Justiça mantém prisão temporária de suspeito de atirar contra Mingau, do Ultraje a Rigor

Pablo William da Silva Mostarda, de 29 anos, foi detido em uma residência na zona rural de Taubaté no último sábado (14). Prisão temporária é válida por 30 dias.

A Justiça manteve a prisão temporária do homem suspeito de ter atirado contra o baixista da banda Ultraje a Rigor, Rinaldo Oliveira Amaral, mais conhecido como Mingau. Ele foi preso no sábado (14).

Pablo William da Silva Mostarda, de 29 anos, foi detido próximo a uma residência na zona rural da cidade. Segundo a Policia Civil, ele é um dos suspeitos de ter tentado matar o artista em Paraty, no início de setembro – leia mais detalhes abaixo.

De acordo com o Tribunal de Justiça, Pablo teve a prisão temporária decretada por um prazo de 30 dias. A audiência de custódia foi realizada neste domingo (15). O g1 tenta localizar o responsável pela defesa do suspeito.

“Verificou-se que não houve qualquer ilegalidade ou irregularidade no cumprimento da prisão de Pablo Willian da Silva Mostarda, que foi mantido preso”, informou o TJ.

A prisão
A polícia prendeu, no último sábado (14), em Taubaté, no interior de São Paulo, o quarto suspeito de atirar no baixista da banda Ultraje a Rigor, Rinaldo Oliveira Amaral, mais conhecido como Mingau.

Pablo William da Silva Mostarda, de 29 anos, foi detido próximo a uma residência na zona rural da cidade, perto da Estrada do Barreiro. O local onde ele foi encontrado era uma fazenda e, há alguns anos, foi loteada.

Segundo o boletim de ocorrência, no local, ao receber a abordagem da Polícia Militar, Pablo tentou fugir e se feriu enquanto corrida dos policiais.

O g1 apurou ainda que, na tentativa de fuga, ele pulou muros de condomínios, além de cercas de arame farpado. As equipes da PM que estavam no local iniciaram a perseguição, que durou poucos minutos.

Após pular o muro de um condomínio, Pablo foi para uma área de pasto atrás do loteamento, onde foi detido pelos militares.

Durante a tentativa de fuga, ele ficou ferido na perna direita e nas mãos. Devido aos ferimentos, ele foi levado ao pronto-socorro municipal de Taubaté e, após ser atendido, foi encaminhado ao 1º DP.

O crime
Dos cinco suspeitos de envolvimento na tentativa de homicídio, a polícia já prendeu quatro: além de Pablo, foram detidos João Vitor da Silva, Lorran Nascimento Moraes e Ray Limeira Belchior. Resta apenas o suspeito Hiago Lourenço da Silva, de 22 anos.

Mingau continua internado no Hospital São Luiz da Rede D’Or. De acordo com o último boletim médico, divulgado na última sexta-feira (13), o quadro é estável.

Mingau foi ferido no dia 2 de setembro, quando passeava de carro perto da Praça do Ovo, na Ilha das Cobras, em Paraty, no Rio de Janeiro. Um amigo do músico contou à Polícia Civil que os dois estavam indo fazer um lanche, quando o carro em que estavam foi alvo de disparos.

Segundo a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, o acompanhante de Mingau deu outra versão quando foi ouvido: a de que eles estavam indo comprar drogas.

De acordo com a 167º Delegacia de Polícia (DP), que investiga o caso, a região de Paraty onde o músico foi baleado tem a presença constante do tráfico de drogas e é conhecida como ponto de venda de entorpecentes.

Após ser baleado, Mingau foi socorrido e levado de ambulância ao Hospital Municipal Hugo Miranda, em Paraty.

Ele fez aniversário em 3 de setembro, um dia após o crime. O baixista está no Ultraje a Rigor desde 1999. A banda, porém, foi criada antes, na década de 1980. Durante a carreira, o grupo emplacou diversos sucessos no cenário musical brasileiro, como “Inútil”, “Ciúme” e “Nós vamos invadir sua praia”.

No mesmo dia, Mingau foi transferido de helicóptero a São Paulo, onde passou por cirurgia no Hospital São Luiz. A equipe médica que o operou informou à imprensa que Mingau foi atingindo do lado esquerdo da cabeça. O projétil atravessou o cérebro e saiu. A bala não ficou alojada.

Na última sexta-feira (13), um boletim médico do Hospital São Luiz da Rede D’Or apontou que Mingau registrou momentos de interação com a família, com piscar de olhos.

“O paciente Rinaldo Amaral segue internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Luiz – Unidade Itaim, da Rede D’Or. Apresenta abertura ocular e ventilação espontânea durante o dia, através da traqueostomia. Notam-se alguns momentos de interação com a família, com piscar de olhos.”

Suspeito de atirar contra Mingau, do Ultraje a Rigor, é detido em Taubaté, no interior de SP

Pablo William da Silva Mostarda, de 29 anos, foi detido em uma residência na zona rural da cidade.

A Polícia Militar prendeu na tarde deste sábado (14) Pablo William da Silva Mostarda, de 29 anos. De acordo com a PM, ele é um dos suspeitos de atirar contra o baixista da banda Ultraje a Rigor, Rinaldo Oliveira Amaral, mais conhecido como Mingau, em 2 de setembro.

Pablo William da Silva Mostarda foi encontrado em uma residência localizada na Estrada do Barreiro, no Estoril, no início da tarde, após denúncia anônima recebida pela Polícia Militar.

Com ele, também foi apreendida uma arma de fogo. A Polícia suspeita que a arma tenha sido utilizada na ação que atingiu Mingau, em setembro deste ano.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa de Pablo. A reportagem será atualizada quando houver a posição.

Dos cinco suspeitos de envolvimento na tentativa de homicídio, a polícia já prendeu quatro. Resta apenas o suspeito Hiago.

Mingau continua internado no Hospital São Luiz da Rede D’Or. De acordo com o último boletim médico, divulgado na última sexta-feira (13), o quadro é estável.

