Motorista do Porsche vai acompanhar por videoconferência da prisão em Tremembé a 1ª audiência do caso na Justiça em SP

Fernando Sastre Filho vai assistir e ouvir a audiência de instrução nesta sexta (28) por um monitor de TV. Essa etapa do processo serve para decidir se o réu vai a júri popular. Empresário é acusado de beber e causar acidente a mais de 100 km/h que matou homem e feriu outro.

O motorista do Porsche acusado de beber e causar um acidente trânsito a mais de 100 km/h que deixou um homem morto e outro ferido, em 31 de março, na Zona Leste de São Paulo, vai acompanhar a primeira audiência judicial do caso por videoconferência. Ela está marcada para começar às 13h30 desta sexta-feira (28) na capital paulista.

A pedido de sua defesa, a Justiça autorizou que Fernando Sastre de Andrade Filho veja da Penitenciária de Tremembé, no interior do estado, a sessão que ocorrerá no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital. O empresário vai assistir e ouvir a audiência de instrução por um monitor de TV. Se houver a necessidade de interrogá-lo, ele poderá falar e ser ouvido no plenário.

Fernando Filho está preso preventivamente desde 6 de maio. Atualmente ele está detido no presídio de Tremembé, conhecido por abrigar presos envolvidos em casos de repercussão.

Essa etapa do processo é chamada de audiência de instrução e serve para a Justiça decidir se há indícios de crime para levar o empresário a julgamento popular. Inicialmente serão ouvidos os depoimentos das testemunhas de acusação e depois as de defesa do caso. Os advogados de defesa de Fernando Filho, o Ministério Público (MP) e também os assistentes de acusação participarão da sessão.

Se tiver tempo, a Justiça poderá fazer o interrogatório do motorista do Porsche. Do contrário, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, marcará uma nova audiência para ouvi-lo.

Fernando Filho é réu no processo no qual responde pelos crimes de homicídio por dolo eventual (por ter assumido o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (ao ferir gravemente seu amigo, o estudante de medicina Marcus Vinicius Machado Rocha).

O empresário é acusado pelo Ministério Público de dirigir embriagado e em alta velocidade e assumir o risco de matar e ferir pessoas. A acusação é feita pela promotora Monique Ratton.

“A defesa espera a decisão de homicídio culposo, pois , todos os casos similares, independentemente do carro usado , são considerados culposos. Esperamos um julgamento legalista e não populista”, disse ao g1 o advogado Jonas Marzagão.
Antes do acidente, Fernando Filho dirigia o Porsche Carrera a 156, 4 km/h, segundo a perícia da Polícia Técnico-Científica. Ornaldo teve o Renault Sandero atingido por trás pelo carro de luxo guiado por Fernando a 114 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé. O limite para a via é de 50 km/h. Câmeras de segurança também gravaram o momento da batida.

Em entrevista ao Fantástico, antes de ser preso, e em depoimento à polícia, Fernando Filho disse que não correu com o Porsche, mas não soube informar qual era a velocidade que estava.

Outras testemunhas ouvidas pelo 30º Distrito Policial (DP), Tatuapé, disseram que o Porsche corria bastante. Dirigir em alta velocidade e embriagado são crimes de trânsito graves. Principalmente quando ocorre um acidente com morte. Nesse caso, correr e beber seriam agravantes.

Vídeo mostra réu com voz pastosa

Um novo vídeo, obtido pelo g1, mostra Fernando Filho dentro do Porsche dizendo “vamos jogar sinuca” com voz pastosa para a namorada e um casal de amigos, ao sair de uma casa de pôquer, 13 minutos antes de causar o acidente que matou Ornado e feriu Marcus. Quem gravou o vídeo foi a namorada de Marcus.

Além das testemunhas, Marcus e sua namorada também contaram à polícia que Fernando Filho havia tomado bebida alcoólica antes do acidente e tinha sinais de embriaguez. O empresário negou ter bebido, tanto em depoimento à Polícia Civil quanto em entrevista ao Fantástico. A namorada do motorista do Porsche também disse à investigação que ele não bebeu.

Imagens das câmeras corporais dos policiais militares que atenderam a ocorrência do acidente mostraram que eles não tinham o etilômetro, aparelho usado para aferir se um motorista bebeu. As body cams ainda registraram o momento que os agentes da Polícia Militar (PM) liberaram Fernando Filho sem passar pelo teste.

Os PMs alegaram que a mãe de Fernando Filho havia dito a eles que precisava levar o filho para um hospital porque ele estaria ferido. Mas isso não ocorreu. A Corregedoria da Polícia Militar considerou que os agentes erraram ao liberar o motorista o Porsche sem fazer o bafômetro e os afastaram das ruas para responderem a processo disciplinar.

Ainda pelas câmeras corporais dos PMs é possível ouvir um bombeiro conversando com os policiais militares após a liberação de Fernando Filho. Os agentes da PM e do Corpo de Bombeiros confirmam no diálogo que o motorista do Porsche e seu amigos estavam com sinais de embriaguez.

Além dessa gravação, há um documento que está no processo no qual o bombeiro que atendeu a ocorrência menciona que Fernando Filho e Marcus estavam bêbados.

Empresário é investigado por agressão a ex-madrasta

A Polícia Civil de São Paulo abriu em maio de 2024 um novo inquérito para investigar Fernando Filho. Desta vez, ele é investigado pela 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por suspeita de lesão corporal contra a e ex-madrasta, Eliziany Silva.

Segundo ela, o crime ocorreu em 2 de janeiro de 2018, quando o empresário tinha 18 anos. Eliziany acusou Fernando Filho de agredi-la no rosto com um celular e chutar o joelho dela, a deixando com um hematoma. Isso ocorreu durante uma discussão entre eles, na qual o enteado passou a filmá-la com o telefone.

Ela contou na DDM que teve uma “união estável” de mais de dez anos com o pai do rapaz, o também empresário Fernando Sastre de Andrade. O casal se separou em 2019.

Ainda de acordo com a então madrasta de Fernando Filho, o pai dele também a agrediu naquele mesmo dia. Segundo Eliziany, ele havia esganado ela horas antes quando estavam num hotel em Florianópolis, em Santa Catarina.

Todas as imagens foram entregues por ela para a investigação. O g1 também não localizou Eliziany para falar do caso.

 

Advogada é Presa por Injúria Racial e Agressão em Aeroporto e Perde Cargo na OAB-MG

Esse caso envolvendo a advogada Luana Otoni de Paula traz à tona um grave incidente de injúria racial e agressão física, ocorrido no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, Minas Gerais. A situação culminou com a prisão em flagrante pela Polícia Federal e a consequente destituição de seu cargo de presidente da “Comissão de Direito da Moda” da Ordem dos Advogados de Minas Gerais (OAB-MG).

Detalhes do Incidente

No domingo, 23 de junho de 2024, Luana Otoni era passageira de um voo com destino a Natal, no Rio Grande do Norte. Antes de embarcar, ela sofreu uma queda e foi prontamente atendida por funcionários da companhia aérea Azul. Segundo relatos, a advogada aparentava sinais de embriaguez, e o gerente operacional seguiu os protocolos de segurança aérea, sugerindo que ela fosse realocada em outro voo por motivos de segurança.

Contudo, ao ser retirada do avião, Luana reagiu de forma agressiva, proferindo insultos raciais contra um dos funcionários, chamando-o de “macaco, preto, cretino, babaca”. Além dos insultos, ela agrediu fisicamente o funcionário com socos e chutes. Outro colaborador da companhia também foi ofendido verbalmente ao tentar conter a advogada.

Consequências

Após o ocorrido, a Polícia Federal foi acionada e a advogada foi presa em flagrante, sendo levada à delegacia em Vespasiano para prestar esclarecimentos. A gravidade do episódio fez com que a OAB-MG, por meio de uma portaria assinada por seu presidente Sérgio Leonardo, destituísse Luana de seu cargo na Comissão de Direito da Moda.

Reações e Desdobramentos

A atitude de Luana Otoni gerou ampla repercussão, tanto na mídia quanto entre a sociedade, devido ao caráter racial das ofensas. A Azul Linhas Aéreas emitiu nota repudiando qualquer tipo de agressão ou ofensa, enfatizando que medidas cabíveis seriam tomadas.

A injúria racial, conforme tipificada no Código Penal brasileiro, é um crime que pode resultar em penas severas, especialmente quando agravada por agressões físicas. O caso de Luana Otoni serve como um triste lembrete dos desafios que ainda enfrentamos em relação ao racismo e à discriminação no Brasil.

‘Massacre de Paraisópolis’: Justiça ouve testemunhas para decidir se leva a júri 13 PMs acusados de matar nove jovens em baile funk

Policiais são réus acusados de participar do homicídio de vítimas que se divertiam em festa na Zona Sul de São Paulo. Crime ocorreu em 1º de dezembro de 2019. Justiça ouvirá entre 12 a 25 testemunhas do caso nesta segunda (18) para decidir se levará PMs a júri popular.

A Justiça de São Paulo deve ouvir na tarde desta segunda-feira (18) entre 12 a 25 testemunhas do caso que ficou conhecido como “Massacre de Paraisópolis”.

Nove jovens morreram em 1º de dezembro de 2019 após ação da Polícia Militar (PM) durante um baile funk na comunidade da Zona Sul da capital paulista. Outras 12 pessoas que estavam na festa ficaram feridas e sobreviveram.

Ao todo, 13 policiais militares são acusados de participar dessas mortes. Doze dos PMs são réus por homicídio por dolo eventual das vítimas (por terem assumido o risco de matá-las quando as encurralaram num beco em Paraisópolis). Um 13º agente é réu por expor pessoas a perigo ao soltar explosivos nelas (quando estavam sem saída). Todos eles respondem aos crimes em liberdade.

Essa etapa do processo é chamada de audiência de instrução. Acontecerá no Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste. A sessão está marcada para começar às 13h30. Ela será presidida pelo juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, da 1ª Vara do Júri.

O processo apura as responsabilidades dos PMs pelas mortes das vítimas. Na primeira audiência, em julho deste ano, foram ouvidas dez testemunhas de acusação. A expectativa é a de que mais 12 testemunhas da acusação sejam ouvidas na segunda audiência.

Ainda não há informações sobre quando os PMs serão interrogados.

A audiência de instrução é uma etapa do processo que serve para a Justiça decidir se há elementos suficientes de que os réus cometeram algum crime. Se isso for confirmado, o juiz levará os acusados a júri popular e marcará uma data para o julgamento.

De acordo com o Ministério Público (MP), há quatro anos os agentes da Polícia Militar (PM) entraram em Paraisópolis e encurralaram as vítimas num beco sem saída, provocando as mortes de oito delas por asfixia e uma por traumatismo. A acusação é feita pela promotora Luciana Jordão.

Nenhum dos mortos morava no bairro. Os nove também tinham sinais de que foram pisoteados.

Os PMs alegaram que perseguiam dois suspeitos de roubo que estavam numa moto — que nunca foram encontrados. Em suas defesas, disseram ainda que as vítimas morreram acidentalmente ao serem pisoteadas após um tumulto provocado pelos bandidos.

Mais de 5 mil pessoas estavam se divertindo no local e saíram correndo após a intervenção policial, segundo mostram vídeos gravados por testemunhas e câmeras de segurança e acabaram compartilhados à época nas redes sociais (veja nesta reportagem).

O que diz o MP

Segundo a Promotoria, os PMs fecharam as vias de acesso ao baile e impediram os frequentadores de deixar uma viela da comunidade. Depois jogaram bombas em direção às vítimas. Laudo necroscópico confirmou que a maioria delas morreu asfixiada por sufocação indireta.

Atualmente todos os PMs réus no caso do Massacre de Paraisópolis estão afastados do patrulhamento de rua, mas continuam trabalhando administrativamente na corporação.

Somente um dos PMs acusados não continua mais na corporação: foi expulso por ter cometido uma infração disciplinar grave que não tem relação com as mortes dos nove jovens. A Polícia Militar não informou qual foi a irregularidade.

Ainda de acordo com a denúncia da Promotoria, os PMs agrediram os jovens com golpes de cassetetes, garrafas, bastões de ferro e gás de pimenta. Um dos policiais lançou um morteiro contra a multidão. Além da condenação, o MP requer a fixação de valor mínimo para reparação dos danos materiais e morais causados pelas infrações.

