Homem inventa que ex-mulher era informante da polícia e a entrega para traficantes na Penha

De acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Iago dos Santos Fonseca, de 26 anos, é acusado de feminicídio. Segundo as investigações, o suspeito manteve um relacionamento de sete anos com Janayna Evangelista Napoleão.

Um homem que entregou a ex-companheira para o “tribunal do tráfico” na Comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, foi preso em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, nesta quarta-feira (13).

De acordo com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), Iago dos Santos Fonseca, de 26 anos, é acusado de feminicídio, por não aceitar o fim do relacionamento de sete anos com Janayna Evangelista Napoleão, de 22.

Após um desentendimento, de acordo com a Polícia Civil, Janayna saiu da casa em que morava com o homem, no bairro Rodilândia, em Nova Iguaçu, e foi morar com parentes, na Fazendinha, na Penha. Os policiais destacam que a mulher arrumou um emprego em um shopping center da região e começou a se relacionar com outra pessoa na comunidade.

Os investigadores sustentam que, segundo apurado, o ex-companheiro não aceitou a ideia de ficar separado dela.

Durante as investigações, os policiais analisaram áudios enviados por Iago para o celular de Janayana, que demonstraram as ameaças, exigindo que ela voltasse a morar com ele em Nova Iguaçu. O que foi recusado pela vítima.

A DDPA apurou que Iago chegou a ir até a Comunidade da Fazendinha para falar com Janayna, mas foi reprendido por ela e dois amigos.

Segundo a investigação, por ciúme e pela raiva, Iago inventou que a vítima e seus amigos seriam informantes da polícia. Ainda segundo os investigadores, a informação chegou até os traficantes da Fazendinha, que os submeteram ao “tribunal do tráfico” local.

Janayna e os dois amigos foram assassinados e seus corpos ocultados na comunidade. Segundo os agentes, os restos mortais do trio ainda não foram localizados e não há registro de desparecimento dos amigos da vítima.

De acordo com a DDPA, a investigação continuará para identificar os dois amigos desaparecidos e prender os traficantes envolvidos no crime.

 

Ex de advogada suspeita de matar pai e avó dele diz que não imaginava tamanha brutalidade: ‘Vivendo o luto’

Segundo a polícia, Leonardo Pereira Alves e Luzia Tereza Alves foram envenenados durante um café da manhã no dia 17 de dezembro. Polícia Científica investiga qual substância causou o envenenamento.

O médico Leonardo Pereira Alves Filho, ex da advogada Amanda Partata, que é suspeita de ter envenenado e matado o ex-sogro e a mãe dele se pronunciou sobre o caso pela primeira vez. Ao lamentar a morte do pai e da avó, ele disse nunca ter imaginado algo que justificasse “tamanha brutalidade”.

“A gente nunca imaginava qualquer coisa justificasse tamanha brutalidade. E a gente tá vivendo nosso luto. Tem sido muito difícil”, desabafou o médico.

O médico, a irmã Maria Paula e a mãe dele, Elaine, prestaram depoimento na manhã desta terça-feira (26). Os depoimentos começaram por volta das 10h e foram até 13h50. A suspeita do crime, ex de Leonardo Filho, foi presa temporariamente na noite de quarta (20) e passou pela audiência na quinta (21). À polícia e durante a chegada na delegacia, Amanda negou a autoria do crime.

Em nota, os advogados dela disseram que aguardam o desenrolar de investigações antes de comentarem sobre as acusações. Eles contestam a legalidade da prisão e destacam que Amanda se apresentou voluntariamente à delegacia, entregou documentos e informou à polícia sobre sua localização e estado de saúde (veja nota completa no fim da reportagem).

Entenda o caso
O caso começou a ser investigado no dia 18 de dezembro, após a morte de Leonardo. Em um boletim de ocorrência, a esposa dele afirma que a ex-nora comprou o doce e outros alimentos para um café da manhã com a família. Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram durante a manhã do dia 17, um domingo.

Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, além de também apresentarem vômitos e diarreia. Mãe e filho foram internados no Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram.

Café da manhã

Uma foto obtida com exclusividade pelo g1 mostra a advogada na mesa de café da manhã no dia em que o ex-sogro e a mãe dele morreram em Goiânia (veja acima). A foto mostra Amanda sorrindo ao lado da mesa com bolos de pote, sacolas e uma garrafa de suco.