Tentativa de assassinato
Mingau foi ferido no dia 2 de setembro, quando passeava de carro perto da Praça do Ovo, na Ilha das Cobras, em Paraty, no Rio de Janeiro. Um amigo do músico contou à Polícia Civil que os dois estavam indo fazer um lanche, quando o carro em que estavam foi alvo de disparos.

Segundo a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, o acompanhante de Mingau deu outra versão quando foi ouvido: a de que eles estavam indo comprar drogas. De acordo com a 167º Delegacia de Polícia (DP), que investiga o caso, a região de Paraty onde o músico foi baleado tem a presença constante do tráfico de drogas e é conhecida como ponto de venda de entorpecentes.

Após ser baleado, Mingau foi socorrido e levado de ambulância ao Hospital Municipal Hugo Miranda, em Paraty.

Ele fez aniversário em 3 de setembro, um dia após o crime. O baixista está no Ultraje a Rigor desde 1999. A banda, porém, foi criada antes, na década de 1980. Durante a carreira, o grupo emplacou diversos sucessos no cenário musical brasileiro, como “Inútil”, “Ciúme” e “Nós vamos invadir sua praia”.

No mesmo dia, Mingau foi transferido de helicóptero a São Paulo, onde passou por cirurgia no Hospital São Luiz. A equipe médica que o operou informou à imprensa que Mingau foi atingindo do lado esquerdo da cabeça. O projétil atravessou o cérebro e saiu. A bala não ficou alojada.

Nesta sexta-feira (13), um boletim médico do Hospital São Luiz da Rede D’Or apontou que Mingau registrou momentos de interação com a família, com piscar de olhos.

“O paciente Rinaldo Amaral segue internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Luiz – Unidade Itaim, da Rede D’Or. Apresenta abertura ocular e ventilação espontânea durante o dia, através da traqueostomia. Notam-se alguns momentos de interação com a família, com piscar de olhos.”

 

Operação Pixuleco: Polícia Federal no Brasil prende sete, entre eles, José Dirceu

O ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu e homem forte no Governo Lula (2003-11) foi preso hoje (na segunda-feira, dia 3) em Brasília (no Distrito Federal) pela Polícia Federal (PF) e levado na sede da PF. Dirceu foi preso na nova fase da Operação do Lava Jato (a 17ª desde março do ano passado), que investiga o esquema bilionário de corrupção no país que envolve a Petrobras que começou no Governo Lula. A 17ª Fase da Operação Lava Jato é denominada Pixuleco, em alusão ao termo utilizado pelos acusados para denominar a propina recebida em contratos.

Cerca de 200 policiais federais cumprem 40 mandados judiciais, sendo 26 de busca e apreensão, três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e seis de condução coercitiva, em Brasília e nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Foram decretadas ainda, a partir de representação da autoridade policial que preside os inquéritos policiais, medidas de sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros.

A Polícia Federal também prendeu Luiz Eduardo, irmão de Dirceu, em Ribeirão Preto. Preso temporariamente, Luiz Eduardo é apontado pela PF como laranja do ex-ministro e responsável por receber recursos de empreiteiras com contratos com a Petrobras, mesmo depois de deflagrada a Operação Lava Jato.

A atual fase da operação se concentra no cumprimento de medidas cautelares em relação a pagadores e recebedores de vantagens indevidas. Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os presos foram levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde permanecerão à disposição da 13ª Vara da Justiça Federal.

O antigo ministro do Governo Lula estava cumprindo prisão domiciliar após condenação na Ação Penal 470, o chamado de Processo do Mensalão, no momento da prisão, pelo seu papel central no Escândalo do Mensalão, em que foram desviados 50 milhões de reais a favor do Partido dos Trabalhadores (PT), no poder desde 2003, seus dirigentes e políticos de outros partidos aliados e empresas. Hoje, o PT insiste a tese absurda, inclusive o próprio Luiz Inácio Lula da Silva, de que não houve pagamento de suborno e que por isso, o Mensalão não existiu, já que o julgamento contra dirigentes do PT fora político.

José Dirceu já vinha sendo investigado desde o início do ano (janeiro de 2015) no âmbito da Lava Jato, depois que teve o nome citado devido a pagamentos recebidos pela sua empresa de consultoria JD Assessoria, quando a empresa e o próprio passaram serem citados como uns dos beneficiários do maior escândalo de corrupção que se têm na história recente no Brasil e do mundo. A empresa de consultoria JD Assessoria está desativada devido às acusações graves feitas por donos das empreiteiras que estão presos em que ela foi usada como fachada para receber dinheiro desviado da Petrobras e de ter perdido todos os contratos de empresas que não estão envolvidas com esquema bilionário de corrupção. A Operação Lava Jato investiga esquema de corrupção principalmente na Petrobras, no qual empreiteiras formaram um cartel para conseguirem contratos de obras da empresa pública. Em troca, pagavam subornos a funcionários da empresa, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, políticos e partidos.

José Dirceu foi criador e beneficiário do esquema de corrução na Petrobras, dizem Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF)
José Dirceu, preso hoje preventivamente, na 17ª fase da Operação Lava Jato é apontado, pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), como criador e beneficiário do esquema de corrução na Petrobras. Segundo os investigadores, Dirceu, na época em que era ministro da Casa Civil, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nomeou Renato Duque para Diretoria de Serviços da estatal, onde foi iniciado o esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras.

“É evidente que José Dirceu tem um papel importante na indicação de pessoas para a Petrobras. Creio que chegamos a um dos líderes principais, que instituiu o esquema Petrobras e que, durante o período como ministro, aceitou que o esquema existisse e se beneficiou do esquema também”, disse o procurador federal Carlos Fernando Lima.