13 PMs réus

Veja abaixo quem são os 12 PMs e um ex-PM réus acusados de envolvimento nas mortes das vítimas em Paraisópolis e por quais crimes respondem:

tenente Aline Ferreira Inácio – acusada de homicídio
subtenente Leandro Nonato – homicídio
sargento João Carlos Messias Miron – homicídio
cabo Paulo Roberto do Nascimento Severo – homicídio
Luís Henrique dos Santos Quero – homicídio (ex-cabo da PM; foi expulso da corporação por outros motivos não informados)
cabo Gabriel Luís de Oliveira – homicídio
soldado Anderson da Silva Guilherme – homicídio
soldado Marcelo Viana de Andrade – homicídio
soldado Mateus Augusto Teixeira – homicídio
soldado Rodrigo Almeida Silva Lima – homicídio
soldado José Joaquim Sampaio – homicídio
soldado Marcos Vinicius Silva Costa – homicídio
soldado José Roberto Pereira Pardim – acusado de explosão

9 vítimas mortas

Eles são acusados de participar dos assassinatos de nove pessoas; veja quem são as vítimas e como morreram:

Mateus dos Santos Costa, 23 anos, morreu por traumatismo
Gustavo Xavier,14 anos, morreu por asfixia
Marcos Paulo Oliveira, 16 anos, morreu por asfixia
Gabriel Rogério de Moraes, 20 anos, morreu por asfixia
Eduardo Silva, 21 anos, morreu por asfixia
Denys Henrique Quirino, 16 anos, morreu por asfixia
Dennys Guilherme dos Santos, 16 anos, morreu por asfixia
Luara Victoria de Oliveira, 18 anos, morreu por asfixia
Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos, morreu por asfixia

“É o cúmulo ter seu filho assassinado pela polícia que deveria protegê-lo. Desde a morte dele, eu e outras mães, pais e familiares estamos unidos para pedir Justiça e a punição dos PMs responsáveis por esse massacre”, disse Maria Cristina Quirino, de 43 anos, mãe de Denys Quirino. “A PM fechou dois lados de uma viela e tacou bombas, gás e spray pimenta nos jovens que só tinham ido ao baile para se divertir, mas morreram asfixiados por causa dessa ação policial.”

Justiça comum x Justiça militar

O caso envolvendo as mortes ocorridas em Paraisópolis é apurado em duas esferas criminais: a da Justiça comum e a da Justiça Militar.

Na Justiça comum, 13 policiais militares são réus no processo por homicídio e explosão. Essa etapa do processo é chamada de audiência de instrução e serve para que o juiz decida depois se há elementos para levar os réus a júri popular. Se tiver, os acusados serão pronunciados, e o magistrado marcará uma data para o julgamento. Crimes dolosos contra a vida, como homicídio, são julgados por sete jurados.

Na esfera da Justiça Militar, a Corregedoria da PM apurou a conduta dos 31 policiais militares que participaram da ação em Paraisópolis.

Procurado para comentar o assunto, o Tribunal de Justiça Militar (TJM) informou, por meio de sua assessoria, que o órgão havia pedido mais diligências para a Corregedoria da Polícia Militar. O órgão concluiu que os agentes não causaram as mortes dos frequentadores.

Apesar disso, a Justiça Militar aguarda a conclusão do caso na Justiça Comum para poder dar continuidade ao processo dos PMs e tomar uma decisão, segundo informou a Defensoria Pública.

O que diz a Defensoria

De acordo com a Defensoria Pública, testemunhas e sobreviventes contaram que ao menos nove PMs teriam chegado primeiro ao local. Depois vieram mais policiais. Eles encurralaram as vítimas em um beco sem saída conhecido como Viela do Louro. Depois passaram a agredir os jovens, provocando tumulto. Vídeos gravados por moradores mostram as agressões durante a dispersão.

Muitas pessoas não conseguiram sair do beco e morreram sufocadas, prensadas umas às outras. Exames apontaram ainda que as vítimas chegaram mortas aos hospitais, algumas com lesões compatíveis com pisoteamento.

“A Defensoria Pública de SP, por meio dos seus Núcleos Especializados de Direitos Humanos e de Infância e Juventude faz a assistência de acusação”, informa nota divulgada em julho deste ano pelo órgão, que busca garantir participação das famílias das vítimas e auxiliar o MP no caso.

Ainda segundo a Defensoria, as famílias das vítimas já foram indenizadas pelos assassinatos cometidos pelos PMs. Os pagamentos ocorreram em 2021 por determinação do governo de São Paulo após representação do órgão.

O que dizem as defesas

De maneira geral, os PMs réus no processo alegam que dois suspeitos na moto, que nunca foram identificados ou presos, teriam entrado na festa e atirado na direção das viaturas que os perseguiam, provocando pânico entre os frequentadores, que correram para uma viela onde teriam tropeçado uns sobre os outros. O lugar não tem saída e é conhecido como Viela do Louro.

Segundo os policiais, houve resistência dos frequentadores, que teriam agredido os agentes com paus, pedras e garrafadas. Os policiais disseram que, por segurança, foi preciso usar cassetetes, balas de borracha, bombas de gás e de efeito moral para dispersar a multidão que participava do evento.

Entre 5 mil e 8 mil pessoas participavam do tradicional Baile da DZ7 naquela madrugada na comunidade de Paraisópolis. O ritmo do funk ecoava nas caixas de som animando uma juventude que se reuniu para celebrar a vida na periferia em três ruas: Rodolfo Lutze, Iratinga e Ernest Renan.

“Anderson não sofreu qualquer tipo de prejuízo em seu trabalho operacional, haja vista que a própria Corregedoria da instituição apurou os fatos e entendeu pela inexistência de prática criminosa. Na audiência que se aproxima e na instrução do processo iremos demonstrar que as mortes não foram causadas pela ação da Polícia Militar”, falou em julho João Carlos Campanini, advogado de Anderson Guilherme.

O advogado Fernando Fabiani Capano, defende oito réus: Aline Inácio; Leandro Nonato; João Miron; Paulo Severo; Marcelo Andrade; Mateus Teixeira; Rodrigo Lima e José Sampaio.

“A defesa mantém sua posição, colocada como pressuposto desde o início dos trabalhos: não há qualquer nexo de causalidade entre as lamentáveis mortes ocorridas naquele 1º de dezembro de 2019 e a conduta de qualquer dos policiais injustamente denunciados pelos homicídios”, disse o advogado também em julho.

“Os incidentes ocorreram apesar da operação conduzida pelos militares que, na oportunidade, apenas acautelaram o cenário após a tragédia consumada, exatamente para evitar que outras pessoas pudessem se vitimizar.”

“Tudo isto foi demonstrado na investigação conduzida através dos inquéritos policiais (comum e militar). Conclusão distinta é apenas uma tentativa de emplacar uma narrativa que, mesmo em face de tudo o que já foi apurado, procura sempre atribuir para a Polícia Militar uma indevida pecha de violência e abuso.”

“Isto, aliás, acaba por afastar as autoridades dos verdadeiros responsáveis pelo trágico episódio, a começar pela apuração de quem são os organizadores do baile na comunidade que, cotidianamente (ainda hoje, de forma reiterada), insistem em descumprir posturas mínimas de segurança e cumprimento de normas para eventos desta natureza, que reúnem grande quantidade de pessoas.”

A defesa de José Pardim não foi encontrada para comentar o assunto.

Marcos Manteiga, advogado de Marcos Costa, eximiu seu cliente e a corporação de envolvimento nas mortes dos frequentadores. “O soldado continua afastado do serviço operacional, trabalhando no âmbito administrativo. E essa situação dessa ocorrência, não vejo como justa, imputar aos policiais militares a responsabilidade”, falou em julho.

“E agora a responsabilidade recaindo sobre o mais fracos, ou seja, sobre os policiais militares. Em momento algum os policiais confinaram aqueles jovens. Aquele jovens, muitos não eram daquela região. E começaram a percorrer caminhos junto com a multidão, e deu no que deu. Sem responsabilidade alguma da Polícia Militar. E ali no final havia um afunilamento do corredor. Isso aí não foi provocado pela Polícia Militar”, comentou Manteiga.

Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar a advogada Ana Maria Monteferrario, que defende o ex-PM Luis Quero e o PM Gabriel Oliveira, para comentar o assunto.

O que dizem SSP e PM

Procurada pelo g1, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que os agentes da PM que são réus na Justiça comum acusados de matar os nove jovens em Paraisópolis permanecem afastados dos patrulhamentos de rua e estão trabalhando administrativamente:

“Os inquéritos civil e militar sobre o respectivo caso foram concluídos e remetidos ao Poder Judiciário. Um dos indiciados não mais integra os quadros da Polícia Militar e os outros 12 seguem afastados das atividades operacionais de policiamento até a conclusão do trabalho judicial”, informa comunicado da pasta.

 

‘Triste a decisão, lamentável’, diz mãe de Isabella Nardoni sobre soltura de Anna Jatobá, condenada por matar sua filha

Ana Carolina Oliveira criticou decisão judicial que deu a Jatobá o benefício do regime aberto. Ela foi condenada a 26 anos de prisão pelo assassinato da enteada. Agora, cumprirá os 9 anos restantes da pena em liberdade. Pai da menina, Alexande Nardoni, está no regime semiaberto.

“Não tenho muito o que falar. Triste a decisão. Lamentável saber que nossa lei dá esses direitos”, comentou nesta quarta-feira (21) ao g1 Ana Carolina Oliveira, a Carol, mãe de Isabella Nardoni, a decisão da Justiça paulista que soltou a madrasta condenada por matar sua filha em 2008.

“Eu sabia que essa hora iria chegar, mas nunca estamos preparados”, afirmou Carolina. Ela atualmente tem 39 anos, é bancária, está casada e tem dois filhos: um menino e uma menina.
Anna Carolina Jatobá recebeu na noite de terça-feira (20) o benefício de progressão de regime prisional para o aberto. Ela estava detida há 15 anos na Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, onde cumpria pena pelo assassinato da enteada. A mulher havia sido condenada a 26 anos de prisão; agora cumprirá os 9 anos restantes da pena fora das grades. Ela também tem 39 anos.

Equipes da TV Vanguarda fizeram imagens que mostram a saída de Jatobá da prisão .

O crime

Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada morta no Edifício London, na Zona Norte da capital paulista. Para a Polícia Civil, que investigou o caso como homicídio e não como uma queda acidental, Jatobá e seu marido, Alexandre Nardoni, pai da criança, mataram a menina. A mãe dela, Carol, morava em outro local e havia deixado a filha passar alguns dias com o ex-marido.

Segundo o Ministério Público (MP), Jatobá e Alexandre agrediram e mataram Isabella dentro do apartamento. De acordo com a acusação, a madrasta esganou a menina e o pai jogou o corpo da filha do sexto andar em 29 de março de 2008. Eles foram acusados ainda de cortarem a tela de proteção da janela para fazer isso.

Os dois acusados sempre negaram o crime, mas foram presos logo depois. Jatobá e Alexandre alegavam que uma outra pessoa não identificada pode ter invadido a residência e matado a garota quando eles não estavam no imóvel. Essa suposta ‘pessoa’ nunca foi localizada pela investigação.

Casal Nardoni condenado

Em 2010, Jatobá e Alexandre, que ficaram conhecidos como o casal Nardoni, foram julgados e acabaram condenados pela Justiça. Ela recebeu pena de 26 anos de prisão; ele, 30 anos. O pai de Isabella está detido na Penitenciária masculina de Tremembé, no regime semiaberto (nele, o preso tem direito a saídas temporárias em datas específicas, sendo obrigado a voltar à prisão depois). Ele tem 44 anos.

Durante o período em que esteve presa, Jatobá migrou do regime fechado para o semiaberto em 2017. A defesa dela, no entanto, entrou depois com um outro pedido para que sua cliente ganhasse o benefício de progressão de regime para o aberto.

Solicitação essa que foi concedida nesta semana pela juíza Márcia Domingues de Castro, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, interior paulista, segundo apurou o g1. Como o caso está sob sigilo, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que não poderia comentar o assunto ou os motivos da decisão de progressão de regime.

“O processo de execução da pena da Anna Carolina Jatobá tramita em segredo de justiça. Por isso, não podemos fornecer mais informações sobre o caso”, informou o TJ-SP por meio de nota.
Defesa diz que não foi surpresa; MP vai recorrer
Procurado pela reportagem para comentar o assunto, Roberto Podval, advogado que defende os interesses de Jatobá, disse ainda na terça que a soltura de sua cliente era “natural que acontecesse” e que “não foi uma surpresa”. Ele também atua na defesa de Alexandre.

“Anna conseguiu a progressão porque os requisitos objetivos (tempo) e subjetivos (comportamento) foram preenchidos. Quanto ao Alexandre, a pena dele é mais alta, ainda terá que esperar um pouco mais [para pedir progressão para o regime aberto]”, falou Podval, nesta quarta.

Também sem entrar em detalhes, o Ministério Público informou nesta quarta ao g1 que vai recorrer da decisão judicial que determinou a soltura de Jatobá.

