Médico Preso em Goiás por Abuso Sexual e Perseguição já Tinha Histórico de Acusações Semelhantes no Rio

Renato Hallak, um cirurgião plástico, foi preso dentro de um hospital em Goiás na última sexta-feira, suspeito de estupro, ameaça e perseguição a uma ex-companheira. Renato já havia sido detido em 2020 por acusações semelhantes feitas por outra mulher no Rio de Janeiro.

Após a confirmação de sua prisão preventiva em audiência de custódia, Renato está detido na Central de Triagem do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia. O caso foi remetido para o VII Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Civil, os crimes ocorreram no Rio de Janeiro, onde Renato morava com a ex-mulher. A investigação foi conduzida pela 42ª DP (Recreio), e a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia realizou a prisão do médico.

Em nota, o advogado de defesa de Renato, Rodrigo Castanheira, afirmou que a prisão cautelar em Goiás é inadequada e descabida, baseada apenas na palavra da vítima em sede policial, sem que Renato tenha tido a oportunidade de apresentar sua versão dos fatos. Ele assegurou que a equipe de defesa está trabalhando incessantemente para reverter a decisão.

O g1 entrevistou a vítima do caso de 2020, que preferiu não ser identificada. Ela relatou que foi agredida, abusada sexualmente e ameaçada por Renato após se recusar a fazer sexo com ele. Ela também afirmou que o médico ameaçou divulgar fotos íntimas dela.

Renato foi preso preventivamente no Hospital Municipal Barata Ribeiro no dia 5 de outubro de 2020, mas foi libertado cinco dias depois. A Justiça determinou que ele fosse monitorado eletronicamente. Apesar das restrições, Renato descobriu o endereço da vítima e começou a circular em frente ao prédio onde ela morava, mesmo usando tornozeleira eletrônica e estando proibido de se aproximar a menos de 250 metros dela. A vítima tinha um pager que apitava caso ele se aproximasse, e disse que Renato começou a atormentá-la.

Na Justiça do Rio, Renato foi condenado por lesão corporal, injúria e por descumprir medidas protetivas de urgência. No entanto, a primeira condenação foi revertida após a decisão de um desembargador, que alegou que nem todas as lesões citadas pela vítima foram comprovadas por laudo.

Polícia define como ‘extremamente violento’ perfil de empresário suspeito de sequestrar a ex em São Paulo

Samir Gabriel da Silva foi preso pela Delegacia Antissequestro e ainda responde por porte ilegal de arma. Em Ribeirão Preto, ele é suspeito de mandar matar o pai e o irmão por causa de disputa por herança

A Polícia Civil descreve como “extremamente violento” o perfil do consultor de investimentos e empresário Samir Gabriel da Silva, preso por suspeita de sequestrar a ex-mulher em São Paulo (SP). Segundo o delegado Tárcio Severo, da 3ª Delegacia da Divisão Antissequestro (DAS), Samir, que é de Ribeirão Preto (SP), se utiliza da força física para intimidar as pessoas.

“Trata-se de um homem um pouco desequilibrado que usa da sua força física para impor suas vontades junto não só a sua namorada, mas também às pessoas que ele trabalha, pelo porte físico e pelo comportamento meio impulsivo.”

Samir foi preso no dia 9 de setembro em um escritório no bairro Itaim Bibi, área nobre de São Paulo (SP). Segundo o delegado, por causa do perfil violento, uma operação especial foi montada com o objetivo de impedir uma reação desproporcional do suspeito.

“Após o início das investigações, conseguimos levantar o histórico e os antecedentes criminais do investigado Samir. Em análise, concluímos que se tratava de uma pessoa extremamente violenta e já fez uso inclusive dessa violência, segundo investigações de outras delegacias, contra a própria família. Escolhemos o melhor momento de abordá-lo sem dar chance de tentar fazer alguma defesa ou reação contra os policiais.”

Em Ribeirão Preto, Samir foi apontado pela polícia como principal suspeito de mandar matar o pai e o irmão em 2022. Os crimes teriam sido motivados por causa de uma disputa por herança. O inquérito não foi concluído e o empresário negou qualquer participação.

No momento da prisão dele em São Paulo pelo sequestro, a polícia apreendeu um carro de luxo, avaliado em cerca de R$ 1 milhão, e que teria sido usado no sequestro, e uma pistola ponto 45, que estava no veículo e é de uso restrito das Forças Armadas.

“Além da força física, é um cara que faz muita atividade física, musculação, ele também usa de armamento para conseguir o que ele deseja.”

Vídeo para extorquir dinheiro

A vítima, de 32 anos, foi sequestrada no dia 7 de agosto. Segundo a polícia, ela saiu para encontrar Samir, com quem manteve um relacionamento de quatro anos, e acabou sendo rendida. A mulher foi levada de carro até Ribeirão Preto e depois para Rifaina (SP), onde ficou no rancho da família de Samir.

Um amigo da vítima acionou a Polícia Civil após receber chamadas e vídeos dela sendo ameaçada pelo sequestrador. Nas imagens divulgadas pela polícia na terça-feira (19), a mulher aparece amedrontada, chorando muito e sendo acuada pela pessoa que a filma.

