Subprefeito da Lapa, em SP, é investigado por apreensões fora da área de atuação; vídeos de ações foram divulgados por vereador

Luiz Carlos Smith Pepe admitiu ter feito de 6 a 8 ações fora da região que está sob sua responsabilidade. Prefeitura de SP diz que investiga ações e que punições poderão ser tomadas caso infrações funcionais sejam comprovadas.

A Controladoria Geral do Município (CGM) – órgão de controle da Prefeitura de São Paulo – está investigando o subprefeito da Lapa, Luiz Carlos Smith Pepe, por atuação em fiscalizações e apreensões realizadas fora dos domínios territoriais do órgão dirigido por ele, o que fere a lei municipal.

Sob o pretexto de acabar com bailes funks que tiram o sossego das comunidades em várias partes da cidade, o subprefeito usou equipes da Subprefeitura da Lapa, na Zona Oeste, para atuar – sem prévio conhecimento da Prefeitura de SP – em áreas que pertencem a outras subprefeituras.

As ações foram filmadas e colocadas em redes sociais pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que acompanhou diretamente essas operações fora do território da Lapa. Houve apoio das polícias Militar e Civil e da Guarda Civil Metropolitana (GCM).

Em ao menos uma das ações, na comunidade de Heliópolis, na Zona Sul, os agentes de fiscalização que fizeram a apreensão estavam com os coletes da prefeitura do avesso – sem exibir o logo do poder municipal 

o SP2 foram procurados por comerciantes de Heliópolis e da Brasilândia, que tiveram pertences apreendidos pelos fiscais da Subprefeitura da Lapa e não estão conseguindo reaver os produtos, mesmo com notas fiscais comprovando a origem lícita dos produtos.

Além de bebidas alcóolicas e aparelhos de som, os comerciantes relatam que tiveram mesas, cadeiras e até televisores apreendidos pelos fiscais da Lapa. As imagens colocadas no Youtube pelo vereador confirmam a versão dos vendedores, que pediram para não ser identificados, pois têm medo de sofrer retaliação da polícia.

Apenas em Heliópolis, onde uma dessas operações aconteceu, em 7 de junho, na Rua Coronel Silva Castro, os comerciantes afirmam que os prejuízos chegam a R$ 200 mil.

A via concentra vários comércios da comunidade e é onde também acontecem os bailes funks.

“Entraram no comércio da minha mãe e levaram mais de R$ 40 mil em mercadoria, tudo com nota fiscal. O baile nessa rua é de conhecimento de todos e é organizado, tem hora para começar e acabar. Não vira a noite e é tudo limpo. As atividades ilegais acontecem do lado de fora, mas não é justo entrar num comércio com todos os impostos pagos e levar tudo, sem estar acontecendo nenhum ato ilegal e sem mandado de apreensão judicial”, disse a filha de uma comerciante de Heliópolis ao g1.

“Entraram no meu bar, sem ninguém lá dentro, e levaram tudo o que a gente tinha. Fui chamada depois que os fiscais já tinham ido embora. Cheguei e não tinha mais nada. Levaram mesa, cadeira, freezer. De um vizinho levaram até o televisor. Tudo comprado com suor. São mais de R$ 50 mil em prejuízo. Há um mês não consigo trabalhar porque não tenho como comprar tudo de novo. Tenho dois filhos, mãe doente para cuidar e não consigo me reerguer”, contou outra comerciante.
A advogada Larissa Machado Pedrosa representa ao menos três dos mais de dez comerciantes de Heliópolis que foram alvo da operação de 7 de junho. Ela conta que, no dia seguinte à operação, foi até a Subprefeitura do Ipiranga, a que o território de Heliópolis pertence, mas não encontrou o material apreendido.

“Alguns comércios foram arrombados com as portas fechadas e sem ninguém lá. Os fiscais nem lacre das apreensões deixaram. Fui até a Sub[prefeitura] do Ipiranga tentar reaver os produtos e apresentar as notas, mas lá os fiscais disseram que nem sabiam que havia acontecido uma operação em Heliópolis”, declarou.

Larissa relatou que, uma vez descoberta a participação da Subprefeitura da Lapa na ação, foi até a unidade – distante 15 km de Heliópolis –, e ouviu dos funcionários de lá que não conseguiria reaver os produtos, principalmente as bebidas alcóolicas.

“A única coisa que eles falaram é que iriam verificar o que poderia ser liberado. E que aquela região ali [Heliópolis] é como se não existisse no mapa. Que qualquer um pode entrar e sair, é uma área pública e eles poderiam levar as mercadorias”, contou.
“Questionei a questão de a Lapa estar lá no Heliópolis, considerando que a gente tem uma subprefeitura bem próxima da comunidade, e eles não souberam explicar o que estavam fazendo na região. E falaram que todas as bebidas certamente a gente não conseguiria recuperar, sem dar muitos detalhes”, completou a advogada.

Larissa ingressou na Justiça com mandado de segurança para ter os bens dos comerciantes recuperados. O processo não foi apreciado pelo juiz até a última atualização desta reportagem.

O que diz a lei municipal
A cidade de São Paulo tem 32 subprefeituras. Cada uma é responsável por uma área determinada e não pode agir fora da região que administra, segundo a lei que criou normas para o funcionamento desses equipamentos públicos, durante a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT).

Na lei municipal, de agosto de 2002, está expresso que as subprefeituras foram instaladas em áreas administrativas com limites territoriais estabelecidos e que as atribuições de cada uma devem respeitar esses limites.

O SP2 procurou o subprefeito do Ipiranga, Décio Oda, que confirmou que não sabia da operação em Heliópolis naquela data. Ele disse que estranhou como tudo foi feito.

“Para você fazer a apreensão da mercadoria, eu acredito que você tenha que ter o respaldo da vigilância sanitária também. A prefeitura em si não faz isso. A nossa condição é que vá fiscalizar o funcionamento do local: ‘Você tem o alvará de funcionamento?’ ‘Não tenho’. ‘Então você vai ser autuado pelo seu CPF.’ Só isso que a gente pode fazer. Nada de apreender”, ressaltou.

“Como subprefeito, eu não posso [operar em outro território]. A não ser que eu tenho algum outro tipo de respaldo para atuar, mas como subprefeito, não”, completou.

O que diz a Prefeitura de SP
O g1 e o SP2 questionaram a Secretaria Municipal das Subprefeituras, pasta da gestão Ricardo Nunes (MDB) que comanda as ações das 32 subprefeituras da cidade.

Por meio de nota, a Controladoria Geral do Município (CGM) afirmou que abriu uma apuração para investigar as ações do subprefeito da Lapa, após receber denúncia registrada na Ouvidoria do Tribunal de Contas do Município (TCM).

“A apuração está em fase inicial, e a CGM já solicitou esclarecimentos da Subprefeitura Lapa e aguarda manifestação do órgão. O município reitera que, se houver indícios de ilegalidade na ação denunciada, os agentes públicos efetivos e/ou comissionados poderão responder a procedimentos administrativos e, caso sejam comprovadas infrações funcionais, serão punidos”, declarou o órgão.

A CGM também disse que, em maio, a pasta já havia recebido uma denúncia registrada na Ouvidoria Geral do Município sobre eventuais ilegalidades na gestão pública de servidores da Subprefeitura da Lapa ou do subprefeito em questão.

“O caso foi averiguado e encerrado por não atender os requisitos de admissibilidade que pudessem comprovar os fatos denunciados, sem prejuízo de reabertura se houver fatos novos”, declarou (veja íntegra da nota abaixo).

O que dizem as polícias de SP

A Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP) também foi procurada, uma vez que a operação em Heliópolis, chamada de “Impacto Paz e Proteção”, teve a participação de PMs e policiais civis.

A pasta afirmou que essas ações sempre contam com a participação de agentes municipais, mas que questionamentos referentes à escolha desses participantes deveriam ser feitas à Prefeitura de SP.

“A Operação Impacto Paz e Proteção é executada regularmente pelas forças policiais do estado para coibir a formação dos chamados ‘pancadões’ e garantir a segurança dos moradores em diferentes regiões. As ações contam com a participação de representantes do Executivo local, que são responsáveis pela fiscalização de temas relacionados à legislação municipal”, disse.

“Na operação realizada em Heliópolis, no dia 07/07, as forças de segurança emitiram 146 autos de infração de trânsito, apreenderam 32 veículos irregulares, porções de entorpecentes e prenderam um suspeito por tráfico de drogas. Os questionamentos relativos aos agentes municipais devem ser encaminhados aos órgãos responsáveis”, completou.

O que disse o subprefeito da Lapa

O subprefeito da Lapa também atendeu o SP2 e admitiu ter participado de seis a oito operações fora do território comandado por ele, mas não de forma direta.

Luiz Carlos Smith Pepe: “Não foram funcionários da subprefeitura que foram cedidos, não foi feito uma autuação pela Subprefeitura da Lapa. Não teve um agente vistor que acompanhou a operação. O que nós cedemos foi a equipe de apreensão”.
Repórter: Mas essa equipe de apreensão é da Subprefeitura da Lapa?
Luiz Carlos Smith Pepe: “Da Subprefeitura da Lapa”.
Repórter: Então são funcionários do senhor?
Luiz Carlos Smith Pepe: “Sim. O que eu estou dizendo para o senhor é o seguinte: é comum, pelo fato de nós termos uma estrutura que atua 24 horas na região, que nós sejamos solicitados no empréstimo dessas equipes. Então, uma coisa que empresta-se para outra subprefeitura eventualmente e empresta-se para a Polícia Militar quando solicitado”.
Repórter: Mas isso não fere a lei?
Luiz Carlos Smith Pepe: “Em que sentido?”
Repórter: No sentido de que eles só podem atuar na área de onde eles estão, ou seja, do bairro…
Luiz Carlos Smith Pepe: “Se eu tivesse cedido um agente vistor, feito uma autuação, alguma coisa nesse sentido, eu concordo. Agora, você deu uma equipe de apreensão para uma instituição que nos apoia em tempo integral, eu não vejo estar ferindo a legislação nesse sentido”.
Repórter: Mas eles são funcionários aqui, não são?
Luiz Carlos Smith Pepe: “Eles são funcionários terceirizados da Subprefeitura [da Lapa].
Repórter: Quantas operações o sr. fez dentro da Lapa e quantas foram fora da circunscrição da Lapa?”
Luiz Carlos Smith Pepe: “Tem operações quase que diárias pela Subprefeitura da Lapa. Nem todas elas versando sobre combate a perturbação de sossego público, não consigo mensurar de pronto quantas são, mas são muitas. Fora da circunscrição da Lapa, nós fizemos – salvo engano – acredito que uma seis ou oito operações. E não foram pela Subprefeitura da Lapa, mas sim cedemos em apoio à Polícia Militar a equipe de a apreensão da Prefeitura da Lapa.
Repórter: E por que os agentes estavam com os coletes do avesso?”
Luiz Carlos Smith Pepe: “Ocorre é que muitos desses meninos trabalham em regiões onde eles fazem as próprias fiscalizações conosco. E o que tá acontecendo é eles têm receio de serem conhecidos ou serem identificados. Então, muitos pedem para que coloquem uma máscara, como se fosse respirador da covid”.
Apesar da justificativa do subprefeito, em outras ações também postadas por Rubinho Nunes, os agentes aparecem usando os coletes de forma correta, exibindo o logo da Prefeitura de SP. Em Heliópolis, nenhum fiscal aparece usando máscara de proteção no rosto. 

O que diz o vereador envolvido
O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que registrou as imagens em Heliópolis e em várias outras comunidades – com a participação direta nas apreensões e dando ordens aos funcionários da Subprefeitura da Lapa – também divulgou uma nota justificando a presença dele nessas ações do órgão, registradas no Youtube.

“Participo das operações, pois diferente de outros políticos, eu saio da cadeira para acompanhar as demandas e atender a sociedade. Vale destacar que, em razão da complexidade das operações e para que elas tenham um desfecho positivo em razão de seu elevado risco, há a necessidade de uma grande interlocução de instituições e, com base nos ofícios, solicito equipes de apreensão para coibir irregularidades”, declarou Nunes.

A Câmara Municipal de São Paulo, por sua vez, declarou que Rubinho Nunes não estava representando o Legislativo nessas ações.

“A participação do vereador foi uma iniciativa do mandato dele que, em sua atribuição como parlamentar, atendeu a solicitações de moradores. Recomendamos que entre em contato com o gabinete do vereador para mais detalhes sobre o assunto”, disse a Mesa Diretora da Câmara.
Veja a íntegra abaixo da nota de Rubinho Nunes:

“Eu participo das operações, pois diferente de outros políticos, eu saio da cadeira para acompanhar as demandas e atender a sociedade. Vale destacar que, em razão da complexidade das operações e para que elas tenham um desfecho positivo em razão de seu elevado risco, há a necessidade de uma grande interlocução de instituições e, com base nos ofícios, solicito equipes de apreensão para coibir irregularidades.

Os pancadões se tornaram um problema que se arrasta por toda a cidade de São Paulo, sendo financiado pelo Crime Organizado e irrigando o tráfico de drogas, prostituição infantil e perturbação de sossego. Todas essas operações ocorrem em conjunto com a Polícia Civil, Militar e GCM, muitas delas após ofícios encaminhados pelo meu mandato em razão do recebimento de denúncias de moradores, CONSEGs e um minucioso trabalho de inteligência.

Eu participo das operações, pois diferente de outros políticos, eu saio da cadeira para acompanhar as demandas e atender a sociedade. Vale destacar que, em razão da complexidade das operações e para que elas tenham um desfecho positivo em razão de seu elevado risco, há a necessidade de uma grande interlocução de instituições e, com base nos ofícios, solicito equipes de apreensão para coibir irregularidades.

Ressalto que foram oficiadas quase todas as subprefeituras e que a subprefeitura da Lapa nos retornou informando que possui meios para trabalhar inclusive à noite e sua participação se resume a equipe de apoio. Continuarei trabalhando neste combate, firme e forte. Sugiro ouvir os moradores que, aliviados, finalmente podem ter segurança e dormir em paz”.

 

MPF denuncia 13 envolvidos na Operação Tsunami

O Ministério Público Federal denunciou à Justiça as 13 pessoas investigadas na Operação Tsunami, desencadeada em novembro passado pela Polícia Federal contra traficantes de LSD e ecstasy. Segundo a denúncia, feita em dezembro pelo procurador da República José Augusto Vagos, eles participavam de uma organização criminosa que atuava há pelo menos um ano no tráfico internacional de drogas.

A quadrilha trocava entorpecentes com outros grupos criminosos, inclusive no exterior, e vendia drogas sintéticas importadas da Holanda a uma ampla rede de consumidores em vários estados. O comércio, principalmente de ecstasy e LSD, era feito no varejo e no atacado.

A pedido do MPF, a juíza da 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Valeria Caldi, decretou a prisão preventiva dos 13 denunciados: Jorge Luiz Dias Piraciaba, Daniel Rego Barros Piraciaba, Luis Marcelo Ciorciari Alonso, Lilia Rejane Marinho Jordão Januário, Julio Cesar Marinho Jordão Lage, Vivian Ribeiro Abdala, André Mussi Figueiredo, Carlos Henrique Fowler Moscoso, Raimundo Pimentel Correa, Alberto Moraes Neto, Leonardo de Paula Fernandes da Silva, Pablo Pelosi Ramos e Francisco Barroso Júnior. À exceção do último, todos estão presos. Eles vão responder pelos crimes de tráfico de entorpecentes (pena de três a quinze anos de reclusão, acrescida de um a dois terços por envolver transação com o exterior) e de associação para a prática do tráfico (três a dez anos de reclusão, a ser aumentada de um sexto a dois terços por causa da transnacionalidade do delito).

Durante as investigações, foi preso, em setembro passado no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, Yuri Kulesza, contratado pelos denunciados para transportar um quilo de cocaína até Amsterdã e de lá trazer ao Brasil mais de 20.000 pontos de LDS, em apreensão recorde desse tipo de alucinógeno.

““Todos os denunciados são pessoas de classe média, a maior parte formada de jovens residindo em bairros na zona sul do Rio de Janeiro ou na Barra da Tijuca, ostentando um padrão de vida não condizente com qualquer atividade econômica lícita””, afirma o procurador José Augusto Vagos.

Polícia prende 19 pessoas e desarticula esquema que fraudou mais de 60 concursos

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Operação Gabarito prendeu em flagrante 19 suspeitos de terem fraudado mais de 60 concursos públicos, beneficiado 500 pessoas 

Um esquema de fraude de 60 concursos públicos em todo o Nordeste que beneficiou 500 pessoas foi desarticulado pela Polícia Civil neste fim de semana, durante a Operação Gabarito, deflagrada em João Pessoa e no estado do Rio Grande do Norte (RN). Dezenove pessoas foram presas em flagrante e os detalhes da investigação desenvolvida pela Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) foram apresentados na manhã dessa segunda-feira (8), na Central de Polícia Civil. Outras 20 pessoas envolvidas no esquema ainda devem ser indiciadas por participação na quadrilha, investigada há três meses e que praticava crimes desde 2005, segundo o levantamento investigativo.

De acordo com o delegado Lucas Sá, a operação foi executada durante o concurso para o Ministério Público Federal realizado no Rio Grande do Norte, onde foram presas nove pessoas. “Nesse grupo havia professores, de informática e matemática, que estavam fazendo o concurso para responder as questões; os candidatos fraudadores; e ainda pessoas que atuavam no apoio. Na hora do flagrante foram apreendidos receptores utilizados para que fosse feita a comunicação entre o quartel general, em João Pessoa, e quem estava fazendo as provas”, explicou, acrescentando que a quantia cobrada ao candidato fraudador era na maioria das vezes equivalente a dez vezes o valor da remuneração recebida após a posse no cargo público.

Foram presos em João Pessoa, Flávio Luciano Nascimento Borges, Vicente Fabricio Nascimento Borges, estes dois aparecem como os chefes do grupo criminoso, Kamilla Marcelino Crisóstomo da Silva, José Marcelino da Silva Filho, conhecido como Diogo, Thyago José de Andrade, Hugo José da Silva, Marcelo Diego Pimentel dos Santos, Jamerson Izidio de Oliveira Silva, Alex Souza Alves, Thiago Augusto Nogueira Leão. Já na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, foram presos Alisson Douglas da Silva, Chrystiann Machado de Araújo, Elaine Patricia da Silva Medeiros, Darcio de Carvalho Lopes, Leonardo Alexandre Gomes da Silva, Andé Luiz Medeiros Costa, Edson José Claudino Ferreira, Marcelo Zanir do Nascimento e Luiz Antônio Ferreira de Oliveira.