De acordo com o MP, a defesa de Jatobá fez o pedido de progressão de pena e durante o processo um juiz da Vara de Execuções Penais exigiu a realização de um teste psicológico, chamado de Rorschach, popularmente conhecido como “teste do borrão de tinta”. Ele serve para determinar a personalidade de alguém que será ou pretende ser reinserido à sociedade, por exemplo.

No entanto, a defesa de Jatobá recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a dispensa do teste de Rorschach. Em seguida, a juíza Márcia concedeu o benefício do regime aberto a Jatobá.

O promotor criminal Paulo José de Palma, de Taubaté, afirmou que vai aguardar, no entanto, a Justiça notificar o MP sobre a mudança de regime de Jatobá para que depois ele possa recorrer dela no andamento do processo.

Regime aberto
No regime aberto, o condenado cumpre pena fora da prisão e pode trabalhar durante o dia. À noite, deve se recolher em endereço autorizado pela Justiça.

A legislação determina que o preso se recolha no período noturno em uma casa de albergado – modelo prisional que abriga presos que estão no mesmo regime -, mas o Estado de São Paulo não dispõe desse tipo de unidade prisional. Por isso, na prática, os presos vão para casa.

Para não perder o benefício, o condenado precisa seguir algumas regras, como:

permanecer no endereço que for designado durante o repouso e nos dias de folga;
cumprir os horários combinados para ir e voltar do trabalho;
não pode se ausentar da cidade onde reside sem autorização judicial;
quando determinado, deve comparecer em juízo, para informar e justificar suas atividades.
Mesmo seguindo essas condições básicas, o juiz pode estabelecer outras condições especiais, de acordo com cada caso.

Jatobá era costureira na prisão

Jatobá trabalhou como costureira na penitenciária no interior de São Paulo e conseguiu reduzir a pena. Em 2017, ela progrediu ao regime semiaberto e, desde então, era beneficiada com as saidinhas temporárias.

À época, quando foi submetida a testes para progressão do regime, Jatobá afirmou ser inocente e disse desejar que a verdade sobre o caso apareça.

Disse também planejar após ter a liberdade definitiva buscar apoio dos familiares, manter o relacionamento com o marido Alexandre Nardoni, fazer um curso de moda e abrir um ateliê de costura.

PF prende seis acusados de envolvimento em tráfico internacional de mulheres

Sete pessoas foram presas nesta quinta-feira pela Polícia Federal, dentro da Operação Castanhola, com o objetivo de prender uma quadrilha especializada no tráfico internacional de mulheres na cidade de Anápolis (GO). A quadrilha já mandou cerca de 200 mulheres para Portugal e para a Espanha. A operação contou com 60 policias federais de Goiás e do Distrito Federal.

Entre os presos estão Neiva Inês Jacoby, conhecida como “Gaúcha” e considerada a principal aliciadora, e Jair Pedrosa Júnior, proprietário da empresa Transamérica Viagens e Turismo, envolvido no envio de mulheres. Passaportes e outros documentos encontrados na empresa estavam relacionados à organização criminosa. Os presos foram indiciados por crimes de formação de quadrilha e tráfico internacional de pessoas, e podem ser condenados com penas de até 11 anos de reclusão. Uma pessoa ainda está foragida.

Segundo o delegado Luciano Dornelas, da Delegacia de Crimes Institucionais de Goiânia, as polícias portuguesa e espanhola estão realizando ações em prostíbulos europeus, para detectar os receptadores e as brasileiras que servem à prostituição. “Precisamos lembrar que, fora esses criminosos residentes em solo brasileiro, há os donos dessas boates nos dois países, e os policias de lá estão investigando todas as pessoas envolvidas”, informou.

A quadrilha foi identificada a partir da denúncia do pai de uma das vítimas da quadrilha. Há três meses as polícias dos três países vinham coletando provas. “Nós já tínhamos observado de forma discreta o embarque dessas mulheres no aeroporto de Goiânia e repassávamos as informações para as autoridades desses países. Lá os policiais colhiam provas de que elas realmente estavam indo para a prostituição”, acrescentou o delegado.

Um proprietário e um gerente de boate na Espanha foram presos. Onze mulheres brasileiras já foram encontradas em situação de prostituição na Espanha e esperam a deportação.

Juiz do caso Americanas é investigado por corrupção

O Monitor do Mercado teve acesso a documentos que mostram acusações graves envolvendo o juiz e até mesmo administradores judiciais nomeados por ele para a Americanas

O juiz responsável pela recuperação judicial da Americanas — após a empresa encontrar um rombo de pelo menos R$ 20 bilhões em suas contas — é acusado de participar de um esquema de corrupção, que, segundo o Ministério Público, tem características típicas dos casos de lavagem de dinheiro.

O magistrado Paulo Assed Estefan, titular da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, aprovou, na última quinta-feira (19), a recuperação judicial da Americanas (AMER3), com dívida declarada de R$ 43 bilhões. A decisão foi tomada poucas horas depois de a empresa fazer o pedido à Justiça.

O instituto da recuperação serve para travar cobranças, facilitar as negociações e permitir à empresa colocar-se de volta nos trilhos.

Monitor do Mercado teve acesso a documentos que mostram acusações graves envolvendo o juiz, em processo que corre no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

As denúncias contra Paulo Estefan apontam que ele privilegiaria amigos e parentes na hora de nomear administradores para empresas em recuperação judicial.

O administrador judicial é responsável por fiscalizar os atos da empresa em recuperação e por fazer com que o plano de recuperação judicial seja cumprido, da forma que foi acordado com os credores. Ele é nomeado pela Justiça e recebe (normalmente bem) para isso.

Acontece que um dos administradores judiciais nomeados para atuar em casos julgados por Estefan é casado com uma sócia do filho do próprio juiz em pelo menos três empresas (uma distribuidora de bebidas, um restaurante e uma companhia de delivery).

As investigações apontam uma “inexplicável e promíscua relação empresarial ligando membros da família do magistrado e a própria esposa de um administrador judicial em atuação perante a Vara Empresarial [da qual Estefan é titular]”.

Para o Ministério Público, as investigações têm circunstâncias típicas de crimes de lavagem de capitais e outros delitos.

Nenhuma das três empresas nas quais a esposa do administrador judicial e o filho do juiz possui empregados cadastrados, indicando que são “empresas de papel”, comumente usadas para “justificar” um aumento de patrimônio que seus sócios não podem declarar legalmente, diz documento do Ministério Público, acessado pelo Monitor do Mercado.

A acusação detalha transações financeiras do administrador judicial em questão e de sua esposa que seriam incompatíveis com seus ganhos. São cifras milionárias. “Não faltam elementos que indiciem a prática dos ilícitos apurados”, afirma o MP.

Caso aberto

As investigações levaram à abertura de dois procedimentos contra o juiz. Um deles foi arquivado. O outro chegou a ser arquivado por um “erro de sistema”, mas voltou a andar em outubro, por determinação do Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, e segue em curso.

O ex-corregedor-geral de Justiça do TJ-RJ, Bernardo Garcez, responsável pelas investigações que deram início aos processos, diz ter encontrado vários “indícios de irregularidades nos relacionamentos entre magistrados, administradores judiciais, escritórios de advocacia e, especialmente, participação de esposas e filhos de juízes em empreendimentos mercantis associados a esposas e advogados que operavam nas varas onde os juízes eram titulares”.

Além disso, explica Garcez, existem investigação criminais contra Estefan e outros juízes investigados pelo mesmo motivo, que ainda tramitam no Órgão Especial do TJ-RJ.

Ao Monitor do Mercado, um advogado que atuou no caso arquivado, representando outro juiz acusado, aponta que foi declarada a nulidade de todas as investigações iniciadas contra os juízes, porque o CNJ teria constatado “inúmeras ilegalidades cometidas pelo então Corregedor-Geral do TJ-RJ, em especial (i) a ampliação indevida do escopo de um mero processo administrativo que possuía como objeto a melhoria na gestão de uma Vara Empresarial, e (ii) a atuação parcial e maliciosa, numa especulativa perseguição contra os magistrados e seus familiares”.

Em resposta a pedido de informações e entrevista, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afirma que não pode comentar o caso que ainda corre, pois ele está em segredo de Justiça. 

A corte fez questão de reafirmar que o outro caso foi arquivado por problemas em sua origem e de ressaltar o currículo de Paulo Assed.

“O juiz Paulo Assed Estefan faz parte, como integrante eleito, aprovado por unanimidade, do FONAREF- Fórum Nacional de Recuperações Empresariais e Falências do próprio Conselho Nacional de Justiça, que tem por objetivo fiscalizar e elaborar estudos, além de propor medidas para o aperfeiçoamento da gestão de processos de recuperação judicial”, afirma nota do tribunal ao Monitor do Mercado.  

O desembargador Bernardo Garcez, corregedor à época das primeiras investigações,  já negou publicamente as acusações de que a investigação tenha sido problemática e aponta a existência das outros processos em curso como prova de que o caso é real.

Administradores judiciais da Americanas

No caso das Americanas, o juiz Paulo Estefan nomeou como administradores judiciais, para atuarem já durante o período da cautelar, a empresa Preserva-Ação, na pessoa de seu sócio administrador Bruno Rezende, e o Escritório de Advocacia Zveiter.

A nomeação do mesmo Bruno Rezende já fez a Justiça suspender, temporariamente, outro caso julgado por ele — e de grande interesse de investidores—: a recuperação judicial da João Fortes Engenharia (JFEN3).

Há pouco mais de dois anos, a recuperação da construtora, foi suspensa pela segunda instância da Justiça do RJ, porque os honorários a serem pagos para o administrador, seriam “excessivos”. Rezende receberia R$ 9,7 milhões. O Ministério Público sugeria que o valor justo seria bem menor: R$ 1,9 milhão.

O caso voltou a andar e a empresa continuou na função de administradora.

O outro escritório nomeado como administrador judicial da Americanas tem como um de seus sócios Sérgio Zveiter, ex-deputado, acusado de receber caixa 2 da chamada máfia dos transportes do Rio de Janeiro, na delação de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro). Na mesma delação, ele diz pagar propina para nove desembargadores do TJ-RJ.

Entenda o caso Americanas

Quem tinha R$ 1 mil reais em ações da Americanas (AMER3) no início do dia 12 de janeiro foi dormir com menos de R$ 96 na conta, no fim do dia. Os papéis perderam 76% do seu valor em poucas horas de negociação.

A Bolsa bem que tentou segurar, suspendendo as negociações das ações por boa parte do dia, para acalmar os ânimos, mas a queda brutal no preço vai entrar para a história do mercado de capitais brasileiro, num mau sentido.

Tudo começou na noite de quarta-feira (11), quando a empresa emitiu um comunicado ao mercado, afirmando que fora detectado um rombo estimado em R$ 20 bilhões em suas contas.

E R$ 20 bilhões não desapareceram da noite para o dia. A empresa afirmou serem inconsistência em lançamentos ao longo de anos. Se não bastasse a cifra bilionária, a informação levou investidores a se questionarem se não há outros “esqueletos no armário”, ou seja, erros até então não encontrados.

No mesmo documento, a Americanas anunciou a renúncia de Sergio Rial ao cargo de CEO e de André Covre à posição de CFO e Diretor de Relações com Investidores. Os executivos estavam há 9 dias no cargo.

Corrida pelo dinheiro

Dias antes de aceitar o pedido de recuperação judicial da Americanas, na sexta-feira (13), Estefan já havia determinado que fosse suspensa toda e qualquer possibilidade de bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa, assim como adiou a obrigação da companhia de pagar suas dívidas até que um provável pedido de recuperação judicial fosse feito à Justiça. O único banco credor que conseguiu uma decisão para “pular” esse bloqueio antes do início da recuperação foi o BTG Pactual.

O banco, que tem cerca de R$ 1,2 bilhão a receber da empresa, afirmou que ao ir à Justiça pedir tal blindagem, a rede agiu como um menino que, “após matar o pai e a mãe, pede clemência aos jurados por ser órfão”.

Todo o imbróglio, dentro e fora do Judiciário, não tem agradado em nada os investidores. As ações AMER3, que custavam R$ 11,80 no último dia 11, hoje já são negociadas abaixo de R$ 0,90.

Quem paga a conta?

A insegurança dos investidores reflete também na auditoria responsável por aprovar as contas da empresa. Como mostrou reportagem do Monitor do Mercado, os balanços foram aprovados “sem ressalvas” pela PricewaterhouseCoopers, ou PwC.

Entre as maiores do mundo, ela também “deixou passar” em suas auditorias as fraudes e desvios da Petrobras, descobertos na operação ‘lava jato’; e a situação insustentável da Evergrande, que colapsou o mercado imobiliário chinês.