Segundo ele, Dirceu recebia pagamentos do esquema desde a época em que foi ministro. “José Dirceu foi beneficiário. Queremos mostrar que ele e Fernando Moura [outro preso hoje] foram os agentes responsáveis pela instituição do esquema Petrobras desde o tempo do governo Lula. Desde aquela época [da Casa Civil], passando pelo Mensalão, pela condenação [pelo Supremo Tribunal Federal], pelo período em que ele ficou na prisão. Sempre com pagamentos. Esses são os motivos com os quais estão baseadas a prisão”, explicou Fernando Lima.

De acordo com Fernando Lima, a prisão de Dirceu foi decretada porque, apesar de cumprir prisão domiciliar (em decorrência da condenação pelo STF no processo do mensalão), ele continuava agindo e recebendo recursos. Além disso, acrescentou o procurador, o irmão de Dirceu, também preso hoje, esteve em várias empresas investigadas fazendo cobrança de pagamento.

Ao lado de Dirceu, Fernando Moura é apontado pela força-tarefa da Lava Jato como um dos principais “líderes” do esquema de corrupção. Foi ele quem levou o nome de Renato Duque a José Dirceu.

Segundo o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, a 17ª fase da Lava Jato tem como “essência” a corrupção. Ela abrange, além das empreiteiras já investigadas, empresas de prestação de serviços de limpeza e informática para a Petrobras.

O delegado federal Marco Antonio Ancelmo acrescentou que em todo o período de investigação da força-tarefa da Lava Jato, a empresa JD Consultoria, de José Dirceu, não comprovou efetivamente a prestação de serviços, apesar da apresentação de notas fiscais emitidas como justificativa para pagamentos feitos por empreiteiras com contratos com a Petrobras.

“A empresa JD Consultoria era, praticamente, uma central de pixulecos [termo usado pelos envolvidos no esquema em referência ao pagamento de propina]. Por todo tempo que essa investigação funcionou, não há uma comprovação que essa empresa tenha efetivamente prestado o serviço”, disse o delegado. “Mesmo com todo tempo e todas as notas que foram divulgadas acerca da JD, não ficou comprovado nenhum serviço prestado pela empresa”. A 17ª Fase da Operação Lava Jato é denominada Pixuleco, em alusão ao termo.

Preso em Brasília, José Dirceu foi levado para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e depende de liberação do STF para que seja transferido para Curitiba, onde estão concentradas as ações da Lava Jato.

Perguntado se o ex-presidente Lula poderá vir a ser alvo das investigações, o procurador afirmou que nenhuma hipótese pode ser descartada. “Não se descarta nenhuma hipótese de investigação. Não vamos dizer que estamos investigando ninguém da gestão anterior, ninguém da atual gestão.”

A defesa de José Dirceu informou que irá se manifestar após ter acesso aos documentos que motivaram a prisão. Nas últimas semanas, no mês passado, Dirceu apresentou três pedidos de habeas corpus preventivo para evitar a prisão, mas todos os pedidos foram negados pela Justiça Federal. Na ocasião, o advogado Roberto Podval argumentou que a eventual prisão do ex-ministro não se justificava, pois ele está colaborando com as investigações desde o momento em que passou a ser investigado na Lava Jato, alegando que José Dirceu é alvo de uma “sanha persecutória”.

Depoimentos dos lobistas Milton Pascowitch e Júlio Camargo foram responsáveis pela nova Operação e prisões
Os depoimentos dos lobistas Milton Pascowitch e Júlio Camargo foram essenciais para a convicção da necessidade de prisão de José Dirceu na 17ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Pixuleco.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Marco Antonio Ancelmo, a força-tarefa da Lava Jato solicitou a prisão do ex-ministro somente após confirmar que Dirceu tem envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. “Estávamos aguardando elementos que permitissem a confirmação de hipóteses que tínhamos, que se confirmaram recentemente com o acordo de delação do [Milton] Pascowitch e Júlio [Camargo] e também situações que conseguimos confirmar, que até um tempo atrás não tínhamos certeza”, explicou.

Segundo o delegado, o nome dado à operação é uma referência ao termo usado por alguns dos investigados para se referir ao pagamento de propina. “Pixuleco é, basicamente, porque essa fase das investigações envolveu o pagamento de propinas, tanto de pagadores como recebedores, de todas a natureza, desde a reforma de apartamento, construção de apartamento do Renato Duque [ex-diretor da Petrobras], pagamento por ordem de [João] Vaccari [ex-tesoureiro do PT] a terceiros, pagamento de obras de arte feitas por Renato Duque e Milton Pascowitch. Temos pagamento de toda a natureza e valores, desde R$ 50 mil, para o filho de Renato Duque, a contrato de R$ 10 milhões”, informou Ancelmo.

Em acordo de delação premiada, o lobista Milton Pascowitch disse que intermediou o pagamento de propina a Dirceu e ao Partido dos Trabalhadores. Já Júlio Camargo contou, também após assinar acordo de delação premiada com a Justiça, que repassou R$ 4 milhões a Dirceu.

A defesa de José Dirceu informou que vai se manifestar sobre o assunto, após ter acesso aos documentos que motivaram a prisão. A assessoria do PT disse que não vai comentar as acusações de Pascowitch.

Ministros Gilberto Kassab e Jacques Wagner dão coletiva
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disse hoje que a prisão do José Dirceu no âmbito da investigação da Operação Lava Jato não preocupa o governo da presidenta Dilma Rousseff. Com a prisão de Dirceu, a operação chegou ao núcleo político que comandava o Palácio do Planalto na gestão do presidente Lula.

“Todos nós confiamos muito na conduta da presidenta Dilma e em nenhum momento passa por nós nenhuma expectativa de que se aproxime dela nenhuma investigação nem de seu governo”, disse Kassab, após participar da reunião de coordenação política com Dilma e mais dez ministros.

De acordo com o ministro da Defesa, Jaques Wagner, a prisão de Dirceu não foi assunto do encontro ministerial, mas preocupa o governo por causa do ambiente de instabilidade política que o país enfrenta. “Precisamos ter dois canais paralelos: as investigações seguem, e o país também segue funcionando e com a economia funcionando. O ambiente é que a gente tem que tentar melhorar para poder estimular investidores e estimular a economia a crescer.”