O delegado Carlos Alfama acredita que a mulher colocou veneno no suco servido para as vítimas. Segundo Alfama, a advogada disse que comeu os bolos, mas ao ser questionada se tomou o suco, ela “travou”.

“Foram comprados diversos alimentos. Até por uma questão técnica, é mais possível que o veneno tenha sido ministrado no suco, porque é mais fácil dissolver o veneno no meio líquido”, afirmou o delegado.

A polícia afirma que Amanda ficou na casa entre 9h e 12h. Ela foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco de uva e até bolos de pote de uma famosa doceria de Goiânia.

Estavam na casa: Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado; Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado; e o marido de Luzia. Destes, apenas o último familiar não tomou o café da manhã.

Envenenamento

A Polícia Científica ainda tenta analisar qual a substância exata foi usada no envenenamento das vítimas. Mais de 300 pesticidas foram analisados para tentar identificar qual pode ter sido aplicado e a polícia descartou o uso de pesticida para o envenenamento

“Mesmo que a perícia não encontre veneno nas substâncias apreendidas, a certeza é de uma morte por envenenamento. Não foi intoxicação alimentar, isso a perícia facilmente já detectou. Não foi infecção bacteriana. Qual a outra possibilidade? O perito apontou: a morte foi por envenenamento”, explicou o delegado.

Alfama completou dizendo ainda que a morte por intoxicação alimentar foi descartada, porque o tempo de incubação das bactérias no organismo humano faz com que, normalmente, a morte aconteça depois de um período mais prolongado.

A polícia acredita que o crime aconteceu pelo fato de Amanda ter se sentindo rejeitada com o término do namoro com Leonardo Filho de uma das vítimas (assista explicação do delegado abaixo). Mesmo separados, a advogada continuava frequentando a casa dos parentes do ex-namorado, pois afirmou que estava grávida. O delegado concluiu, no entanto, que essa gestação é falsa.

No dia do crime, estavam na casa Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado, Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado, e o marido de Luzia. Amanda chegou com alimentos para um café da manhã. Dos moradores, apenas o último familiar não tomou o café da manhã.

“Eu acredito que a intenção dela era matar qualquer pessoa que consumisse os alimentos”, disse o delegado.

A advogada
Amanda é advogada em Itumbiara, no sul goiano. Nas redes sociais, ela também se apresentava como psicóloga, mas segundo o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), ela não tem registro profissional ativo no banco de dados. Ao comentar sobre a prisão, o delegado Carlos Alfama declarou que se trata de um “caso complexo e que envolve até um grau de psicopatia”.

Para a polícia, Amanda é a responsável pelas mortes de Leonardo e Luzia. A motivação para o crime seria o sentimento de rejeição da advogada com o fim do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo. Com o intuito de continuar próxima do rapaz e da família dele, assim que o namoro acabou, Amanda anunciou que estava grávida. Com isso, acabou sendo acolhida por todos.

Relação com as vítimas

Para a polícia, Amanda é a responsável pelas mortes de Leonardo e Luzia. A motivação para o crime seria o sentimento de rejeição da advogada com o fim do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo.

Com o intuito de continuar próxima do rapaz e da família dele, assim que o namoro acabou, Amanda anunciou que estava grávida. Com isso, acabou sendo acolhida por todos. Mas delegado afirmou, com base em um exame de sangue, que Amanda não está grávida.

“Ela não está grávida agora e já não está grávida há algum tempo, apesar dela ainda dizer que está grávida. O exame Beta HCG, que a própria defesa dela nos trouxe, mostra que deu zerado, ou seja, ela não está grávida há algum tempo, mesmo fingindo ter enjoos da gravidez”, disse o delegado.

Até a última atualização desta reportagem, a polícia ainda não sabia dizer se Amanda inventou a gravidez e forjou exames para corroborar essa versão ou se, de fato, ela perdeu o bebê.

Durante coletiva de imprensa, o delegado também comentou sobre Amanda ser muito inteligente e dissimulada. Ele afirma que ela forjou uma personalidade dócil para ser acolhida pelas vítimas.