A organização criminosa atuava há pelo menos dez anos e conseguiu “aprovar” servidores em instituições municipais, estaduais e federais, obtendo mais de R$ 18 milhões. Segundo as investigações, o esquema abrangia desde a confecção de documentos falsificados, se fosse necessário, até a assessoria no momento do certame. Estão sendo investigados os concursos: Guarda Municipal (João Pessoa, Bayeux, Cabedelo), Prefeituras Municipais (João pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Conde, Alhandra e outras cidades do interior da Paraíba), Câmara Municipal de João Pessoa, Corpo De Bombeiros da Paraíba, Polícia Militar da Paraíba e diversos outros concursos, a nível municipal, estadual e federal.

Todos os presos serão indiciados pela participação na organização criminosa, fraude a concursos públicos e outros ainda por porte ilegal de arma de fogo. Eles permanecem na Central de Polícia Civil, de onde serão encaminhados para audiência de custódia.

Caso Ouro Verde II: oito réus são condenados a mais de 90 anos de prisão por fraudar comércio de madeira no PA

A Justiça Federal aplicou penas que ultrapassam 90 anos de prisão a oito réus denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento em fraudes na comercialização de madeira descobertas na Operação Ouro Verde II, realizada pela Polícia Federal e outros órgãos em junho de 2007, no Pará.

Na sentença, assinada no dia último dia 10 e divulgada nesta segunda-feira (16), o juiz federal Rubens Rollo D’Oliveira, da 3ª Vara Federal em Belém, especializada no julgamento de ações criminais, condenou José Roberto Farias da Silva e Alisson Ramos de Moraes à pena de 19 anos e cinco meses cada um. Raphaela Correa dos Santos e Carlos Henrique Oliveira foram punidos, respectivamente, com 16 anos e oito meses e dez anos de reclusão.

O magistrado sentenciou ainda Miguel Márcio Moreno D’Agostino e Kelly Cristina Barra Correia a oito anos e quatro meses cada, Carlos André Ferreira dos Santos a seis anos e Luiz Carlos Araújo Arthur a cinco anos. Dos oito réus, os dois últimos são os únicos que deverão cumprir pena em regime semiaberto, enquanto os outros deverão ficar em regime fechado. Da sentença ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF).

O principal objetivo da organização criminosa, conforme a denúncia do MPF, era o enriquecimento criminoso de seus integrantes e a exploração irracional de recursos florestais que causou danos ao meio ambiente, por meio de fraudes no Documento de Origem Florestal (DOF), emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O documento representa a licença obrigatória para o controle do transporte e armazenamento de produtos florestais.

Segundo o MPF, a fraude consistiu em várias inserções de dados falsos no sistema DOF, gerido pelo Ibama, e posteriormente no sistema Sisflora, de responsabilidade da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam), para criar créditos irreais em favor de diversas empresas, inclusive “fantasmas”, possibilitando, mediante acesso ao Cadastro Técnico Federal (CTF), a transferência de créditos para “clientes” da organização.

Desmatamento – O MPF informou ainda que outro modo de atuação da organização criminosa foi a utilização do “ajuste” de créditos sem prévio procedimento administrativo, resultando no lançamento de créditos no banco de dados do sistema virtual do DOF. Com essas condutas, possibilitou-se a emissão irregular de inúmeros DOFs com a finalidade de dar aparência de legalidade ao transporte de madeira e carvão, provenientes de desmatamento ilegal realizado na Região Amazônica.

Na sentença, Rollo destaca que um relatório de fiscalização do Ibama registra que somente uma empresa, a J. O. Lima & Cia. Ltda – EPP, emitiu em apenas cinco dias 18.792 DOFs, equivalentes à venda de 600 mil metros cúbicos de madeiras extraídas ilegalmente. Em decorrência desse fato, foi determinado o bloqueio judicial do sistema DOF para impedir o acesso por parte das empresas compradoras e, deste modo, cessar a atividade ilícita.

Mesmo assim, segundo a sentença, descobriu-se que algumas empresas compradoras reativaram indevidamente suas “contas” perante o Ibama, utilizando senha pessoal de servidores públicos, para enviar e/ou receber os produtos florestais. Para tanto, contaram com o auxílio de hackers e também realizaram grande movimentação financeira com a venda ilícita dos créditos virtuais.

A decisão destaca que, considerando os documentos apreendidos, os levantamentos feitos pelo Ibama, os depoimentos policiais e as interceptações telefônicas, a denúncia do MPF concluiu pela existência de dois grupos distintos de fraudadores, “sendo possível identificar seus organizadores, clientes, modo de atuação, além da distribuição das funções e, principalmente, que tinham em comum o uso de créditos fictícios criados em nome da pessoa jurídica J. O. Lima & Cia. Ltda. e o uso de senhas de servidores públicos do Ibama e Sectam”.

Processo nº 0000584-95.2007.4.01.3900 – 3ª Vara da Justiça Federal em Belém (PA)

Genoino, Delúbio e Marcos Valério são condenados por fraudes em empréstimos

Em um desdobramento do processo do mensalão, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região condenou dez pessoas acusadas de participar de fraudes em contratos do banco BMG para repassar dinheiro a parlamentares em troca de votos. A 3ª Turma reduziu algumas penas fixadas em primeiro grau, mas manteve condenações do ex-presidente do PT José Genoino, do ex-tesoureiro Delúbio Soares e do publicitário Marcos Valério, entre outros réus, por falsidade ideológica.

Quatro executivos do BMG foram condenados por gestão fraudulenta de instituição financeira — Ricardo Annes Guimarães, Flávio Pentagna Guimarães, João Batista de Abreu e Marcio Alaor de Araújo. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (26/7), em Brasília, e durou cerca de cinco horas, com sete sustentações orais. A decisão foi unânime.

Ex-presidente do PT, José Genoino teve a pena reduzida de 4 anos de prisão para   2 anos, 10 meses e 20 dias.
Reprodução

Em 2012, o juízo de primeiro grau constatou que o BMG assinou contratos fictícios com o PT e com empresas ligadas a Marcos Valério. Segundo a sentença, a tentativa de “camuflar” o repasse direto de recursos ficou clara com as sucessivas renovações dos contratos, mesmo sem pagamento.

A juíza Camila Franco Velano apontou, por exemplo, “a enorme generosidade e tolerância” do BMG ao renovar quatro vezes um empréstimo com o PT firmado em 2003, mesmo em negociação classificada na categoria D de risco de inadimplência e sem o recebimento de encargos financeiros. Já a agência de publicidade SMP&B pegou R$ 10 milhões emprestados mesmo faturando por ano R$ 100 mil.

A decisão de primeira instância diz ainda que a instituição financeira não seguiu regras do Banco Central nos negócios e só iniciou execuções judiciais para cobrar as dívidas depois que o caso do mensalão ficou conhecido nacionalmente. Ainda de acordo com a juíza, as condenações não repetem diretamente o que foi julgado na Ação Penal 470, pois as fraudes em contratos com o BMG só foram usadas indiretamente no julgamento do Supremo Tribunal Federal, para compor “contexto fático indiciário” dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

No TRF-1, o recurso aguardava julgamento desde 2014. Chegou a ser pautado para junho e só foi analisado nesta terça. A relatora original era a desembargadora federal Mônica Sifuentes, que está afastada para estudar nos Estados Unidos. O juiz federal Klaus Kuschel, convocado para a corte, assumiu o caso e proferiu o voto vencedor.

Operação de rotina
Nos autos do processo, Genoino disse que o PT atuou corretamente, tendo sempre registrado as operações em sua contabilidade, e nunca foi perdoado da dívida, sendo até cobrado judicialmente. Disse ainda que, quando presidente do partido, jamais decidiu sobre questões financeiras, pois havia outros dirigentes responsáveis pela tarefa. O advogado Luiz Fernando Pacheco, que atua na defesa de Genoino, ainda espera apontar prescrição, pois o cliente já completou 70 anos.

Delúbio sustentou ausência de prova de falsidade ideológica, sob o fundamento de que os empréstimos foram devidamente contraídos e quitados. 

Marcos Valério disse que os contratos foram auditados pelo Banco Central, ficando demonstrada a capacidade das empresas e do PT para pagar o débito. Ele já está preso, cumprindo pena da AP 470. O criminalista Marcelo Leonardo aguarda a publicação do acórdão para recorrer. 

Ex-sócios do publicitário, Ramon Hollerbach e Cristiano de Mello Paz também negaram qualquer participação no crime. Castellar Guimarães Neto, responsável pela defesa de Paz, ainda questionará no Superior Tribunal de Justiça “duas nulidades insuperáveis”: segundo ele, a denúncia em primeiro grau foi recebida fora do expediente e os réus não tiveram oportunidade de novo interrogatório ao final da instrução, com a entrada em vigor do novo artigo 400 do Código de Processo Penal.

O advogado Rogério Lanza Tolentino afirma que efetivamente fez empréstimos para uma empresa em seu nome, com garantias de suficiência e liquidez.

Diretores do BMG declararam que os procedimentos apontados não comprovam fraudes, pois apenas seriam “erros formais, considerados normais no dia a dia da prática bancária”, e apontaram que já haviam sido punidos pelo Banco Central, com sanções atenuadas pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional — o chamado “conselhinho”, que analisa recursos sobre procedimentos administrativos contra bancos.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que representa dois executivos (Márcio Alaor e João Batista), pretende recorrer ao STJ. Segundo ele, a jurisprudência da corte reconhece que decisões do “conselhinho” devem ser levadas em consideração em processos judiciais, mesmo com a independência dos poderes.

Justiça Federal do RS condena réus de operação da PF

A Justiça Federal de Porto Alegre condenou quatro réus da operação mãos dadas, da Polícia Federal, pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica e denunciação caluniosa. Entre os condenados, está o casal Wolf Gruenberg e Betty Guendler, acusados de fazer parte de um esquema de “prática de estelionato contra a União, para obter precatórios que lhes foram concedidos”. O caso corre sob sigilo de Justiça e ainda não transitou em julgado.

Atualização (dia 16 de março de 2016): A ação movida contra o casal por estelionato foi trancada pelo Superior Tribunal de Justiça, pois não há sequer lei penal sobre o chamado “estelionato judicial” do qual são acusados e, ainda que houvesse a tipificação de tal crime, a acusação não conseguiu comprovar as supostas manobras e inverdades usadas no processo, segundo acórdão do dia 1º de outubro de 2009.

Os réus foram condenados, por maioria de votos, a penas que variam entre dois e nove anos de prisão, além de multas que vão de 63 a 7,6 mil salários mínimos. Foi fixada, ainda, fiança de R$ 30 milhões a um dos acusados, que reside no Uruguai. Não foram divulgados os nomes dos condenados.

Atualização (dia 16 de março de 2016): A fiança de R$ 30 milhões foi revogada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

A defesa de Gruenberg declarou que ainda não foi notificada da condenação. Afirmou que é uma “total surpresa dos advogados terem tomado conhecimento pelo site da Justiça Federal e por órgãos de imprensa”.

A sentença veio um dia depois da publicação de uma reportagem da revista Época narrando os vários casos judiciais de Gruenberg. Intitulada O homem que processou o Brasil, a reportagem em três capítulos conta a história do empresário e de seus embates com a Justiça brasileira. O primeiro deles data de 1978, quando Gruenberg entrou na Justiça para reclamar de uma venda pela qual não recebeu o dinheiro. A compradora, à época do negócio, era uma empresa controlada pelo Banco do Brasil, e poucos meses depois do início do caso, a família Gruenberg foi à falência.

O homem que processou o Brasil

A insólita história de Wolf Gruenberg, o empresário que dedicou sua vida a cobrar uma dívida, foi preso sob acusação de manipular a Justiça – e hoje acusa a polícia de tortura e quer fazer seu caso chegar às Nações Unidas

Capítulo 1

UM CASAL NA PRISÃO

Sentado na cafeteria de um shopping center no bairro paulistano de Higienópolis, Wolf Gruenberg narra sua história. O terno e as rugas de seus 63 anos lhe conferem um ar de respeitabilidade. Ele entremeia seu relato com um sem-número de documentos que vai sacando de uma pasta de couro preta. Todo tipo de artefato jurídico sai lá de dentro: há certidões, sentenças, recursos, registros, agravos de instrumento, exceções de suspeição e um emaranhado de fios que vão se cruzando nos pontos e nós de um enredo que, por seu relato, daria um thriller ao estilo dos best-sellers de autores como John Grisham ou Scott Turow.

Wolf nasceu em 1948, pouco depois da Segunda Guerra Mundial, no campo de refugiados de Wolfrathausen, onde seus pais se conheceram. Quando a guerra acabou, era inviável para judeus como eles permanecer na Alemanha. O casal Gruenberg e o filho de 3 anos, nascido apátrida, cruzaram então o Atlântico para se estabelecer na Bolívia, depois no Brasil. Wolf viveu em Corumbá, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre. Aos 18 anos, recebeu a cidadania brasileira. Formou-se em Direito e, adulto, tornou-se um empresário dedicado a recuperar companhias em processo falimentar. Às vésperas dos 60 anos, foi acometido de um incomum e virulento câncer sublingual, que quase lhe tirou a voz e a vida. Quando foi diagnosticado, o tumor crescia a cada 26 horas. Havia duas saídas: uma cirurgia radical ou uma combinação agressiva de sessões de quimioterapia e radioterapia. A opção escolhida foi a segunda. A doença regredia de acordo com os planos médicos, até que a vida de Wolf sofreu uma súbita reviravolta.

Às 6 horas da manhã do dia 11 de julho de 2008, cerca de 30 policiais federais armados de submetralhadoras arrombaram o portão de sua casa em Porto Alegre. Prenderam Wolf e sua mulher, Betty. Até então, Wolf apenas suspeitava ser o foco de investigações policiais. Desconhecia detalhes das pilhas de processos resultantes de uma investigação de mais de um ano em sua vida, suas contas, seus negócios, suas relações pessoais. Ele era monitorado pela Polícia Federal (PF) por meio de escutas telefônicas, telemáticas e ambientais. Passara de empresário renomado, com bom trânsito na alta sociedade, a principal alvo da operação da Polícia Federal batizada de mãos dadas. Nas páginas dos jornais que noticiaram a operação, Wolf Gruenberg foi qualificado como chefe de uma quadrilha que arquitetou um esquema bilionário de fraudes contra a União.

Wolf afirma ter sido privado, ao longo dos 150 dias que passou na prisão, da fase final de seu tratamento contra o câncer. Ainda assim, diz ele, suas agruras no cárcere foram pequenas em comparação com o suplício da mulher. Quando foi presa, Betty Gruenberg acabara de sair de uma cirurgia para redução nos seios. Nem sequer tinha retirado os pontos da delicada operação. Ela foi então instalada pelas autoridades numa cela da Penitenciária Feminina Madre Pelletier, em Porto Alegre. Lá, contraiu uma infecção que deixou seus seios purulentos e quase se transformou em septicemia. Transferida para o melhor hospital de Porto Alegre, o Moinhos de Vento, Betty quase perdeu as mamas. Na UTI do hospital, foi mantida algemada pelos pés à maca em que convalescia. “O Estado quase a matou. Eles foram extremamente cruéis com ela”, afirma Wolf. Ele retira então da pasta de couro fotografias que mostram as lesões da mulher e os boletins médicos que relatavam a gravidade de seu quadro. Quando saiu do hospital, Betty foi colocada na carceragem da Polícia Federal, onde, de acordo com os relatos de Wolf, dividiu uma cela com homens.

As arbitrariedades de que Wolf se julga vítima não cessaram aí. Conversas dele com seus advogados foram grampeadas – prática repudiada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Câmeras de vídeo foram instaladas em quartos de hotéis em que o casal Gruenberg se hospedou. Em 2009, a casa de Wolf em Punta del Este, no Uruguai, foi vasculhada pela polícia uruguaia, de posse de um mandado de busca e apreensão oriundo do Judiciário brasileiro. Documentos, computadores, chaves dos carros e objetos da família foram apreendidos. Wolf deu por falta até de uma caneta da marca Mont Blanc que seu filho mais novo ganhara por ocasião de seu bar mitzvah, cerimônia judaica que marca a entrada do homem na vida adulta, aos 13 anos. Os objetos nunca mais foram vistos pela família Gruenberg. Tampouco a Polícia Federal brasileira os recebeu. Espera por eles há quase três anos para prosseguir com as investigações. A polícia uruguaia não soube explicar onde foram parar os pertences dos Gruenbergs.

Depois de ser libertado, graças a um habeas corpus, Wolf começou uma cruzada a que tem se dedicado nos últimos quatro anos. Nela, tem investido tempo e dinheiro. Contratou assessores de imprensa e alguns dos mais badalados advogados do Brasil, como Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, Luiz Roberto Barroso, Carlos Eduardo Caputo Bastos e o ex-deputado federal e delegado da Polícia Federal Marcelo Itagiba. Wolf também buscou o apoio de ONGs internacionais, como a Justiça Global. A pedido dele, a Justiça Global remeteu um relatório sobre as condições de sua prisão e de sua mulher para a análise da Relatoria Especial da Organização das Nações Unidas contra tortura. “Temos muitas demandas de violações de direitos humanos em cadeias brasileiras. Em geral, as vítimas são pobres. No caso de Wolf, não tivemos tempo de averiguar tudo, mas ele trouxe fotos e documentação para comprovar o que nos disse”, afirma Sandra Carvalho, da Justiça Global.

Em mais de oito horas de conversa, em dois encontros com ÉPOCA, Wolf procurou relatar seu caso incomum. “Sou um perseguido, e meus inimigos usam o Estado brasileiro para me atingir”, diz. Essa é a explicação, de acordo com sua versão, para a extensa lista de crimes que lhe imputam e que enumera com sua voz mansa, enquanto alisa a barba espessa e grisalha: formação de quadrilha, estelionato judicial, falsidade ideológica, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, denunciação caluniosa. “Nem na época da ditadura uma coisa dessas aconteceria.” Ri, nervosamente.