Jaques Wagner disse que a preocupação do governo com a estabilidade política e econômica do país não é nenhuma crítica à atuação dos investigadores e às prisões feitas na Lava Jato. “Alguns querem interpretar que a gente está contra [a operação]. Não tem nada contra, até porque não tem como ser contra a sequência da investigação, tudo tem que ter um desfecho. O que estou falando é que a gente dorme e acorda sempre com uma notícia dessa, então do ponto de vista do ambiente empresarial, de negócios, essa é minha preocupação maior. Se a gente está precisando de uma retomada, você precisa ter algum grau de estabilidade para que os investimentos ocorram normalmente.”

Sérgio Moro decide transferir José Dirceu e seis acusados para Curitiba e bloquear bens
O juiz federal Sérgio Moro pediu hoje autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para transferir José Dirceu para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde estão presos outros investigados na Operação Lava Jato. A autorização é necessária, porque Dirceu cumpre pena em regime aberto por ter sido condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão. A decisão será tomada pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator das execuções penais dos condenados no processo do mensalão.

No ofício enviado ao ministro, Moro justifica que a transferência é importante para as investigações, pois os processos referentes à Lava Jato tramitam na Justiça Federal da capital paranaense.

Como foi ele [Dirceu] também condenado na Ação Penal 470 e está cumprindo pena em regime aberto, determinei que, após o cumprimento do mandado, fosse recolhido provisoriamente à carceragem da Polícia Federal em Brasília ou à ala própria da Penitenciária da Papuda no Distrito Federal, à disposição do egrégio Supremo Tribunal Federal. ”
ofício de Sérgio Moro

Por meio de seu advogado, Roberto Podval, José Dirceu pediu hoje ao STF para não ser transferido para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Dirceu argumenta que não há motivo para a transferência, porque sempre se colocou à disposição da Polícia Federal e cumpre prisão domiciliar na capital federal, em função da condenação na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

“ Embora não se invoque, no decreto prisional, a conveniência, às investigações, da transferência do peticionário [Dirceu] a Curitiba, temos que este, desde que teve ciência de que figurava como investigado na Lava Jato, reiteradamente, dispôs-se a ser ouvido em depoimento pelas autoridades, o que nunca foi determinado. ”
Roberto Podval

O juiz federal Sérgio Moro determinou hoje o bloqueio de até R$ 20 milhões nas contas de José Dirceu e outros sete investigados na 17ª fase da Operação Lava Jato. O bloqueio é preventivo e não significa que o valor está depositado nas contas dos investigados. A decisão também atinge as contas do irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e da empresa JD consultoria, que era controlada por Dirceu. Ambos foram presos na operação. A medida tem objetivo de garantir ressarcimento aos cofres públicos, no caso de eventual condenação.

Seis investigados na 17ª etapa da Operação Lava Jato, que foram presos em São Paulo, estão em deslocamento para a sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba. De acordo com a superintendência do órgão na capital paulista, entre eles está Luiz Eduardo, irmão de José Dirceu, que foi preso em Ribeirão Preto. Ele é apontado pela PF como laranja do ex-ministro, e responsável por receber recursos de empreiteiras com contratos com a Petrobras, mesmo depois de iniciada a Operação Lava Jato. O nome dos demais não foi informado. Os mandados de prisão preventiva e temporária, além de condução coercitiva, foram cumpridos em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Defesa de José Dirceu se manifesta
A defesa de José Dirceu que antes informava que irá se manifestar após ter acesso aos documentos que motivaram a prisão, decidiu recuar horas depois da prisão. Antes, a defesa apresentou dois pedidos de habeas corpus preventivo para evitar prisão no mês passado, mas os pedidos foram negados pela Justiça Federal. Na ocasião, o advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu, argumentou que a eventual prisão do ex-ministro não se justificava, pois ele está colaborando com as investigações desde o momento em que passou a ser investigado na Lava Jato, alegando que José Dirceu é alvo de uma “sanha persecutória”.

A defesa de José Dirceu convocou para as 19h30 entrevista coletiva para falar sobre a prisão. O advogado Podval disse hoje em entrevista à imprensa, em Brasília, que vai tentar reverter a prisão de seu cliente, determinada pelo juiz federal Sérgio Moro. “Nós vamos recorrer e tentar reverter uma decisão, a meu ver, equivocada. A prisão foi para dar um exemplo, e não pelos fins de uma prisão preventiva.”

Para o advogado, Dirceu está sendo usado como “bode expiatório” no processo da Lava Jato. “Ninguém fala de uma única conta ou movimentação do Dirceu no exterior. Não fala porque não tem. Colocam ele como o grande responsável do Petrolão. Estão buscando um bode expiatório no processo. Podem odiar ele, falar o que quiserem dele, mas não havia fundamento para a prisão. Parece-me exagerado, equivocado, injusto.”

De acordo com o advogado de José Dirceu, a prisão foi em decorrência da pressão popular e não pela existência de fato novo que justificasse a decisão do juiz federal Sérgio Moro. “Há um movimento, uma pressão popular, e ela cai em cima do juiz, que é cobrado pela população. Não vou culpar o juiz Sérgio Moro. Não acho que ele esteja fazendo política, mas acho que ele, como qualquer ser humano, está reagindo à pressão popular”, disse. “Nada de novo aconteceu para justificar, agora, a prisão. O que mudou no processo de 60 dias para hoje? Absolutamente nada”, completou.

O advogado chegou a comentar que seria melhor Dirceu ficar preso em Brasília, em função da proximidade da família. “Para a família, que vive em Brasília, facilita. Para mim, nada é bom. Prisão aqui ou em outro lugar. Aqui não tem vitória. Fomos derrotados com relação a ele ser preso. Estamos tentando deixar a coisa mais cômoda dentro do que é ruim.”