De acordo com a investigação, o objetivo de Samir era obter R$ 500 mil do amigo da vítima com o pagamento do resgate.

“Acredita-se que ele queria o dinheiro de um amigo dela, era o principal objetivo. Um dos motivos de ter sido a ex-mulher dele é que ele acreditava que ela não iria fazer queixa contra ele. Acredito que seja isso. Ele a ameaçou, mas sendo alguém conhecido, não iria à polícia”, afirma a delegada Luciana Peixoto, da 3ª Delegacia da Divisão Antissequestro.

De acordo com Luciana, a vítima passou cerca de 18 horas em poder do sequestrador. Após ser libertada, ela denunciou o ex-companheiro.

Samir foi alvo de um mandado de prisão temporária por suspeita do sequestro, mas acabou preso também por porte ilegal de arma. Por esse motivo, a Justiça converteu o flagrante em prisão preventiva. A defesa recorreu da decisão e, nesta quarta-feira (20), o pedido para ele ser solto foi negado, visto tratar-se de réu reincidente e acusação cuja pena máxima é superior a quatro anos.

Depoiento

De acordo com Tárcio, Samir ainda não foi formalmente interrogado, porque a polícia ainda aguarda a conclusão de diligências que incluem informações de operadoras de telefonia e instituições financeiras. Somente após análise dos documentos é que ele deverá prestar depoimento.

“Ele passou por uma entrevista no local da abordagem, foram feitas algumas perguntas no deslocamento até a delegacia, mas nesse momento ele não explicou da forma devida a sua participação no crime. Ele vai ser interrogado assim que as diligências policiais forem encerradas”, afirma.

A Polícia Civil também prendeu o segurança de Samir, Jefferson Alberto da Silva, por participação no sequestro.

Procurada nesta quarta-feira, a defesa de Samir e de Jefferson disse que não vai se manifestar porque não teve acesso ao processo.

Polícia define como ‘extremamente violento’ perfil de empresário suspeito de sequestrar a ex em São Paulo

Samir Gabriel da Silva foi preso pela Delegacia Antissequestro e ainda responde por porte ilegal de arma. Em Ribeirão Preto, ele é suspeito de mandar matar o pai e o irmão por causa de disputa por herança.

A Polícia Civil descreve como “extremamente violento” o perfil do consultor de investimentos e empresário Samir Gabriel da Silva, preso por suspeita de sequestrar a ex-mulher em São Paulo (SP). Segundo o delegado Tárcio Severo, da 3ª Delegacia da Divisão Antissequestro (DAS), Samir, que é de Ribeirão Preto (SP), se utiliza da força física para intimidar as pessoas.

“Trata-se de um homem um pouco desequilibrado que usa da sua força física para impor suas vontades junto não só a sua namorada, mas também às pessoas que ele trabalha, pelo porte físico e pelo comportamento meio impulsivo.”

Samir foi preso no dia 9 de setembro em um escritório no bairro Itaim Bibi, área nobre de São Paulo (SP). Segundo o delegado, por causa do perfil violento, uma operação especial foi montada com o objetivo de impedir uma reação desproporcional do suspeito.

“Após o início das investigações, conseguimos levantar o histórico e os antecedentes criminais do investigado Samir. Em análise, concluímos que se tratava de uma pessoa extremamente violenta e já fez uso inclusive dessa violência, segundo investigações de outras delegacias, contra a própria família. Escolhemos o melhor momento de abordá-lo sem dar chance de tentar fazer alguma defesa ou reação contra os policiais.”
Em Ribeirão Preto, Samir foi apontado pela polícia como principal suspeito de mandar matar o pai e o irmão em 2022. Os crimes teriam sido motivados por causa de uma disputa por herança. O inquérito não foi concluído e o empresário negou qualquer participação.

No momento da prisão dele em São Paulo pelo sequestro, a polícia apreendeu um carro de luxo, avaliado em cerca de R$ 1 milhão, e que teria sido usado no sequestro, e uma pistola ponto 45, que estava no veículo e é de uso restrito das Forças Armadas.

“Além da força física, é um cara que faz muita atividade física, musculação, ele também usa de armamento para conseguir o que ele deseja.”

Vídeo para extorquir dinheiro
A vítima, de 32 anos, foi sequestrada no dia 7 de agosto. Segundo a polícia, ela saiu para encontrar Samir, com quem manteve um relacionamento de quatro anos, e acabou sendo rendida. A mulher foi levada de carro até Ribeirão Preto e depois para Rifaina (SP), onde ficou no rancho da família de Samir.

Um amigo da vítima acionou a Polícia Civil após receber chamadas e vídeos dela sendo ameaçada pelo sequestrador. Nas imagens divulgadas pela polícia na terça-feira (19), a mulher aparece amedrontada, chorando muito e sendo acuada pela pessoa que a filma.

De acordo com a investigação, o objetivo de Samir era obter R$ 500 mil do amigo da vítima com o pagamento do resgate.

“Acredita-se que ele queria o dinheiro de um amigo dela, era o principal objetivo. Um dos motivos de ter sido a ex-mulher dele é que ele acreditava que ela não iria fazer queixa contra ele. Acredito que seja isso. Ele a ameaçou, mas sendo alguém conhecido, não iria à polícia”, afirma a delegada Luciana Peixoto, da 3ª Delegacia da Divisão Antissequestro.

