Suspeita de matar advogada por interesse amoroso no marido da vítima segue foragida há um mês

Cinco homens foram presos suspeitos de participação no crime que resultou na morte de advogada no Ceará e na mãe dela. A mandante está foragida e é uma das mais procuradas do estado.

A empresária Maria Ediane da Mota Oliveira, suspeita de mandar matar uma advogada e mãe dela, segue foragida nesta quinta-feira (2), após um mês formalmente considerada foragida pela Justiça. Conforme a denúncia, ela contratou um “grupo de extermínio”, formado por três policiais, para matar a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria, por interesse no marido dela.

A mãe de Rafaela, Maria Socorro de Vasconcelos, que estava próxima à filha no momento do crime, também foi atingida pelos disparos e morreu.

Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, a empresária pagou R$ 70 mil para grupo de extermínio cometer o crime, em negociações feitas pelo WhatsApp.

Segundo policiais civis que investigaram o caso, Maria Ediane é empresária e coordena o “jogo do bicho” em diversas cidades do Ceará. Nos meses anteriores ao crime, ela foi alvo de ameaça de facções criminosas que queiram dominar a prática, que é ilegal.

Ainda conforme as investigações, o grupo de extermínio formado por quatro policiais passou dois meses investigando a rotina da advogada, a mando da empresária. Maria Ediane pagou adiantado parte do pagamento pelo crime, além de gastos com viagens, hospedagem e comida.

Ela mandou matar a advogada por interesse amoroso no marido dela (leia mais detalhes a seguir).

A Polícia Civil apontou que Maria Ediane teria interesse no marido da advogada, um tenente-coronel da Polícia Militar.

Nos celulares de Maria Ediane, investigados pela Polícia Civil, há troca de mensagens com um líder religioso que fez previsões sobre um possível relacionamento amoroso entre a empresária e o homem de interesse dela.

Ela pagou pelo menos R$ 850 ao religioso, que faria a previsão com base na parafina de uma vela consumida. A previsão do suposto vidente é que Ediane teria “dificuldades” no relacionamento.

A empresária teria contratado um grupo de extermínio, formado por três policiais e dois homens — que não são agentes de segurança. O grupo passou dois meses investigando a rotina da advogada. A polícia descobriu que nos aparelhos celulares dos suspeitos foram encontrados várias fotos da advogada como também do trabalho e da residência.

Presos envolvidos no crime
Cinco pessoas foram presas até a publicação desta reportagem; são elas:

O sargento da PM Amaury da Silva Araújo
O soldado Daniel Medeiros de Siqueira
O sargento Edilson Barbosa da Luz
Reginaldo Cavalcante dos Santos
José Elton Cavalcante Mano da Silva

 

 

Operação Abatedouro réus são julgados pela Justiça Federal de Imperatriz

O Juízo da 1ª Vara da Justiça Federal de Imperatriz sentenciou nesta terça-feira, dia 10, uma das ações penais originárias da denominada Operação Abatedouro, desencadeada pela Polícia Federal em 2006.

A operação investigou a prática de diversos crimes, cometidos por integrantes de um grande esquema de sonegação fiscal, mantido por grupos atuantes no ramo frigorífico e de abate de gado, em diversos Estados do Brasil, inclusive na cidade de Imperatriz.

A ação sentenciada trata dos crimes cometidos por intermédio das empresas F.A. da Silva Comércio Atacadista de Carnes e Mastercarnes Comércio de Carnes Ltda.

As empresas acima citadas, administradas por José Martins Jales Sobrinho, deixaram de recolher aos cofres públicos nos anos-calendários 2003 a 2006, valores que, somados, ultrapassam dezoito milhões de reais, utilizando-se de laranjas na constituição de pessoas jurídicas.

A sentença julgou procedente em parte a Denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal em 2011, e absolveu os réus Constância Duarte Jales e Reginaldo Arouca Poço.

Por sua vez, o réu José Martins Jales Sobrinho foi condenado à pena total de vinte anos, dois meses e sete dias de reclusão em regime inicial fechado, e ao pagamento de (trezentos e noventa e seis dias-multa, pela prática dos crimes de Apropriação Indébita Previdenciária (art. 168-A, 1º, I), Falsidade Ideológica (art. 299) e Sonegação de Contribuição Previdenciária (art. 337-A, I e III), todos do Código Penal Brasileiro, além de crimes contra a ordem tributária, previstos no art. 1º, incisos I e II, da Lei nº 8.137/1990.

Operação Sexta-Feira 13 prende nove empresários e doleiros por lavagem de dinheiro

Nove pessoas foram presas na Operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, entre elas os doleiros Chaim Enoch Zalgberg, Antônio Wanis Filho e Eliezer Lewin e os empresários Vittorio Tedeschi, Ettore Reginaldo Tedeschi e Altineu Pires Coutinho. Ao todo, são 21 os integrantes de duas quadrilhas sob investigação.