“É uma pessoa que mostrou uma personalidade extremamente voltada ao crime, com condutas criminosas complexas […] Ela foi recebida de braços abertos pelas vítimas, porque ela forjou uma personalidade dócil, amável, quando na verdade ela não tinha”, afirmou o delegado.

Depoimentos
Familiares das vítimas prestaram depoimento nesta terça-feira (26). Os depoimentos foram iniciados pela manhã, por volta das 10h e foram até 13h50. Foram ouvidos pela polícia:

Filho da vítima Leonardo, que é ex de Amanda: depoimento começou às 10h;
Médica Maria Paula Alves, filha da vítima Leonardo: depoimento começou as 12h;
Ex-esposa da vítima Leonardo e mãe dos filhos dele: passou a ser ouvida a partir de 13h10.

Nota da defesa de Amanda na íntegra
“Os advogados que representam a Senhora Amanda Partata informam que aguardam os desdobramentos das investigações, cujo trâmite é sigiloso, para se manifestar quanto ao teor das imputações declinadas pela Autoridade Policial.

Quanto a prisão da Senhora Amanda Partata consideramos que se efetivou de forma ilegal na medida em que realizada no período noturno em hospital onde se encontrava internada sob cuidados médicos.

Destaque-se, ainda, que a Senhora Amanda Partata compareceu voluntariamente à Delegacia de Investigação de Homicídios, entregou objetos e documentos e, por intermédio de seus advogados, deu plena ciência à Autoridade Policial da sua localização e estado de saúde. As medidas judiciais para preservação e restabelecimento da legalidade serão adotadas oportunamente.”

 

Amiga sequestrada com Marcelinho Carioca nega relacionamento com ex-jogador e cita ameaça para fazer vídeo fake

Em entrevista ao g1, Tais afirmou que os criminosos receberam ‘um áudio de uma pessoa falando que era para fazer um vídeo fake, porque se a casa deles caiu, que a nossa tinha que cair também. Então, que era para inventar uma história do marido que sequestrou, que saiu com mulher casada.’

Tais Alcântara de Oliveira, a mulher que foi sequestrada com Marcelinho Carioca, afirmou em entrevista ao g1 que foi obrigada a gravar um vídeo com o ex-jogador de futebol e apontar o ex-marido, Márcio Moreira, como mandante do crime.

A mulher é funcionária da Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, onde o ex-atleta foi secretário até janeiro deste ano. Os dois foram sequestrados no domingo (17) e encontrados pela Polícia Militar na segunda-feira (18), depois de uma denúncia anônima que apontou a casa, em Itaquaquecetuba, usada pelos criminosos (entenda mais abaixo sobre o crime).

“Eu não tenho nenhum relacionamento com o Marcelinho. Nunca tive. A nossa relação é de amizade mesmo. Eu estou separada do Márcio. A gente mora em casas separadas, não estamos convivendo, apesar que ainda não saiu o divórcio. A gente continua ainda casados no papel.”

Tais falou ao g1 sobre as horas cercada por criminosos e Márcio detalhou sobre ter sido acusado pelo crime e ter o nome e fotos repercutidos na internet.

Os ingressos
Horas antes do sequestro, Marcelinho tinha ido ao show do cantor Thiaguinho, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, e Tais acompanhou a publicação do amigo nas redes sociais, quando mandou mensagens e comentou sobre ingressos para o outro dia.

“[Queria ver] se ele conseguia uns convites para o domingo, e aí falou que só conseguia levar para mim se fosse à noite, porque no outro dia ele tinha outra coisa para fazer. Eu falei que não tinha problema. Ele me ligou quando estava chegando e desci para pegar os ingressos”, lembra Tais.

A abordagem

A amiga entrou no carro de Marcelinho, um modelo de luxo, por causa do receio dele em ficar parado no bairro, segundo ela.

“Ele não queria ficar parado [no bairro]. Ele ia passar as coordenadas do show, qual o portão eu poderia entrar, com quem eu iria falar. A gente deu uma volta de carro no quarteirão e, assim que a gente estava chegando, ele avistou três caras vindo em direção ao carro. Eu falei que eu ia sair [do carro] e ele disse para eu esperar, mas eu abri a porta e os caras já nos abordaram falando para colocar a mão na cabeça”, disse.