Ela é uma das chamadas “Big Four”, ou seja, as quatro maiores auditorias do mundo, que são responsáveis por analisar as contas de quase todas as empresas que têm ação em Bolsa. E especialistas afirmam que elas podem ser responsabilizada por prejuízos causados a investidores, se ignoraram problemas nas contas.

Ao Monitor do Mercado, o presidente da Abradin (Associação Brasileira dos Investidores), Aurélio Valporto, disse já estudar medidas cabíveis junto à CVM e ao Ministério Público para apurar a responsabilidade dos auditores, e controladores (atuais e anteriores) no prejuízo que investidores terão.
 
“A primeira coisa que me chamou a atenção foi a absoluta incompetência dos auditores. Este fato lesa enormemente o patrimônio dos investidores e mina a credibilidade do mercado de capitais nacional”, afirma Valporto.

Também ouvidos pelo Monitor do Mercado, advogados especialistas na área de mercado de capitais apontam que a Americanas deve ter um longo e difícil caminho de disputas com seus investidores.
 Pedro Almeida, especialista em Contencioso Empresarial e Arbitragem no GVM Advogados, afirma que a responsabilização dos diretores e conselheiros é bem provável neste caso, mas dificilmente será suficiente para cobrir os prejuízos sofridos pelos investidores.
 
Como a legislação brasileira, ao contrário da estadunidense, não prevê a responsabilidade da própria companhia por danos causados pela sua administração, uma alternativa é pleitear a responsabilização dos auditores independentes, por se tratar de uma questão contábil. “No exterior, existem alguns precedentes que permitem cogitar essa possibilidade”, diz Almeida. 

OS 942 QUE CONTINUARÃO PRESOS E OS 464 QUE VÃO USAR TORNOZELEIRA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão de 942 pessoas acusadas de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília e liberou outros 464 suspeitos que estavam detidos nos presídios da Papuda (homens) ou da Colmeia (mulheres). A decisão ocorreu após a análise das 1.459 audiências de custódia com golpistas presos durante a invasão ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal ou no acampamento em frente ao quartel-general do Exército na capital federal.

Audiência de custódia é um ato do Direito processual penal em que o acusado por um crime, preso em flagrante, tem direito a ser ouvido por um juiz, ao qual cabe avaliar eventuais ilegalidades em sua prisão. Com base no relato dessas audiências, Moraes definiu quem seguirá preso e quem poderá responder ao processo em liberdade. A análise foi concluída nessa sexta-feira (20).

O Congresso em Foco publica, abaixo, a relação dos presos que tiveram suas prisões em flagrante convertidas em preventiva (sem tempo para acabar). Contra esses, segundo o ministro, há provas nos autos da participação efetiva dos investigados em “organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas”. Para ele, há evidências de que esses presos praticaram crimes de atos terroristas, inclusive preparatórios, associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado.