De acordo com Luciana, a vítima passou cerca de 18 horas em poder do sequestrador. Após ser libertada, ela denunciou o ex-companheiro.

Samir foi alvo de um mandado de prisão temporária por suspeita do sequestro, mas acabou preso também por porte ilegal de arma. Por esse motivo, a Justiça converteu o flagrante em prisão preventiva. A defesa recorreu da decisão e, nesta quarta-feira (20), o pedido para ele ser solto foi negado, visto tratar-se de réu reincidente e acusação cuja pena máxima é superior a quatro anos.

Depoimento
De acordo com Tárcio, Samir ainda não foi formalmente interrogado, porque a polícia ainda aguarda a conclusão de diligências que incluem informações de operadoras de telefonia e instituições financeiras. Somente após análise dos documentos é que ele deverá prestar depoimento.

“Ele passou por uma entrevista no local da abordagem, foram feitas algumas perguntas no deslocamento até a delegacia, mas nesse momento ele não explicou da forma devida a sua participação no crime. Ele vai ser interrogado assim que as diligências policiais forem encerradas”, afirma.

A Polícia Civil também prendeu o segurança de Samir, Jefferson Alberto da Silva, por participação no sequestro.

Procurada nesta quarta-feira, a defesa de Samir e de Jefferson disse que não vai se manifestar porque não teve acesso ao processo.

Baiano suspeito de matar companheira confessa crime à polícia e é preso em São Paulo

Casal era natural de Inhambupe, no interior da Bahia, mas morava na Grande São Paulo há cinco anos.

O baiano suspeito de matar a companheira de 26 anos foi preso em São Paulo na terça-feira (12). O crime aconteceu na cidade de Jandira, a 35 km da capital paulista, mas o casal é natural de Inhambupe, a cerca de 170 quilômetros de Salvador.

O crime aconteceu na segunda-feira (11) e, de acordo com a Polícia Civil de São Paulo, o suspeito foi identificado como Alberto Antônio Silva dos Santos, de 33 anos.

Ele acionou a Polícia Militar e confessou ter matado a companheira, Thamires Ramires Nascimento. Porém, quando os PMs chegaram no local, ele já havia fugido.

O homem se apresentou espontaneamente na delegacia da cidade na terça-feira, quando o mandado de prisão preventiva foi cumprido. Nesta quarta (13), ele segue preso no local.

Não foram divulgados detalhes sobre a morte da jovem, como a motivação do crime e a forma como ela foi assassinada.

Histórico de violência

De acordo com a família da vítima, ela morava com o suspeito em São Paulo há cinco anos e era agredida com frequência, mas nunca havia denunciado o marido à polícia.

Apesar disso, conforme parentes, ela planejava se separar do suspeito e já tinha, inclusive, comprado eletrodomésticos novos, para que conseguisse ficar na casa onde vivia quando o homem fosse embora. O suspeito ainda morava com Thamires, porque não tinha para onde ir, de acordo com eles.

O corpo da Thamires será levado para Inhambupe, onde será velado e sepultado.

No dia em que foi morta, ela se preparava para viajar para a cidade natal, onde passaria as festas de final de ano com a família.

Acusado de matar enteada de 3 meses em Ribeirão Preto, SP, vai a júri popular

Caso aconteceu em outubro de 2021. Jefferson Brendo Ramalho Cardoso está preso, mas alega que morte foi acidental.

O ajudante de pintor Jefferson Brendo Ramalho Cardoso, acusado de matar a enteada de três meses, em Ribeirão Preto (SP), vai a júri popular nesta quinta-feira (23), a partir das 9h, no fórum da cidade.

O caso aconteceu em outubro de 2021. Sophia Vitoria Oliviero Ramalho foi encontrada pela mãe, Bruna Neris, já desacordada, quando a mulher chegou em casa, depois de um dia de trabalho.

À época, Jeferson disse à polícia que a bebê teria se engasgado com leite, mas o atestado de óbito consta que Sophia morreu em razão de trauma e fratura no crânio.

A menina chegou a ser encaminhada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas já chegou no local sem vida. Antes de se entregar, uma semana após a morte de Sophia, o acusado confessou para a então mulher que a menina havia caído.

Segundo o advogado de defesa de Jeferson, Hamilton Paulino, a bebê teria escorregado das mãos dele durante o banho.

“A criança estava com diarreia e ele foi lavá-la. Eles não tinham banheira para lavar as crianças, ele foi lavar debaixo do chuveiro, escorregou, caiu. Também já tinha histórico de outro filho deles que caiu e eles não levaram no médico e não aconteceu nada. Então foi uma das coisas que ele ficou tranquilo, só que a criança dormiu e não acordou mais”.
Jeferson está preso desde o dia 26 de outubro de 2021 e responde por homicídio triplamente qualificado por meio cruel, recurso que impossibilitou defesa da vítima e feminicídio em contexto de violência doméstica e familiar, uma vez que Sophia estava registrada como filha dele.

Ao g1, Paulino informou que tem como estratégia apresentar ao júri a tese de que a morte de Sophia foi acidental.