Capítulo 2

GRUENBERG X UNIÃO

A contenda entre Wolf e as autoridades é uma história longa e complicada, que se estende por quase todos os desvãos do labiríntico sistema Judiciário brasileiro. Seu início data de 1977. Naquela ocasião, a família Gruenberg tocava a AC Indústria e Comércio, Importação e Exportação S.A., uma indústria têxtil em São Paulo. Um dos negócios da AC era vender mercadorias a uma empresa no Paraguai. A operação de exportação era intermediada pela Companhia Brasileira de Entrepostos Comerciais, ou Cobec, uma empresa de capital misto, da qual a União era acionista. A operação comercial, segundo Wolf, teve um desfecho desastroso. A Cobec comprou, mas não pagou. A família Gruenberg vendeu, mas não levou. Restou a Wolf apenas uma coleção de duplicatas não pagas no valor, na moeda de então, de Cr$ 15 milhões. Isso é o equivalente, em valores atualizados, a aproximadamente R$ 2,7 milhões, de acordo com a evolução do Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo (IPC-SP), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Depois de mais de um ano de tentativas para receber o crédito, Wolf recorreu à Justiça pela primeira vez em 1978. Moveu dois processos contra a Cobec. Um para receber o montante que a empresa paraguaia pagaria por suas mercadorias. E outro para obter reparação pelo que a família deixara de ganhar em lucros futuros por causa do calote. Poucos meses depois de sofrê-lo, a empresa da família Gruenberg foi à falência. Wolf ganhou o primeiro processo no final da década de 1980. Na ocasião, a Cobec, então controlada pelo Banco do Brasil, já fora rebatizada de Infaz. A Justiça fixou o valor a ser recebido por Wolf em US$ 1,06 milhão. Esse montante, segundo as contas da Infaz, incluía o valor corrigido das mercadorias e as perdas futuras da AC. E somava também uma multa estipulada pela Justiça, que considerou a Infaz culpada de ter tentado postergar a sentença usando argumentos desleais ou, no jargão jurídico, de ter praticado litigância de má-fé. A família Gruenberg discordou. De acordo com Wolf, o que lhes foi pago estava aquém do justo. “Além disso, a Infaz não dispunha de recursos para liquidar a dívida e nos pagou apenas 10% do que a Justiça determinou”, diz ele.

A trama se embaralhou ainda mais quando Wolf insistiu no segundo processo contra a Cobec, para receber indenização por perdas e danos. Nesse ponto da narrativa, sua contida indignação começa a aumentar. Mas sua voz rouca jamais sobe de tom. Sem precisar consultar nenhuma anotação, cita nomes e datas com precisão. Quando questionado sobre algum trecho da história, retoma a explicação sem cair em contradição. Chega a repetir frases inteiras, palavra por palavra, em conversas distintas, quase como se tivesse decorado um texto. Na Justiça, a Infaz acusou Wolf de cobrar o pagamento de um prejuízo pelo qual ele já fora ressarcido no primeiro processo. A disputa se deu no âmbito cível da Justiça de São Paulo. Em 30 de outubro de 1991, 14 anos depois do calote, Wolf obteve outra decisão favorável nesse segundo processo. O juiz Aclibes Burgarelli decidiu que uma perícia contábil deveria ser realizada para fixar o valor da indenização a ser paga pela Infaz a Wolf. O perito contratado pela Infaz calculou-o em US$ 10 milhões. O perito de Wolf estimou-o em US$ 58 milhões. O perito nomeado pelo juiz Aclibes Burgarelli estipulou o valor de US$ 41 milhões.

Bastaria superar o imbróglio contábil para que esse capítulo da vida de Wolf se encerrasse. A essa altura, já fazia 17 anos que ele levara o calote. No entanto, antes que o juiz desse a sentença final sobre o valor da indenização, em 10 de junho de 1994, houve mais uma reviravolta na já rocambolesca história. A Infaz foi absorvida pela União. Daí em diante, quem se sentaria no banco dos réus da ação movida por Wolf era o próprio Estado brasileiro – e não mais uma empresa de capital misto. A briga começava a ganhar contornos ainda mais kafkianos. A discussão, que até então seguia na Justiça de São Paulo, teve de ser reaberta em âmbito federal, a instância jurídica adequada para processos que envolvem o Estado brasileiro. Por conveniência de Wolf, que morava em Porto Alegre, o processo foi transferido para a Primeira Vara Cível Federal na capital gaúcha.

Apenas em 1999, 22 anos depois do calote, a União assumiu efetivamente seu papel de parte no processo. A Advocacia-Geral da União (AGU) acusou Wolf de tentar cobrar uma dívida que a Infaz já pagara, ato chamado, no jargão jurídico, de dúplice cobrança. A AGU também pediu a entrada do Ministério Público Federal no caso, a anulação do processo e novas perícias contábeis. A tramitação foi morosa, a despeito da disposição do juiz federal Alexandre Lippel em julgar com celeridade. “O processo já tramitava havia muitos anos, e o doutor Wolf sempre vinha me pedir rapidez”, diz Lippel. “Queria que ele saísse do meu pé.” Só em 2004, 27 anos depois do calote e 13 anos depois da primeira decisão favorável à indenização, Lippel pronunciou sua decisão. Fixou a indenização devida a Wolf em R$ 754 milhões, ou mais de R$ 1 bilhão em valores corrigidos pela inflação.

Em dezembro de 2011, o juiz Lippel demonstrou perplexidade ao ser questionado sobre sua decisão de sete anos atrás. Seus olhos azuis ficaram perdidos. Lippel disse que se baseou nos três laudos contábeis que constavam do processo que corria na Justiça de São Paulo. Sua decisão levou em conta correções monetárias a partir da variação do dólar e de uma expectativa de lucro calculada em quase 20% ao ano para a empresa de Wolf. “É um valor enorme, me surpreendeu, mas, pelo tempo que a ação corria, imaginei que fosse isso mesmo”, disse Lippel. “Dei até um prazo dilatado para a União se manifestar.” Ao longo das investigações da Operação Mãos Dadas, da PF, Lippel foi chamado a depor na ação criminal contra Wolf. Em seu depoimento, afirmou que nunca foi pressionado a decidir em favor do empresário e que olhou o processo “com capricho”. “Estava convencido dos critérios que usei para julgar”, disse a ÉPOCA. “Mas fica sempre a dúvida, eu não sei (se fui enganado). A gente atua na boa-fé, confiando na lealdade das pessoas. Dizem que eu teria sido manipulado. Até hoje, fica essa desconfiança.”

A União apelou contra a decisão de Lippel e argumentou que devia apenas R$ 47,6 milhões. Mesmo com uma decisão que lhe atribuía um crédito de quase R$ 800 milhões, Wolf também apelou para reclamar um valor maior. O processo subiu para o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, com sede em Porto Alegre. Foi nesse mesmo período que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal iniciaram uma investigação contra Wolf por suspeita de “estelionato judicial”, uma tentativa de ludibriar a Justiça para lesar a União. De acordo com a investigação, longe de ser vítima do Estado brasileiro, Wolf era o responsável por uma criminosa alquimia que transformou uma dívida de alguns milhares de cruzeiros – de que ele era credor no final da década de 1970 – numa conta de mais de R$ 1 bilhão a ser paga pela União. Segundo a PF e o MPF, Wolf manipulou fatos, provas e juízes para conseguir essa façanha.

Atualização (dia 16 de março de 2016): A ação movida contra o casal por estelionato foi trancada pelo Superior Tribunal de Justiça, pois não há sequer lei penal sobre o chamado “estelionato judicial” do qual são acusados e, ainda que houvesse a tipificação de tal crime, a acusação não conseguiu comprovar as supostas manobras e inverdades usadas no processo, segundo acórdão do dia 1º de outubro de 2009.

Capítulo 3

A INVESTIGAÇÃO POLICIAL

O resumo das atividades criminosas de que Wolf foi acusado consta dos volumes de processos que tramitam em caráter sigiloso na Justiça. Eles foram elaborados, sobretudo, ao longo de mais de um ano de trabalho exclusivo de um único delegado e dois agentes da Polícia Federal, no Rio Grande do Sul. “Como pode uma empresa que tinha patrimônio negativo, em 1977, de Cr$ 6.976.510,35 e faliu ser capaz de gerar uma indenização de R$ 1 bilhão?”, diz o delegado Luciano Flores de Lima, que comandou as investigações da PF. Atualizado pelo IPC da Fipe, os Cr$ 6 milhões de patrimônio negativo da empresa AC, da família Gruenberg, equivaleriam hoje a R$ 1,3 milhão.

Em 2006, quando a indenização a Wolf em R$ 754 milhões foi confirmada, em segunda instância, pelo desembargador Edgar Lippmann, do TRF da 4a Região, a PF reforçou sua investigação contra ele. Na época, surgiram denúncias de que Lippmann vendera uma sentença favorável à reabertura de uma casa de bingos. Por causa dessas denúncias, Lippmann , desde 2008, é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele responde a um processo administrativo disciplinar, que deverá ser julgado até março. Pelas mesmas acusações, Lippmann enfrenta um processo criminal no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os investigadores da PF sugerem que Lippmann pode ter sido permeável às pressões de Wolf. O empresário nega. “Lippmann não nos ajudou em nada”, diz ele. No vaivém de recursos e liminares relativos aos processos, dois juízes deram decisões contrárias aos interesses de Wolf. Os dois foram denunciados por ele como parciais. Para a PF e o MPF, foi uma tentativa de Wolf para desacreditá-los e retirá-los do caso. Pelas ações contra os juízes, Wolf responde a processo por denunciação caluniosa. “Dizem que enganei juízes, mas não dizem a quem enganei”, afirma Wolf. “Ou sou um gênio, mais inteligente que Albert Einstein, ou os mais de 40 juízes que atuaram no caso são todos uns incapacitados.”

Atualização (16 de março de 2016): Não houve qualquer imputação de corrupção ou tentativa de corrupção por parte de Wolf em relação a Lippmann. Em relação aos magistrados que estão no contexto das acusações de denunciação caluniosa, as representações foram feitas por advogado nomeado pela Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas do Advogado da OAB-RS, órgão de classe que deferiu assistência em favor de Wolf por entender violadas suas prerrogativas profissionais.

Trinta e um anos depois do calote, em abril de 2008, a então ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal (STF), reviu todas as decisões anteriores que mandaram a União pagar indenização a Wolf. Acatando um pedido da AGU, ela suspendeu o pagamento. Na ocasião, Wolf já recebera quase R$ 11 milhões dos R$ 754 milhões que a União lhe devia. Boa parte do dinheiro fora enviada ao Uruguai, onde Wolf tem casa em Punta del Este. De acordo com a PF e o MPF, a transferência do dinheiro era um ardil para evitar que ele fosse confiscado para o pagamento de dívidas trabalhistas das empresas da família Gruenberg. Wolf foi então acusado de evasão de divisas. Ele chama essa acusação de “balela”. Diz que transferiu seu dinheiro por meio do Banco Central e, por isso mesmo, as autoridades brasileiras sabiam onde ele estava. E que, como tinha negócios no Uruguai, resolveu manter seus recursos por perto.

Atualização (16 de março de 2016): A transferência foi feita através de instituição financeira oficial, com a chancela do Banco Central. O mesmo juiz que prendeu Wolf pela suposição da prática do ilícito de evasão de divisas, veio a absolvê-lo sumariamente após a resposta à acusação, em decisão confirmada pelo TRF da 4ª Região.

A investigação da PF contra Wolf colheu mais elementos do que chamava de “conduta criminosa” do empresário. Monitorado por telefone, e-mail e escutas ambientais, Wolf foi flagrado, segundo os investigadores, tentando constranger autoridades e influenciar o curso de seus processos. Num telefonema a sua mulher, Betty, Wolf, de acordo com as investigações, dissera estar disposto a gastar “de R$ 10 a R$ 15 milhões” em subornos a servidores federais, entre eles o então chefe da AGU, José Dias Toffoli, hoje ministro do STF. Em outro diálogo, com dois advogados de Brasília, disse, de acordo com as gravações: “Contratem juristas de renome, para atuar detrás das cortinas, no STF e no STJ”. As escutas serviram de justificativa para a ação da Operação Mãos Dadas que prendeu Wolf, sua mulher e alguns de seus funcionários, em 11 de julho de 2008. “Isso é mentira. Tenho um amigo em comum com o Toffoli, mas não teria cabimento abordá-lo para falar do meu caso”, diz Wolf.

Responsável por decretar as prisões, o juiz federal criminal de Porto Alegre João Paulo Baltazar nega qualquer tipo de excesso ou maus-tratos em relação aos réus. “Houve várias perícias na senhora Betty. Ela foi internada no hospital particular que escolheu. Na minha interpretação, não houve violação de nenhum direito”, afirma Baltazar. Segundo ele, Betty não teve contatos com nenhum homem em sua cela, porque estava numa solitária. Reconhece que, no local, não havia vaso sanitário, mas afirma que essa é uma determinação legal para evitar que os detentos tenham qualquer instrumento capaz de facilitar um suicídio. E diz que as algemas foram necessárias no período no hospital, porque Betty ameaçava fugir. Recentemente, Wolf tentou afastá-lo do caso por meio de um instrumento jurídico conhecido como exceção de suspeição. A ação de Wolf contra Baltazar, juiz especializado em lavagem criminal e ex-auxiliar do CNJ, foi rejeitada pelo TRF da 4ª Região. Baltazar só concordou em receber a reportagem de ÉPOCA para falar em tese, e não sobre o caso específico de Wolf.

Atualização (22 de março de 2016): A exceção de suspeição movida contra o juiz José Paulo Baltazar Junior foi rejeitada pelo argumento de que a vinculação ideológica do juiz não é motivo indicado na lei para suspeição.

A prisão pela PF e as denúncias feitas pelo MPF transtornaram completamente a vida da família Gruenberg. Mais de três anos depois da Operação Mãos Dadas, Wolf continua empenhado em receber a indenização da União pela qual briga há 33 anos. O pagamento da dívida continua suspenso. A essa batalha judicial, acrescentou outra: move dois processos contra a União por tortura e tenta derrubar as últimas acusações que subsistem contra ele na Justiça: falsidade ideológica, formação de quadrilha e denunciação caluniosa. Os crimes de evasão de divisas, estelionato judicial e lavagem de dinheiro foram considerados inexistentes ou improcedentes. Os processos relativos a eles foram trancados na primeira e na segunda instâncias e no STJ. Os remanescentes devem ser julgados dentro de seis meses pelo juiz Baltazar, cujas decisões têm sido desfavoráveis a Wolf. Curiosamente, é o próprio Baltazar quem resume a insólita história de Wolf, um homem que passou mais da metade de sua vida envolvido em disputas nos tribunais brasileiros: “A Justiça brasileira é disfuncional e sem fim”.

Atualização (22 de março de 2016): Os delitos de evasão de divisas, estelionato judicial e lavagem de dinheiro foram considerados inexistentes ou improcedentes. As acusações em relação aos demais delitos — falsidade ideológica de documento particular, formação de quadrilha e denunciação caluniosa — ainda aguardam a análise de embargos infringentes no TRF-4.

Entidades de classe da Polícia Civil repudiam projeto de Castro para mudar normas para nomeação de secretário

Oposição também condenou a prática e diz se tratar de uma manobra para a nomeação do delegado Marcos Amin, atual presidente do Detran-RJ. Projeto será votado na Alerj na tarde desta quarta-feira (18). Procurado, o governo do estado não respondeu.

Entidades de classe que representam policiais civis do Rio de Janeiro divulgaram uma nota de repúdio nesta quarta-feira (18) contra a modificação na Lei Orgânica da Polícia Civil proposta pelo governador Cláudio Castro (PL). A categoria diz que a mudança atende a um “capricho pessoal” (veja o texto completo ao fim desta reportagem).

O Projeto de Lei Complementar 15/2023, enviado pelo governo do estado, altera a lei que trata da nomeação de cargos da cúpula da Polícia Civil, inclusive o cargo de secretário da corporação. A votação acontece nesta tarde na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

“Infelizmente, a prática corriqueira de interferências políticas diretas na escolha do chefe da Polícia Civil pelos mais diversos agentes externos, se tornou tão banal e escancarada no Estado do Rio de Janeiro que não causa mais sequer surpresa ou perplexidade a sociedade carioca”, diz a nota.

Pela regra atual, apenas policiais que tenham pelo menos 15 anos na função de delegado podem ser nomeados para o cargo.

Pelo texto enviado pelo governador a exigência passa a ser não o tempo no cargo, mas o tempo de instituição, 15 anos.

Entidades criticaram a nova proposta e falam em “critério meramente político.”

“Quando um delegado é alçado ao mais alto posto da instituição por critério meramente político, a ideia que se passa para toda a Instituição é que para ascender profissionalmente, não é necessário manter-se atualizado juridicamente, fazer cursos, se dedicar sempre ao interesse público, ter uma carreira ilibada, exercer de forma positiva sua liderança, ter o reconhecimento de seus subordinados, fazer investigações complexas e operações exitosas, basta apenas se vincular aos detentores momentâneos do poder e se submeter aos seus caprichos e interesses para assim alcançar o mais alto posto hierárquico da Instituição.”

Assinam a nota o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro (Sindepol-RJ), o Sindicato dos Policiais Civis Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro (Adepol-RJ).

A mudança proposta por Castro acontece em meio a uma crise na segurança pública do Estado. O delegado José Renato Torres deve ser substituído do cargo de secretário da Polícia Civil do RJ, 21 dias após ser nomeado e 15 dias depois de tomar posse.

Quando assinou a posse, Torres sabia que estava assumindo um cargo de alta rotatividade. Em um intervalo de menos de 4 anos, foram três trocas.

O substituto deve ser o delegado Marcos Amin, que hoje é o presidente do Detran e já foi titular da Delegacia de Entorpecentes.

Parlamentares da oposição dizem se tratar de uma manobra para a nomeação do delegado Marcos Amin, que está na Polícia Civil há 20 anos, mas tem apenas 10 como delegado.

“A gente ter na Polícia Civil uma troca e justamente essa troca mexer na lei orgânica para adequar o nome que o governador espera que seja é uma descredibilização da própria instituição. Afinal de contas, a gente precisa trazer os princípios do poder público, da impessoalidade, da objetividade”, disse a deputada Renata Souza (PSOL).