Transferência para Curitiba
Na noite, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a transferência de Dirceu para a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, após ofício enviado por juiz Sergio Moro ao Barroso, que justificou que a transferência é importante para as investigações, pois os processos referentes à Lava Jato tramitam na Justiça Federal em Curitiba. Como a decisão foi tomada por volta das 20 horas, a transferência deverá ocorrer amanhã dia 4 (terça-feira).

A PF aguardava a autorização do Supremo a fim de transferi-lo para a capital paranaense, onde estão outros presos na Lava Jato. A decisão de Barroso, relator das execuções penais dos condenados no processo, é necessária porque Dirceu cumpre pena em regime aberto por ter sido condenado na Ação Penal 470, do processo do mensalão.

Partido dos Trabalhadores reage
A direção do PT divulgou hoje (3) nota oficial informando que as doações para campanha eleitoral ocorreram dentro da lei. Publicada no site oficial e assinada pelo presidente nacional do partido, Rui Falcão, a nota afirma que as doações foram feitas por meio de transferência bancária e declaradas à Justiça Eleitoral.

“O Partido dos Trabalhadores refuta as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou participado de qualquer esquema de corrupção. Todas as doações feitas ao PT ocorreram estritamente dentro da legalidade, por intermédio de transferências bancárias, e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral.”

Em acordo de delação premiada, o lobista Milton Pascowitch disse que intermediou pagamento de propina ao ex-ministro José Dirceu, preso hoje pela Polícia Federal, e ao PT. Executivo da Toyo Setal, Júlio Camargo contou também, após assinar acordo de delação premiada com a Justiça, que repassou R$ 4 milhões ao ex-ministro.

De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, Dirceu foi o criador e beneficiário do esquema de corrução investigado pela Lava Jato. Segundo os investigadores, Dirceu, na época em que era ministro da Casa Civil, nomeou Renato Duque para a Diretoria de Serviços da estatal, iniciando o esquema de superfaturamento de contratos.

Repercussão internacional
A notícia da prisão do ex-ministro da Casa Civil, deputado cassado e agora ex-consultor de empresas brasileiras e estrangeiras José Dirceu pela Polícia Federal (PF) em Brasília não se restringiu apenas na imprensa brasileira. A imprensa estrangeira também deu destaque à prisão pelo fato de ter sido o homem forte no primeiro Governo Lula (2003-07) e considerado o sucessor natural do então presidente Lula (a imprensa estrangeira o chama de “Lula da Silva”) nas eleições de 2010. Isso se caso Lula conseguir a reeleição e que não tivesse envolvido com esquemas criminosos nas quais Lula e seus aliados do partido no poder eram oposição e contrários a qualquer forma de esquemas e se apresentava nova alternativa política, o que na prática, o partido se aliou aos que repudiava ao passado em nome da farsa governabilidade e permitiu níveis altos de corrupção.

Escândalo do “Leite Compensado”: Depósitos Clandestinos e Fraude em Produtos Lácteos no RS

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) revelou um esquema de adulteração de produtos lácteos conduzido pela empresa Dielat, envolvendo dois depósitos clandestinos localizados em Taquara. A operação, que resultou na prisão de cinco pessoas, identificou práticas de reprocessamento de leite vencido com a adição de soda cáustica e água oxigenada, substâncias nocivas à saúde.

Investigação e Prisões

Os depósitos armazenavam toneladas de produtos em condições impróprias para consumo, como itens vencidos, com bolor e contaminados por sujeira e insetos. Entre os presos está Sérgio Alberto Seewald, químico industrial conhecido como “mago do leite”, acusado de ser peça-chave na fraude.

Riscos à Saúde e Impacto no Mercado

De acordo com o MPRS, o uso das substâncias químicas tinha como objetivo mascarar a acidez do leite e reprocessar itens deteriorados, colocando a saúde dos consumidores em risco, inclusive com potencial carcinogênico. Marcas como Mega Milk, Mega Lac, Tentação e Cootall estão entre as comercializadas pela Dielat, com produtos disponíveis no Brasil e na Venezuela.

Repercussão

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde recomendou a suspensão da venda dos produtos da Dielat até a conclusão das análises laboratoriais. Em nota, a empresa negou as acusações e afirmou que sua atuação é ética e regular.

Operação Leite Compensado

A operação, em andamento desde 2014, já investigou fraudes similares em outras empresas. As investigações continuam para identificar a participação de outros envolvidos no esquema.

Essa descoberta expõe os desafios de garantir a qualidade e segurança no setor de alimentos, destacando a importância de uma fiscalização rigorosa.

Advogada é presa por racismo acusada de xingar funcionário negro de lanchonete de ‘macaco sujo’

Fabiani Marques Zouki também vai responder por injúria racial e pelo crime de dirigir veículo embriagada. Pablo Ferreira acusou a mulher de xingá-lo e depois quebrou o retrovisor do carro dela. Caso ocorreu na noite de quinta (25) no Burger King de Moema, Zona Sul.

Uma advogada foi presa em flagrante pela Polícia Militar (PM) após ter sido acusada de racismo e agressão por um funcionário negro de uma lanchonete em Moema, Zona Sul de São Paulo. Além dele, mais quatro funcionários do estabelecimento disseram ter sido vítimas da mulher. Ela também vai responder por embriaguez ao volante.

O caso ocorreu na noite desta quinta-feira (25) numa das unidades do Burger King de Moema. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a mulher alterada (veja acima).

Pablo Ramon da Silva Ferreira, de 25 anos, supervisor do Burger King, falou para os policiais que a advogada Fabiani Marques Zouki, de 46 anos, o ofendeu e xingou com palavras racistas, o chamando de “macaco sujo”. Segundo ele disse à TV Globo, a cliente estava “alterada” no drive thru da lanchonete exigindo que fosse atendida em cabines que estavam fechadas.

“Aí já no carro, ela gesticulou novamente e me chamou de ‘macaco’ e ‘macaco sujo’. Aí eu me revoltei. eu não ia agredi-la, mas foi aí que eu desferi um soco no retrovisor do carro”, contou Pablo.