“Eu não vou pedir absolvição, eu vou pedir homicídio culposo [quando não há a intenção de matar]. Todas as pessoas que foram ouvidas [pela polícia na época do crime] disseram que ele não tem histórico de violência, todos falam que ele era super tranquilo, super calmo com todos os filhos, não tinha motivo nenhum para espancar a criança”.
Além de Sophia, Bruna tinha outras três crianças, todas de relacionamentos anteriores. Só a menina foi registrada como filha de Jeferson.

A morte da criança
Sophia tinha três meses quando morreu, no dia 15 de outubro de 2021. À época, a mãe da bebê disse à polícia que deixou a filha com o então companheiro em casa, no bairro Planalto Verde, por volta das 6h30, e saiu para o trabalho.

Por volta das 16h, ao retornar, ela disse ter encontrado a filha e o companheiro dormindo um ao lado do outro. Ao se aproximar da criança, percebeu sinais diferentes no corpo dela, como boca roxa, gelada e corpo mole.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e encaminhou a menina à UPA Oeste, mas Sophia já chegou sem vida.

A Polícia Militar acompanhou o socorro e orientou a mãe a registrar um boletim de ocorrência. O delegado de plantão determinou que o corpo fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Sophia foi enterrada no dia 16 de outubro, em Bebedouro (SP). Durante o velório, houve confusão entre familiares da mãe e o padrasto, que apanhou após a versão dada por ele (que a menina tinha engasgado) ser contestada pelo atestado de óbito.

 

Homem que matou a sogra queimada na Bahia é condenado a mais de 47 anos de prisão

Acusado também cometeu dupla tentativa de homicídio na ocasião em que atacou a sogra, no ano de 2015, na cidade de Gongogi, no sul do estado. Julgamento ocorreu em Ubaitaba, na mesma região.

Um homem acusado de matar a sogra queimada na cidade de Gongogi, no sul da Bahia, em 16 de maio de 2015, foi condenado a 47 anos e nove meses de prisão pelo homicídio. Ele também foi julgado e acusado por dupla tentativa de homicídio. As informações são do Ministério Público da Bahia (MP-BA), nesta quinta-feira (19).

Um homem acusado de matar a sogra queimada na cidade de Gongogi, no sul da Bahia, em 16 de maio de 2015, foi condenado a 47 anos e nove meses de prisão pelo homicídio. Ele também foi julgado e acusado por dupla tentativa de homicídio. As informações são do Ministério Público da Bahia (MP-BA), nesta quinta-feira (19).

Conforme detalhou o MP-BA, José Orlando ateou fogo na casa onde estavam a sogra, de 79 anos, a companheira e o sobrinho. A mulher e o rapaz sobreviveram.

Os crimes foram agravados por meio cruel, idade da vítima e feminicídio. A Justiça levou em conta também o histórico de violência do acusado em relação a sua esposa.

No dia do crime, a esposa do acusado teria tido uma discussão com o réu. A briga foi ouvida pelo sobrinho da mulher, que morava na casa ao lado, e pela mãe dela, Hilda dos Santos, que estava no imóvel com o neto.

Ao chegarem na casa da companheira do acusado, avó e neto viram o réu com um galão de líquido inflamável, espalhando esse líquido pela casa e próximo a esposa, a quem ameaçava de morte.

O sobrinho teria tentatdo tomar o líquido das mãos do tio e a sogra do acusado ficou ao lado da filha. O réu foi retirado da casa pelo sobrinho, mas conseguiu atear fogo ao imóvel.

Sobrinho e tia conseguiram deixar a casa, mas Hilda dos Santos não escapou e morreu no incêndio. José Orlando Dias de Moura fugiu após o crime e só foi preso três anos depois, no interior de São Paulo.

A denúncia do caso foi oferecida pela promotora de Justiça Thaiana Rusciolelli Souza. A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Luís Eduardo Souza e Silva, em sessão presidida pelo juiz George Barboza Cordeiro.

Justiça ouve vítima e duas testemunhas em 1ª audiência do caso em que Brennand é réu por agressão a modelo em academia de SP

Empresário também é réu por corrupção de menores, já que teria incentivado o filho a ofender a mulher. Além da vítima, duas testemunhas foram ouvidas.

A Justiça de São Paulo encerrou, por volta de 19h desta quinta-feira (27), a primeira audiência do julgamento de Thiago Brennand. Neste caso, o empresário responde por agressão contra a modelo Helena Gomes em uma academia da capital paulista.

Além da modelo, a Justiça ouviu mais duas testemunhas. O réu não foi ouvido. A próxima audiência foi marcada para 1º de setembro.

Nesta quinta, a sessão aconteceu pela 6ª Vara Criminal da capital, no Fórum da Barra Funda, virtualmente. O empresário também é réu por corrupção de menores, já que incentivou o filho a ofender a vítima. Ele também está sendo julgado em Porto Feliz, no interior de São Paulo, em ações por sequestro e cárcere privado.

Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que “o juiz Henrique Vergueiro Loureiro presidiu os trabalhos. Hoje, foram ouvidas a vítima e duas testemunhas de acusação. A continuação da audiência será no dia 1º/9/2023, às 9h, também em formato virtual”.