A mudança também se estende para os cargos do segundo escalão da cúpula, que agora também poderão ser ocupados por delegados com pelo menos 12 anos de instituição.

Nos bastidores políticos da Assembleia, o que se comenta é que a nomeação do atual secretário José Renato Torres não foi bem recebida pela casa.

Torres estava afastado da corporação havia 15 anos e coordenava o Departamento de Segurança do Tribunal de Contas do Município.

A nomeação dele teria desagradado principalmente o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (PL), mesmo partido do governador, que queria outro nome para o cargo.

O deputado Márcio Gualberto, também do PL, deu uma justificativa para a mudança na lei por um motivo bem menos político.

“Esse projeto de lei complementar vem para alterar um erro que está na lei orgânica. Lá na lei orgânica diz que o secretário da Polícia Civil só poderá ser escolhido caso o escolhido possua 15 anos no cargo. E o governo do estado está corrigindo esse erro dizendo que tem que ser 15 anos na instituição. Passou quando a lei orgânica veio ser votada pela Alerj, nós não percebemos que existia esse trecho. Se existe alguma crise política, eu desconheço. não acredito que isso esteja vindo por causa de crise política”, disse o deputado.

Outros deputados criticam
A deputada Martha Rocha (PDT), primeira mulher a chefiar a Polícia Civil do RJ, avaliou como “muito ruim” o pedido de mudança do governador.

“Eu acho que esse é o pior sinal que o governo do estado pode dar numa crise da segurança pública. (…) Ele [o governador] faz, então, um gesto casuístico. Ele muda as regras sem ter um devido debate dentro dessa Casa, o que é muito ruim para a Polícia Civil. Daqui a pouco, o governador pode achar que não precisa nem ser policial civil para ser secretário da Polícia Civil.”

O deputado Luiz Paulo (PSD) disse que é contrário à mudança da legislação sem um estudo prévio.

“O secretário atual assumiu há três semanas e não opinamos. O que somos contrários é a mudança da Lei Orgânica sem um aprofundamento. Não julgamos o mérito da Polícia Civil. Até porque, seria injusto da minha parte julgar mérito de gestor antes de atuar. Quero que a polícia dê certo. Somos contrários a mudar a regra de uma hora para a outra”, disse.

“Quem sentar na cadeira, e a hora que sentar, vou estar aqui para elogiar. Quero que a segurança pública dê resultado. Mas, mudar a regra do jogo do dia para a noite, sou contrário. Vou votar contra. A regra da casa é que a maioria vença e a minoria esperneie dentro do regimento”, completou.

O que dizem os citados
Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, afirmou que a política de segurança do estado está acima de qualquer nome. E que todos os projetos enviados pelo governo são debatidos com as lideranças de cada partido e colocados para ser votados. Disse também que a posição da assembleia é defender a população.

O governo do estado não respondeu.

Nota de Repúdio à Modificação da Lei Orgânica da Polícia Civil
“O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro/SINDELPOL-RJ, o Sindicato dos Policiais Civis Estado do Rio de Janeiro/SINDPOL-RJ e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro/ADEPOL-RJ, entidades classistas que representam todos os policiais civis do Estado do Rio de Janeiro, vêm de forma veemente repudiar o Projeto de Lei Complementar n. 15/2023, de iniciativa do Governador Claudio Castro, o qual busca modificar a Lei Orgânica da Polícia Civil (LC 204/22).

Na data de ontem, as entidades classistas subscritoras, foram surpreendidas com o envio do Projeto de LC n. 15/2023, de iniciativa do Governador Claudio Castro, à ALERJ. O referido projeto de lei visa, precipuamente, alterar os requisitos objetivos para que delegados, indicados politicamente pelo Governador, possam ser alçados aos cargos de direção da Secretaria de Polícia, sem um interstício mínimo no exercício do cargo de delegado de polícia. No mesmo projeto o Governador almeja conceder pontuação para promoção por merecimento, a cada 30 dias de exercício da função a todos os chefes de investigações e chefes de cartórios das UPJs do Estado.

Inicialmente, cabe esclarecer que as entidades classistas, não são a favor ou contra a indicação de absolutamente nenhum dos nomes ventilados na mídia para assunção do cargo de Secretário de Polícia Civil. Infelizmente, a pratica corriqueira de interferências políticas diretas na escolha do chefe da Polícia Civil pelos mais diversos agentes externos, se tornou tão banal e escancarada no Estado do Rio de Janeiro que não causa mais sequer surpresa ou perplexidade a sociedade carioca.

Não se pode normalizar e internalizar sem nenhum questionamento a indicação meramente política para um dos principais cargos da segurança pública do Estado. A indicação do Chefe de Polícia Civil, sem absolutamente nenhuma participação dos demais policiais, da sociedade e sem nenhuma aferição de mérito do indicado acaba por distorcer todo o funcionamento da Instituição provocando rupturas internas que atingem sua eficiência, desestimulam servidores e, consequentemente, afetam a segurança pública como um todo.

A forma de escolha do Chefe de Polícia ao invés de privilegiar a honorabilidade, a produtividade, a capacidade técnica e operacional e o reconhecimento de seus pares e subordinados, sempre esteve mais atrelada ao alinhamento político ideológico do delegado indicado com os grupos políticos detentores momentâneos do poder.

Como a Polícia Civil é estruturada sob rígida ordem hierárquica e de disciplina, é evidente que o cargo de chefe da Polícia Civil não deveria ser alçado somente por imposição política; o Secretário da Policia Civil deve ser galgado por mérito e reconhecimento dos próprios subordinados, que o aceitam como um líder inconteste, determinado, corajoso, escolhido democraticamente e que terá no interesse público seu único objetivo.

Quando um delegado é alçado ao mais alto posto da instituição por critério meramente político, a ideia que se passa para toda a Instituição é que para ascender profissionalmente, não é necessário manter-se atualizado juridicamente, fazer cursos, se dedicar sempre ao interesse público, ter uma carreira ilibada, exercer de forma positiva sua liderança, ter o reconhecimento de seus subordinados, fazer investigações complexas e operações exitosas, basta apenas se vincular aos detentores momentâneos do poder e se submeter aos seus caprichos e interesses para assim alcançar o mais alto posto hierárquico da Instituição.

Por outro lado, a Polícia Civil do Rio de Janeiro, é uma instituição bicentenária que somente no ano de 2022 conseguiu a aprovação de uma Lei Orgânica que, minimamente, criou critérios e organizou a Instituição para que ela pudesse atender as expectativas da sociedade no combate à criminalidade do Rio de Janeiro.

Vale lembrar que a Lei Orgânica da Polícia Civil é fruto de um projeto de Lei do próprio governador Claudio Castro, que foi enviado à ALERJ sem NENHUM DEBATE COM AS CATEGORIAS, recebendo cerca de 700 emendas. Além das emendas parlamentares, a Lei Orgânica da Polícia Civil foi objeto também de duas audiências públicas, nas quais toda a sociedade fluminense pode opinar e participar, sendo assim fruto de um difícil consenso entre a sociedade, os parlamentares, as categorias policiais e o próprio Governador que inclusive utilizou a Cidade da Polícia para sancionar a referida lei.

Em verdade, o que dessa vez causa maior perplexidade, indignação e repulsa em todos os policiais civis do Estado do Rio de Janeiro é a perniciosidade de uma modificação legislativa extemporânea e açodada, pretendida pelo Governador que visa mudar a Lei Maior da Polícia Civil tão somente para, através de redução dos critérios objetivos, aumentar seu grau de discricionariedade na escolha do chefe maior de um órgão com envergadura constitucional.

O contexto no qual esse projeto de lei que visa facilitar o acesso ao mais alto cargo da Polícia Investigativa do Estado e, de forma sorrateira, conceder pontos mensais para promoção de chefes de delegacias, importa e diz muito mais sobre a forma de governar de Claudio Castro do que propriamente seu conteúdo. Atitudes valem mais do que palavras. Nós somos julgados pelo que fazemos e não pelo que falamos.

A Lei Orgânica da Polícia Civil trouxe diversas prerrogativas para os policiais civis, dentre elas: auxílio transporte, adicional noturno, adicional de titularidade, adicional de acumulo por funções, adicional para pessoas portadoras de necessidades especiais… na própria lei constava o prazo de 180 dias para o Governador Claúdio Castro regulamentar esses benefícios e levar a Policia Civil do Rio de Janeiro a um patamar de trabalhar com dignidade.

Apesar dos diversos discursos públicos de apoio a Policia Civil, a exaltação ao seu empenho, o valor dos policiais civis e a sua dedicação no combate à criminalidade, infelizmente, o auxilio alimentação do policial civil continua a ser de R$12,00 por dia, e decorrido cerca de um ano da sanção da Lei Orgânica, ABSOLUTAMENTE NADA foi regulamentado ou concedido pelo Governador. Muito pelo contrário, o primeiro projeto de lei que ele encaminha para a ALERJ visa justamente modificar a Lei Orgânica que, diga-se de passagem, ele mesmo sancionou, tão somente para facilitar a indicação política para os cargos mais altos da Instituição.

A desfaçatez do Projeto de Lei do Governador Claudio Castro é tão grande que nas justificativas para a mudança legislativa e no pedido de atribuição de regime de urgência à casa legislativa, o Governador em momento algum faz menção a flexibilização dos requisitos objetivos para a indicação da direção superior da Polícia, apenas faz referências vagas e imprecisas sobre um ponto específico da lei que sequer foi objeto de debate com as entidades classistas.

Pretender modificar uma Lei Complementar Estadual, para tão somente atender um capricho pessoal, em claro desvio de finalidade, além de violar os princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade, leva o Poder Público ao descrédito, fazendo pouco caso de todo o arcabouço legislativo estadual. Doravante, lei no Rio de Janeiro passará a ter natureza jurídica de conselho, seguirá quem quiser, e aquele que não quiser seguir, poderá ter a pretensão de mudar a lei a hora que bem entender.

É indubitável que as funções constitucionais exercidas pela Polícia Civil impactam diretamente todos os demais atores do sistema criminal. Uma instituição investigativa técnica e isenta, produz melhores investigações, retira da sociedade delinquentes contumazes, inocula quadrilhas, diminui índices de violência, proporciona melhores condições para o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, oferta ao investigado melhores condições para o exercício da ampla defesa e do contraditório no curso do processo e traz mais segurança aos Magistrados no momento da formação de seu livre convencimento na sentença ou para a relativização de direitos fundamentais no deferimento de cautelares.

Assim, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Policiais Civis Estado do Rio de Janeiro e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, conclamam a toda classe policial, toda imprensa, todas as carreiras jurídicas e toda sociedade civil para, juntos, lutarmos para impedir a modificação da Lei Orgânica da Polícia Civil visando à manutenção da obrigatoriedade de que somente delegados da classe mais elevada da carreira, com mais de 15 anos no cargo, possam ser indicados para o cargo de Secretário de Polícia pelo Governador, buscando assim diminuir a ingerência política na escolha, o resgate da hierarquia e do mérito na ascensão funcional, bem como para possibilitar a construção uma Policia Civil mais democrática, justa e eficiente.

Sindicato dos Delegados do RJ – SINDELPOL-RJ
Sindicato dos Policiais Civis Estado do Rio de Janeiro – SINDPOL-RJ
Associação dos Delegados de Polícia do RJ – ADEPOL

Rio de Janeiro, 18 de Outubro de 2023.”

OS 942 QUE CONTINUARÃO PRESOS E OS 464 QUE VÃO USAR TORNOZELEIRA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão de 942 pessoas acusadas de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília e liberou outros 464 suspeitos que estavam detidos nos presídios da Papuda (homens) ou da Colmeia (mulheres). A decisão ocorreu após a análise das 1.459 audiências de custódia com golpistas presos durante a invasão ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal ou no acampamento em frente ao quartel-general do Exército na capital federal.

Audiência de custódia é um ato do Direito processual penal em que o acusado por um crime, preso em flagrante, tem direito a ser ouvido por um juiz, ao qual cabe avaliar eventuais ilegalidades em sua prisão. Com base no relato dessas audiências, Moraes definiu quem seguirá preso e quem poderá responder ao processo em liberdade. A análise foi concluída nessa sexta-feira (20).

O Congresso em Foco publica, abaixo, a relação dos presos que tiveram suas prisões em flagrante convertidas em preventiva (sem tempo para acabar). Contra esses, segundo o ministro, há provas nos autos da participação efetiva dos investigados em “organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas”. Para ele, há evidências de que esses presos praticaram crimes de atos terroristas, inclusive preparatórios, associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado.