Todos os presos estão envolvidos em quadrilhas investigadas desde 2005, quando a Operação Roupa Suja detectou fraudes em licitações e corrupção entre empresas e órgãos oficiais, inclusive na importação de insumos para o coquetel do Ministério da Saúde para o combate ao HIV. Foram cumpridos também hoje (13) mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo.

O Ministério Público Federal informou que a ocultação e lavagem de patrimônio ilícito teriam alcançado dezenas de milhões de dólares. A engenharia financeira para esconder esse dinheiro foi concebida e executada pelos escritórios dos doleiros Chaim Henoch Zalcberg, Antônio Wanis Filho, Rosane Messer e Dario Messer, com o uso de contas na Suíça e nos Estados Unidos.

Nesta tarde, na Superintendência da Polícia Federal no Rio, o chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros, Luís Eduardo Castro, e os procuradores da República Carlos Alberto Aguiar e José Augusto Vagos, responsáveis pelas investigações, explicaram a Sexta-Feira 13:

“Em 2005, a Operação Roupa Suja investigou os crimes de fraude em licitações e corrupção, incriminando os empresários presos agora, mais um grupo de pessoas envolvidas nos acertos das licitações fraudadas. Até laboratórios farmacêuticos indianos e chineses foram citados como fornecedores de insumos até 7.000% acima do preço para o coquetel anti-aids distribuído pela Saúde.”

Vittorio Tedeschi, indiciado nessa compra superfaturada, e Altineu Coutinho, envolvido em licitações irregulares para lavagem de roupa hospitalar, recorriam em liberdade da condenação a 14 anos, mas perderam novamente esse direito nesta sexta-feira.

“Mesmo condenados, eles continuaram a praticar os crimes de licitação fraudulenta e corrupção”, disse o procurador Aguiar, acrescentando que desta vez a Justiça decretou a prisão preventiva dos dois, assim como de outros recalcitrantes.

Dos 12 mandados de prisão expedidos pela 4ª Vara Federal do Rio de Janeiro, os três não cumpridos foram os de Arnaldo Haft e Fabrício de Oliveira Silva, que a polícia suspeita serem laranjas, e o do doleiro Dario Messer, que está fora do país, mas deve se apresentar porque sua mulher, Rosane Messer, está entre os nove presos.

“Gastamos quatro anos para chegar até aqui, porque detectamos o crime na Operação Roupa Suja, e partimos para a investigação sobre o dinheiro desviado”, disse Carlos Alberto Aguiar. Seu colega nas investigações, José Augusto Vagos, foi além: “Para dar uma ideia, o processo tem 129 apensos [volumes anexados ao longo dos trabalhos]”.

Durante o processo, foram pedidas informações bancárias no Brasil e no exterior, e só no ano passado chegaram as dos Estados Unidos. Até agora, a Suíça não colaborou, mas os procuradores tentarão a repatriação do dinheiro que está em todos os lugares.

Apenas nesta sexta-feira, a Polícia Federal apreendeu R$ 250 mil (R$ 200 mil na casa de Vittorio Tedeschi), US$ 17 mil, um montante indeterminado de dinheiro em outras moedas e quatro armas de baixo calibre. Os procuradores estimam em US$ 20 milhões o total guardado em cerca de 20 contas bancárias abertas nos Estados Unidos. “A quebra do sigilo bancário dos investigados no Estados Unidos foi fundamental, mas ainda há muito a ser buscado. Quando houve a Operação Roupa Suja, eles já movimentavam dinheiro nessas contas havia pelo menos dez anos. Quer dizer, há 14 anos esse esquema funciona”, informou Castro.

Os procuradores justificaram os quatro anos de trabalho com o fato de mais de 20 empresas de fachada, muitas fechadas, outras em franca atividade, constarem das investigações, todas com nomes de laranjas e em paraísos fiscais, como as Bahamas.

As duas quadrilhas investigadas, conforme a polícia, agiam sem ligação aparente, em dois modelos de ação diferentes: dólar-cabo, no qual a remessa e a transferência de volta dos dólares era feita clandestinamente, e o modelo das empresas de fachada, cujos sócios e diretores escondiam a verdadeira propriedade dos empresários presos hoje.

PF prende pistoleiros e apreende armas; rádio divulga lista

Agentes da Polícia Federal já prenderam 25 pessoas envolvidas em crimes de pistolagem e tráfico de armas na Paraíba, desde a deflagração, na manhã desta quinta-

Agentes da Polícia Federal já prenderam 25 pessoas envolvidas em crimes de pistolagem e tráfico de armas na Paraíba, desde a deflagração, na manhã desta quinta-feira (24), da Operação Rede Marginal. No entanto, algumas foram autuadas e liberadas após prestar depoimento, conforme informações repassadas pela assessoria de imprensa da Polícia Federal, em João Pessoa.