Brennand tentou cancelar audiência
Os advogados de Thiago Brennand tentaram cancelar a audiência desta quinta:

A defesa disse que um dos arquivos de vídeo disponibilizados pela academia no processo — com imagens da agressão — teria sido modificado na plataforma de armazenamento em nuvem;
Houve, então, um pedido de perícia e a solicitação de cancelamento da audiência;
No entanto, o Ministério Público entendeu que o pedido feito foi desnecessário;
A Justiça acompanhou a Promotoria, disse que não havia razão concreta para realização de prova pericial e manteve a data.

Empresário é réu em nove processos

A Vara Central da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de São Paulo recebeu no início de junho deste ano uma nova denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o empresário e herdeiro Thiago Brennand pelo crime de estupro. Além de virar réu no novo processo, ele teve mais uma prisão preventiva decretada.

Segundo apurado pela GloboNews, Brennand é réu em nove processos, sendo que em seis deles tem prisão decretada.

O empresário e herdeiro está preso no Brasil desde 29 de abril, após ficar oito meses nos Emirados Árabes.

Acusações
O nome de Brennand ficou conhecido depois que o Fantástico mostrou imagens exclusivas nas quais o empresário aparece agredindo a atriz Helena Gomes dentro de uma academia em São Paulo. Neste caso, ele responde pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores, já que teria incentivado o próprio filho adolescente a ofender Helena.

Depois que a reportagem foi ao ar, outras mulheres procuraram o Ministério Público de São Paulo para denunciar o empresário por crimes como estupro, agressão, ameaça, cárcere privado e injúria.

Segundo as vítimas, os crimes ocorreram entre 2021 e 2022 em uma casa que Thiago Brennand tem em um condomínio de luxo em Porto Feliz, no interior de São Paulo.

Uma das mulheres disse que foi mantida em cárcere privado, sofreu agressões, teve um vídeo íntimo divulgado sem consentimento e que foi forçada a fazer uma tatuagem com as iniciais do empresário. A Corregedoria da Polícia Civil investiga a delegada Nuris Pegoretti por suspeita de ter favorecido o suspeito no caso.

Já uma estudante de medicina acredita que foi dopada pelo empresário durante um jantar. Um ex-funcionário, que conviveu com Thiago Brennand por 15 anos, disse que ele batia e dava choques no próprio filho.

Além disso, um garçom que trabalha em um hotel dentro do condomínio afirma ter sido agredido pelo empresário. Já o caseiro de uma propriedade no mesmo local alega ter sido ameaçado por Brennand.

Prisão nos Emirados Árabes e extradição
O empresário foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em 4 de setembro de 2022. No mesmo dia, ele deixou o Brasil e foi para Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.

Na época, a Justiça deu um prazo de dez dias para que Thiago Brennand retornasse ao Brasil – o que não aconteceu. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça, e o nome Brennand, incluído na lista internacional de procurados da Interpol.

Ele chegou a ser preso em outubro, em um hotel de luxo em Abu Dhabi, mas foi solto depois de pagar fiança. Desde então, foi proibido de deixar o país e aguardava em liberdade uma decisão sobre o processo de extradição feito pelo governo brasileiro.

No dia 15 de abril, mesmo dia em que o presidente Lula chegou aos Emirados Árabes em viagem oficial, o pedido de extradição foi autorizado. A prisão de Brennand foi confirmada dois dias depois — na ocasião, o empresário disse que estava sendo injustiçado — e, no dia 29, a embaixada do Brasil, em Abu Dhabi, recebeu a decisão judicial autorizando a extradição.

O avião que trouxe o empresário chegou ao aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos pouco antes das seis da tarde do mesmo dia.

Ele viajou acompanhado por um delegado, dois agentes da Polícia Federal e um escrivão da Interpol treinado em jiu-jítsu, por conta do histórico de violência.

Funcionário da CPTM assassinado por colega de trabalho é velado em Osasco

Marco Antonio da Silva, de 51 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Polícia Civil pediu prisão temporária de homem que atirou nos colegas; imagem mostra maquinista fugindo com arma na mão.

O corpo do funcionário da CPTM Marco Antonio da Silva, de 51 anos e que morreu baleado por um colega de trabalho, está sendo velado na manhã desta terça-feira (27) no Cemitério Municipal Bela Vista, em Osasco, Grande São Paulo. O enterro está previsto para ser 11h.

Marco era supervisor de tração e trabalhava na CPTM desde 2012. Ele foi baleado na região do tórax pelo maquinista Ricardo de Oliveira Dias, de 45 anos, em uma área internada da Estação da Luz, na tarde de domingo (25).

Além de Marco, Ricardo também disparou contra outro funcionário, de 53 anos, que ficou com ferimentos no pé.

O supervisor chegou a ser socorrido e encaminhado à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

A Polícia Civil pediu a prisão temporária de Ricardo à Justiça e buscas estão sendo feitas. Ele trabalhava na empresa há mais de 10 anos e é ex-policial militar.

Vídeos enviados ao g1 mostram momentos após Ricardo atirar contra dois colegas de trabalho. Nas imagens, é possível ver Marco caído e recebendo socorro de outros funcionários antes de ser encaminhado à Santa Casa.