Presos que tiveram prisão em flagrante convertida em preventiva: * 

ABDIAS JOAQUIM DOS REIS 363.825.31553
ABIGAIL NUNES DA COSTA 550.292.21115
ADAILDO ALVES SANTANA 788.662.43191
ADAIR BEGNINI 015.993.85112
ADALTO DA SILVA ARAUJO 64489507
ADELIR ZOZ 65793927971
ADEMAR BENTO MARIANO 883.904.97972
ADEMAR GUINZELLI 679.944.82953
ADEMILSON DE SOUZA LOPES 108.827.95899
ADEMIR ALMEIDA DA SILVA 020.426.82497
ADEMIR APARECIDO BARIZON 824.008.90978
ADEMIR DA SILVA 023.570.08199
ADEMIR DOMINGOS PINTO DA SILVA 584.703.10097
ADENILSON ANTONIO DA SILVA 089.231.71832
ADENILSON DEMETRIO DE CORDOVA 004.691.47903
ADILMA MARIA CARDOSO 449.521.98472
ADILSON DAMAZIO DE OLIVEIRA 819.481.74120
ADRIANA ALVES DE ALMEIDA 148.855.15882
ADRIANA CAMARGO DA SILVA LEMES 813.100.99200
ADRIANA SALVADOR PLACIDO 081.671.67810
ADRIANO MARINHO STEFANI 327.320.31291
ADRIELE CRISTINA TRIGO 349.209.90831
AECIO LUCIO COSTA PEREIRA 146.867.09806
AGENOR PISETTA 47204907949
AILSON DA SILVA MOREIRA 031.215.36940
AILTON CARLOS DOS REIS 02843009936
AIRTON DORLEI SCHERER 952.321.68053
ALAN FONSECA DE OLIVEIRA LIMA
ALAN VICTOR CHAVES PEDROSO 043.875.00123
ALCEBÍADES FERREIRA DA SILVA 34515666134
ALDAIR BATISTA NOBRE 01091828202
ALDIR ARRUDA LINS 375.995.34172
ALEANDRO PENA 386.141.45896
ALESSANDRA CRISTIANE DOS SANTOS NASCIMENTO 129.035.47823
ALESSANDRA FARIA RONDON 001.767.18176
ALESSANDRA MALVINA TRINDADE MICHELE 035.472.33917
ALESSANDRO FERREIRA DOS SANTOS 00816439931
ALETHEIA VERUSCA SOARES 199.189.90848
ALEX JUNIOR DE TRINDADE COSTA 010.373.432.55
ALEXANDER DIEGO KOHLER RIBEIRO 022.965.36000
ALEXANDRE DA COSTA OLIVEIRA 02754555641
ALEXANDRE DE SOUZA MOREIRA 55878970015
ALEXANDRE FELIX DE LIMA 28772070803
ALEXANDRE HENRIQUE KESSLER 582.352.21187
ALEXANDRE LOPES RODRIGUES 00121671186
ALEXANDRE MACHADO NUNES 134.068.52807
ALEXANDRE MAGNO DA SILVA FERREIRA 034.096.47317
ALEXSANDRA APARECIDA DA SILVA 081.409.82660
ALFREDO ANTONIO DIETER 788.627.36991
ALICE NASCIMENTO DOS SANTOS 80852890168F
ALICE TEREZINHA COSTA DA COSTA 741.524.160 68
ALINE CABAL DIAS 371.789.14807
ALISSON ADAN AUGUSTO MORBECK 031.028.52165
AMARILDO RODRIGUES DA SILVA 036.162.68940
AMAURI SILVA 92466206668
AMAURI SOUZA FERRAZ 05906344888
AMILCAR MELO DE ARAUJO
ANA CAROLINA ISIQUE GUARDIÉRI BRENDOLAN 407.879.55876
ANA CAROLINA MARTE SILVA 136.342.04613
ANA CLÁUDIA RODRIGUES DE ASSUNÇÃO 682.900.55900
ANA CRISTINA DE ANDRADE CAMILO 054.302.12890
ANA DANTAS 123.049.63862
ANA ELZA PEREIRA DA SILVA 224.561.20191
ANA FLAVIA DE SOUZA MONTEIRO ROSA 1631468103
ANA MARIA ANJA CARDOSO 109.027.05857
ANA MARIA RAMOS LUBASE 104.394.27770
ANA PAULA BERNARDES 131.517.78623
ANA PAULA CONSTANTINO 092.298.67447
ANA PAULA DE MEDEIROS VIEIRA TRONCO 045.972.64639
ANA PAULA FAVERO DE OLIVEIRA 034.015.38659
ANA PAULA NEUBANER RODRIGUES 086.187.87604
ANA PAULA NOBREGA 233.309.78848
ANDERSON MARQUES MENDES 07010459142
ANDERSON ZAMBIASI 98602950004
ANDINEIA MARTINS 114.360.05760
ANDRE KELVIS PEREIRA DA CONCEICAO 042.225.95195
ANDRE LUIZ BARRETO ROCHA 666.995.25549
ANDRÉ LUIZ VILELA 750.004.40110
ANDREA ALVES BERNARDO RONCHI 658.374.87972
ANDREA BAPTISTA 191.543.54803
ANDREA MARIA MACIEL ROCHA E MACHADO 002.931.38685
ANDREIA ALVES DOS SANTOS 707.126.89249
ANGELO SOTERO DE LIMA 574.119.48934
ANILTON DA SILVA SANTOS 021.747.17220
ANTONIO CARDOSO PEREIRA JUNIOR 296.292.32839
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA 045.560.28671
ANTONIO CARLOS DE SOUSA 00294587659
ANTONIO CESAR PEREIRA JUNIOR 081.970.97688
ANTONIO FIDELIS DA SILVA FILHO 00831361425
ANTONIO FRANCISCO MOREIRA 756.750.21604
ANTONIO GENESIO FERNANDES DA SILVA 550.035.67553
ANTÔNIO GEOVANE SOUSA DE SOUSA 044.763.76223
ANTONIO LUCILANE DE LIMA 330.102.18320
ANTONIO LUIS DA SILVA 645.029.88553
ANTONIO MARCOS BARBOSA DA SILVA BRUNETTA 747.246.57987
ANTONIO MARCOS FERREIRA COSTA 902.414.01291
ANTÔNIO PLANTES DA SILVEIRA 033.634.89919
ANTONIO VALDENIR CALIARE 393.844.03172
APARECIDO JULIO OLIVEIRA DA SILVA 47508868153
APOLO CARVALHO DA SILVA 01900962683
ARACELI SCARTEZINI DONADELLO 028.884.81952
ARMANDO GOMES DA SILVA 252.789.32449
ARMANDO PRAUZE 49351818004
ARMANDO VALENTIM SETTIN LOPES DE ANDRADE 798.138.28153
ARTHUR DE LIMA TIMOTEO 437.382.42821
ARY MARCOS DE PAULA BARBARA 374.765.68540
BARQUET MIGUEL JUNIOR 138.856.39831
BEATRIZ DAIANE TOSTA LAUDINO 383.418.61801
BELCHIOR ALVES DOS REIS 090.231.05850
BENICIO VIEIRA DE SOUSA 329.810.74334
BERNARDO OLIVEIRA ANDRADE 009.561.44357
BRUNO GUERRA PEDRON 338.455.31878
BRUNO RIBEIRO DOS SANTOS MAIA 10786804696
BRYAN TIMER DE SOUZA 045.765.53054
CALONE NATALIA GUIMARÃES 063.603.24180
CAMILA MENDONÇA MARQUES 7180824941
CANDIDA MOREIRA BORGES FILIPAR 795.545.64934
CARLA BACK 013.940.34008
CARLA CRISTINA MACHADO 263.095.84855
CARLO ADRIANO CAPONI 04921907986
CARLOS ALBERTO DA SILVA NASCIMENTO 342.099.44866
CARLOS ALBERTO DOS SANTOS QUEIROZ 046.524.82507
CARLOS ALBERTO HORSTMANN 54776597934
CARLOS ALBERTO RAIMUNDO 788.894.48172
CARLOS ALEXANDRE OLIVEIRA 004.702.84080
CARLOS ANTONIO SILVA 52626644668
CARLOS EDUARDO BON CAETANO DA SILVA 832.656.00734
CARLOS EMILIO YOUNES 064.427.07806
CARLOS GASPARIN 01834421993
CARLOS ROBERTO HORSTMANN 547.765.97934
CARLOS ROBERTO SILVA SANTOS 272.297.04812
CARLOS ROGÉRIO COIMBRA 98746049134
CARLOS RUBENS DA COSTA 137.024.83691
CASSIUS ALEX SCHONS DE OLIVEIRA 60500814187
CECIL DE FARIA GARCIA 082.656.39880
CEILA MICHELE PILOCELLI 013.386.33150
CELESTINA DE MORAES AURELIANO 149.688.58893
CELINA MARIA PEREIRA DA SILVA 085.355.55838
CELSO FUHR 026.581.31151
CESAR LUIS TAVARES 441.175.23104
CEZAR CARLOS FERNANDES DA SILVA 464.185.20068
CEZAR SANTOS DE LIMA 850.431.84191
CHARLES MARQUES VICENTE MIRANDA 89555449520
CHARLES RODRIGUES DOS SANTOS 090.542.21712
CHASTINE JOSÉ FURTADO NOBRE 620.296.90910
CIBELE DA PIEDADE RIBEIRO DA COSTA MATEOS 486.293.67687
CIRNE RENE VETTER 990.968.11968
CITER MOTTA COSTA 026.284.27770
CLAUDEMIR APARECIDO BARBOSA MARTINS 116.566.75846
CLAUDETE APARECIDA TRISTÃO
CLAUDIA AUGUSTA GIOPPO FRANCO 167.913.17884
CLAUDIA DE MENDONÇA BARROS
485.669.81991  A INDICIADA
INFORMOU
CLAUDIA DELANI PONIKIERSKI BECHER 00375450947
CLAUDINEI PEGO DA SILVA 047.830.94659
CLAUDINEIA BEZERRA DE SOUZA 014.415.99100
CLAUDIO ANTONIO MESQUISTA PERALTA 404.215.46034
CLAUDIO AUGUSTO FELIPE 023.109.85880
CLAUDIO DA SILVA 066.255.98860
CLAUDIO SERVELIN 53915224049
CLAUDIOMIRO DA ROSA SOARES 551.422.81349
CLAUDIR GASPARIN 920.746.85904
CLAYTON COSTA CANDIDO NUNES 002.015.24180
CLEBSON DA SILVA NASCIMENTO 133.580.63852
CLEITON CORDEIRO GOUVEA DE SOUZA 07764749605
CLEODON OLIVEIRA COSTA 480.953.11472
CLERISTON PEREIRA DA CUNHA 807.756.91100
CLODOALDO CARDOSO SILVA OU CLODOALDO
CARDOSO DA SILVA 901.929.15134
CLODOALDO HENRIQUE 517.200.35920
CRISLEIDE GREGÓRIO RAMOS 063.781.08560
CRISTIANO ROBERTO BATISTA 251.287.37810
DAIANE MACHADO DE VARGAS RODRIGUES 025.268.35100
DALVIDES AIRES DOS SANTOS 48487643191
DANIEL DE OLIVEIRA ARAUJO 01627831240
DANIEL DOS SANTOS BISPO 031.296.35130
DANIEL FERREIRA DA SILVA 5223122682
DANIEL JOSE DE MAIO 196.744.67840
DANIEL LUCIANO BRESSAN 867.869.54200
DANIEL RODRIGUES MACHADO 991.862.68104
DANILO PEREIRA DE OLIVEIRA DOS SANTOS 368.373.94878
DARISA GORZIZA DA MAIA 036.696.04901
DARLEY SILVA NEVES 72787678220
DAVI ALVES TORRES 83648259172
DAVI ALVES VIEGAS DA SILVA 253.453.7806
DAVI EMANUEL PEREIRA DOMICIANO 300.001.48881
DAVI JESSE DA SILVA 855.969.14649
DAVID MICHEL MENDES MAURICIO 067.847.65940
DAVIS BAEK 221.198.94892
DAYANE SOARES DE CARVALHO SURGNOGNE 355.954.40848
DAYWYDY DA SILVA FIRMINO 082.551.88495
DÉBORA CÂNDIDA GIMENEZ 592.428.92149
DEBORA CHAVES SPINA CAIADO 313.993.42894
DEISE LUIZA DE SOUZA AGUIAR 097.561.66762
DELIA GONÇALVES DE OLIVEIRA GALLI 021.881.25908
DENISE DE ALMEIDA SANTANA 313.080.69898
DENISE DIAS DA SILVA 049.700.86451
DEUSAMAR COSTA 728.181.23453
DEVAIR HENRIQUE DA FREIRIA 252.099.58825
DIEGO EDUARDO DE ASSIS MEDINA 197.635.21000
DIEGO FABIO DALLABONA 4137271909
DIEGO RIBEIRO OLIVEIRA 032.398.44109
DIRCE GONÇALVES DOS SANTOS 098.319.65833
DIRCE ROGÉRIO 675.055.38934
DIRCEU RIBEIRO DA ASSUNSÃO 680.851.41949
DIRLEI RICARDO DE MEDEIROS 27218317200
DIVANIO NATEL GONÇALVES 756.078.59649
DJALMA SALVINO DOS REIS 802.332.79172
DOUGLAS AUGUSTO PEREIRA 09213391609
DOUGLAS RAMOS DE SOUZA 047.834.22680
DRILDO ALVES DE MELO 048.583.67851
DUARTE IRIAS FRANCO QUEIROZ 96972670144
DURCILENE PIRES DA SILVA 869.658.83120
DYEGO SANTOS SILVA 026.903.94570.
EDEMILSON DA CRUZ 045.183.03938
EDER APARECIDO JACINTO 601.365.61187
EDER ROCHA 254.576.46807
EDGAR COELHO DOS SANTOS 087.426.20899
EDILAINE CATARINA RONDON 705.947.16187
EDILSON PEREIRA DA SILVA 621.537.57649
EDIMAR APARECIDO MARTINS ESCANHOELA 276.745.23829
EDIMAR MACEDO E SILVA 777.724.74172
EDINEIA FATIMA DA SILVA SERGIO 032.390.03996
EDINEIA PAES DA SILVA DOS SANTOS 064.980.49960
EDIPO DA SILVA DOS ANJOS 040.725.39120
EDISLANE ALVES PEREIRA 025.137.38357
EDITH CHRISTINA MEDEIROS FREIRE 504.503.01400
EDLENE ROZA MEIRA 84678240268
EDMILSON DE SOUSA PEREIRA 602.578.03319
EDNA APARECIDA DE ARAUJO FRADE 027.835.80802
EDNA BORGES CORREA 512.536.90120
EDNA DIAS SALES 420.113.53220
EDNEIA PAES DA SILVA DOS SANTOS 064.980.49960
EDNILSON FEIZARDO DA SILVA 030.037.22646
EDRIEL MARTINS OLIVEIRA DE SOUZA FONSECA 116.102.74679
EDSON CARLOS CAMPANHA 016.628.59864
EDSON FERNANDES SOUZA DA SILVA
EDSON GONÇALVES DE OLIVEIRA 026.193.21603
EDSON MEDEIROS DE AGUIAR 278.120.43827
EDU MARCOS CORONEL 000.905.50960
EDUARDO ANTONIO ROCA 022.546.56805
EDUARDO GADOTTI MURARA 06780829951
EDUARDO LOPES PEREIRA 8502311913
EDUARDO ZEFERINO ENGLERT 985.696.94091
EDVAGNER BEGA 177.956.93865
ELEONOR CLAUDIO SORDI 487.921.79053
ELI DA SILVA RAMOS 894.130.16704
ELIANA PASSOS DA COSTA 7073634898
ELIANA TEIXEIRA GARCIA CIRIACO 121.842.42810
ELIANE DE JESUS DA SILVA OLIVEIRA 983.435.80087
ELIANE DE VARGAS SANTOS 296.424.20899
ELIAS ALVES DA SILVA 371.254.70807
ELIETE FERREIRA DE MORAES 469.093.62187
ELIETE NUNES 054.633.50981
ELISANGELA CRISTINA ALVES DE OLIVEIRA 655.102.59191
ELISANGELA MARIA DE JESUS MOURA 783.233.12168
ELISIANE LUCIA HARMS 061.976.35909
ELIZABETE BRAZ DA SILVA 041.742.74410
ELOIZA CHILEZE SOUZA LIMA 131.250.13836
ELYNNE GOMES DOS SANTOS LIMA RG 1379265 SSPDF
EMERSON LUIS TOFFOLI DE OLIVEIRA 167.991.34843
ERIC PRATES KOBAYASHI 452.525.13600
ERIC VINICIUS SILVA RIBEIRO 70282592695
ERICK PATRICK MIRANDA ARAUJO 04583420170
ERIEL VARGAS DE LIMA 021.185.23173
ERISVALDO GONÇALVES RODRIGUES 510.944.44472
ERIVALDO MACEDO 11832227855
ERIVAN BEZERRA GOMES 146.912.79890
ERIVELTON APARECIDO CANOVA 018.675.78913
ERLANDO PINHEIRO FARIAS 002.397.49154
ETELMA ASTROGILDA NAZARIO ROSA 033.465.16626
EUZENI ALVES DE SOUZA 060.711.70605
EVANDRA DO ROSÁRIO DE SOUZA 877.192.40600
EVANDRO ERICSON VIEIRA DE MEDEIROS 049.305.53636
EVANDRO EUGÊNIO DE MIRANDA 009.204.54640
EZEQUIEL DA SILVA LIMA DE ANDRADE 939.613.08268
EZEQUIEL DE OLIVEIRA SOUSA 364.722.55172
EZEQUIEL FERREIRA LUIS 928.446.26149
EZEQUIEL NOGUEIRA GOMES 974.08956972
EZIO GUILHERME DA SILVA 501.624.11634
FABIANA SANCHES DO PRADO 043.681.21694
FABIANO ANDRÉ DA SILVA 828.490.72672
FABIO ADRIANO MENEZES DO ROSÁRIO 827.578.87068
FABIO JATCHUK BULLMANN 943.336.53134
FABIOLA ROCHA DA SILVA 634.742.20268
FABRICIA LUCIA DA SILVA RODRIGUES 339.449.81898
FABRICIO DE MOURA GOMES 272.818.20860
FABRICIO NELIO FEITOSA 778.555.07191
FATIMA APARECIDA PLETI 015.246.56852
FATIMA DE JESUS PREARO CORREA 326.344.88890
FELICIO MANOEL ARAÚJO 843.803.14715
FELIPE DA SILVA ZAHAILA 009.487.35180
FELIPE DOS SANTOS 07769234980
FELIPE PERES NASSAU 003.032.51107
FELIPE ROSA MARQUES 414.319.11801
FERNANDO HENRIQUE FARIA 36582431803
FERNANDO KEVIN DA SILVA DE OLIVEIRA MARINHO 171.561.07763
FERNANDO PLACIDO FEITOSA 433.215.49832
FLAVIO RICARDO BIANCHINI KANBACH 251.810.21832
FRANCINE MARIA DE ASSUNÇÃO LOPES 085.222.69936
FRANCISCA ELISETE CAVALCANTE FARIAS 694.349.13268
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FRANCISCO CORREA DE MELO XAVIER 229.598.19802
FRANCISCO DE ASSIS PIMENTA 699.662.70625
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FRANCISCO KRUSE OLIVEIRA 017.106.69012
FRANCISMAR APARECIDO DA SILVA 030.142.29660
FRANCISMAR VIEIRA BEZERRA DA CRUZ 009.777.92102
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FREDERICO ROSARIO FUSCO PESSOA DE OLIVEIRA 259.215.09604
GABRIEL GORGOSINHO NOGUEIRA 063.458.76682
GABRIEL LUCAS LOTT PEREIRA 704.848.84689
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GENEILSON SANTANA DANTAS 82282099168
GENIVALDO CARLOS RAMOS 001.435.00171
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GERSON APARECIDO GOMES 568.840.60115
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GESILANE APARECIDA TEODORO DOS SANTOS 084.527.26678
GESNANDO MOURA DA ROCHA 021.720.71200
GIBRAIL PEREIRA DE SOUZA 280.664.72587
GILBERTO ACKERMANN 877.077.80949
GILCEMAR FARIA DE OLIVEIRA 906.810.61634
GILDEMAR LINS PIMENTEL JUNIOR 032.471.07711
GILMAR PROCOPIO RAMOS 007.355.35736
GILVA ESTRELA DA SILVA 052.465.27590
GILVAN RODRIGUES DOS SANTOS 699.020.54153
GIOVANNI CARLOS DOS SANTOS 274.624.67836
GISELE DO ROCIO BEJES 021.259.52963
GISLAINE ALVES VALENTIM DOS SANTOS 010.229.91965
GISLAINE DA COSTA CRUZ MEDEIROS 073.752.08921
GIVAIR BATISTA SOUZA 185.161.39867
GLAUCIA MARIA RABELO CRUZ 189.301.50845
GLAUCIO MOTA GONÇALVES 02655823931
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GLEIDSON DE ALMEIDA DIAS 001.401.74150
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GRACO MAGNUS MENDES 02045266044
GREICIELLE DUARTE DE ARRUDA 969.147.18172
GUIDO SCHMIDT 552.376.06920
GUILHERME CAZELLI CONDE 025.591.31170
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GUSTAVO BARCO RAVENNA 586.653.58234
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HAMILTON OLIVEIRA PIRES FILHO 015.844.52609
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HEDILZA ALVES SOARES 122.448.28832
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HILDEBRAND SANTIAGO SILVA 113.029.81676
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HUGO KENJI PRADO 05432152100
HUMBERTO FLANDOLI AZEVEDO 064.932.81830
IEDA FERREIRA ANDRASKI 023.498.43920
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IGOR HENRIQUE MIRANDA DOS SANTOS 372.448.10806
ILDO RECKZIEGEL DE SOUZA 06573493214
ILSON CESAR ALMEIDA DE OLIVEIRA 79096255100
INDIANARA CORREA 071.085.21938
INES IZABEL PEREIRA 084.284.728.66
IOLANDA VIEIRA OLIVEIRA 63979470504
IRACI MEGUMI NAGOSHI 183.405.36842
IRAÇUI DOS SANTOS 007.136.98098055
ISAIAS RIBEIRO SERRA JUNIOR 864.556.22510
ISMALEY WILLIAM BARBOSA 370.085.12864
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IVAIR TIAGO DE ALMEIDA 592.496.17100
IVAN MANOEL RECH 006.909.89997
IVANES LAMPERTI DOS SANTOS 703.784.36953
IVANETE VITALLI
IVANILDO ALVES DE BESSA 657.956.95220
IVANILDO DE FREITAS 031.215.36940
IVETE MICUANSKI SATURNIRO 946.725.63120
IVETT MARIA KELLER 431.028.59020
IVONAIDE PINTO 721.321.24604
IVONE GOMES DAS CHAGAS 270.907.10106
JACIRA DOS REIS MARTINS 882.624.05668
JACIRA MARIA DA COSTA SILVA 353.639.75149
JACKSON AUGUSTO DOS SANTOS 07157573423
JACQUELINE SPIRLANDELI 327.556.76833
JADERSON SCHNEIDER 04384179928
JAIME JUKENS 199.974.85904
JAIR DOMINGUES DE MORAIS 284.632.50149
JAIRO DE OLIVEIRA COSTA 582.700.43168
JAMERSON CASSIMIRO DA SILVA ALVES 123.397.43435
JAMES MIRANDA LEMOS 601.733.27400
JAMIL VANDERLINO DE SIQUEIRA 886.131.43172
JAMILDO BOMFIM DE JESUS 279.346.75100
JANAILSON ALVES DA SILVA 027.576.55205
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JEAN CARLOS FELSKI CONTE 033.807.86063
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JESSE LANE PEREIRA LEITE 115.660.43115
JHON MANOEL DE OLIVEIRA 072.327.03503
JOANDER PAULO ALVES OLIVEIRA 084.214.56644
JOANITA DE ALMEIDA 702.183.23620
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JOÃO ANTONIO PEREIRA 013.751.73197
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JOÃO BATISTA BENEVIDES DA ROCHA 256.527.29104
JOÃO BATISTA BORGES CORREA 443.842.54172
JOÃO BATISTA E SOUZA 486.776.12149
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JOÃO CARLOS LOURENÇO 03587669902
JOÃO DE OLIVEIRA ANTUNES NETO 103.541.77311
JOÃO EDUARDO ALVES NUNES 071.096.88925
JOÃO JOSÉ CARDOSO 370.439.43949
JOÃO LUCAS VALLE GIFFONI 054.041.39170
JOÃO LUIZ PONTES 030.384.74177