“Ele [Marcelinho] desceu e disse que era o ex-jogador. Os caras não acreditaram. Colocaram ele dentro do carro e deram uma coronhada nele. Me colocaram no banco de trás apontando o revólver para a minha cabeça.”
Cativeiro
Marcelinho e a amiga foram levados a uma casa e deixados olhando para uma parede. O grupo oferecia água, comida e acompanhava quando as vítimas queriam ir ao banheiro.

“O tempo todo eles pediam só para passar senha de PIX, essas coisas. Eles pegaram meu celular, provavelmente devem ter olhado o banco e vendo que não tinha saldo, e estavam mais pedindo para o Marcelo. O Marcelo falou que era ex-jogador e eles começaram a investigar nas redes sociais. Entraram na minha rede social, entraram na rede social do Márcio, para saber quem a gente era. A todo momento falavam que iam nos libertar, que era pra gente aguardar um pouco”, contou Tais.

Vídeo
Os criminosos fizeram os dois gravarem um vídeo, segundo a vítima. No registro, Marcelinho diz que a conheceu em uma festa e seria uma mulher casada, e que o marido teria dela descoberto a suposta traição.

“O helicóptero começou a sobrevoar e eles começaram a se desesperar e falando que ‘moio para eles’, que a casa caiu. Receberam um áudio de uma pessoa falando que era para fazer um vídeo fake, porque se a casa deles caiu, que a nossa tinha que cair também. Então, que era para inventar uma história do marido que sequestrou, que saiu com mulher casada. Uma pessoa ficou atrás segurando a coberta e outra ficou apontando a arma.”

PIX
Foram feitas transferências bancárias para contas de criminosos. Enquanto isso, um policial militar suspeitou de um carro de luxo parado no bairro e pesquisou sobre o dono, quando chegou ao sócio de Marcelinho.

“Fiquei o tempo todo orando, pedindo para o Senhor me guardar, para guardar o Marcelo, guardar a nossa vida. É um momento muito angustiante.”

Resgate
Horas depois, denúncias anônimas apontaram à PM o endereço do cativeiro. Os policiais entraram no local, onde existem várias casas, e encontraram Marcelinho e Tais em um dos cômodos.

“Quando o policial chegou, fiquei chorando eu estava em choque de ver que aquilo estava realmente acontecendo, porque não são todos que conseguem sair de uma situação dessa vivo”, comenta.

Nesta terça-feira, a Polícia Civil indiciou seis pessoas por sequestro, extorsão, formação de quadrilha, roubo, lavagem de dinheiro e receptação. Quatro estão presas e duas sendo procuradas. A Divisão Antissequestro (DAS) de São Paulo investiga o caso.

Trauma
“Estou evitando de olhar as redes sociais. Já estou traumatizada com tudo que aconteceu todos esses dias, então não quero ficar mais traumatizada com as pessoas. As pessoas elas têm que começar a rever que existe uma família por trás, que existe uma vida por trás. Elas acabam te criticando, colocando você numa situação que você não é”, desabafa Tais.

‘Vida virou do avesso’, diz ex-marido
Márcio Moreira, autônomo e ex-marido de Tais, contou ao g1 que foi avisado pelo filho sobre o desaparecimento dela na mesma noite do sequestro.

“Achei estranho, porque a Tais nunca fez um negócio desse [desaparecer]. Eu estava me preparando para ir para São Paulo, porque eu faço vendas. Fui para a casa para ficar com eles e estava vendo que estava acontecendo uma coisa estranha. Comecei a ficar preocupado. Fiz algumas ligações e não tive êxito”, lembra.

Na manhã seguinte, sem ter resposta da ex-mulher, Márcio divulgou uma foto delas nas redes sociais e comunicou sobre o desaparecimento. Não foi registrado boletim de ocorrência.

“Quando eu publiquei a foto dela, mais ou menos umas 11h30, começou a chover [comentários]. Parece que em questão de instantes minha vida virou do avesso. Foi quando descobriu que ela estava no cativeiro e começou o pessoal mandando mensagem, inclusive pessoas me xingando. Pessoas que eu nem conheço. Foi um transtorno pra mim total.”