Presos que tiveram prisão em flagrante convertida em preventiva: * 

ABDIAS JOAQUIM DOS REIS 363.825.31553
ABIGAIL NUNES DA COSTA 550.292.21115
ADAILDO ALVES SANTANA 788.662.43191
ADAIR BEGNINI 015.993.85112
ADALTO DA SILVA ARAUJO 64489507
ADELIR ZOZ 65793927971
ADEMAR BENTO MARIANO 883.904.97972
ADEMAR GUINZELLI 679.944.82953
ADEMILSON DE SOUZA LOPES 108.827.95899
ADEMIR ALMEIDA DA SILVA 020.426.82497
ADEMIR APARECIDO BARIZON 824.008.90978
ADEMIR DA SILVA 023.570.08199
ADEMIR DOMINGOS PINTO DA SILVA 584.703.10097
ADENILSON ANTONIO DA SILVA 089.231.71832
ADENILSON DEMETRIO DE CORDOVA 004.691.47903
ADILMA MARIA CARDOSO 449.521.98472
ADILSON DAMAZIO DE OLIVEIRA 819.481.74120
ADRIANA ALVES DE ALMEIDA 148.855.15882
ADRIANA CAMARGO DA SILVA LEMES 813.100.99200
ADRIANA SALVADOR PLACIDO 081.671.67810
ADRIANO MARINHO STEFANI 327.320.31291
ADRIELE CRISTINA TRIGO 349.209.90831
AECIO LUCIO COSTA PEREIRA 146.867.09806
AGENOR PISETTA 47204907949
AILSON DA SILVA MOREIRA 031.215.36940
AILTON CARLOS DOS REIS 02843009936
AIRTON DORLEI SCHERER 952.321.68053
ALAN FONSECA DE OLIVEIRA LIMA
ALAN VICTOR CHAVES PEDROSO 043.875.00123
ALCEBÍADES FERREIRA DA SILVA 34515666134
ALDAIR BATISTA NOBRE 01091828202
ALDIR ARRUDA LINS 375.995.34172
ALEANDRO PENA 386.141.45896
ALESSANDRA CRISTIANE DOS SANTOS NASCIMENTO 129.035.47823
ALESSANDRA FARIA RONDON 001.767.18176
ALESSANDRA MALVINA TRINDADE MICHELE 035.472.33917
ALESSANDRO FERREIRA DOS SANTOS 00816439931
ALETHEIA VERUSCA SOARES 199.189.90848
ALEX JUNIOR DE TRINDADE COSTA 010.373.432.55
ALEXANDER DIEGO KOHLER RIBEIRO 022.965.36000
ALEXANDRE DA COSTA OLIVEIRA 02754555641
ALEXANDRE DE SOUZA MOREIRA 55878970015
ALEXANDRE FELIX DE LIMA 28772070803
ALEXANDRE HENRIQUE KESSLER 582.352.21187
ALEXANDRE LOPES RODRIGUES 00121671186
ALEXANDRE MACHADO NUNES 134.068.52807
ALEXANDRE MAGNO DA SILVA FERREIRA 034.096.47317
ALEXSANDRA APARECIDA DA SILVA 081.409.82660
ALFREDO ANTONIO DIETER 788.627.36991
ALICE NASCIMENTO DOS SANTOS 80852890168F
ALICE TEREZINHA COSTA DA COSTA 741.524.160 68
ALINE CABAL DIAS 371.789.14807
ALISSON ADAN AUGUSTO MORBECK 031.028.52165
AMARILDO RODRIGUES DA SILVA 036.162.68940
AMAURI SILVA 92466206668
AMAURI SOUZA FERRAZ 05906344888
AMILCAR MELO DE ARAUJO
ANA CAROLINA ISIQUE GUARDIÉRI BRENDOLAN 407.879.55876
ANA CAROLINA MARTE SILVA 136.342.04613
ANA CLÁUDIA RODRIGUES DE ASSUNÇÃO 682.900.55900
ANA CRISTINA DE ANDRADE CAMILO 054.302.12890
ANA DANTAS 123.049.63862
ANA ELZA PEREIRA DA SILVA 224.561.20191
ANA FLAVIA DE SOUZA MONTEIRO ROSA 1631468103
ANA MARIA ANJA CARDOSO 109.027.05857
ANA MARIA RAMOS LUBASE 104.394.27770
ANA PAULA BERNARDES 131.517.78623
ANA PAULA CONSTANTINO 092.298.67447
ANA PAULA DE MEDEIROS VIEIRA TRONCO 045.972.64639
ANA PAULA FAVERO DE OLIVEIRA 034.015.38659
ANA PAULA NEUBANER RODRIGUES 086.187.87604
ANA PAULA NOBREGA 233.309.78848
ANDERSON MARQUES MENDES 07010459142
ANDERSON ZAMBIASI 98602950004
ANDINEIA MARTINS 114.360.05760
ANDRE KELVIS PEREIRA DA CONCEICAO 042.225.95195
ANDRE LUIZ BARRETO ROCHA 666.995.25549
ANDRÉ LUIZ VILELA 750.004.40110
ANDREA ALVES BERNARDO RONCHI 658.374.87972
ANDREA BAPTISTA 191.543.54803
ANDREA MARIA MACIEL ROCHA E MACHADO 002.931.38685
ANDREIA ALVES DOS SANTOS 707.126.89249
ANGELO SOTERO DE LIMA 574.119.48934
ANILTON DA SILVA SANTOS 021.747.17220
ANTONIO CARDOSO PEREIRA JUNIOR 296.292.32839
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA 045.560.28671
ANTONIO CARLOS DE SOUSA 00294587659
ANTONIO CESAR PEREIRA JUNIOR 081.970.97688
ANTONIO FIDELIS DA SILVA FILHO 00831361425
ANTONIO FRANCISCO MOREIRA 756.750.21604
ANTONIO GENESIO FERNANDES DA SILVA 550.035.67553
ANTÔNIO GEOVANE SOUSA DE SOUSA 044.763.76223
ANTONIO LUCILANE DE LIMA 330.102.18320
ANTONIO LUIS DA SILVA 645.029.88553
ANTONIO MARCOS BARBOSA DA SILVA BRUNETTA 747.246.57987
ANTONIO MARCOS FERREIRA COSTA 902.414.01291
ANTÔNIO PLANTES DA SILVEIRA 033.634.89919
ANTONIO VALDENIR CALIARE 393.844.03172
APARECIDO JULIO OLIVEIRA DA SILVA 47508868153
APOLO CARVALHO DA SILVA 01900962683
ARACELI SCARTEZINI DONADELLO 028.884.81952
ARMANDO GOMES DA SILVA 252.789.32449
ARMANDO PRAUZE 49351818004
ARMANDO VALENTIM SETTIN LOPES DE ANDRADE 798.138.28153
ARTHUR DE LIMA TIMOTEO 437.382.42821
ARY MARCOS DE PAULA BARBARA 374.765.68540
BARQUET MIGUEL JUNIOR 138.856.39831
BEATRIZ DAIANE TOSTA LAUDINO 383.418.61801
BELCHIOR ALVES DOS REIS 090.231.05850
BENICIO VIEIRA DE SOUSA 329.810.74334
BERNARDO OLIVEIRA ANDRADE 009.561.44357
BRUNO GUERRA PEDRON 338.455.31878
BRUNO RIBEIRO DOS SANTOS MAIA 10786804696
BRYAN TIMER DE SOUZA 045.765.53054
CALONE NATALIA GUIMARÃES 063.603.24180
CAMILA MENDONÇA MARQUES 7180824941
CANDIDA MOREIRA BORGES FILIPAR 795.545.64934
CARLA BACK 013.940.34008
CARLA CRISTINA MACHADO 263.095.84855
CARLO ADRIANO CAPONI 04921907986
CARLOS ALBERTO DA SILVA NASCIMENTO 342.099.44866
CARLOS ALBERTO DOS SANTOS QUEIROZ 046.524.82507
CARLOS ALBERTO HORSTMANN 54776597934
CARLOS ALBERTO RAIMUNDO 788.894.48172
CARLOS ALEXANDRE OLIVEIRA 004.702.84080
CARLOS ANTONIO SILVA 52626644668
CARLOS EDUARDO BON CAETANO DA SILVA 832.656.00734
CARLOS EMILIO YOUNES 064.427.07806
CARLOS GASPARIN 01834421993
CARLOS ROBERTO HORSTMANN 547.765.97934
CARLOS ROBERTO SILVA SANTOS 272.297.04812
CARLOS ROGÉRIO COIMBRA 98746049134
CARLOS RUBENS DA COSTA 137.024.83691
CASSIUS ALEX SCHONS DE OLIVEIRA 60500814187
CECIL DE FARIA GARCIA 082.656.39880
CEILA MICHELE PILOCELLI 013.386.33150
CELESTINA DE MORAES AURELIANO 149.688.58893
CELINA MARIA PEREIRA DA SILVA 085.355.55838
CELSO FUHR 026.581.31151
CESAR LUIS TAVARES 441.175.23104
CEZAR CARLOS FERNANDES DA SILVA 464.185.20068
CEZAR SANTOS DE LIMA 850.431.84191
CHARLES MARQUES VICENTE MIRANDA 89555449520
CHARLES RODRIGUES DOS SANTOS 090.542.21712
CHASTINE JOSÉ FURTADO NOBRE 620.296.90910
CIBELE DA PIEDADE RIBEIRO DA COSTA MATEOS 486.293.67687
CIRNE RENE VETTER 990.968.11968
CITER MOTTA COSTA 026.284.27770
CLAUDEMIR APARECIDO BARBOSA MARTINS 116.566.75846
CLAUDETE APARECIDA TRISTÃO
CLAUDIA AUGUSTA GIOPPO FRANCO 167.913.17884
CLAUDIA DE MENDONÇA BARROS
485.669.81991  A INDICIADA
INFORMOU
CLAUDIA DELANI PONIKIERSKI BECHER 00375450947
CLAUDINEI PEGO DA SILVA 047.830.94659
CLAUDINEIA BEZERRA DE SOUZA 014.415.99100
CLAUDIO ANTONIO MESQUISTA PERALTA 404.215.46034
CLAUDIO AUGUSTO FELIPE 023.109.85880
CLAUDIO DA SILVA 066.255.98860
CLAUDIO SERVELIN 53915224049
CLAUDIOMIRO DA ROSA SOARES 551.422.81349
CLAUDIR GASPARIN 920.746.85904
CLAYTON COSTA CANDIDO NUNES 002.015.24180
CLEBSON DA SILVA NASCIMENTO 133.580.63852
CLEITON CORDEIRO GOUVEA DE SOUZA 07764749605
CLEODON OLIVEIRA COSTA 480.953.11472
CLERISTON PEREIRA DA CUNHA 807.756.91100
CLODOALDO CARDOSO SILVA OU CLODOALDO
CARDOSO DA SILVA 901.929.15134
CLODOALDO HENRIQUE 517.200.35920
CRISLEIDE GREGÓRIO RAMOS 063.781.08560
CRISTIANO ROBERTO BATISTA 251.287.37810
DAIANE MACHADO DE VARGAS RODRIGUES 025.268.35100
DALVIDES AIRES DOS SANTOS 48487643191
DANIEL DE OLIVEIRA ARAUJO 01627831240
DANIEL DOS SANTOS BISPO 031.296.35130
DANIEL FERREIRA DA SILVA 5223122682
DANIEL JOSE DE MAIO 196.744.67840
DANIEL LUCIANO BRESSAN 867.869.54200
DANIEL RODRIGUES MACHADO 991.862.68104
DANILO PEREIRA DE OLIVEIRA DOS SANTOS 368.373.94878
DARISA GORZIZA DA MAIA 036.696.04901
DARLEY SILVA NEVES 72787678220
DAVI ALVES TORRES 83648259172
DAVI ALVES VIEGAS DA SILVA 253.453.7806
DAVI EMANUEL PEREIRA DOMICIANO 300.001.48881
DAVI JESSE DA SILVA 855.969.14649
DAVID MICHEL MENDES MAURICIO 067.847.65940
DAVIS BAEK 221.198.94892
DAYANE SOARES DE CARVALHO SURGNOGNE 355.954.40848
DAYWYDY DA SILVA FIRMINO 082.551.88495
DÉBORA CÂNDIDA GIMENEZ 592.428.92149
DEBORA CHAVES SPINA CAIADO 313.993.42894
DEISE LUIZA DE SOUZA AGUIAR 097.561.66762
DELIA GONÇALVES DE OLIVEIRA GALLI 021.881.25908
DENISE DE ALMEIDA SANTANA 313.080.69898
DENISE DIAS DA SILVA 049.700.86451
DEUSAMAR COSTA 728.181.23453
DEVAIR HENRIQUE DA FREIRIA 252.099.58825
DIEGO EDUARDO DE ASSIS MEDINA 197.635.21000
DIEGO FABIO DALLABONA 4137271909
DIEGO RIBEIRO OLIVEIRA 032.398.44109
DIRCE GONÇALVES DOS SANTOS 098.319.65833
DIRCE ROGÉRIO 675.055.38934
DIRCEU RIBEIRO DA ASSUNSÃO 680.851.41949
DIRLEI RICARDO DE MEDEIROS 27218317200
DIVANIO NATEL GONÇALVES 756.078.59649
DJALMA SALVINO DOS REIS 802.332.79172
DOUGLAS AUGUSTO PEREIRA 09213391609
DOUGLAS RAMOS DE SOUZA 047.834.22680
DRILDO ALVES DE MELO 048.583.67851
DUARTE IRIAS FRANCO QUEIROZ 96972670144
DURCILENE PIRES DA SILVA 869.658.83120
DYEGO SANTOS SILVA 026.903.94570.
EDEMILSON DA CRUZ 045.183.03938
EDER APARECIDO JACINTO 601.365.61187
EDER ROCHA 254.576.46807
EDGAR COELHO DOS SANTOS 087.426.20899
EDILAINE CATARINA RONDON 705.947.16187
EDILSON PEREIRA DA SILVA 621.537.57649
EDIMAR APARECIDO MARTINS ESCANHOELA 276.745.23829
EDIMAR MACEDO E SILVA 777.724.74172
EDINEIA FATIMA DA SILVA SERGIO 032.390.03996
EDINEIA PAES DA SILVA DOS SANTOS 064.980.49960
EDIPO DA SILVA DOS ANJOS 040.725.39120
EDISLANE ALVES PEREIRA 025.137.38357
EDITH CHRISTINA MEDEIROS FREIRE 504.503.01400
EDLENE ROZA MEIRA 84678240268
EDMILSON DE SOUSA PEREIRA 602.578.03319
EDNA APARECIDA DE ARAUJO FRADE 027.835.80802
EDNA BORGES CORREA 512.536.90120
EDNA DIAS SALES 420.113.53220
EDNEIA PAES DA SILVA DOS SANTOS 064.980.49960
EDNILSON FEIZARDO DA SILVA 030.037.22646
EDRIEL MARTINS OLIVEIRA DE SOUZA FONSECA 116.102.74679
EDSON CARLOS CAMPANHA 016.628.59864
EDSON FERNANDES SOUZA DA SILVA
EDSON GONÇALVES DE OLIVEIRA 026.193.21603
EDSON MEDEIROS DE AGUIAR 278.120.43827
EDU MARCOS CORONEL 000.905.50960
EDUARDO ANTONIO ROCA 022.546.56805
EDUARDO GADOTTI MURARA 06780829951
EDUARDO LOPES PEREIRA 8502311913
EDUARDO ZEFERINO ENGLERT 985.696.94091
EDVAGNER BEGA 177.956.93865
ELEONOR CLAUDIO SORDI 487.921.79053
ELI DA SILVA RAMOS 894.130.16704
ELIANA PASSOS DA COSTA 7073634898
ELIANA TEIXEIRA GARCIA CIRIACO 121.842.42810
ELIANE DE JESUS DA SILVA OLIVEIRA 983.435.80087
ELIANE DE VARGAS SANTOS 296.424.20899
ELIAS ALVES DA SILVA 371.254.70807
ELIETE FERREIRA DE MORAES 469.093.62187
ELIETE NUNES 054.633.50981
ELISANGELA CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA 655.102.59191
ELISANGELA MARIA DE JESUS MOURA 783.233.12168
ELISIANE LUCIA HARMS 061.976.35909
ELIZABETE BRAZ DA SILVA 041.742.74410
ELOIZA CHILEZE SOUZA LIMA 131.250.13836
ELYNNE GOMES DOS SANTOS LIMA RG 1379265 SSPDF
EMERSON LUIS TOFFOLI DE OLIVEIRA 167.991.34843
ERIC PRATES KOBAYASHI 452.525.13600
ERIC VINICIUS SILVA RIBEIRO 70282592695
ERICK PATRICK MIRANDA ARAUJO 04583420170
ERIEL VARGAS DE LIMA 021.185.23173
ERISVALDO GONÇALVES RODRIGUES 510.944.44472
ERIVALDO MACEDO 11832227855
ERIVAN BEZERRA GOMES 146.912.79890
ERIVELTON APARECIDO CANOVA 018.675.78913
ERLANDO PINHEIRO FARIAS 002.397.49154
ETELMA ASTROGILDA NAZARIO ROSA 033.465.16626
EUZENI ALVES DE SOUZA 060.711.70605
EVANDRA DO ROSÁRIO DE SOUZA 877.192.40600
EVANDRO ERICSON VIEIRA DE MEDEIROS 049.305.53636
EVANDRO EUGÊNIO DE MIRANDA 009.204.54640
EZEQUIEL DA SILVA LIMA DE ANDRADE 939.613.08268
EZEQUIEL DE OLIVEIRA SOUSA 364.722.55172
EZEQUIEL FERREIRA LUIS 928.446.26149
EZEQUIEL NOGUEIRA GOMES 974.08956972
EZIO GUILHERME DA SILVA 501.624.11634
FABIANA SANCHES DO PRADO 043.681.21694
FABIANO ANDRÉ DA SILVA 828.490.72672
FABIO ADRIANO MENEZES DO ROSÁRIO 827.578.87068
FABIO JATCHUK BULLMANN 943.336.53134
FABIOLA ROCHA DA SILVA 634.742.20268
FABRICIA LUCIA DA SILVA RODRIGUES 339.449.81898
FABRICIO DE MOURA GOMES 272.818.20860
FABRICIO NELIO FEITOSA 778.555.07191
FATIMA APARECIDA PLETI 015.246.56852
FATIMA DE JESUS PREARO CORREA 326.344.88890
FELICIO MANOEL ARAÚJO 843.803.14715
FELIPE DA SILVA ZAHAILA 009.487.35180
FELIPE DOS SANTOS 07769234980
FELIPE PERES NASSAU 003.032.51107
FELIPE ROSA MARQUES 414.319.11801
FERNANDO HENRIQUE FARIA 36582431803
FERNANDO KEVIN DA SILVA DE OLIVEIRA MARINHO 171.561.07763
FERNANDO PLACIDO FEITOSA 433.215.49832
FLAVIO RICARDO BIANCHINI KANBACH 251.810.21832
FRANCINE MARIA DE ASSUNÇÃO LOPES 085.222.69936
FRANCISCA ELISETE CAVALCANTE FARIAS 694.349.13268
FRANCISCA HILDETE FERREIRA 051.192.5980
FRANCISCA MARIA DOS SANTOS 749.866.60659
FRANCISCO CORREA DE MELO XAVIER 229.598.19802
FRANCISCO DE ASSIS PIMENTA 699.662.70625
FRANCISCO GOMES DE MORAIS 884.616.53149
FRANCISCO GRAJAU LIMA 715.765.68253
FRANCISCO KRUSE OLIVEIRA 017.106.69012
FRANCISMAR APARECIDO DA SILVA 030.142.29660
FRANCISMAR VIEIRA BEZERRA DA CRUZ 009.777.92102
FRANKIN GUERRA LAMOGLIA 027.344.20660
FRANKISMAR LIMA DE SOUSA 976.699.97249
FREDERICO ROSARIO FUSCO PESSOA DE OLIVEIRA 259.215.09604
GABRIEL GORGOSINHO NOGUEIRA 063.458.76682
GABRIEL LUCAS LOTT PEREIRA 704.848.84689
GALENO DE ARAUJO COSTA 654.710.24249
GEISSIMARA ALVES DE DEUS 060.411.42140
GELSON ANTUNES DA SILVA 669.073.39390
GENARO VELA NETO 031.443.34901
GENEILSON SANTANA DANTAS 82282099168
GENIVALDO CARLOS RAMOS 001.435.00171
GERALDO APARECIDO DE OLIVEIRA 14959315873
GERALDO FILIPE DA SILVA 70866256474
GERSON APARECIDO GOMES 568.840.60115
GERSON LUIZ DOS SANTOS 34215181810
GESILANE APARECIDA TEODORO DOS SANTOS 084.527.26678
GESNANDO MOURA DA ROCHA 021.720.71200
GIBRAIL PEREIRA DE SOUZA 280.664.72587
GILBERTO ACKERMANN 877.077.80949
GILCEMAR FARIA DE OLIVEIRA 906.810.61634
GILDEMAR LINS PIMENTEL JUNIOR 032.471.07711
GILMAR PROCOPIO RAMOS 007.355.35736
GILVA ESTRELA DA SILVA 052.465.27590
GILVAN RODRIGUES DOS SANTOS 699.020.54153
GIOVANNI CARLOS DOS SANTOS 274.624.67836
GISELE DO ROCIO BEJES 021.259.52963
GISLAINE ALVES VALENTIM DOS SANTOS 010.229.91965
GISLAINE DA COSTA CRUZ MEDEIROS 073.752.08921
GIVAIR BATISTA SOUZA 185.161.39867
GLAUCIA MARIA RABELO CRUZ 189.301.50845
GLAUCIO MOTA GONÇALVES 02655823931
GLEDERSON HENRIQUE RIBEIRO 37951016896
GLEIDSON DE ALMEIDA DIAS 001.401.74150
GLEISSON CLOVES VOLFF 916.662.87253
GRACO MAGNUS MENDES 02045266044
GREICIELLE DUARTE DE ARRUDA 969.147.18172
GUIDO SCHMIDT 552.376.06920
GUILHERME CAZELLI CONDE 025.591.31170
GUILHERME JOÃO DALLABONA 065.777.86992
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GUSTAVO BARCO RAVENNA 586.653.58234
GUSTAVO HENRIQUE GERONIMO DE ASSIS SILVA 13700354622
HAMILTON OLIVEIRA PIRES FILHO 015.844.52609
HAROLDO WILSON RODER 707.829.88700
HEDILZA ALVES SOARES 122.448.28832
HEDIO MINORU HIRATUKA 120.529.39814
HELIO DE SOUZA MATOS 602.161.15191
HELIO JOSÉ RIBEIRO 514.091.78153
HELION FERREIRA DOS SANTOS 17752378852
HELMI TAVARES DE OLIVEIRA 69148074268
HENRIQUE FERNANDES DE OLIVEIRA 101.000.21808
HERMES TANDLER DE OLIVEIRA 270.972.27800
HILDEBRAND SANTIAGO SILVA 113.029.81676
HOLVERY RODRIGUES BONILHA 64473724034
HORACIR GONSALVES MULLER 494.163.919/72
HUGO KENJI PRADO 05432152100
HUMBERTO FLANDOLI AZEVEDO 064.932.81830
IEDA FERREIRA ANDRASKI 023.498.43920
IGILSON MANOEL DE LIMA 822.276.91034
IGOR HENRIQUE MIRANDA DOS SANTOS 372.448.10806
ILDO RECKZIEGEL DE SOUZA 06573493214
ILSON CESAR ALMEIDA DE OLIVEIRA 79096255100
INDIANARA CORREA 071.085.21938
INES IZABEL PEREIRA 084.284.728.66
IOLANDA VIEIRA OLIVEIRA 63979470504
IRACI MEGUMI NAGOSHI 183.405.36842
IRAÇUI DOS SANTOS 007.136.98098055
ISAIAS RIBEIRO SERRA JUNIOR 864.556.22510
ISMALEY WILLIAM BARBOSA 370.085.12864
ISOLVE ZAMBONI 407.437.72920
IVAIR TIAGO DE ALMEIDA 592.496.17100
IVAN MANOEL RECH 006.909.89997
IVANES LAMPERTI DOS SANTOS 703.784.36953
IVANETE VITALLI
IVANILDO ALVES DE BESSA 657.956.95220
IVANILDO DE FREITAS 031.215.36940
IVETE MICUANSKI SATURNIRO 946.725.63120
IVETT MARIA KELLER 431.028.59020
IVONAIDE PINTO 721.321.24604
IVONE GOMES DAS CHAGAS 270.907.10106
JACIRA DOS REIS MARTINS 882.624.05668
JACIRA MARIA DA COSTA SILVA 353.639.75149
JACKSON AUGUSTO DOS SANTOS 07157573423
JACQUELINE SPIRLANDELI 327.556.76833
JADERSON SCHNEIDER 04384179928
JAIME JUKENS 199.974.85904
JAIR DOMINGUES DE MORAIS 284.632.50149
JAIRO DE OLIVEIRA COSTA 582.700.43168
JAMERSON CASSIMIRO DA SILVA ALVES 123.397.43435
JAMES MIRANDA LEMOS 601.733.27400
JAMIL VANDERLINO DE SIQUEIRA 886.131.43172
JAMILDO BOMFIM DE JESUS 279.346.75100
JANAILSON ALVES DA SILVA 027.576.55205
JAQUELINE FREITAS GIMENEZ 059.257.59770
JAQUELINE KONRAD 006.681.49019
JASON PEREIRA SANTOS 216.487.46845
JEAN CARLOS FELSKI CONTE 033.807.86063
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JESSE LANE PEREIRA LEITE 115.660.43115
JHON MANOEL DE OLIVEIRA 072.327.03503
JOANDER PAULO ALVES OLIVEIRA 084.214.56644
JOANITA DE ALMEIDA 702.183.23620
JOÃO ANDRASKI 747.165.22920
JOÃO ANTONIO PEREIRA 013.751.73197
JOÃO BARBOSA DE SOUSA JUNIOR 341.951.86846
JOÃO BATISTA BENEVIDES DA ROCHA 256.527.29104
JOÃO BATISTA BORGES CORREA 443.842.54172
JOÃO BATISTA E SOUZA 486.776.12149
JOÃO CARLOS DE BORBA 604.094.44987
JOÃO CARLOS LOURENÇO 03587669902
JOÃO DE OLIVEIRA ANTUNES NETO 103.541.77311
JOÃO EDUARDO ALVES NUNES 071.096.88925
JOÃO JOSÉ CARDOSO 370.439.43949
JOÃO LUCAS VALLE GIFFONI 054.041.39170
JOÃO LUIZ PONTES 030.384.74177