Nos vídeos gravados por Pablo, outras testemunhas e pelas câmeras de segurança do Burger King, e que foram compartilhados nas redes sociais, Fernanda não diz que se tivesse chamado o funcionário de ‘preto’ e ‘macaco’ isso não seria motivo para ele danificar o veículo dela.

“Falou que eu chamei de ‘preto’ de ‘macaco’… viajou na maionese. E daí se eu tivesse chamado? Isso não é justificativa pra quebrar meu carro. Não é”, diz Fabiani, no vídeo gravado por outras testemunhas.

“Quem é o macaco agora? Quem é o preto agora? Você tem sorte que eu não quebrei a sua cara…”, diz Pablo no vídeo gravado por ele mesmo no qual mostra Fabiani. O supervisor contou ainda que a mulher o agrediu com um tapa no ouvindo, quebrando o fone do Burger King.

Pablo contou à reportagem que já foi vítima de racismo em outras ocasiões cometido por outras pessoas.

A Polícia Militar foi chamada por testemunhas para atender o caso. Chegando ao local, os policiais militares contaram que encontraram Fabiana “visivelmente alterada” e “embriagada”.

“A mesma se recusou a fazer exame do etilômetro [bafômetro], e foi encaminhada ao IML [Instituto Médico Legal] para a realização de exame de constatação de embriaguez”, informa trecho da nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre o caso.

‘Embriaguez e injúria racial’

Fabiani foi levada presa para o 27º Distrito Policial (DP), Campo Belo, que registrou o caso como “embriaguez ao volante” e “injúria racial”. A Polícia Civil indiciou a mulher pelos crimes. O crime de injúria racial é inafiançável e não prescreve. Ele é equiparado ao crime de racismo.

Além de Pablo, outros quatro funcionários do Burger King (um homem e três mulheres) também aparecem como vítimas de Fabiani. Duas atendentes contaram que foram agredidas pela mulher. Uma delas falou que levou um tapa na boca e outra um soco no rosto.

Segundo o boletim de ocorrência do caso, a delegacia não conseguiu fazer o interrogatório de Fabiani porque ela estava “transtornada e agressiva”. Chegando até a tentar morder um policial.

Segundo o Cadastro Nacional de Advogados (CNA) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o registro de Fabiani como advogada em São Paulo está “cancelado”. A reportagem procurou a OAB para comentar o assunto e a entidade alegou que foi a própria advogada quem pediu o cancelamento, mas não informou o motivo.

“A Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB SP) apura rigorosamente, quando formalmente acionada , toda e qualquer denúncia referente à conduta de profissionais inscritos nesta Secional. Como Fabiani Marques Zouki está com a inscrição cancelada na OAB SP, a pedido da própria profissional, desde setembro de 2021, não cabe qualquer apuração por parte desta Secional”, informa a OAB por meio de nota.
A mulher passará por audiência de custódia nesta sexta-feira (26) para a Justiça decidir se ela continua presa ou será solta. Procurada pela reportagem para comentar o assunto, a defesa de Fernanda informou que aguarda uma decisão judicial nesta tarde sobre a situação da sua cliente para dar mais detalhes sobre o que ela alegou.

“Por ora aguarda-se a audiência de custódia para decisão sobre a liberdade provisória. Sobre o fato em si, cedo ainda pra falar porque muita coisa dependerá do que vier a ser investigado no inquérito policial já instaurado. A informação dos autos é de que houve acirramento de ânimos no interior de uma lanchonete, com ofensas mútuas. De qual, segundo se alega, teria sido propalada ofensa de cunho racista. Mas é tudo muito incipiente. Por ora, a defesa atua no sentido de obter liberdade provisória”, informou o advogado Carlos Lucera, que defende a mulher.

A defesa informou ainda que desconhece o motivo que levou sua cliente a cancelar o registro profissional como advogada na OAB-SP.

Em sua redes sociais, Fabiani exibe fotos pessoais e mensagens como “E se a felicidade bater, apanhe”. Ela também se mostra a favor do voto impresso nas eleições.

e com o Burger King para comentarem o assunto.

 

Polêmica no Rio: Policiais Militares são Flagrados Celebrando Aniversário de Miliciano em Hospital

Policiais Militares podem ser excluídos da corporação após vídeo polêmico em hospital

Um vídeo viralizou nas redes sociais mostrando dois sargentos da Polícia Militar celebrando o aniversário de um miliciano internado sob custódia no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O preso em questão é Jean Arruda da Silva, ferido durante uma operação que resultou na prisão de 15 suspeitos ligados à milícia, incluindo o grupo liderado por Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. A comemoração improvisada incluiu bolo, refrigerante e até mesmo um pedido de aplausos para o aniversariante. Os policiais foram identificados e encaminhados à 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar para medidas disciplinares, podendo enfrentar punições severas, inclusive a exclusão da corporação.

A operação que culminou na prisão dos suspeitos teve início após informações do setor de inteligência da Polícia Civil. O grupo de milicianos foi interceptado na Avenida Brasil, em Campo Grande, enquanto se deslocavam entre comunidades. Durante a abordagem, foram apreendidas armas de fogo e coletes falsos da Polícia Militar, adquiridos pelos criminosos pela internet. Seis dos suspeitos foram feridos durante o confronto e foram levados sob custódia policial para o Hospital Municipal Pedro II.

Os presos fazem parte de um grupo que vinha sendo monitorado há meses pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Oito dos detidos já possuíam antecedentes criminais. A operação, que contou com a atuação conjunta de agentes da PRF, Draco e Polícia Militar, resultou na prisão de 15 milicianos, com apenas um indivíduo conseguindo escapar.

A Polícia Militar, por meio de sua assessoria, declarou que a Corregedoria está acompanhando o caso e que os policiais envolvidos serão submetidos a um Procedimento Administrativo Disciplinar, podendo enfrentar a exclusão dos quadros da corporação. O posicionamento ressaltou ainda que o comando da PM não tolera desvios de conduta por parte de seus membros e que punirá com rigor os envolvidos em condutas impróprias ou criminosas.