LUIZ FERNANDO DE SOUZA ALVES 004.018.61643
LUIZ GUSTAVO LIMA ARAUJO 004.309.56070
LUIZ LIMA COELHO 05336448125
LUZIA FRANCISCA DA SILVA 350.111.90200
LUZILENE MARTINS DE SA POMPEU 057.456.50869
MAGELIO PINHEIRO DA SILVA 064.315.51125
MAGNO JOSÉ DA SILVA 271.216.35836
MAILTON RIBEIRO SANTANA 931.420.72500
MANOEL FERREIRA DOS SANTOS 95410368134
MANOEL MESSIAS PEREIRA MACHADO 004.280.69177
MANOEL MISSIAS VIEIRA 04844695681
MARA FILOMENA TELO CASAGRANDA 810.545.64191
MARA RUBIA LIMA ANDRADE DOURADO 780.248.70134
MARCELO CANO 058.994.79906
MARCELO COSTI 159.032.78884
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MARCELO HENRIQUE CINTRA 32755676833
MARCELO HENRIQUE DA SILVA 072.569.76607
MARCELO LOPES DO CARMO 010.264.46163
MARCELO NAIA PULZATTO 136.617.64802
MARCELO SOARES KONRAD 930.516.11034
MARCIA AUXILIADORA RIBEIRO DA SILVA RODOLFO 283.587.70880
MARCIA DOS SANTOS 018.265.10966
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MARIA ALICE DE MATOS DA SILVA 662.415.45949
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REGINALDO SILVEIRA 502.792.70100
REGIS EDUARDO BELLATO
REINALDO PEREIRA DA SILVA 998.376.84372
RENAN FERREIRA SILVA 070.214.12592
RENAN MARTINS DOS SANTOS 020.565.51659
RENATA APARECIDA FERREIRA DE OLIVEIRA 015.770.04370
RENATA SOUSA MASSA 740.839.37572
RENATO FRAGA CAMPOS MATOS 10577323628
RENATO POFFO
RENATO RODRIGUES DE MELLO
RESSOLI PRAETORIUS DE MELLO 493.563.13091
REZILDA ALVES TORRES 165.822.93800
RICARDO CARDOSO DE ABREU 055.826.69671
RICARDO DUARTE OLIVEIRA 507.290.39900
RICARDO FERNANDES DA SILVA 024.547.22666
RICARDO PEDRO HAMMES 000.376.79066
RICARDO QUEIRÓZ COLOMBO 996.613.90100
RILVA CRISTINA GONÇALVES FERNANDES 601.054.53404
ROBERTA JERSYKA OLIVEIRA BRASIL SOARES 025.712.44388
ROBERTINA APARECIDA RAIMUNDO PROTATZ 543.515.96104
ROBERTO CARLOS RODRIGUES ANTONIO 013.88099179
ROBERTO SIMON 448.320.01000
ROBINSON LUIZ FILEMON PINTO JUNIOR 013.550.68169
ROBSON BARBOSA DA SILVA
ROBSON BATISTA NUNES 30487308859
ROBSON DOS REIS SOUSA 08336897704
ROBSON MAIKON DE OLIVEIRA 007.400.73192
ROBSON RODRIGUES BAIENSE 789.118.34734
ROBSON VICTOR DE SOUZA
RODISMAR REGASSE LIRIO 005.292.61766

RODOLFO COSTA MELO
RODRIGO BORGES DE CARVALHO 99774895649
RODRIGO DE FREITAS MORO RAMALHO 393.125.73802
RODRIGO DE OLIVEIRA BARBOSA 725.138.53687
RODRIGO FERRO PAKUSZEWSKI 4149539101
RODRIGO PEREIRA SANTIAGO 122.705.48906
RODRIGO VERANÊS VIEIRA 156.128.07805
ROGENNER FEITOSA LIMA 29413980829
ROGERIO CAROCA BARBOSA 299.390.62400
ROGÉRIO SOUZA LIMA 55436242553
ROMARIO GARCIA RODRIGUES 3457792313
ROMEU ALVES DA SILVA 62397354187
ROMILDE ROSA FERREIRA 586.716.17653
ROMILDO DA SILVEIRA 13475079810
ROMOALDO GOMES DA SILVA 030.362.97111
RONALDO FRAGA CAMPOS MATOS 10568932650
RONALDO RIBEIRO DO VALE 594.804.59272
RONEY DUARTE BOTELHO 876882.98687
RONIA DANIELA VIEIRA SILVA 049.908.63682
ROSA MARIA PINTO VANDERLEY 121.186.88857
ROSANA MACIEL GOMES 604.953.59149
ROSANA RUOTULO 577.106.19991
ROSANGELA MARIA DA SILVA 789.169.25649
ROSANGELA MARIA RONCONI 325.529.202068
ROSE SELMA DA COSTA SANTOS 395.855.06149
ROSELI APARECIDA DE ARAÚJO 764.130.0464
ROSELI FRANCISCO DE PAULA 159.770.44828
ROSELI TEODORO SOUZA FELIPE 892.977.76604
ROSELY PEREIRA MONTEIRO 881.442.16172
ROSEMAR DELLALIBERA 95599177904
ROSEMARY CAETANO DE FREITAS 806.054.78104
ROSEMEIRE APARECIA MORANDI 12024019889
ROSILDO FRANCISCO DE JESUS SANTOS 482.461.66549
ROSILEI RODRIGUES 611.911.40920
ROSINEIA DA SILVA AMARAL 021.576.57100
RUAN KLEITON RIBEIRO 107.564.20601
RUDINEI DE LIMA SOARES 997.804.37053
RUTH CAETANO DOS SANTOS 516.165.21104.
SABRINA SILVA DOS SANTOS 702.726.02205
SANDRA ANDRE VELOSO 02090157992
SANDRA DOS SANTOS CARVALHO 174.092.71841
SANDRA GAVIRAGHI 893.073.560.68
SANDRA MARIA MENEZES CHAVES 248.249.06857
SANTA DA SILVA 270.495.00737

SARAH GABRIELA OLIVEIRA MESQUITA 009.476.97101
SAULO PEREIRA DA SILVA 623.935.53134
SAULO SILVA EVANGELISTA
SAVIO WALLAS DE CARVALHO SILVA 03934523285
SEBASTIÃO DAMASCENO MAIA 874.325.95615
SEBASTIÃO JOSÉ BEZERRA NETO
SERGIO ALEXANDRE COELHO 498.041.62172
SERGIO AMARAL RESENDE 654.728.45653
SERGIO ANTONIO DA SILVA 615.178.60920
SERGIO CAETANO MINATTI 763.403.84900
SERGIO DE OLIVEIRA CARVALHO 120.714.28838
SERGIO DE SOUZA MAGALHÃES 976.022.64649
SERGIO LOPES CARVALHO 678.414.81268
SHARA SILVANO SILVA 462.69875838
SHEILA MANTOVANNI 260.716.92830
SIDEIR CASSIANO 028.366.36939
SIDERSINO PEREIRA DO NASCIMENTO 361.590.42149
SIDINEI KIST 353.001.67134
SIDINEI PEREIRA 816.876.21187
SIDNEIA XAVIER GOMES 496.215.56104
SIDNEY MACHADO 027.786.32956
SILAS JANUARIO LIMA
SILVANA CATAO DE PAULA 665.214.75649
SILVANE MACHADO DE VARGAS PAULA 875.475.46153
SILVIA ADRIANA NOGUEIRA DOS SANTOS 16866119863
SILVIA AMANCIO DE OLIVEIRA 026.365.44194
SILVIA CRISTINA NUNES DE CASTRO 504.527.20125
SILVIO CRISPIM VITORINO 429.311.85191
SILVIO DA ROCHA SILVEIRA 590.62878091
SILVIO SEMPRINI JUNIOR 053.482.02800
SIMAR SIDNEI DA SILVA 941.439.78091
SIMONE LOPES DE SOUSA 092.010.88655
SIMONE MACEDO 543.473.51534
SIMONE NUNES DE CERQUEIRA GUIMARÃES 17187334885
SIMONE PEREIRA DE OLIVEIRA LOPES 852.908.31134
SINTYA RACHEL DE FARIA ERTHAL 584.700.26100
SINVAL LAGASSE 36948519253
SIPRIANO ALVES DE OLIVEIRA 960.119.80163
SIRLEI APARECIDA ALVES 647.812.24687
SIRLENE DE SOUZA ZANOTTI 149.699.48844
SIRLEY ELAINE DE SOUSA 625.211.87291
SONIA MARIA STREB DA SILVA 529.394.48000

STEPHEN ALVAREZ SAMPAIO 405.518.23844
SUELI APARECIDA DE SOUZA RAMOS 190.406.62835
SUSI RENATA BITTENCOURT AFFONSO PAES LEME 113.835.81770
SUZANA DA ROLD 930.780.48934
TADEU DO PRADO LOPES 226.390.91840
TALITA GABRIELA DE SOUZA 035.056.47101
TAMIRES CORREA PEIXOTO KRAHN 024.395.72039
TANIA MARIZA BALDIATI MACHADO 445.991.97087
TATIANE DA SILVA MARQUES 001.675.43016
TELMARIO ARAUJO SOBREIRA 010.813.98248
TELMO ALEXANDRE PEREIRA DE OLIVEIRA APARECIDO 703.145.69162
TELMO JOSÉ REGINATTO 925.110.3100
TELMO ROBERTO ESMALA 019.067.00966
TEREZINHA LOCATELI 985.578.15700
THAISE APARECIDA RIBEIRO 09249132662
THAYNA MHERY ALVES DE OLIVEIRA 014.168.37603
THAYNA VALERIA DUARTE OLIVEIRA 132.372.23433
THEREZA HELENA DE OLIVEIRA SOUZA SENA 756.106.39620
THIAGO DE ASSIS MATHAR 218.117.54899
THIAGO DOS SANTOS SILVA 032.083.96139
THIAGO LAUDINO 401.783.24825
THIAGO QUEIROZ 037.507.78639
THIAGO TELES DE TOLEDO 019.127.01138
TIAGO DOS SANTOS FERREIRA 047.850.69104
TIAGO MENDES ROMUALDO 120.998.95732
TIAGO PEREIRA DO NASCIMENTO 4596339376
TIAGO PINHEIRO DE SOUZA 072.893.77605
TIAGO RENAN BORGES PEREIRA 040.993.39106
UELITON GUIMARÃES DE MACEDO 052.258.30757
ULISSES FREDDI 150.222.92858
ULISSES WANDERELEI DE DEUS 634.800.77668
VALDEIR PASQUINI 013.869.17206
VALDERI LIMA DA SILVA 939.656.13120
VALDINEI MARÇAL BRANDÃO 98820982668
VALDIR FRANCISCO DE SOUZA 391.107.29100
VALERIA GOMES MARTINS VILLELA BONILLO 606.598.23187
VALMIRANDO RODRIGUES PEREIRA 707.546.75149
VALTER CORREIA FERNANDES 345.210.11187
VANCLEIA LIMA DE OLIVEIRA 006.155.85590
VANDER ALVES DIAS
VANDERLEI RODRIGUES ROSA 006.110.52601
VANDERLEY DE ALMEIDA CABRAL 650.840.80200
VANDERSON AURELIANO MENDES 014.531.58600