Também é possível ver o segundo funcionário baleado caído em uma esquina e cercado de outros colegas de trabalho

Uma imagem enviada ao g1 e que circula nas redes sociais também mostra o maquinista fugindo da estação com a arma de fogo na mão.

‘Quero ver você tirar sarro’
Testemunhas relataram que o maquinista da CPTM que matou o colega de trabalho disse, antes de atirar em Marco: “Eu quero ver você tirar sarro”. A informação consta no boletim de ocorrência e também foi relatada ao g1.

“Os maquinistas estavam em uma sala, quando Ricardo chegou com a arma escondida em uma mochila. Então, ele foi perto do Marco e falou ‘eu quero ver você tirar sarro’ e aí atirou. Os que estavam no local e viram a cena me disseram que foi uma correria e gritaria. Alguns se esconderam no banheiro e em salas. Foi um desespero”, afirmou um funcionário da CPTM que preferiu não se identificar.

De acordo com o boletim de ocorrência, um maquinista relatou à polícia que viu quando Ricardo entrou com uma mochila na frente do corpo na sala dos funcionários, e em certo momento, ele pegou a arma e efetuou o disparo.

Ainda conforme a testemunha, Marco chegou a sair correndo no sentido da plataforma 4. Depois, Ricardo disparou contra o outro funcionário que estava correndo em direção ao estacionamento.

‘Tragédia podia ser maior’
Um funcionário da CPTM relatou ao g1 ter sido informado que o maquinista Ricardo atirou contra o colega de trabalho Marco Antonio da Silva por um motivo banal e que os envolvidos não tinham desentendimentos anteriores.

“Eles não tiveram nenhum desentendimento. Anteriormente não teve nada. Inclusive a motivação foi banal. Os colegas disseram que eles estavam assistindo à TV na hora. Era um jogo que estava passando. O supervisor [Marco] fez um comentário e acabou caçoando. O Marco Antônio teria visto um lance e tirou uma com a cara do Ricardo. Nisso, Ricardo se levantou e pegou a arma, uma pistola calibre 380”, afirmou o funcionário, que prefere ter a identidade preservada.

“Tinham perto mais dois outros maquinistas, que, quando ele [Ricardo] sacou a arma, correram. A tragédia só não foi maior porque a arma ‘engasgou’. Era para mais gente ter morrido. Depois de acertar o chefe, ele atirou a esmo. Inclusive, já perto da Rua José Paulino, ele atirou na direção de um segurança da CPTM, mas não acertou”, enfatizou o funcionário.

Ainda conforme o colaborador, Ricardo sempre foi uma pessoa reservada e não comentava sobre ter arma.

“Eu fiquei surpreso quando soube. Ele nunca falou nada de arma e sempre foi uma pessoa bem reservada, quieta. Falava bastante sobre motos. Não tinha nenhum tipo de comportamento agressivo. Fala com tom de voz baixo. Agora a empresa vai ter que trabalhar o psicológico de todos para um fato desse não acontecer. Na eleição da Cipa foi falado muito sobre segurança psicológica”, diz.

Já uma mulher que trabalha na empresa, mas preferiu ter a identidade preservada, disse que Ricardo sempre andava armado.

“Eu estava trabalhando no dia, mas em outra estação. Foi um susto. O atirador é ex-policial militar e sempre estava armado. Já havia intimidado outro colega no passado. Estão sendo dias difíceis e muitos já apresentavam sinais de depressão, agora deve ficar pior. Por enquanto a empresa não se prontificou a apoiar psicologicamente os colegas da tração”, afirmou uma funcionária, que preferiu ter a identidade preservada.
O que diz a CPTM
Em nota, a CPTM informou que acionou a Polícia Militar, que vai colaborar com a autoridade policial e que está prestando assistência para familiares do supervisor morto e do maquinista ferido. Nas redes sociais, a empresa se manifestou sobre o caso:

“Lamentamos profundamente a trágica perda de um dos nossos colegas de equipe em um ato de violência chocante ocorrido ontem. Estamos de luto pela vida que foi tragicamente interrompida e nos solidarizamos com a família, amigos e colegas que estão sofrendo com essa terrível perda. É momento de nos unirmos enquanto enfrentamos essa perda devastadora como uma comunidade. Descanse em paz, nosso querido colega. Você será lembrado com carinho e saudade”.

O que diz o sindicato
O presidente do sindicato dos ferroviários, Eluiz Alves de Matos, afirmou que Ricardo não tinha histórico de violência.

“Temos informações dos companheiros de trabalho, que era uma pessoa tranquila no ambiente de trabalho. Aconteceu uma tragédia, um fato atípico no nosso meio. Defendo que a CPTM ofereça auxílio psicológico para todos que presenciaram.”

Vídeos mostram momento após funcionário da CPTM atirar contra colegas de trabalho; homem aparece fugindo com arma na mão

Crime foi registrado na Estação da Luz neste domingo (25), em São Paulo; Marco Antonio da Silva, de 51 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Polícia Civil pediu prisão temporária de homem que atirou nos colegas.