Os presos são:

 

  1. Alexandro dos Anjos Garcia
  2. Driel Azevedo de Araújo (baleado e hospitalizado)
  3. Jean Arruda da Silva (baleado e hospitalizado)
  4. Jefferson Ferreira de Oliveira (baleado, atendido e recebeu alta)
  5. Jhonata Farias de Araújo
  6. Leandro de Oliveira Silva
  7. Lucas Martins Venâncio
  8. Lucas Souza de Ramos
  9. Marcos Aurélio Soares Santos de Carvalho (baleado, atendido e recebeu alta)
  10. Marcos Paulo Dias Moreno
  11. Marcos Vinícius da Silva Raimundo
  12. Mário Lúcio de Souza Cruz
  13. Marlon da Cruz Chaves (baleado, atendido e recebeu alta)
  14. Maurício Paiva da Costa Júnior
  15. Wallace de Oliveira Balbino (baleado e hospitalizado)

 

Entenda por que empresário que arrastou e matou garota de programa em Ribeirão Preto vai para regime aberto

Pablo Russel Rocha foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado pela morte de Nicole em setembro de 1998. Em fevereiro, Justiça de São Paulo autorizou a progressão de pena dele.

O resultado de um exame criminológico feito no empresário Pablo Russel Rocha, condenado em Ribeirão Preto (SP) a 24 anos de prisão pela morte da garota de programa Selma Heloísa Artigas da Silva, conhecida como Nicole, embasou a decisão da Justiça que autorizou a progressão de pena dele do regime semiaberto para o aberto.

Segundo o laudo emitido por uma psicóloga e uma assistente social e atestado pela direção do presídio em Tremembé (SP), durante a entrevista realizada em novembro de 2023, Pablo “manifestou arrependimento, demonstrou empatia para com a vítima e com sofrimento familiar provocado por seus atos”.

De acordo com as avaliadoras, ele é um “indivíduo consciente, maduro, vinculado aos laços familiares e com planejamento coerente e possível para sua liberdade. Demonstrou criticidade e maturidade para o convívio social, não havendo aspectos psicológicos que justifiquem seu indeferimento”.

A decisão foi proferida na sexta-feira (2). A defesa de Pablo não quis falar sobre o assunto.
O crime aconteceu em 1998. Logo depois, Pablo foi preso. Ele deixou a cadeia em 2000 por força de um habeas corpus e respondeu o processo em liberdade. Em 2016, 18 anos após a morte, ele foi condenado a 24 anos de detenção em regime fechado por homicídio triplamente qualificado. Foi preso, mas conseguiu um habeas corpus.

Em dezembro de 2018, a Justiça novamente determinou a prisão, mas ele ficou foragido até agosto de 2019. O nome dele chegou a ser colocado na lista de procurados da Interpol.

Com isso, Pablo deve cumprir as seguintes medidas cautelares:

Tem que comparecer trimestralmente à Vara de Execuções Criminais para informar sobre suas atividades;
Precisa conseguir um trabalho no prazo de 90 dias, devendo comprovar a ocupação;
Não pode sair de casa das 20h às 6h, salvo com autorização judicial;
Não pode mudar de residência ou Comarca sem prévia autorização do juízo;
Não pode frequentar bares, casas de jogo e outros locais incompatíveis com o benefício conquistado.
Mudança de regime
O pedido para a progressão foi feito pela defesa em novembro de 2023 após Pablo atingir o cumprimento de 27,82% da pena ou pouco mais de ¼, o equivalente a seis anos de prisão.

O artigo 112 da Lei de Execuções Penais prevê que a pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso a depender do tempo de cumprimento.

Ele estava no semiaberto desde 2021. Em regime fechado, Pablo ficaria na cadeia até 2040.

Entre os aspectos analisados pela equipe psicológica, a juíza responsável pela avaliação do pedido determinou que fossem observados valores éticos e morais, presença de agressividade e impulsividade, se ele era capaz de conter impulsos e fazer crítica sobre delitos, além da possibilidade de reincidência.

O Ministério Público acrescentou mais questionamentos, entre eles se Pablo tinha consciência de ter infringido norma de conduta e se apresentava sinais de periculosidade ou estereótipos comportamentais de que poderia voltar a delinquir.

Culpa
Durante a entrevista para a elaboração do laudo, Pablo admitiu ter cometido o crime em 1998, mas disse que a morte de Nicole foi resultado da grande quantidade de bebida alcoólica que ele havia consumido anteriormente.

Ele tinha 24 anos na época. Segundo relato do empresário à equipe, na noite de 11 de setembro de 1998, após beber com amigos na loja de conveniência de um posto de combustíveis em Ribeirão Preto, ele seguiu com o grupo para um prostíbulo.

Depois que todos deixaram o local, Pablo se desencontrou de um amigo e voltou ao prostíbulo para encontrá-lo. Ao chegar, foi informado pelo dono do estabelecimento que não havia mais ninguém lá. Uma jovem que ele não conhecia pediu carona e ele concordou em levá-la.

Segundo Pablo, Nicole entrou no carro dele e, no meio do caminho, pediu que ele parasse em um endereço para comprar drogas. Os dois discutiram e Nicole abriu a porta do veículo.

O empresário afirma que seguiu dirigindo, mas parou muitos metros à frente, na região da Avenida Caramuru, porque suspeitou de que um pneu havia furado. Ao descer para verificar a roda, se deparou com Nicole presa ao cinto de segurança.

De acordo com a acusação, Nicole, de 21 anos, foi arrastada presa à caminhonete por cerca de dois quilômetros. Ela estava grávida e não resistiu aos ferimentos.