A Polícia Federal divulgou nota à imprensa informando da prisão pistoleiros e ainda da apreensão de dezenas de armas, munição e celulares.

Ao todo, a Polícia Federal cumpre 26 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão. De acordo com informações da PF, algumas pessoas estão sendo presas mediante flagrante, o que deve fazer com que o número de presos seja maior do que o estabelecido pelos mandados judiciais.

No início da tarde, rádio de Pombal divulgou a lista das pessoas presas. Confira no final da matéria.

A assessoria informou que já foram apreendidas várias armas, munições e drogas.

Os envolvidos, empresários e comerciantes de redes em São Bento, atuam em crimes de pistolagem, além de tráfico de drogas, armas e assaltos a cargas. Eles não fazem parte de uma organização única, apesar de terem ligações familiares, de amizade ou até comerciais.

Entre eles, o pistoleiro Grampão, um dos mais conhecidos do Nordeste, que foi pego no Ceará. A Operação Rede Marginal partiu de denúncias da própria população. O delegado responsável pelas investigações iniciais foi Derly Brasileiro. Quem está coordenando a operação é o delegado Fábio Maia.

Às 12, a PF em Patos vai conceder entrevista coletiva para falar sobre o resultado.

 

A Superintendência da Polícia Federal neste Estado da Paraíba, desencadeou na manhã desta quinta-feira (24.01.2008), uma grande Operação no sertão do Estado, visando combater crimes como: tráfico de drogas, tráfico de armas, pistolagem etc. Esta investigação teve início no final do ano de 2006, e foi motivada pelas inúmeras denúncias partidas da população local.

Todas as diligências policiais foram coordenadas pela Delegacia da Polícia Federal na cidade de Patos/PB, e contaram também com o importante apoio da Polícia Rodoviária Federal e de policiais militares destacados no sertão da Paraiba. Foram requisitados pela Polícia Federal e deferidos pela justiça estadual, 26 Mandados de Prisão e 34 Mandados de Busca e Apreensão. O principal palco da “Operação Rede Marginal” foi a cidade de São Bento/PB; contudo foram cumpridos Mandados também nos municípios paraibanos de: Catolé do Rocha/PB; Pombal/PB; Souza/PB/; Patos/PB e João Pessoa/PB; bem como nos estados de: Santa Catarina (Florianópolis); Ceará (Icó e Orós) e São Paulo (São Paulo). Participaram desta Operação cerca de 206 policiais federais e rodoviários federais, os quais conseguiram prender cerca de 25 (vinte e cinco pessoas), dentre estas, um dos maiores pistoleiros da região Nordeste, conhecido pela alcunha de “Grampão”. Com os presos foram apreendidos os seguintes materiais: dezenas de celulares; munição de calibres diversos; material para recarga de cartuchos; aproximadamente uma dezena de armas de fogo, algumas destas de uso restrito etc.

O título “Operação Rede Marginal” refere-se ao fato de ser a cidade de São Bento/PB, (local de origem e residência da maioria dos envolvidos nesta organização criminosa), uma das maiores produtoras de “redes para dormir”, no Brasil; bem como, muitos dos envolvidos têm como atividade lícita o comércio destes materiais.
Todos os presos foram ou estão sendo encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal na cidade de Patos/PB, onde após interrogados e/ou autuados em flagrante, deverão ser encaminhados para presídios deste município, onde permanecerão a disposição da Justiça do Estado da Paraíba.

Lista das pessoas que foram presas:

– Sinval Oliveira de Almeida (“Teté”)
– Tiago Gomes da Silva
– Alex Roberto Adonias Dantas (Robertinho)
– Reginaldo Marcolino Soares (“Grampão”)
– Divaldo Dantas de Araújo (Divaldo do lava-jato)
– “Tetê” namorada de Tiago Gomes
– Valdemir Ferreira dos Santos Filho (“Júnior do Lança”)
– José Leonardo Costa Dias (“Braguinha”)
– Glênio Suassuna Carneiro (“Gago Suassuna”)
– Ronaldo da Silva Araújo (“Galego do gás”)
– Marquinhos
– Vadinho ou Dadinho
– Rosélia Linhares de Azevedo (“Comadre Maria”)
– Joaquim Marcolino Sousa Neto
– Francisco Cezar Cavalcate (“Cezar”)
– Manoel Viana (Icó-CE)
– Círlio Torrado
– Francisco de Assis Ferreira Cruz (“Baca”ou “Bigode”)
– Pedro Alves Cabral (“Dão Cigano”)
– “Delegado”
– Alai Caíque Andrade da Silva (“Caíque”)
– “Caicó”
– “Chico Bola”
– “Fô” ou Kleber
– Francisco Helinton da Silva (“Pereira” ou “Leleco”)
– Edivan Estrela de Araújo (“Baixinho” ou “Pato”)