LUIZ FERNANDO DE SOUZA ALVES 004.018.61643
LUIZ GUSTAVO LIMA ARAUJO 004.309.56070
LUIZ LIMA COELHO 05336448125
LUZIA FRANCISCA DA SILVA 350.111.90200
LUZILENE MARTINS DE SA POMPEU 057.456.50869
MAGELIO PINHEIRO DA SILVA 064.315.51125
MAGNO JOSÉ DA SILVA 271.216.35836
MAILTON RIBEIRO SANTANA 931.420.72500
MANOEL FERREIRA DOS SANTOS 95410368134
MANOEL MESSIAS PEREIRA MACHADO 004.280.69177
MANOEL MISSIAS VIEIRA 04844695681
MARA FILOMENA TELO CASAGRANDA 810.545.64191
MARA RUBIA LIMA ANDRADE DOURADO 780.248.70134
MARCELO CANO 058.994.79906
MARCELO COSTI 159.032.78884
MARCELO DA SILVA 90761146920
MARCELO HENRIQUE CINTRA 32755676833
MARCELO HENRIQUE DA SILVA 072.569.76607
MARCELO LOPES DO CARMO 010.264.46163
MARCELO NAIA PULZATTO 136.617.64802
MARCELO SOARES KONRAD 930.516.11034
MARCIA AUXILIADORA RIBEIRO DA SILVA RODOLFO 283.587.70880
MARCIA DOS SANTOS 018.265.10966
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MARCO AFONSO CAMPOS DOS SANTOS 515.920.61672
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PLAUTO ROBERTO PIROZI 134.170.42895
POLYANNA CORREA RIBEIRO 185.696.97899

RAFAEL ALVES DA COSTA 01355876117
RAFAEL ANTONIO RIBEIRO MELOZE 346.326.63859
RAFAEL OLIVEIRA BEMFICA 012.241.09554
RAFAEL TEIXEIRA MARQUES 734.942.83168
RAQUEL ALVES DA SILVA 074.928.01661
RAQUEL DE SOUZA LOPES 743.237.41987
RAY APARECIDO TRAVASSOS 425.590.21806
REBECA SILVEIRA MOLINA DE OLIVEIRA 348.847.79835
REGINA APARECIDA MODESTO 104.909.88890
REGINA MARIA DE AZEVEDO 727.430.18372
REGINA MARIA FIDELIS DA SILVA 859.381.27172
REGINA TEIXEIRA DE CARVALHO 099.593.02873
REGINALDO CARLOS BEGIATO GARCIA 078.856.63850
REGINALDO SILVEIRA 502.792.70100
REGIS EDUARDO BELLATO
REINALDO PEREIRA DA SILVA 998.376.84372
RENAN FERREIRA SILVA 070.214.12592
RENAN MARTINS DOS SANTOS 020.565.51659
RENATA APARECIDA FERREIRA DE OLIVEIRA 015.770.04370
RENATA SOUSA MASSA 740.839.37572
RENATO FRAGA CAMPOS MATOS 10577323628
RENATO POFFO
RENATO RODRIGUES DE MELLO
RESSOLI PRAETORIUS DE MELLO 493.563.13091
REZILDA ALVES TORRES 165.822.93800
RICARDO CARDOSO DE ABREU 055.826.69671
RICARDO DUARTE OLIVEIRA 507.290.39900
RICARDO FERNANDES DA SILVA 024.547.22666
RICARDO PEDRO HAMMES 000.376.79066
RICARDO QUEIRÓZ COLOMBO 996.613.90100
RILVA CRISTINA GONÇALVES FERNANDES 601.054.53404
ROBERTA JERSYKA OLIVEIRA BRASIL SOARES 025.712.44388
ROBERTINA APARECIDA RAIMUNDO PROTATZ 543.515.96104
ROBERTO CARLOS RODRIGUES ANTONIO 013.88099179
ROBERTO SIMON 448.320.01000
ROBINSON LUIZ FILEMON PINTO JUNIOR 013.550.68169
ROBSON BARBOSA DA SILVA
ROBSON BATISTA NUNES 30487308859
ROBSON DOS REIS SOUSA 08336897704
ROBSON MAIKON DE OLIVEIRA 007.400.73192
ROBSON RODRIGUES BAIENSE 789.118.34734
ROBSON VICTOR DE SOUZA
RODISMAR REGASSE LIRIO 005.292.61766

RODOLFO COSTA MELO
RODRIGO BORGES DE CARVALHO 99774895649
RODRIGO DE FREITAS MORO RAMALHO 393.125.73802
RODRIGO DE OLIVEIRA BARBOSA 725.138.53687
RODRIGO FERRO PAKUSZEWSKI 4149539101
RODRIGO PEREIRA SANTIAGO 122.705.48906
RODRIGO VERANÊS VIEIRA 156.128.07805
ROGENNER FEITOSA LIMA 29413980829
ROGERIO CAROCA BARBOSA 299.390.62400
ROGÉRIO SOUZA LIMA 55436242553
ROMARIO GARCIA RODRIGUES 3457792313
ROMEU ALVES DA SILVA 62397354187
ROMILDE ROSA FERREIRA 586.716.17653
ROMILDO DA SILVEIRA 13475079810
ROMOALDO GOMES DA SILVA 030.362.97111
RONALDO FRAGA CAMPOS MATOS 10568932650
RONALDO RIBEIRO DO VALE 594.804.59272
RONEY DUARTE BOTELHO 876882.98687
RONIA DANIELA VIEIRA SILVA 049.908.63682
ROSA MARIA PINTO VANDERLEY 121.186.88857
ROSANA MACIEL GOMES 604.953.59149
ROSANA RUOTULO 577.106.19991
ROSANGELA MARIA DA SILVA 789.169.25649
ROSANGELA MARIA RONCONI 325.529.202068
ROSE SELMA DA COSTA SANTOS 395.855.06149
ROSELI APARECIDA DE ARAÚJO 764.130.0464
ROSELI FRANCISCO DE PAULA 159.770.44828
ROSELI TEODORO SOUZA FELIPE 892.977.76604
ROSELY PEREIRA MONTEIRO 881.442.16172
ROSEMAR DELLALIBERA 95599177904
ROSEMARY CAETANO DE FREITAS 806.054.78104
ROSEMEIRE APARECIA MORANDI 12024019889
ROSILDO FRANCISCO DE JESUS SANTOS 482.461.66549
ROSILEI RODRIGUES 611.911.40920
ROSINEIA DA SILVA AMARAL 021.576.57100
RUAN KLEITON RIBEIRO 107.564.20601
RUDINEI DE LIMA SOARES 997.804.37053
RUTH CAETANO DOS SANTOS 516.165.21104.
SABRINA SILVA DOS SANTOS 702.726.02205
SANDRA ANDRE VELOSO 02090157992
SANDRA DOS SANTOS CARVALHO 174.092.71841
SANDRA GAVIRAGHI 893.073.560.68
SANDRA MARIA MENEZES CHAVES 248.249.06857
SANTA DA SILVA 270.495.00737

SARAH GABRIELA OLIVEIRA MESQUITA 009.476.97101
SAULO PEREIRA DA SILVA 623.935.53134
SAULO SILVA EVANGELISTA
SAVIO WALLAS DE CARVALHO SILVA 03934523285
SEBASTIÃO DAMASCENO MAIA 874.325.95615
SEBASTIÃO JOSÉ BEZERRA NETO
SERGIO ALEXANDRE COELHO 498.041.62172
SERGIO AMARAL RESENDE 654.728.45653
SERGIO ANTONIO DA SILVA 615.178.60920
SERGIO CAETANO MINATTI 763.403.84900
SERGIO DE OLIVEIRA CARVALHO 120.714.28838
SERGIO DE SOUZA MAGALHÃES 976.022.64649
SERGIO LOPES CARVALHO 678.414.81268
SHARA SILVANO SILVA 462.69875838
SHEILA MANTOVANNI 260.716.92830
SIDEIR CASSIANO 028.366.36939
SIDERSINO PEREIRA DO NASCIMENTO 361.590.42149
SIDINEI KIST 353.001.67134
SIDINEI PEREIRA 816.876.21187
SIDNEIA XAVIER GOMES 496.215.56104
SIDNEY MACHADO 027.786.32956
SILAS JANUARIO LIMA
SILVANA CATAO DE PAULA 665.214.75649
SILVANE MACHADO DE VARGAS PAULA 875.475.46153
SILVIA ADRIANA NOGUEIRA DOS SANTOS 16866119863
SILVIA AMANCIO DE OLIVEIRA 026.365.44194
SILVIA CRISTINA NUNES DE CASTRO 504.527.20125
SILVIO CRISPIM VITORINO 429.311.85191
SILVIO DA ROCHA SILVEIRA 590.62878091
SILVIO SEMPRINI JUNIOR 053.482.02800
SIMAR SIDNEI DA SILVA 941.439.78091
SIMONE LOPES DE SOUSA 092.010.88655
SIMONE MACEDO 543.473.51534
SIMONE NUNES DE CERQUEIRA GUIMARÃES 17187334885
SIMONE PEREIRA DE OLIVEIRA LOPES 852.908.31134
SINTYA RACHEL DE FARIA ERTHAL 584.700.26100
SINVAL LAGASSE 36948519253
SIPRIANO ALVES DE OLIVEIRA 960.119.80163
SIRLEI APARECIDA ALVES 647.812.24687
SIRLENE DE SOUZA ZANOTTI 149.699.48844
SIRLEY ELAINE DE SOUSA 625.211.87291
SONIA MARIA STREB DA SILVA 529.394.48000

STEPHEN ALVAREZ SAMPAIO 405.518.23844
SUELI APARECIDA DE SOUZA RAMOS 190.406.62835
SUSI RENATA BITTENCOURT AFFONSO PAES LEME 113.835.81770
SUZANA DA ROLD 930.780.48934
TADEU DO PRADO LOPES 226.390.91840
TALITA GABRIELA DE SOUZA 035.056.47101
TAMIRES CORREA PEIXOTO KRAHN 024.395.72039
TANIA MARIZA BALDIATI MACHADO 445.991.97087
TATIANE DA SILVA MARQUES 001.675.43016
TELMARIO ARAUJO SOBREIRA 010.813.98248
TELMO ALEXANDRE PEREIRA DE OLIVEIRA APARECIDO 703.145.69162
TELMO JOSÉ REGINATTO 925.110.3100
TELMO ROBERTO ESMALA 019.067.00966
TEREZINHA LOCATELI 985.578.15700
THAISE APARECIDA RIBEIRO 09249132662
THAYNA MHERY ALVES DE OLIVEIRA 014.168.37603
THAYNA VALERIA DUARTE OLIVEIRA 132.372.23433
THEREZA HELENA DE OLIVEIRA SOUZA SENA 756.106.39620
THIAGO DE ASSIS MATHAR 218.117.54899
THIAGO DOS SANTOS SILVA 032.083.96139
THIAGO LAUDINO 401.783.24825
THIAGO QUEIROZ 037.507.78639
THIAGO TELES DE TOLEDO 019.127.01138
TIAGO DOS SANTOS FERREIRA 047.850.69104
TIAGO MENDES ROMUALDO 120.998.95732
TIAGO PEREIRA DO NASCIMENTO 4596339376
TIAGO PINHEIRO DE SOUZA 072.893.77605
TIAGO RENAN BORGES PEREIRA 040.993.39106
UELITON GUIMARÃES DE MACEDO 052.258.30757
ULISSES FREDDI 150.222.92858
ULISSES WANDERELEI DE DEUS 634.800.77668
VALDEIR PASQUINI 013.869.17206
VALDERI LIMA DA SILVA 939.656.13120
VALDINEI MARÇAL BRANDÃO 98820982668
VALDIR FRANCISCO DE SOUZA 391.107.29100
VALERIA GOMES MARTINS VILLELA BONILLO 606.598.23187
VALMIRANDO RODRIGUES PEREIRA 707.546.75149
VALTER CORREIA FERNANDES 345.210.11187
VANCLEIA LIMA DE OLIVEIRA 006.155.85590
VANDER ALVES DIAS
VANDERLEI RODRIGUES ROSA 006.110.52601
VANDERLEY DE ALMEIDA CABRAL 650.840.80200
VANDERSON AURELIANO MENDES 014.531.58600

VANESSA DA SILVA SANTOS 046.804.00137

VANESSA HARUMI TAKASAKI 292.441.57802
VANESSA MAYARA LOPES DA SILVA 048.733.68103
VANESSA RODRIGUES DA CONCEIÇÃO 014.899.60600
VANESSA ZAPPONI DE CARVALHO 286.663.85812
VERA LUCIA DE OLIVEIRA 452.447.40644
VICENTE CAVALINI FILHO 715.374.06949
VILDETE FERREIRA DA SILVA GUARDIA 703.851.14834
VILMA TEIXEIRA DE OLIVEIRA 487.772.77104
VILSON HOBOLD 57065560910
VILSON ROGERIO ANTOS AMORIM
VINICIUS ALVES CANDEIA 029.182.78378
VINICIUS CASSIANO RODRIGUES 723.884.47372
VITOR MANOEL DE JESUS 518.634.88804
VITORIA JOFRE RODRIGUES 204.253.68220
VIVIANE DE JESUS CAMARA 085.671.22724
VIVIANE DOS SANTOS 360.976.62807
VIVIANE MARTIMIANI NOGUEIRA 339.730.76863
VIVIANE SILVA DE OLIVEIRA 358.723.75816
WAGNER SILVESTRE DA SILVA 363.009.09824
WALACE BARBOSA DA SILVA 057.707.68762
WALMIR BLASIUS 395.312.60168
WALTER JEFFERSON DA SILVA 352.23810848
WANDERLEY DA SILVA 811.349.59915
WANDERLEY GARLAK 601.055.18972
WARLEY MAGALHÃES 060.418.13613
WATLILA SOCRATES SOARES DO NASCIMENTO 080.106.95645
WELIGTON BRAGA DE SOUSA 05317392608
WELLINGTON DA SILVA NUNES 10934778493
WELLINGTON LUIZ FIRMINO 377.044.99831
WELYSON DEYLER AMARAL DOS SANTOS 027.845.96176
WEMERSON ALVES DE SOUZA 021.453.80523
WENDERSON LUIZ BRANDÃO BARROS 621.049.37345
WESDRA SANTAREM MAZZEGA 078.609.79730
WESLEY DA SILVA FERREIRA TAVEIRA 036.329.83208
WHEROILTON PEREIRA DE CASTRO 063.013.18480
WILIAM NEVES GUIMARÃES 339.289.05880
WILLER GOMES JUNIOR 70976325691
WILLIAM PEDROSA SANTANA 03044154219
WILLIAM PIRES OLIVEIRA 046.663.39558
WILLIAN FONSECA AMORIM 008.442.72647
WILSON FERNANDO GOMES 494.252.00106
WILSON NUNES DE AGUIAR 020.107.45752

YAN SOUZA SOBRINHO 00955609127
YGOR SOARES DA ROCHA 608.913.04355
YURI LUAN DOS REIS 017.274.81275
ZILDA ANTONIO DE JESUS 016.660.34142

* Nome e CPFdivulgados pelo STF

Soltos, mas com restrições

Moraes também concedeu liberdade provisória a outros 464 presos. Segundo ele, embora haja fortes indícios de participação dessas pessoas nos crimes a ela atribuídas, ainda não foram juntadas provas da prática de violência, invasão dos prédios e depredação do patrimônio público contra elas. Os acusados terão de usar tornozeleira eletrônica e obedecer a uma série de restrições, como suspensão imediata de qualquer documento de porte de arma de fogo, proibição do uso de redes sociais e de comunicação com outros envolvidos e entrega de passaportes.