‘Arrependimento’

Para a equipe multidisciplinar que o avaliou para a progressão de pena, ao assumir o crime, Pablo “exterioriza arrependimento, demonstrando entendimento da gravidade, discernimento da regra social e suas obrigações”. Ainda segundo o documento, os planejamentos dele fora da prisão, que incluem retomar o trabalho em Florianópolis (SP), onde estava vivendo antes de ser preso, “são possíveis e coerentes para o cumprimento da pena em regime mais brando”.

A direção da unidade prisional em Taubaté (SP), onde ele cumpria pena, também declarou que Pablo demonstrou “ótimo” comportamento, inclusive trabalhando e estudando no local. As atividades inclusive levaram à redução do total da pena em nove meses.

O Ministério Público emitiu parecer contrário à progressão de regime ao considerar a gravidade do crime cometido, a elevada pena imposta, o pequeno tempo de cumprimento de pena e o longo saldo. Segundo o MP, o regime aberto reforçaria na sociedade a sensação de impunidade diante do abrandamento da pena.

Ao proferir a decisão, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, do Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim) em São José dos Campos (SP), não encontrou elementos jurídicos para recusar o pedido.

“Com efeito, verifica-se que o sentenciado teve sua conduta classificada como ótima pelo Serviço de Segurança e Disciplina do estabelecimento em que cumpre pena, não havendo registro de falta disciplinar por ele cometida, constando ainda que vem usufruindo das saídas temporárias, retornando normalmente ao presídio, bem como vem se dedicando ao trabalho e ao estudo no cárcere. Ademais, preenche o lapso temporal necessário e possui situação processual definida. É de se destacar ainda que obteve resultado positivo no exame criminológico realizado, sendo considerado apto a usufruir do regime aberto pela unanimidade dos avaliadores participantes.”

O Ministério Público informou que recorreu da decisão.

 

Prejuízo milionário: XP é processada por investidores por perdas em aplicações financeiras

A XP Investimentos, a maior corretora do Brasil com R$ 1,1 trilhão sob sua custódia e 4,5 milhões de clientes, está enfrentando uma série de processos judiciais sob acusações de práticas abusivas que levaram investidores a perdas milionárias e ao esvaziamento de seus patrimônios. Segundo os reclamantes, a corretora teria fornecido informações erradas ou incompletas sobre os investimentos, prometido lucros elevados e incentivado aportes em papéis pouco vantajosos, com maior retorno em taxas de corretagem.

De acordo com uma investigação conduzida pelo Metrópoles, os processos na Justiça incluem trocas de mensagens entre assessores e clientes da XP, nas quais produtos financeiros de alto risco eram vendidos com a falsa garantia de “blindagem” contra perdas, o que, na prática, não ocorreu. Além disso, há alegações de que assessores teriam realizado operações financeiras milionárias sem a autorização dos clientes, aumentando tanto os prejuízos dos investidores quanto as comissões dos agentes envolvidos.

Entre os produtos mencionados nos processos estão os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) e as operações alavancadas com empréstimos. Os COEs, uma combinação de investimentos de renda fixa e variável, foram vendidos como uma opção com potencial de lucro acima da média, garantindo a devolução do capital principal em caso de baixa, o que não se concretizou para muitos investidores.

Em resposta às acusações, a XP declarou ao Terra que “segue rigorosamente a regulação e preza pela absoluta transparência nas condições e prazos dos seus produtos de investimentos”, afirmando ainda que está alinhada aos mais altos padrões de compliance e adequação ao perfil do investidor (suitability). No entanto, a empresa não comentou diretamente os casos que tramitam na Justiça.

Fundada em 1997 pelo economista Guilherme Benchimol, a XP tem expandido suas operações nos últimos anos, adquirindo várias empresas do mesmo setor. No entanto, as recentes alegações de má conduta têm colocado em xeque a reputação da corretora no mercado financeiro brasileiro.

Homem atropela a ex 2 vezes e é procurado por tentativa de feminicídio; vídeo mostra o crime

Igor dos Santos Silva avança com o veículo em cima da ex e de outro homem na rua. Após atingir os dois, ele volta e atropela novamente a mulher, já caída no chão.

Um homem é procurado pela polícia por tentativa de feminicídio e de homicídio. Um vídeo (veja acima) mostra quando Igor dos Santos Silva atropela a ex-companheira duas vezes seguidas na Rua Melancia, em Curicica, Zona Oeste do Rio.

Outro homem também foi atropelado. Os crimes foram na manhã de terça-feira (6).

Nas imagens, dá para ver quando a vítima passa correndo e pede ajuda ao homem, que passava de bicicleta pela rua. Em seguida, um carro cinza aparece em alta velocidade e atinge os dois, que caem no chão.

O carro dá ré e volta a atropelar a mulher, já caída.

As duas vítimas tiveram escoriações, mas não correm perigo de morrer.

O delegado Augusto Lago, da 32ª DP (Taquara) afirmou que pediu a prisão preventiva de Igor, que é procurado pela polícia.

“A polícia conta com a colaboração da população e está reunindo todos os esforços para prender o criminoso”, disse Lago.

 

Trio que estava a caminho de reunião para definir novo chefe da milícia em Seropédica é preso

Encontro definiria quem ficará no lugar de Tauã de Oliveira Francisco, o Tubarão, morto na última terça-feira durante uma operação da Polícia Civil.

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (7) três milicianos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, quando estavam a caminho de uma reunião para discutirem quem se tornaria o chefe da milícia de Seropédica, também na Baixada, após a morte do miliciano Tauã de Oliveira Francisco, o Tubarão, na última terça (6).

De acordo com os investigadores, os presos são: Gabriel de Lima Battisti, o GL; Alexandre de Souza Damasceno, o Bebezão, e Igor da Silva Barreto, o Shortinho.

A polícia diz que GL é apontado como responsável por arrecadar dinheiro de extorsão. Já Bebezão e Shortinho seriam os seguranças do grupo paramilitar.

Com eles, os agentes apreenderam uma pistola calibre 45, um carregador, munição, cinco celulares e R$ 700.