Vídeos feitos com celular mostram momentos após o maquinista da CPTM Ricardo de Oliveira Dias, de 45 anos, atirar contra dois colegas de trabalho em uma área interna da Estação da Luz, na tarde de domingo (25).

Uma das vítimas, Marco Antonio da Silva, de 51 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O outro funcionário, de 53 anos, sofreu ferimentos no pé e está bem.

Nas imagens, é possível ver Marco Antonio caído e recebendo socorro de outros funcionários antes de ser encaminhado à Santa Casa com ferimento na região do tórax. Também é possível ver o segundo funcionário baleado caído em uma esquina e cercado de outros colegas de trabalho. 

Uma imagem enviada à reportagem e que circula nas redes sociais também mostra o maquinista fugindo da estação com a arma de fogo na mão. A Polícia Civil informou nesta segunda-feira (26) que pediu a prisão temporária dele à Justiça e que buscas estão sendo feitas.

Marco Antonio era supervisor de tração e trabalhava na CPTM desde 2012. Já Ricardo estava na empresa desde 2010 e pediu exoneração da Polícia Militar em 2006.

Testemunhas relataram que o maquinista da CPTM que matou o colega de trabalho entrou na sala dos funcionários com a arma de fogo escondida em uma mochila e disse “eu quero ver você tirar sarro” antes de atirar em Marco Antonio. A informação consta no boletim de ocorrência e também foi relatada à reportagem do g1.

“Os maquinistas estavam em uma sala, quando Ricardo chegou com a arma escondida em uma mochila. Então, ele foi perto do Marco e falou ‘eu quero ver você tirar sarro’ e aí atirou. Os que estavam no local e viram a cena me disseram que foi uma correria e gritaria só. Alguns se esconderam no banheiro e em salas. Foi um desespero”, afirmou um funcionário da CPTM ao g1, que preferiu não se identificar.

De acordo com o boletim de ocorrência, um maquinista relatou à polícia que viu quando Ricardo entrou com uma mochila na frente do corpo na sala dos funcionários, quando tirou a arma e efetuou o disparo.

Ainda conforme a testemunha, Marco chegou a sair correndo sentido plataforma 4. Depois, Ricardo disparou contra o outro funcionário enquanto ele estava correndo em direção ao estacionamento.

“Eu estava trabalhando no dia, mas em outra estação. Foi um susto. O atirador é ex-policial militar e sempre estava armado, e já havia intimidados outro colega no passado. Estão sendo dias difíceis e muitos já apresentavam sinais de depressão, agora deve ficar pior. Por enquanto a empresa não se prontificou a apoiar psicologicamente os colegas da tração”, afirmou uma funcionária, que preferiu não ter a identidade preservada.

Em nota, a CPTM informou que acionou a Polícia Militar, que vai colaborar com a autoridade policial e que está prestando assistência para familiares do supervisor morto e maquinista ferido. Nas redes sociais, a empresa se manifestou sobre o caso:

“Lamentamos profundamente a trágica perda de um dos nossos colegas de equipe em um ato de violência chocante ocorrido ontem. Estamos de luto pela vida que foi tragicamente interrompida e nos solidarizamos com a família, amigos e colegas que estão sofrendo com essa terrível perda. É momento de nos unirmos enquanto enfrentamos essa perda devastadora como uma comunidade. Descanse em paz, nosso querido colega. Você será lembrado com carinho e saudade”.

O presidente do sindicato dos ferroviários, Eluiz Alves de Matos, afirmou que Ricardo não tinha histórico de violência.

“Temos informações dos companheiros de trabalho que era uma pessoa tranquila no ambiente de trabalho. Aconteceu uma tragédia, um fato atípico no nosso meio. Defendo que a CPTM ofereça auxílio psicológico para todos que presenciaram”.

Thiago Brennand: filho e empregada doméstica prestam depoimento no 2º dia de julgamento do caso de estupro contra norte-americana

Em 30 de maio, a Justiça ouviu a vítima e três testemunhas de defesa no Fórum de Porto Feliz (SP). Previsão é de que o Brennand seja ouvido nesta quarta-feira (21).

O julgamento do empresário Thiago Brennand por estupro contra uma norte-americana entra no segundo dia nesta quarta-feira (21). A audiência, realizada por videoconferência, começou às 14h no Fórum de Porto Feliz (SP).

Duas testemunhas e o réu prestam depoimento nesta quarta-feira. O filho de Brennand e uma empregada doméstica foram arrolados como testemunha de defesa. O julgamento é presidido pelo juiz Fernando Henrique Masseroni Mayer e está sob segredo de Justiça. Na primeira audiência, a Justiça ouviu a vítima e três testemunhas de defesa.

Depois de mais de quatro horas, a audiência de 30 de maio na cidade foi encerrada e remarcada para quase um mês depois.

A previsão é de que Brennand, que está preso no Brasil desde o dia 29 de abril, após ficar oito meses nos Emirados Árabes, seja interrogado depois da oitiva das testemunhas.

O empresário e herdeiro é réu em nove processos e, em seis deles, tem prisões decretadas por estupro, agressão, cárcere privado e ameaça.

Como foi o primeiro dia
A entrada de jornalistas para acompanhar o primeiro dia de julgamento, no mês passado, não foi permitida, já que o processo corre em segredo de Justiça.