Uma vez que Marcelinho e Tais falavam no vídeo gravado pelos sequestradores sobre o crime ter sido premeditado pelo ex-marido da mulher, Márcio passou a ser atacado pelas redes sociais.

“Pensa numa situação difícil que eu fiquei. Quando a gente anda com a verdade, a verdade é uma coisa poderosa, que quando você é verdadeiro você não tem que temer nada. A gente sabe a minha índole. Aqui na cidade onde eu moro eu fui abraçado de uma forma inexplicável, porque ninguém apoia pessoas do mal, ninguém apoia bandido, e eles sabendo da minha índole fui superbem tratado nas delegacias. Já sabiam que eu não tinha nada a ver”, destaca.

“Para você ter noção, eu estou há três dias sem trabalhar. A gente pode sair e vem um louco aí e confunde a gente: ‘olha o menino ali, o sequestrador. Pode fazer maldade'”, se preocupa Márcio.

Resumo do caso

O ex-atleta e a amiga foram encontrados pela polícia em uma casa em Itaquaquecetuba no início da tarde de segunda-feira (18). Nesta terça-feira, a polícia informou que quatro pessoas foram presas pelo crime e outras duas são procuradas.

Segundo Marcelinho, ele tinha saído do show do cantor Thiaguinho, na Neo Química Arena, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, e ido até a casa da amiga, Tais, para dar a ela ingressos que ele tinha para a outra apresentação do cantor que aconteceria na tarde de domingo.

O ex-atleta ficou em poder dos sequestradores por um dia e meio, segundo a polícia. Cerca de R$ 40 mil chegaram a ser pagos pela família de Marcelinho Carioca para que ele fosse solto pelos criminosos. Uma denúncia anônima à polícia apontou onde estava o cativeiro.

 

Isis Valverde registra ocorrência após aparecer nua em montagens compartilhadas em redes sociais

Equipe da atriz percebeu que as imagens começaram a circular nesta quinta-feira (26). Em algumas delas, foram adulterados posts feitos pela atriz posando de biquíni.

A atriz Isis Valverde informou que registrou uma ocorrência na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, da Polícia Civil do Rio, depois que fotos suas, postas em redes sociais, foram adulteradas para simular o vazamento de “nudes”.

A equipe da artista percebeu que as imagens começaram a circular nesta quinta-feira (26) e acionou advogados para tomar providências.

“A atriz repudia as imagens, que são totalmente falsas e criadas através de recursos digitais com montagens artificiais. Adverte pela gravidade do assunto, pois o conteúdo é ilegal, inclusive para quem o reproduz. Informa, ainda, que procedeu o registro da ocorrência na Delegacia de Crimes de Informática para notificar e responsabilizar os provedores de internet que compartilharem às imagens fraudulentas. Por fim, tendo em vista que se trata de uma manipulação virtual e inventada, não se pronunciará mais sobre o assunto”, afirma a nota enviada pela assessoria da atriz.

Ao menos três montagens foram compartilhadas. A roupa – ou biquíni – usado pela atriz em fotos que ela mesmo havia postado foram mexidas digitalmente para que ela aparecesse com os seios ou até o corpo inteiro à mostra.

 

Homem é condenado a 19 anos de prisão por enforcar e matar a namorada no litoral de SP

Julgamento durou mais de nove horas no Fórum de São Vicente (SP). Crime aconteceu em dezembro de 2021.

Carlos Alberto de Abreu, o homem acusado de matar a namorada enforcada em São Vicente, no litoral de São Paulo, foi condenado a 19 anos e sete meses de prisão, inicialmente em regime fechado. A pena foi decidida após mais de nove horas de julgamento no Fórum da cidade.

Sandra Ribeiro, de 53 anos, foi encontrada morta e com marcas no pescoço pelo filho na própria residência no bairro Vila Voturuá em dezembro de 2021. Câmeras de monitoramento flagraram Carlos Alberto de Abreu no imóvel no dia do crime (veja mais abaixo). Ele foi preso no ano seguinte por falsidade ideológica, após usar um documento falso.

O julgamento aconteceu nesta terça-feira (19). Cinco pessoas foram ouvidas antes do réu ser interrogado pela defesa e acusação, que levou ao tribunal um boletim de ocorrência feito por uma ex-namorada de Carlos, em 2018, para provar o histórico violento do acusado.

