ao g1, a delegada Lídia Castro explicou que o homem e a mulher tinham um relacionamento de “idas e vindas” há cinco anos.

“Ela tinha registrado várias ocorrências. Foram requeridas algumas medidas protetivas, algumas arquivadas, visto que eles iam e voltavam. Ele mandou um áudio dizendo que ia matar ela e infelizmente cumpriu a promessa” detalhou a delegada.

 

Justiça decide que acusado de matar mulher em hotel de Piracicaba vai a júri popular

Corpo de Laise Vieira de Andrade, de 33 anos, foi encontrada no quarto onde estava hospedada com Marcelo Maciel, em novembro de 2022. Ele foi preso três dias depois.

A Justiça de Piracicaba (SP) decidiu que Marcelo Maciel, acusado de matar Laise Vieira de Andrade, de 33, anos, em um quarto de hotel da cidade, vai ser levado a júri popular. Ele responde pelo crime na prisão e a defesa informou que vai recorrer contra a pronúncia.

O crime ocorreu em 29 de novembro de 2022. De acordo com funcionários, o casal iniciou a hospedagem no hotel em 17 de novembro e prorrogou a estadia por algumas vezes sob justificativa de que a casa deles estava em obra.

Câmeras de segurança às quais a polícia teve acesso mostram o homem de saída, no térreo do hotel. Segundo relatos à Polícia Civil, ele afirmou a funcionários do estabelecimento que Laise estava descansando e não era para incomodá-la.

Após deixar a hospedagem, imagens de outra câmera mostram ele correndo por uma rua nas imediações.

A vítima foi encontrada no quarto, já sem vida, com sinais de asfixia. De acordo com relato dos policiais civis que localizaram o corpo, o cômodo estava bastante bagunçado e o interfone estava com os fios cortados.

De acordo com a Polícia Civil, após sair do hotel, Maciel foi ao escritório de seu advogado, onde assumiu o crime, e depois fugiu.

O advogado ligou para a delegada Olívia dos Santos Fonseca, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba, e informou sobre a confissão.

A prisão
O suspeito foi preso três dias depois. Segundo o cabo Padron, da Força Tática da Polícia Militar, ele ficou escondido em uma casa abandonada e sem móveis, dormindo em um colchão, até decidir se entregar.

“Chegou a informação pra gente de que ele estava disposto a se colocar à disposição da Justiça, porém, queria que a Polícia Militar fosse fazer a captura. Com base nesses dados, nós levantamos o endereço onde ele poderia estar, fomos até lá, conseguimos localizá-lo, dar ciência que havia um mandado de prisão em desfavor dele e efetuar a prisão”, explicou.

De acordo com o militar, o homem afirmou que cometeu o crime por causa de um desentendimento que teve com a vítima e decidiu se entregar por acreditar que seria localizado pela polícia.

“Ele viu que não tinha saída, viu que tinha toda a polícia atrás dele e ele ia ser preso uma hora ou outra e resolveu fazer contato com essa pessoa que entrou em contato com a gente, e a gente juntou as informações dessa pessoa com o dos sistemas de inteligência da Polícia Militar, conseguimos localizar a residência, fomos lá e fizemos a prisão”.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) por homicídio qualificado. A data júri ainda não foi definida.

O que dizem os advogados do caso
Advogado de defesa de Maciel, José Silvestre da Silva afirma que ele admite o crime, está arrependido e alega que foi extorquido pela vítima. Também diz que o desentendimento não foi conjugal, como afirmado pela polícia, mas por causa das supostas extorsões.

“O que nós pretendemos é até que se instaurasse um incidente para que uma junta de psiquiatras pudesse dizer até que ponto essas ameaças influenciaram no homicídio”, acrescenta.

Os advogados Rita de Cássia Barbuio, José Roberto Pereira e Natália de Paula Medeiros, que são assistentes de acusação e representam a família de Laise no caso, ressaltaram que foi comprovado que o caso se trata de homicídio e que foi identificado o autor. Também afirmaram que a vítima foi “cruelmente morta”.

Ainda relataram que antes dos fatos, a vítima já havia solicitado medida protetiva diante da violência do acusado e que os argumentos apresentados em sua defesa não foram provados durante o andamento do processo.

Medida protetiva
A Polícia Civil localizou um boletim de ocorrência de ameaça registrado pela vítima em 2022, quando ela solicitou medidas protetivas de urgência.

No entanto, também conforme o boletim de ocorrência, a medida protetiva foi revogada pela Justiça após informação da Ronda Patrulha Maria da Penha de que o casal estava mantendo contato por livre e espontânea vontade de ambos.