VANESSA DA SILVA SANTOS 046.804.00137

VANESSA HARUMI TAKASAKI 292.441.57802
VANESSA MAYARA LOPES DA SILVA 048.733.68103
VANESSA RODRIGUES DA CONCEIÇÃO 014.899.60600
VANESSA ZAPPONI DE CARVALHO 286.663.85812
VERA LUCIA DE OLIVEIRA 452.447.40644
VICENTE CAVALINI FILHO 715.374.06949
VILDETE FERREIRA DA SILVA GUARDIA 703.851.14834
VILMA TEIXEIRA DE OLIVEIRA 487.772.77104
VILSON HOBOLD 57065560910
VILSON ROGERIO ANTOS AMORIM
VINICIUS ALVES CANDEIA 029.182.78378
VINICIUS CASSIANO RODRIGUES 723.884.47372
VITOR MANOEL DE JESUS 518.634.88804
VITORIA JOFRE RODRIGUES 204.253.68220
VIVIANE DE JESUS CAMARA 085.671.22724
VIVIANE DOS SANTOS 360.976.62807
VIVIANE MARTIMIANI NOGUEIRA 339.730.76863
VIVIANE SILVA DE OLIVEIRA 358.723.75816
WAGNER SILVESTRE DA SILVA 363.009.09824
WALACE BARBOSA DA SILVA 057.707.68762
WALMIR BLASIUS 395.312.60168
WALTER JEFFERSON DA SILVA 352.23810848
WANDERLEY DA SILVA 811.349.59915
WANDERLEY GARLAK 601.055.18972
WARLEY MAGALHÃES 060.418.13613
WATLILA SOCRATES SOARES DO NASCIMENTO 080.106.95645
WELIGTON BRAGA DE SOUSA 05317392608
WELLINGTON DA SILVA NUNES 10934778493
WELLINGTON LUIZ FIRMINO 377.044.99831
WELYSON DEYLER AMARAL DOS SANTOS 027.845.96176
WEMERSON ALVES DE SOUZA 021.453.80523
WENDERSON LUIZ BRANDÃO BARROS 621.049.37345
WESDRA SANTAREM MAZZEGA 078.609.79730
WESLEY DA SILVA FERREIRA TAVEIRA 036.329.83208
WHEROILTON PEREIRA DE CASTRO 063.013.18480
WILIAM NEVES GUIMARÃES 339.289.05880
WILLER GOMES JUNIOR 70976325691
WILLIAM PEDROSA SANTANA 03044154219
WILLIAM PIRES OLIVEIRA 046.663.39558
WILLIAN FONSECA AMORIM 008.442.72647
WILSON FERNANDO GOMES 494.252.00106
WILSON NUNES DE AGUIAR 020.107.45752

YAN SOUZA SOBRINHO 00955609127
YGOR SOARES DA ROCHA 608.913.04355
YURI LUAN DOS REIS 017.274.81275
ZILDA ANTONIO DE JESUS 016.660.34142

* Nome e CPFdivulgados pelo STF

Soltos, mas com restrições

Moraes também concedeu liberdade provisória a outros 464 presos. Segundo ele, embora haja fortes indícios de participação dessas pessoas nos crimes a ela atribuídas, ainda não foram juntadas provas da prática de violência, invasão dos prédios e depredação do patrimônio público contra elas. Os acusados terão de usar tornozeleira eletrônica e obedecer a uma série de restrições, como suspensão imediata de qualquer documento de porte de arma de fogo, proibição do uso de redes sociais e de comunicação com outros envolvidos e entrega de passaportes.

Ele considerou que, nesses casos, há provas nos autos da participação efetiva dos investigados em “organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas”. Para o ministro, há evidências de que esses presos praticaram crimes de atos terroristas, inclusive preparatórios, associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado.

Veja a lista dos presos liberados mediante medidas cautelares: *

ANTONIO MARCOS FERNANDES DE CARVALHO 025.325.17298
ANTONIO MARQUES DA SILVA 686.335.48291
ANTONIO SCHARF FILHO 472.152.75949
APARECIDA RODRIGUES DO NASCIMENTO 052.910.49898
ARILSON LUIZ XAVIER 897.396.12687
ARIOLDO RODRIGUES JUNIOR 248.923.60244
ARLINDO SANTAROSA 076.625.87851
ARNALDO JOSÉ BACK 70472289934
ARTHUR ANDRE SILVA MARTINS 70003225194
ARTHUR SANTOS DE SOUZA 11918839735
BARBARA ANGELICA SILVA 099.610.08650
BEATRIZ DE FATIMA MOREIRA DE SA 573.732.30644
BRAYAN LUCAS DE OLIVEIRA COSTA 47407796840
BRUNA CRISTINA ZARAMELLA 007.442.511.09
BRUNO EDSON GABRIEM MONTEIRO MARINHO 113.303.06708
BRUNO SIMÕES GOBBI 061.588.90145
BRUNO SOARES CASSEMIRO 090.886.09430
CAMILA ALVES SILVA OLIVEIRA 433.199.66898
CANDIDO JOSÉ GOBBI 349.807.92200
CARINE EDI NICOLAU 004.642.820.80
CARLOS AIMORE PEREIRA FIRPO 446.098.25015
CARLOS ALBERTO PLACIDO 082.494.71857
CARLOS ANTONIO EIFLER 555.084.48004
CARLOS DANIEL ARAGÃO DE ARAÚJO 295.296.93885
CARLOS IBRAIM GOMES 793.806.11668
CARLOS RENATO DE SALES MASSUCATO 03401860623
CASSIANO ALVES DOS SANTOS 03158132028
CECILIA BARROSO DA COSTA 028.324.76309
CELIA REGINA PEREIRA 751.197.22920
CELINA DA SILVEIRA DOMINGUES 108.582.06889
CESAR AMARO DA SILVA 27982341829
CIRLENE RABELO DE ARAUJO FREITAS 150.802.72856
CLAUDIANE PEREIRA DA CONCEIÇÃO 047.242.97441
CLAUDINEI ASSUNÇÃO ALBUQUERQUE 442.225.64188
CLAUDIO FERNANDO GONÇALVES 925.335.66772
CLAUDIR FRANCISCO DOS SANTOS 002.167.41165
CLEBER PEREIRA DA SILVA 04303664693
CLEONICE MACHADO DE VARGAS 028.957.89142
CLEVERSON GODOFREDO DE ARAUJO 715.454.76934
CLOVIS MARTINS DO NASCIMENTO 764.756.97672
CLOVIS PIEROTTI DE OLIVEIRA 673.645.00987
CRISTIAN SIMÕES GOBBI 027.405.60206

CRISTIANE BARBOSA FERNANDES 755.834.70925
CRISTIANE DA SILVA 087.083.91955
CRISTINA MOURA DUARTE 901.943.30672
DAEGO DA COSTA SANTOS DE SOUZA 346.822.53859
DALVINA SEVERINO DE QUEIROZ 317.824.77187
DANIEL NATALICIO GONÇALVES 862.320.37120
DANIEL PEREIRA DE ALMEIDA 76265838172
DANIEL SOARES DO NASCIMENTO 368.259.36832
DANIELA GONÇALVES BRANDÃO 294.611.65811
DANYELE KRISTY SANTOS RIOS DA SILVA 011.066.33229
DARLENE DA SILVA COSTA 395.61216515
DARLLEN BOTELHO DE SOUZA 052.260.25688
DAVID ZEFERINO MOREIRA 190.967.24836
DEIBE REGINA DA SILVA CAVALHERO 902.976.36987
DEIVISON BARBOSA LOPES 058.787.23654
DEIVISTON DA SILVA RIBEIRO 11796165700
DIEGO GUANABARA CORREA SCALONA 370.183.22855
DIEGO HAAS 01229239014
DIOGO DENIZ FEIX 01186162007
DIOVANA VIEIRA DA COSTA 049.505.88079
DIRCEU LUIZ SCHABARUM 71586792920
DITTER MARX 505.508.20020
DONIZETE PAULINO DA PAZ 38547929134
EDEMILSON GOMES DA SILVA BISPO 911.009.92200
EDENILSON CAETANO FERREIRA 833.450.86700
EDENILSON CARDOSO DA SILVA 026.917.56955
EDENILSON CESAR DE SOUZA 29178660807
EDER HENRIQUE OLIVEIRA DA SILVA 36244765800
EDERSON PEREIRA DA SILVA 169470105
EDGARD OSMAR BENTO 29950068835
EDIGLEUMA MARIA DA ROCHA 976.955.64320
EDILAINE DA SILVA SANTOS 335.631.96800
EDILSON SURNOGNE 21526642808
EDMILSON GOMES DA SILVA BISPO 911.009.92200
EDMILSON NASCIMENTO SOARES 064.267.64450
EDNA VALENTIM JANUÁRIO 111.415.79880
EDSON FICHER SABINO 315.280.88875
EDUARDO CAVANHOL 044.261.33117
EDUARDO LINS SANTOS 01820470164
EDUARDO MOTA DOS SANTOS 353.721.30857
EDUARDO WEISS 701.267.98087
ELAINE FERREIRA GONÇALVES 024.674.79196
ELIANE DE FÁTIMA APARECIDA DE SOUZA 259.525.67851

ELIANE GONÇALVES PEREIRA 940.724.34191
ELIANE OELKE 631.760.50178
ELIANE VIEIRA DA SILVA SOUZA 02466616157
ELIEL ALVES 890.324.89100
ELIELSON DOS SANTOS 01975859570
ELISANGELA DOS SANTOS VITORIO 177.525.56890
ELISEU SANTOS DE JESUS 857.906.34508
ELISMAR GOMES DOS SANTOS 005.768.77220
ELIVONETE PEREIRA DE SOUZA NUNES 770.478.69115
ELIZABETE GOMES DE ANDRADE FREDDI 080.728.188.30
ELIZANDRA DOS SANTOS RODRIGUES 005.174.12020
ELIZEU PAULO RIBEIRO 00712885978
ELY GRECO 484.053.53615
EMERSON COSTA 00550062050
ERNANE RIBEIRO DE SOUZA 076.982.39632
EVERALDO JOSÉ MARCONSINI 702.380.90906
EVERTON STREPPEL SEGALA 97114570082
FABIANO DA SILVA 00459649981
FABIO ALVES BARBOSA 266.674.12811
FABIOLA DO NASCIMENTO 917.348.78487
FABRICIO KUWANO PALUDETO 213.973.60879
FABYANA ALVES DOS SANTOS PINHEIRO 018.466.51166
FATIMA JECELE MAGON 487.921.520.15
FERNANDO BATISTA LEMES 689.728.22191
FERNANDO EURICO BEVILAQUA 021.257.60975
FERNANDO MENDES TATTERO 370.136.75822
FERNANDO SILVA SALGADO 075.898.11718
FERNANDO VIEIRA PINTO COELHO 74769022620
FILIPE CERQUEIRA DE SANTANA 068.872.51558
FLAVIA DE MEDEIROS ARDOVINO ROSA 081.841.34762
FLAVIA SOARES PEREIRA 659.785.365.20
FLAVIA VIANA DOS SANTOS 038.800.32190
FLAVIO BELTRÃO SOLDANI 8804701862
FRANCELI SOARES DA MOTA 608.669.93134
FRANCICLEIDE DE PAULA SOARES MENEZES 012.388.56128
FRANCISCA IVANI GOMES 107.260.76465
FRANCISCO IDEVAN RODRIGUES 600.120.50350
FRANCISCO OLIVEIRA GERMANO 12272428835
GABRIELLA DE SOUZA 703.219.52618
GABRYELLE COSTA ESTANISLAU PEREIRA 109.094.03430
GEFERSON GUALBERTO DO NASCIMENTO 471.118.66852
GENIL TREVIZAN FERNANDES 007.685.12735
GENILSON PEREIRA FIGUEIREDO 522.386.10197