Ele considerou que, nesses casos, há provas nos autos da participação efetiva dos investigados em “organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas”. Para o ministro, há evidências de que esses presos praticaram crimes de atos terroristas, inclusive preparatórios, associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado.

Veja a lista dos presos liberados mediante medidas cautelares: *

ANTONIO MARCOS FERNANDES DE CARVALHO 025.325.17298
ANTONIO MARQUES DA SILVA 686.335.48291
ANTONIO SCHARF FILHO 472.152.75949
APARECIDA RODRIGUES DO NASCIMENTO 052.910.49898
ARILSON LUIZ XAVIER 897.396.12687
ARIOLDO RODRIGUES JUNIOR 248.923.60244
ARLINDO SANTAROSA 076.625.87851
ARNALDO JOSÉ BACK 70472289934
ARTHUR ANDRE SILVA MARTINS 70003225194
ARTHUR SANTOS DE SOUZA 11918839735
BARBARA ANGELICA SILVA 099.610.08650
BEATRIZ DE FATIMA MOREIRA DE SA 573.732.30644
BRAYAN LUCAS DE OLIVEIRA COSTA 47407796840
BRUNA CRISTINA ZARAMELLA 007.442.511.09
BRUNO EDSON GABRIEM MONTEIRO MARINHO 113.303.06708
BRUNO SIMÕES GOBBI 061.588.90145
BRUNO SOARES CASSEMIRO 090.886.09430
CAMILA ALVES SILVA OLIVEIRA 433.199.66898
CANDIDO JOSÉ GOBBI 349.807.92200
CARINE EDI NICOLAU 004.642.820.80
CARLOS AIMORE PEREIRA FIRPO 446.098.25015
CARLOS ALBERTO PLACIDO 082.494.71857
CARLOS ANTONIO EIFLER 555.084.48004
CARLOS DANIEL ARAGÃO DE ARAÚJO 295.296.93885
CARLOS IBRAIM GOMES 793.806.11668
CARLOS RENATO DE SALES MASSUCATO 03401860623
CASSIANO ALVES DOS SANTOS 03158132028
CECILIA BARROSO DA COSTA 028.324.76309
CELIA REGINA PEREIRA 751.197.22920
CELINA DA SILVEIRA DOMINGUES 108.582.06889
CESAR AMARO DA SILVA 27982341829
CIRLENE RABELO DE ARAUJO FREITAS 150.802.72856
CLAUDIANE PEREIRA DA CONCEIÇÃO 047.242.97441
CLAUDINEI ASSUNÇÃO ALBUQUERQUE 442.225.64188
CLAUDIO FERNANDO GONÇALVES 925.335.66772
CLAUDIR FRANCISCO DOS SANTOS 002.167.41165
CLEBER PEREIRA DA SILVA 04303664693
CLEONICE MACHADO DE VARGAS 028.957.89142
CLEVERSON GODOFREDO DE ARAUJO 715.454.76934
CLOVIS MARTINS DO NASCIMENTO 764.756.97672
CLOVIS PIEROTTI DE OLIVEIRA 673.645.00987
CRISTIAN SIMÕES GOBBI 027.405.60206

CRISTIANE BARBOSA FERNANDES 755.834.70925
CRISTIANE DA SILVA 087.083.91955
CRISTINA MOURA DUARTE 901.943.30672
DAEGO DA COSTA SANTOS DE SOUZA 346.822.53859
DALVINA SEVERINO DE QUEIROZ 317.824.77187
DANIEL NATALICIO GONÇALVES 862.320.37120
DANIEL PEREIRA DE ALMEIDA 76265838172
DANIEL SOARES DO NASCIMENTO 368.259.36832
DANIELA GONÇALVES BRANDÃO 294.611.65811
DANYELE KRISTY SANTOS RIOS DA SILVA 011.066.33229
DARLENE DA SILVA COSTA 395.61216515
DARLLEN BOTELHO DE SOUZA 052.260.25688
DAVID ZEFERINO MOREIRA 190.967.24836
DEIBE REGINA DA SILVA CAVALHERO 902.976.36987
DEIVISON BARBOSA LOPES 058.787.23654
DEIVISTON DA SILVA RIBEIRO 11796165700
DIEGO GUANABARA CORREA SCALONA 370.183.22855
DIEGO HAAS 01229239014
DIOGO DENIZ FEIX 01186162007
DIOVANA VIEIRA DA COSTA 049.505.88079
DIRCEU LUIZ SCHABARUM 71586792920
DITTER MARX 505.508.20020
DONIZETE PAULINO DA PAZ 38547929134
EDEMILSON GOMES DA SILVA BISPO 911.009.92200
EDENILSON CAETANO FERREIRA 833.450.86700
EDENILSON CARDOSO DA SILVA 026.917.56955
EDENILSON CESAR DE SOUZA 29178660807
EDER HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVA 36244765800
EDERSON PEREIRA DA SILVA 169470105
EDGARD OSMAR BENTO 29950068835
EDIGLEUMA MARIA DA ROCHA 976.955.64320
EDILAINE DA SILVA SANTOS 335.631.96800
EDILSON SURNOGNE 21526642808
EDMILSON GOMES DA SILVA BISPO 911.009.92200
EDMILSON NASCIMENTO SOARES 064.267.64450
EDNA VALENTIM JANUÁRIO 111.415.79880
EDSON FICHER SABINO 315.280.88875
EDUARDO CAVANHOL 044.261.33117
EDUARDO LINS SANTOS 01820470164
EDUARDO MOTA DOS SANTOS 353.721.30857
EDUARDO WEISS 701.267.98087
ELAINE FERREIRA GONÇALVES 024.674.79196
ELIANE DE FÁTIMA APARECIDA DE SOUZA 259.525.67851

ELIANE GONÇALVES PEREIRA 940.724.34191
ELIANE OELKE 631.760.50178
ELIANE VIEIRA DA SILVA SOUZA 02466616157
ELIEL ALVES 890.324.89100
ELIELSON DOS SANTOS 01975859570
ELISANGELA DOS SANTOS VITORIO 177.525.56890
ELISEU SANTOS DE JESUS 857.906.34508
ELISMAR GOMES DOS SANTOS 005.768.77220
ELIVONETE PEREIRA DE SOUZA NUNES 770.478.69115
ELIZABETE GOMES DE ANDRADE FREDDI 080.728.188.30
ELIZANDRA DOS SANTOS RODRIGUES 005.174.12020
ELIZEU PAULO RIBEIRO 00712885978
ELY GRECO 484.053.53615
EMERSON COSTA 00550062050
ERNANE RIBEIRO DE SOUZA 076.982.39632
EVERALDO JOSÉ MARCONSINI 702.380.90906
EVERTON STREPPEL SEGALA 97114570082
FABIANO DA SILVA 00459649981
FABIO ALVES BARBOSA 266.674.12811
FABIOLA DO NASCIMENTO 917.348.78487
FABRICIO KUWANO PALUDETO 213.973.60879
FABYANA ALVES DOS SANTOS PINHEIRO 018.466.51166
FATIMA JECELE MAGON 487.921.520.15
FERNANDO BATISTA LEMES 689.728.22191
FERNANDO EURICO BEVILAQUA 021.257.60975
FERNANDO MENDES TATTERO 370.136.75822
FERNANDO SILVA SALGADO 075.898.11718
FERNANDO VIEIRA PINTO COELHO 74769022620
FILIPE CERQUEIRA DE SANTANA 068.872.51558
FLAVIA DE MEDEIROS ARDOVINO ROSA 081.841.34762
FLAVIA SOARES PEREIRA 659.785.365.20
FLAVIA VIANA DOS SANTOS 038.800.32190
FLAVIO BELTRÃO SOLDANI 8804701862
FRANCELI SOARES DA MOTA 608.669.93134
FRANCICLEIDE DE PAULA SOARES MENEZES 012.388.56128
FRANCISCA IVANI GOMES 107.260.76465
FRANCISCO IDEVAN RODRIGUES 600.120.50350
FRANCISCO OLIVEIRA GERMANO 12272428835
GABRIELLA DE SOUZA 703.219.52618
GABRYELLE COSTA ESTANISLAU PEREIRA 109.094.03430
GEFERSON GUALBERTO DO NASCIMENTO 471.118.66852
GENIL TREVIZAN FERNANDES 007.685.12735
GENILSON PEREIRA FIGUEIREDO 522.386.10197

GERALDO PEREIRA DA SILVA FILHO 034.052.24705
GESILANE DA SILVA BORGES 689.53470110
GILBERTO EDUARDO DE SOUZA 109.069.09830
GILMAR DOS SANTOS
GILMAR VIEIRA DA SILVA 565.674.64615
GILSON DA SILVA MATTOS 558.789.70015
GISLAINE CARINA DE O. MENDONÇA 128.825.99811
GIUSEPPE ALBUQUERQUE SANTOS 350.665.39468
GLÁUCIA NADINE PIMENTEL 006.727.28001
GLEICIANY DIOGO DE SOUZA 023.337.70180
GRACIELLE VILELA LEMES 058.303.69613
GUTEMBERG MOZART MIRANDA 670.409.93600
HARLEI MARCOS CITTADINO 255.327.24806
HENRIQUE OZANA DE OLIVEIRA SOUZA CORREA 02064703632
HERMETSON ANTONIO VASSOLER 822.836.05172
IARA SOLANGE SOARES GIMENES 062.023.61832
IGOR DIVINO 704.115.35170
IGOR GUSTAVO DA SILVA BARROS 6297193142
ILVANA FRANCISCA DA SILVA 024.266.64712
IRACI GASPARIM 732.582.70910
IRANILTON SOUZA DA SILVA 026.939.62501
IVAN DANTAS * CPF igual ao 571 (IVAN SANTOS) 017.049.86540
IVAN SANTOS 017.049.86540
IVANETE BARBOSA DE ARAUJO CAPELASSI 667.438.77175
IVANILDE GONÇALVES DE OLIVEIRA 655.010.04615
IZAIAS ROBERTO DA SILVA 123.413.16840
IZAQUIEL CRUZ FERNANDES 037.403.53341
JACKSON URIEL DE SOUZA VIEIRA 022.052.43276
JACSON DOUGLAS BIAZUS 862.379.939 91
JAIR ROBERTO CENEDESI 609.988.73934
JAIR VALENTE 3762928908
JAIRO ALOIZIO DE FRANÇA 428.174.71172
JAIRO MACHADO BACCIN 627.961.00049
JANE KEL PINHEIRO BORGES 530.317.09187
JEAN CARLOS BARBOSA 078.472.36990
JEAN GUIMARÃES DOS SANTOS 05453756144
JEDIEL DE SOUZA LAU 4619405906
JEFERSON FRANÇA DA COSTA FIGUEIREDO 04260019155
JEFFERSON PACZKOSKI COMPAGNONI 3494108285
JEFFERSON WERNIER SILVEIRA 98241133049
JENNIFER CRISTINA FERREIRA MARTINS 014.704.22670
JEOVÁ CONCEIÇÃO DOS SANTOS 804.726.99172
JEREMIAS RODRIGUES MELLO 7845616915

JESIEL RODRIGUES DOS SANTOS 00391900137
JESILDO DE OLIVEIRA LACERDA 407.903.55515
JESSÉ DE OLIVEIRA VICENTE 23062721820
JOÃO ALVES RIBEIRO 069.745.68894
JOÃO BATISTA DA COSTA 801.253.01120
JOÃO BATISTA DE CASTRO 115.322.11104
JOÃO BATISTA GAMA 503.072.09828
JOÃO BATISTA GOULART 528.318.25091
JOÃO BENEDITO RODRIGUES 057.820.26898
JOÃO CARLOS DE MORAES 754.286.79972
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA 045.843.52879
JOÃO MARCELO DA ROSA 045.392.98690
JOÃO MARCIANO DE OLIVEIRA 943.614.87634
JOÃO MOISÉS RITTA REGES 503.970.10044
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA 402.984.51859
JOÃO RAIMUNDO SOBRINHO 208.453.16915
JOÃO RAMÃO MORAES DINIZ 344.957.97034
JOEL MURU CHAGAS MACHADO 74826239068
JOEL TORQUATO DE SOUSA 350.370.60893
JOHNNY VIEIRA DE ARAUJO SNICHELOTTO 98150715134
JONASTANIEL CAPISTRANO 117.761.05907
JONY FIGUEIREDO DA SILVA 663.175.252.34
JORGE JAQUES DA SILVA 871.185.64087
JORGE RODRIGUES CUNHA 304.851.45898
JORGE ROGERIO CORRER 34824892899
JOSE ALENCAR REICHERT 603.043.24000
JOSÉ CARLOS DA SILVA SOARES 087.842.47410
JOSÉ CARLOS MARTINS 913.481.02187
JOSÉ CARLOS NOGUEIRA ALVES 09554267827
JOSE CEZAR DUARTE CARLOS 100.317.52608
JOSÉ FERREIRA DA SILVA FILHO 677.712.11453
JOSÉ ISAIAS DA SILVA 063.777.55899
JOSÉ MACHADO DE SOUZA 841.912.44604
JOSÉ MESSIAS VALÉRIO 046.579.70836
JOSÉ ROMILSON MAGALHÃES FARIAS 255.955.24855
JOSEANE NEVES EVANGELISTA 002.898.40562
JOSENEIDE MARTINS SILVA 001.824.88373
JOSENETH SOUSA DO NASCIMENTO 441.954.19387
JOSEVALDO RAIMUNDO DA SILVA 422.673.74587
JOSIANI VARGAS DE FREITAS 347.297.91860
JOSIEL MAGNO CENSI 066.918.42928
JOSIMARA RODRIGUES DE BRITO 814.438.46104
JUARY CORDEIRO DE ARAÚJO 497.838.94587

JUCELAINE DA CUNHA LIMA 840.846.00997
JUCENARA TABORNA CANABARRO 022.565.15990
JUCENIR CRISTINA SOUZA OLIVEIRA DOS SANTOS 871.873.96104
JULIANA APARECIDA GUIMARÃES COIMBRA 04649650631
JULIO CESAR DE OLIVEIRA CISCOUTO 098.528.326.20
JULIO RICARDO ALONSO 071.264.137/85
JULISMAR ANDRADE DE SOUSA 03413860143
JUSIAS GONÇALVES GURALSKI 099.145.29925
JUSSARA INEZ BRAZ 042.535.83997
KARINA ROSA DOS REIS 045.052.90611
KARINE DE PAULA SILVA MARTINS 003.884.94107
KELIN ALVES DE LIMA 021.602.28001
KENEDY MARTINS COLVELLO 101.749.14662
LAZARO ANTONIO DO PRADO 5643321866
LEANDRO DO NASCIMENTO CAVALCANTE 962.323.23149
LEONARDO PESSOA DE LIMA
LEOZANGELA ALMEIDA ANIOLA 344.852.39034
LESLIE SOBRADIEL GAUNA 72937580904
LILIA CRISTINA DE REZENDE 077.234.01305
LINCOLN DA SILVA EUGÊNIO 847.346.63300
LINDOLFO DE OLIVEIRA 08353120895
LIVIA SOARES PEREIRA 052.552.076.75
LOURIVAL DA CONCEIÇÃO 705.308.15591
LUCAS DE JESUS LIMA 14429516723
LUCAS HELIAM SABINO 12419918983
LUCIANA FASKOMY DORIA 584.297.60563
LUCIANA RAIMUNDO 555.720.65153
LUCIANO DA SILVA 149.902.56883
LUCIANO DOS SANTOS ROSSI 9188432866
LUCIANO MELO DE SOUSA 01594805404
LUCIENE MOURA DA SILVA ROCHA 408.822.33220.
LUCINARA RODRIGUES 010.427.82776
LUIS CARLOS DE CARVALHO FONSECA 039.268.60820
LUIS CARLOS DE SOUSA FERREIRA 372.302.63204
LUIZ ANSELMO DA SILVA 47164158991
LUIZ CARLOS ALVES 030.735.42612
LUIZ FERNANDES VENANCIO 025.602.33606
LUIZ HENRIQUE DOS ANJOS 339.658.89168
LUKAS MATHEUS DE SOUZA FELIPE 119.304.08684
LUZIA FERREIRA DA SILVA 884.686.23172
MACDAIWIS ALVARENGA DE ALMEIDA 034.918.47630
MADALENA SEVERO DOS SANTOS 785.860.62120
MAGDA ELIANA LIMA 122.471.15802

MANOEL MESSIAS DE OLIVEIRA 290.923.94890
MANUELA SOUZA DE LIMA 054.514.64022
MARCELA TATIANE DE OLIVEIRA SANTOS 330.944.29858
MARCELO ALBERTO RECH 88312968091
MARCELO AREIAS DOS SANTOS 77761332568
MARCELO DA SILVA VALADÃO 633.615.15653
MARCELO TRENTIN MEIRELLES 346.564.70015
MARCIA APARECIDA FERREIRA 108.957.27943
MARCIA BEATRIZ SILVA 94794723687
MARCIA MARIA DA SILVA 055.332.74960
MARCILENE GAMA NUNES 896.848.69134
MARCIO ANTONIO BIAZUS 014.406.669 62
MÁRCIO GOMES DE OLIVEIRA 976.975.59153
MARCIO JOSÉ SANTIAGO 042.302.75900
MARCOS ANDREY BASSANNESSI DE OLIVEIRA 07079329981
MARCOS FELIPE FERRARI BASTOS 055.499.40701
MARCOS FERNANDO DE OLIVEIRA COSTA 621.955.73370
MARCOS PEREIRA 00907519903
MARCOS ROBERTO PAULO 18810257804
MARCUS VINICIUS DE JESUS ROSA 44081334854
MARGARETH MELLA MARINHO 790.544.47915
MARIA APARECIDA BARBOSA FEITOSA 840.333.201.72
MARIA APARECIDA DA SILVA 015.269.38405
MARIA APARECIDA POLEZA 924.111.93904
MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA BARROS 779.037.68191
MARIA GLEIDE SILVA DO NASCIMENTO 489.132.35404
MARIA IZABEL BANDEIRA 843.877.00963
MARIA SILVELI TEIXEIRA LIMA 655.010.04615
MARIA VIRGINIA DE SOUZA AGUIAR 538.593.40549
MARINALVA FERREIRA DE LIMA 005.274.29970.
MARIO JOSÉ OTT 62796917991
MARISA DE FATIMA RENNER 673.668.80000
MARISA FRANCO MAIA 556.356.36691
MARLOS JANUTT 10457973757
MARTA BASTOS DIAS 081.090.48889
MATHEUS DA SILVA GOMES 05713878104
MATHEUS SOUZA MURBACH 04445563200
MAURICIO DO NASCIMENTO BATISTA 68605293420
MAURICIO ONEZIMO JACO 90824768604
MICHEL PLATTENY DA SILVA 997.619.39120
MICHELA BATISTA LACERDA 513.783.53234
MICHELE DE SANTIS 259.261.62840
MIGUEL CARLOS VENANCIO 028.213.47600