Durante o depoimento, Carlos confessou ter enforcado a vítima com as próprias mãos antes de trancá-la no quarto com ar-condicionado ligado para postergar o encontro do cadáver.

Condenação
Ao proferir a sentença, a juíza Thaís Cristina Monteiro Costa Namba desconsiderou o fato da confissão como atenuante, pois o réu alegou que esganou Sandra em legítima defesa. Além disso, a juíza entendeu que ele agiu de forma premeditada ao trancar o cômodo onde aconteceu com o ar-condicionado ligado.

“Importante destacar a questão de o motivo torpe pelo réu ter tratado a vítima como propriedade, a própria asfixia mecânica, o recurso que impossibilitou a defesa da vítima e o feminicídio, todas essas qualificadoras englobadas”, ressaltou o assistente de acusação, Mário Badures, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo.

A advogada de defesa, Tatiana Lopes Balula, disse que o julgamento foi justo, imparcial e todas as garantias institucionais foram aplicadas. Desta forma, a defesa entende que “a Justiça foi feita na plenitude”.

Família
A mãe da vítima, Arlete Ribeiro dos Santos, disse que a filha acolheu o agressor e lhe deu casa e comida, mas já não aguentava o relacionamento. “Ele não aceitou e, por isso, tirou a vida da minha filha”, disse.

Maiky Pereira de Lima é filho de Sandra e encontrou a mãe morta em casa. Ele contou que abriu a porta do quarto com dois chutes. “Eu já tinha batido muitas vezes na porta, ninguém tinha atendido. Eu estava olhando a fresta da fechadura, estava vendo a silhueta do pé dela coberto, mas não dava para ter muita certeza porque estava escuro o quarto”, relembrou.

O outro filho, Mychell Ribeiro Pereira de Lima, explicou que o crime destruiu toda a família. “Minha mãe era um anjo, ser humano da maior pureza”, enfatizou em entrevista à TV Tribuna.

Relembre o caso

Segundo apurado pelo g1, na época, a Polícia Militar (PM) foi acionada no dia 6 de dezembro de 2021, por volta das 16h30, após denúncia de encontro de cadáver. O filho de Sandra se deparou com o corpo da mãe com marcas no pescoço. Ela estava na casa onde morava, no bairro Vila Voturuá, em São Vicente. O caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, a cabo Marília explicou que a equipe foi acionada para um encontro de cadáver. “Encontramos o filho da vítima, que estava tentando contato com a mãe desde sábado, mas não teve resposta. Ele chegou hoje a tarde, sentiu falta da mãe. O quarto estava trancado, e quando ele olhou pela fresta da fechadura, viu o pé da mãe”.

Carlos foi flagrado por câmeras de monitoramento chegando à residência com a vítima. Cerca de uma hora depois, ele aparece saindo da casa sozinho, de bicicleta e com uma mochila

Após solicitação da autoridade policial, a Justiça decretou a prisão temporária de Carlos, na tarde do dia 7 de dezembro de 2021.

Preso
Carlos chegou a ser preso por falsidade ideológica após ser encontrado pela polícia portando um documento falso em março de 2022. Na ocasião, ele confessou utilizar o documento falso em nome de Renato para evitar ser reconhecido, pois estava foragido por ser suspeito de ter matado Sandra.

Ele e Sandra estavam juntos há pouco mais de um ano e, segundo informado por testemunhas à Polícia Civil, ele já havia a agredido anteriormente, mas os filhos não sabiam disso.

Carlos também teve parte da herança de seu pai confiscada pela Justiça. Conforme apurado pelo g1, após o crime, os filhos da vítima pesquisaram o nome do suspeito pelo Tribunal de Justiça e encontraram um inventário que mostra que ele estava para receber um dinheiro vindo da herança do pai. Então, os familiares entraram com uma ação por dano moral.

O g1 apurou que o suspeito também possuía um boletim de ocorrência registrado contra ele, por parte de uma ex-namorada, que o acusou de tentar matá-la em 2018, segundo confirmado pela Polícia Civil. Na época, a ex-companheira, apesar de ter feito o registro, não prosseguiu com a representação criminal.