A defesa de Brennand disse que “considerou positivo o desfecho da audiência”. “Na ocasião, puderam ser apresentados fatos novos, que colocam em xeque a narrativa sobre o crime alegado. No momento oportuno, novos esclarecimentos serão apresentados”, disse o advogado Alexandre Queiroz, em comunicado enviado ao g1.

Questionado na saída do Fórum, o juiz Fernando Henrique Masseroni Mayer explicou que não pode comentar sobre o processo por ele estar em segredo de Justiça. “Só posso me manifestar nos autos”, declarou.

Como funciona o julgamento
A vítima foi a primeira a ser ouvida na audiência do dia 30, e três testemunhas prestaram depoimento, de acordo com o Tribunal de Justiça. Havia a expectativa de que o réu fosse ouvido nesse dia, o que não ocorreu.

O debate entre acusação e defesa será feito de forma escrita, conforme o TJ-SP. Com isso, acusação terá cinco dias para apresentar suas alegações, assim como a defesa terá o mesmo prazo.

Após este procedimento, o juiz tem prazo de dez dias para dar a sentença. Caso haja pedido de diligências pelas partes, os prazos podem se estender. A pena para o crime de estupro é de seis a 10 anos de reclusão.

Quem é a vítima?
A vítima é uma norte-americana que mora no Brasil e não teve a identidade revelada. Segundo o Ministério Público, ela conheceu o empresário quando pretendia adquirir um cavalo.

A mulher relatou aos promotores do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) ter iniciado um relacionamento com o denunciado, encontrando-se com ele, eventualmente, ao longo de dois meses.

“Inicialmente, o homem mostrou comportamento gentil, mas depois passou a agir de maneira agressiva, até chegar ao ponto de obrigar a vítima a manter relações sexuais com ele. Além disso, o empresário disse ter gravado cenas íntimas da mulher, passando a ameaçá-la com a divulgação das imagens caso ela rompesse o relacionamento”, informou a Promotoria de Porto Feliz.

A denúncia, assinada pelos membros do Ministério Público Evelyn Moura Virginio Martins e Josmar Tassignon Junior, foi aceita em 4 de novembro de 2022 pelo Judiciário, que decretou também a prisão preventiva de Brennand em relação a este caso.

Acusações
O nome de Brennand ficou conhecido depois que o Fantástico mostrou imagens exclusivas nas quais o empresário aparece agredindo a atriz Helena Gomes dentro de uma academia em São Paulo. Neste caso, ele responde pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores, já que teria incentivado o próprio filho adolescente a ofender Helena.

Depois que a reportagem foi ao ar, outras mulheres procuraram o Ministério Público de São Paulo para denunciar o empresário por crimes como estupro, agressão, ameaça, cárcere privado e injúria.

Segundo as vítimas, os crimes ocorreram entre 2021 e 2022 em uma casa que Thiago Brennand tem em um condomínio de luxo em Porto Feliz, no interior de São Paulo.

Uma das mulheres disse que foi mantida em cárcere privado, sofreu agressões, teve um vídeo íntimo divulgado sem consentimento e que foi forçada a fazer uma tatuagem com as iniciais do empresário. A Corregedoria da Polícia Civil investiga a delegada Nuris Pegoretti por suspeita de ter favorecido o suspeito no caso.

Já uma estudante de medicina acredita que foi dopada pelo empresário durante um jantar. Um ex-funcionário, que conviveu com Thiago Brennand por 15 anos, disse que ele batia e dava choques no próprio filho.

Além disso, um garçom que trabalha em um hotel dentro do condomínio afirma ter sido agredido pelo empresário. Já o caseiro de uma propriedade no mesmo local alega ter sido ameaçado por Brennand.

Prisão nos Emirados Árabes e extradição
O empresário foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo em 4 de setembro de 2022. No mesmo dia, ele deixou o Brasil e foi para Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Na época, a Justiça deu um prazo de dez dias para que Thiago Brennand retornasse ao Brasil – o que não aconteceu. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça e o nome Brennand foi incluído na lista internacional de procurados da Interpol.

Ele chegou a ser preso em outubro, em um hotel de luxo em Abu Dhabi, mas foi solto depois de pagar fiança. Desde então, foi proibido de deixar o país e aguardava em liberdade uma decisão sobre o processo de extradição feito pelo governo brasileiro.

No dia 15 de abril, mesmo dia em que o presidente Lula chegou aos Emirados Árabes em viagem oficial, o pedido de extradição foi autorizado. A prisão de Brennand foi confirmada dois dias depois — na ocasião, o empresário disse que estava sendo injustiçado — e, no dia 29, a embaixada do Brasil, em Abu Dhabi, recebeu a decisão judicial autorizando a extradição.

O avião que trouxe o empresário chegou ao aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos pouco antes das seis da tarde do mesmo dia. Ele viajou acompanhado por um delegado, dois agentes da Polícia Federal e um escrivão da Interpol treinado em jiu-jítsu, por conta do histórico de violência.

Atualmente, os advogados de Brennand tentam pedir a transferência dele do Centro de Detenção Provisória I de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, para Tremembé, no Vale do Paraíba (SP).