MIRAMAR FERREIRA CAMARA 545.776.59115
MIRIAM DE CARVALHO 948.813.67900
MIRIAN GLADIS LEHMANN 000.255.43059
MISAEL ROSA DA SILVA 96715057249
MOEMA ANUTE DE LIMA CARIOCA
MONICA GONÇALVES ARANGIO 134.629.17803
MONICA TANIYAMA DE BARROS 191.077.13843
MURILO FELIX DE OLIVEIRA 177.243.15833
NAILZE APARECIDA RIBEIRO DA SILVA 127.008.81818
NATHAN THEO PERUSSO 097.604.24959
NAYARA SANTANA DE ARAUJO 47647638858
NAZARÉ DA GRAÇA MOUZINHO MODA 140.447.49272
NILSON SALTARELLO DE AGUILAR 254.825.02880
NOEL DE OLIVEIRA 03184694992
NOELZA SOARES BRAGA LIMA 459.063.86572
NOEMIO LAERTE HOCHSCHEIDT 535.232.61015
NOEMY CRISTALDO LEITE 353.680.98120
NUBIA TANIA PAIM TAVARES DA COSTA 047.608.74739
ODETE CORREA DE OLIVEIRA PALIANO 732.685.00978
ODILSON DOS SANTOS CONCEIÇÃO 57079897149
OTONIEL FRANCISCO DA CRUZ 994.366.20500
OZANA FERNANDES DE OLIVEIRA 734.199.90200
PAMELA LUANA MISSIO 048.081.59929
PAULO ALVIS DOS SANTOS 556.569.60110
PAULO CESAR PASTEGA 309.654.14850
PAULO FIRMO CINTRA 14115702869
PAULO JORGE GOMES 719.294.44320
PAULO ROBERTO ALVES DA SILVA 100.864.15883
PEDRO ROBERTO NUNES CAMPOS 744.254.39368
PRISCILA RAMOS DE JESUS SANTOS 047.021.39576
RAFAEL CESAR LOPES OLIVEIRA 010.454.68320
RAFAEL RAMOS DINIZ 002.371.05004
RAFAEL RODRIGO ZARTH 039.170.15099
RAIMUNDO JOSÉ SARAIVA TORRES 225.737.18875
RAPHAEL SOUZA LOPES DE ABREU 10114307709
RAQUEL MARTINS DOS SANTOS 728.182.04615
RASANEIDE RODRIGUES SOUZA 512.593.54504
REGIANE DO NASCIMENTO MONTE MOR 044.155.14677
REGINA APARECIDA SILVA 306.308.51204
REINALDO DE SOUZA PAULA 386.298.79220
RENATA DIAS FUHR 023.388.33120
RENATA MARIA DA CRUZ 159.486.60826
RENATA MARIA DIAS PEREIRA 016.027.37738

RENATO MARCHESINI FIGUEIREDO 31203417896
RICARDO AUGUSTO BOCK 605.938.49000
RICARDO DE ARAUJO MADUREIRA 31815539801
RICARDO DE MOURA CHICRALA 007.825.78160
RICARDO TSUYOSHI HUMENO 299.975.72907
RILDO ALVES DOS SANTOS 919.693.95168
ROBLEDO DOS SANTOS TAVARES 056.310.65738
ROGERIO APARECIDO TOMITÃO 003.799.42984
RONALDO BORGES DO CANTO 010.657.96064
ROSANGELA ANDREIA JUNGLES 007.621.53938
ROSANGELA DE OLIVEIRA SANTOS 006.517.43133
ROSANGELA VIEIRA VERANES 196.410.19805
ROSARIO LUCAS PEREIRA 004.539.92129
ROSMARA DO ROCIO RODRIGUES 634.629.90934
ROZILEIS DOS SANTOS CUNHA 89644603168
RUBIA CRISTINA DE OLIVEIRA 492.357.02100
SALETE COSTA APARICIO 732.850.99100
SAMARA AFONSO DOS SANTOS 206.256.27202
SANDRA SOARES DA SILVA ULIANO 737.454.48987
SAULO SANTOS OLIVEIRA 13482961786
SEBASTIÃO ANIBAL PESTANA 378.845.57134
SEBASTIÃO HOBOLD 759.506.93949
SERGIO KENJI FUJUKITA 757.017.58915
SERGIO REITZ 04126269932
SERGIO RUPOLO 512.842.51934
SHAINE PALMA SILVA RIBEIRO 054.230.51940
SHIRLEY HALL LINHARES VIEIRA 675.992.22200
SHIRLU SILVA FONTINELE 912.234.31215
SILENE CALISTRO ALVES 121.014.97883
SILVANA LUCIA AGUILAR MOREIRA 167.328.52876
SILVANA MOURA LIRIO PRAUZE 191.981.49814
SILVANETH SILVA SOUSA BARBOSA 991.960.34300
SILVIA DE AMORIM JESUS 717.188.77234
SILVIA MARIA DA SILVA PIÃO 098.621.57836
SIRLEI PESSOA DE SIQUEIRA 007.443.86110
SONIA ANGELICA CAIXETA 992.641.10615
SONIA MARIA RODRIGUES DA SILVA 088.182.68805
SONIA TERESINHA POSSA 33425264915
STELA MARIA ATANAZIO 080.767.138.03
STHELIO FREITAS MACEDO 067.751.33642
SUELMA DOS SANTOS E SANTOS 704.425.51240
TADEU RIBEIRO DOS SANTOS 329.789.53810
TAIS SIMONE PRADO LEAL 56092741091

TALIENE MAIERE FRANCA 346.037.28202
TATIANE OLIVEIRA DOS SANTOS 070.687.56565
TERMA MARIA DE MORAES SILVA DELGADO 531.397.47187
THATIELLY JESUS DE MOURA 042.435.45197
THIAGO CARDOSO DE LIMA 061.792.46602
THIAGO DE LIMA PINHEIRO 066.786.52410
THIAGO NUNES DOS SANTOS SOUZA 09074021786
TIARA DOS SANTOS 019.068.25904
UEKSLEI PINTO CEZAR 658.319.93272
VALDENIR APARECIDO DE SOUZA 216.752.45878
VALDIR DE LIMA 48600431204
VALDIRENE ROQUE 611.515.05234
VALERIA ARRUDA GIL 038.399.39119
VALERIA ROSA DA SILVA OENOKI 290.534.21882
VALMIR FERNANDES PINOTI 33109719886
VALQUIRIA MARIZA DIAS JAHNKE 715.997.46034
VAMBERTO DOS SANTOS JUNIOR 4985774146
VANDENEZ BARBOZA DA SILVA 246.943.55449
VANDERLEI MULLER 94956650000
VANDERLEIA TORRENS MACHADO 006.047.30969
VANDERSON ALVES NUNES 059.420.34141
VERA LUCIA ALVES VALENTE BELTRANE 610.337.07287
VERA LUCIA MORAES FERNANDES 980.665.79268
VERA MARIA DE FATIMA CAETANO 462.567.41153
VERANIR ROSA RODRIGUES 904.420.91168
VERONICA AVELINO DA COSTA MARQUES 057.130.07405
VINICIUS ULIANO BORGES CORREA 10249056917
VIVIANE DO PRADO 872.509.26187
WAGNER DE OLIVEIRA 691.140.05115
WAGNER PEREIRA CÂNDIDO 01597622940
WALACE DA SILVA MEDEIROS 060.384.11631
WALDEMAR CARNEIRO DE LACERDA 01026427290
WALISSON DE MATOS VITORINO 46226329858
WASHINGTON MAGALHAES SOUZA 253.043.58805
WELLINGTON FERNANDO OLIVEIRA LIMA FEREIRA 11578867878
WELLINGTON RONALDO COSTA 065.187.77842
ZAQUEU PEREIRA DA SILVA 967.187.902 06
ZILDA APARECIDA CORREIRA DE PAULA 960.154.89120
ZILMA GOMES DE SOUZA LEÃO 124.648.53895
ZULENE SILVA DE CARVALHO 280.969.40368

* Nome e CPF divulgados pelo STF.

As 464 pessoas acima responderão ao processo em liberdade, mas estão sujeitas à seguintes restrições:

⁃ proibição de ausentar-se da comarca;
⁃ uso de tornozeleira eletrônica

⁃ recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de
semana com uso de tornozeleira eletrônica a ser instalada pela Polícia
Federal em Brasília;
⁃ obrigação de apresentar-se ao Juízo da Execução da comarca de
origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as
segundas-feiras;
⁃ proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a
entrega de passaportes no Juízo da Execução da Comarca de origem,
no prazo de cinco dias;
⁃ cancelamento de todos os passaportes emitidos no Brasil em
nome do investigado, tornando-os sem efeito;
⁃ suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma
de fogo em nome do investigado, bem como de quaisquer certificados
de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de
fogo, tiro desportivo e caça;
⁃ proibição de utilização de redes sociais;
⁃ proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por
qualquer meio.

PF prende 13 na Operação Tango

A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira 13 participantes de uma quadrilha que movimentou pelo menos R$ 2,5 bilhões em golpes contra a Receita Federal. O Portal Estadão.com chegou a noticiar que 19 pessoas foram presas, informação agora corrigida.

A Operação Tango envolveu 300 policiais e teve apoio da aeronáutica para transportar agentes aos Estados onde os acusados foram detidos. Três deles foram presos em Porto Alegre, outros três em Brasília, dois em São Paulo, dois em Araçatuba, dois no Rio de Janeiro e um em João Pessoa. Até o início da noite, todos deveriam estar recolhidos ao Presídio Central de Porto Alegre. A Justiça Federal também decretou a prisão de um 14º integrante do esquema, de São Paulo, mas até o final da tarde ele não havia sido encontrado.

Entre os presos está o argentino Cesar Arrieta, suspeito de ter provocado um rombo de R$ 3 bilhões no INSS nos anos 90. O esquema girava em torno da Vale Couros Trading, uma empresa do Vale do Sinos que deixou de exportar couros e calçados em 1996 e desde então atuava como uma espécie de instituição financeira, mudando sucessivamente de endereço, para Santa Maria (RS) e Palmas (TO), e de proprietários. Um deles foi Arrieta. Desde junho ano passado um dos sócios é o Banco Santos. O outro é Roberto Fabrin, um dos presos desta segunda-feira.

Na mesma ação, os policiais apreenderam R$ 190 mil e documentos na casa do contador Luiz Carlos Abadie, em Porto Alegre, enquanto ele era preso em Brasília. Também encontraram US$ 40 mil em poder de Fábio Magno Fernandes, em João Pessoa. E recolheram um avião e uma lancha no Estado de São Paulo e 15 carros de luxo, de marcas como Mercedes e Porsche, que os acusados usavam em diversos locais do País.

Os outros presos são a advogada Sônia Soder, mulher de Arrieta, residente em Porto Alegre, Rosa Habib e Levi Soares, de Brasília, Paulo Renato Primo e Siegfried Grisbach, do Rio de Janeiro, Márcio Pavan e Renê Cabral, de São Paulo, e Marcelo Batista e Ricardo Godoy, de Araçatuba.

O delegado Alexandre Isbarreola, chefe do Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros e Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, disse que uma das práticas da quadrilha era comprar carteiras de investimento de clientes de bancos oferecendo a eles porcentuais próximos a 85% da aplicação e baixando o saldo total, sem a retenção dos impostos. Não revelou, no entanto, quais são os bancos envolvidos.

Disse que a participação de funcionários no repasse das informações e nos lançamentos fraudulentos está sendo investigada. Somente de janeiro a junho de 2004, neste esquema, foi movimentado R$ 1,5 bilhão. Outra prática da quadrilha era receber créditos ilícitos ou eventualmente discutidos na Justiça e forjar créditos tributários para vendê-los a empresas em débito com o fisco. Para zerar os débitos com a Receita Federal e conseguir certidões negativas, os fraudadores muitas vezes se utilizaram do Programa Especial de Restituição – Declaração de Compensação (PER-Decomp). Tratava-se de um simples acesso ao site da Receita para informar o uso de determinado crédito para abatimento de impostos devidos.

“Eles achavam que a Receita Federal não teria capacidade de fiscalizar o lançamento em cinco anos”, comentou o corregedor-geral da Receita Federal, Moacir Leão, numa referência ao prazo de prescrição da cobrança de impostos. “Numa estimativa conservadora, acreditamos que a fraude, neste caso, passe de R$ 1 bilhão”, ressaltou. Como o sistema era muito vulnerável, a Receita Federal não aceita mais os pedidos de compensação via internet. Agora o contribuinte interessado deve ir a um agência e apresentar a documentação.

A investigação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal vai prosseguir em busca dos funcionários públicos e bancários que repassavam informações confidenciais à quadrilha e que participavam de operações fraudulentas. Também vai identificar as empresas que se beneficiaram do esquema. Muitos nomes já são conhecidos dos policiais, mas não serão divulgados por enquanto para não prejudicar as investigações ou porque há inquéritos protegidos por segredo de Justiça, informa o delegado Ildo Gasparetto, comandante da Operação Tango.

Operação Placebo – MP denuncia 27 pessoas acusadas de lavagem, fraudes fiscais e organização criminosa

O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), por meio do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), denunciou, nessa terça-feira (7), 27 pessoas por envolvimento nos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agente público. Todos são acusados de causar um prejuízo ao tesouro estadual de cerca de R$ 200 milhões, valor já corrigido monetariamente.

A ação penal, proposta pelos membros do Gaesf – grupo composto pelo MPE/AL, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Polícia Civil (PC/AL) – perante a 17ª Vara Criminal da Capital, que tem atribuição para atuar no combate ao crime organizado, foi ajuizada após a deflagração da operação Placebo, que ocorreu em 17 de julho último.

Foram denunciados Carlos Antônio Nobre e Silva (fiscal de renda), Antônio Monteiro dos Santos, Vanessa Veras Ribeiro, Arnaldo Monteiro dos Santos Filho, Jenisson Paulino da Silva Ribeiro, Márcio André de Lira, Erasmo Alves da Silva Filho, Marta Viana dos Santos, Maria Edelnice Monteiro dos Santos (foragida), Sílvia Santos Borges (foragida), Magno Viana Monteiro Santos, Auldênio Costa Aguiar, Regina Conceição dos Santos, Maria Regina dos Santos, Tatiane Iza dos Santos, Gilson da Silva Fiusa, Marcelo Oliveira de Jesus, Marcos Oliveira de Jesus, Davis Rabelo de Azevedo Freitas, Julliana Samara Valença Santos Oliveira, Ana Márcia Araújo dos Santos, Astênio Monteiro dos Santos, Genildo Reis dos Santos, Vanderlan Reis dos Santos, Robson Luiz de Oliveira Bispo, José Otacílio de Carvalho Silva e Benedito Alves dos Santos.

As acusações

Segundo o Gaesf, a organização criminosa, que operava nos estados de Alagoas, Sergipe e Bahia, era integrada por um auditor-fiscal, empresários, testas-de-ferro, laranjas, um ex-técnico em contabilidade e contadores.

As investigações do Ministério Público começaram agora em 2018 e foi por meio de uma colaboração premiada que o Gaesf descobriu detalhes sobre o esquema criminoso. Um colaborador, que exerceu por muito tempo a função de contador das empresas MI Farma e AM Farma, repassou informações detalhadas aos investigadores de como acontecia a rotatividade envolvendo pessoas utilizadas de maneira fraudulenta na composição do quadro societário das empresas. Ele também revelou como acontecia o pagamento de propina para o auditor-fiscal Carlos Antônio Nobre e Silva. O dinheiro era repassado por Antônio Monteiro dos Santos, Vanessa Veras Ribeiro, Marta Viana dos Santos e pelo próprio colaborador.

“No decorrer das investigações ficou devidamente comprovado que as empresas MI Farma Comércio e Representação LTDA, AM Farma Comercial e LTDA e Ribeiro & Santos LTDA-EPP são empresas apoiadoras umas das outras (inclusive todas funcionaram no mesmo endereço: Av. Hermes Ernesto Damasceno s/n, lote 23, bairro da Santa Lúcia, cidade de Maceió-AL), e perpetuam-se na prática delituosa pelos denunciados através de pessoas jurídicas fraudulentas criadas exclusivamente para sonegar tributos e enriquecer o grupo criminoso em detrimento da aplicação de impostos em prol da sociedade alagoana”, diz um trecho da petição proposta pelo Ministério Público.

A denúncia foi assinada pelo promotor de justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf, e também pelos promotores Guilherme Diamantaras e Kléber Valadares, igualmente integrantes do Grupo.

A carga apreendida

Durante a operação Placebo, o Gaesf, com autorização judicial, apreendeu 25 carretas com medicamentos que estavam estocados nas empresas que foram alvo das investigações. Todo material foi recolhido a um depósito da Secretaria de Estado da Saúde.

De acordo com o procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, o Ministério Público já requereu ao Poder Judiciário o perdimento de todos esses remédios. “Já ajuizamos o pedido e estamos aguardando o seu julgamento. O que queremos é que esses medicamentos sejam doados para hospitais e centros de saúde em Alagoas, uma vez que entendemos que eles pertencem ao povo. Essa seria uma forma do dinheiro dos tributos não recolhido aos cofres do estado voltar para população”, defendeu o chefe do MPE/AL.