GERALDO PEREIRA DA SILVA FILHO 034.052.24705
GESILANE DA SILVA BORGES 689.53470110
GILBERTO EDUARDO DE SOUZA 109.069.09830
GILMAR DOS SANTOS
GILMAR VIEIRA DA SILVA 565.674.64615
GILSON DA SILVA MATTOS 558.789.70015
GISLAINE CARINA DE O. MENDONÇA 128.825.99811
GIUSEPPE ALBUQUERQUE SANTOS 350.665.39468
GLÁUCIA NADINE PIMENTEL 006.727.28001
GLEICIANY DIOGO DE SOUZA 023.337.70180
GRACIELLE VILELA LEMES 058.303.69613
GUTEMBERG MOZART MIRANDA 670.409.93600
HARLEI MARCOS CITTADINO 255.327.24806
HENRIQUE OZANA DE OLIVEIRA SOUZA CORREA 02064703632
HERMETSON ANTONIO VASSOLER 822.836.05172
IARA SOLANGE SOARES GIMENES 062.023.61832
IGOR DIVINO 704.115.35170
IGOR GUSTAVO DA SILVA BARROS 6297193142
ILVANA FRANCISCA DA SILVA 024.266.64712
IRACI GASPARIM 732.582.70910
IRANILTON SOUZA DA SILVA 026.939.62501
IVAN DANTAS * CPF igual ao 571 (IVAN SANTOS) 017.049.86540
IVAN SANTOS 017.049.86540
IVANETE BARBOSA DE ARAUJO CAPELASSI 667.438.77175
IVANILDE GONÇALVES DE OLIVEIRA 655.010.04615
IZAIAS ROBERTO DA SILVA 123.413.16840
IZAQUIEL CRUZ FERNANDES 037.403.53341
JACKSON URIEL DE SOUZA VIEIRA 022.052.43276
JACSON DOUGLAS BIAZUS 862.379.939 91
JAIR ROBERTO CENEDESI 609.988.73934
JAIR VALENTE 3762928908
JAIRO ALOIZIO DE FRANÇA 428.174.71172
JAIRO MACHADO BACCIN 627.961.00049
JANE KEL PINHEIRO BORGES 530.317.09187
JEAN CARLOS BARBOSA 078.472.36990
JEAN GUIMARÃES DOS SANTOS 05453756144
JEDIEL DE SOUZA LAU 4619405906
JEFERSON FRANÇA DA COSTA FIGUEIREDO 04260019155
JEFFERSON PACZKOSKI COMPAGNONI 3494108285
JEFFERSON WERNIER SILVEIRA 98241133049
JENNIFER CRISTINA FERREIRA MARTINS 014.704.22670
JEOVÁ CONCEIÇÃO DOS SANTOS 804.726.99172
JEREMIAS RODRIGUES MELLO 7845616915

JESIEL RODRIGUES DOS SANTOS 00391900137
JESILDO DE OLIVEIRA LACERDA 407.903.55515
JESSÉ DE OLIVEIRA VICENTE 23062721820
JOÃO ALVES RIBEIRO 069.745.68894
JOÃO BATISTA DA COSTA 801.253.01120
JOÃO BATISTA DE CASTRO 115.322.11104
JOÃO BATISTA GAMA 503.072.09828
JOÃO BATISTA GOULART 528.318.25091
JOÃO BENEDITO RODRIGUES 057.820.26898
JOÃO CARLOS DE MORAES 754.286.79972
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA 045.843.52879
JOÃO MARCELO DA ROSA 045.392.98690
JOÃO MARCIANO DE OLIVEIRA 943.614.87634
JOÃO MOISÉS RITTA REGES 503.970.10044
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA 402.984.51859
JOÃO RAIMUNDO SOBRINHO 208.453.16915
JOÃO RAMÃO MORAES DINIZ 344.957.97034
JOEL MURU CHAGAS MACHADO 74826239068
JOEL TORQUATO DE SOUSA 350.370.60893
JOHNNY VIEIRA DE ARAUJO SNICHELOTTO 98150715134
JONASTANIEL CAPISTRANO 117.761.05907
JONY FIGUEIREDO DA SILVA 663.175.252.34
JORGE JAQUES DA SILVA 871.185.64087
JORGE RODRIGUES CUNHA 304.851.45898
JORGE ROGERIO CORRER 34824892899
JOSE ALENCAR REICHERT 603.043.24000
JOSÉ CARLOS DA SILVA SOARES 087.842.47410
JOSÉ CARLOS MARTINS 913.481.02187
JOSÉ CARLOS NOGUEIRA ALVES 09554267827
JOSE CEZAR DUARTE CARLOS 100.317.52608
JOSÉ FERREIRA DA SILVA FILHO 677.712.11453
JOSÉ ISAIAS DA SILVA 063.777.55899
JOSÉ MACHADO DE SOUZA 841.912.44604
JOSÉ MESSIAS VALÉRIO 046.579.70836
JOSÉ ROMILSON MAGALHÃES FARIAS 255.955.24855
JOSEANE NEVES EVANGELISTA 002.898.40562
JOSENEIDE MARTINS SILVA 001.824.88373
JOSENETH SOUSA DO NASCIMENTO 441.954.19387
JOSEVALDO RAIMUNDO DA SILVA 422.673.74587
JOSIANI VARGAS DE FREITAS 347.297.91860
JOSIEL MAGNO CENSI 066.918.42928
JOSIMARA RODRIGUES DE BRITO 814.438.46104
JUARY CORDEIRO DE ARAÚJO 497.838.94587

JUCELAINE DA CUNHA LIMA 840.846.00997
JUCENARA TABORNA CANABARRO 022.565.15990
JUCENIR CRISTINA SOUZA OLIVEIRA DOS SANTOS 871.873.96104
JULIANA APARECIDA GUIMARÃES COIMBRA 04649650631
JULIO CESAR DE OLIVEIRA CISCOUTO 098.528.326.20
JULIO RICARDO ALONSO 071.264.137/85
JULISMAR ANDRADE DE SOUSA 03413860143
JUSIAS GONÇALVES GURALSKI 099.145.29925
JUSSARA INEZ BRAZ 042.535.83997
KARINA ROSA DOS REIS 045.052.90611
KARINE DE PAULA SILVA MARTINS 003.884.94107
KELIN ALVES DE LIMA 021.602.28001
KENEDY MARTINS COLVELLO 101.749.14662
LAZARO ANTONIO DO PRADO 5643321866
LEANDRO DO NASCIMENTO CAVALCANTE 962.323.23149
LEONARDO PESSOA DE LIMA
LEOZANGELA ALMEIDA ANIOLA 344.852.39034
LESLIE SOBRADIEL GAUNA 72937580904
LILIA CRISTINA DE REZENDE 077.234.01305
LINCOLN DA SILVA EUGÊNIO 847.346.63300
LINDOLFO DE OLIVEIRA 08353120895
LIVIA SOARES PEREIRA 052.552.076.75
LOURIVAL DA CONCEIÇÃO 705.308.15591
LUCAS DE JESUS LIMA 14429516723
LUCAS HELIAM SABINO 12419918983
LUCIANA FASKOMY DORIA 584.297.60563
LUCIANA RAIMUNDO 555.720.65153
LUCIANO DA SILVA 149.902.56883
LUCIANO DOS SANTOS ROSSI 9188432866
LUCIANO MELO DE SOUSA 01594805404
LUCIENE MOURA DA SILVA ROCHA 408.822.33220.
LUCINARA RODRIGUES 010.427.82776
LUIS CARLOS DE CARVALHO FONSECA 039.268.60820
LUIS CARLOS DE SOUSA FERREIRA 372.302.63204
LUIZ ANSELMO DA SILVA 47164158991
LUIZ CARLOS ALVES 030.735.42612
LUIZ FERNANDES VENANCIO 025.602.33606
LUIZ HENRIQUE DOS ANJOS 339.658.89168
LUKAS MATHEUS DE SOUZA FELIPE 119.304.08684
LUZIA FERREIRA DA SILVA 884.686.23172
MACDAIWIS ALVARENGA DE ALMEIDA 034.918.47630
MADALENA SEVERO DOS SANTOS 785.860.62120
MAGDA ELIANA LIMA 122.471.15802

MANOEL MESSIAS DE OLIVEIRA 290.923.94890
MANUELA SOUZA DE LIMA 054.514.64022
MARCELA TATIANE DE OLIVEIRA SANTOS 330.944.29858
MARCELO ALBERTO RECH 88312968091
MARCELO AREIAS DOS SANTOS 77761332568
MARCELO DA SILVA VALADÃO 633.615.15653
MARCELO TRENTIN MEIRELLES 346.564.70015
MARCIA APARECIDA FERREIRA 108.957.27943
MARCIA BEATRIZ SILVA 94794723687
MARCIA MARIA DA SILVA 055.332.74960
MARCILENE GAMA NUNES 896.848.69134
MARCIO ANTONIO BIAZUS 014.406.669 62
MÁRCIO GOMES DE OLIVEIRA 976.975.59153
MARCIO JOSÉ SANTIAGO 042.302.75900
MARCOS ANDREY BASSANNESSI DE OLIVEIRA 07079329981
MARCOS FELIPE FERRARI BASTOS 055.499.40701
MARCOS FERNANDO DE OLIVEIRA COSTA 621.955.73370
MARCOS PEREIRA 00907519903
MARCOS ROBERTO PAULO 18810257804
MARCUS VINICIUS DE JESUS ROSA 44081334854
MARGARETH MELLA MARINHO 790.544.47915
MARIA APARECIDA BARBOSA FEITOSA 840.333.201.72
MARIA APARECIDA DA SILVA 015.269.38405
MARIA APARECIDA POLEZA 924.111.93904
MARIA DE FÁTIMA ALMEIDA BARROS 779.037.68191
MARIA GLEIDE SILVA DO NASCIMENTO 489.132.35404
MARIA IZABEL BANDEIRA 843.877.00963
MARIA SILVELI TEIXEIRA LIMA 655.010.04615
MARIA VIRGINIA DE SOUZA AGUIAR 538.593.40549
MARINALVA FERREIRA DE LIMA 005.274.29970.
MARIO JOSÉ OTT 62796917991
MARISA DE FATIMA RENNER 673.668.80000
MARISA FRANCO MAIA 556.356.36691
MARLOS JANUTT 10457973757
MARTA BASTOS DIAS 081.090.48889
MATHEUS DA SILVA GOMES 05713878104
MATHEUS SOUZA MURBACH 04445563200
MAURICIO DO NASCIMENTO BATISTA 68605293420
MAURICIO ONEZIMO JACO 90824768604
MICHEL PLATTENY DA SILVA 997.619.39120
MICHELA BATISTA LACERDA 513.783.53234
MICHELE DE SANTIS 259.261.62840
MIGUEL CARLOS VENANCIO 028.213.47600

MIRAMAR FERREIRA CAMARA 545.776.59115
MIRIAM DE CARVALHO 948.813.67900
MIRIAN GLADIS LEHMANN 000.255.43059
MISAEL ROSA DA SILVA 96715057249
MOEMA ANUTE DE LIMA CARIOCA
MONICA GONÇALVES ARANGIO 134.629.17803
MONICA TANIYAMA DE BARROS 191.077.13843
MURILO FELIX DE OLIVEIRA 177.243.15833
NAILZE APARECIDA RIBEIRO DA SILVA 127.008.81818
NATHAN THEO PERUSSO 097.604.24959
NAYARA SANTANA DE ARAUJO 47647638858
NAZARÉ DA GRAÇA MOUZINHO MODA 140.447.49272
NILSON SALTARELLO DE AGUILAR 254.825.02880
NOEL DE OLIVEIRA 03184694992
NOELZA SOARES BRAGA LIMA 459.063.86572
NOEMIO LAERTE HOCHSCHEIDT 535.232.61015
NOEMY CRISTALDO LEITE 353.680.98120
NUBIA TANIA PAIM TAVARES DA COSTA 047.608.74739
ODETE CORREA DE OLIVEIRA PALIANO 732.685.00978
ODILSON DOS SANTOS CONCEIÇÃO 57079897149
OTONIEL FRANCISCO DA CRUZ 994.366.20500
OZANA FERNANDES DE OLIVEIRA 734.199.90200
PAMELA LUANA MISSIO 048.081.59929
PAULO ALVIS DOS SANTOS 556.569.60110
PAULO CESAR PASTEGA 309.654.14850
PAULO FIRMO CINTRA 14115702869
PAULO JORGE GOMES 719.294.44320
PAULO ROBERTO ALVES DA SILVA 100.864.15883
PEDRO ROBERTO NUNES CAMPOS 744.254.39368
PRISCILA RAMOS DE JESUS SANTOS 047.021.39576
RAFAEL CESAR LOPES OLIVEIRA 010.454.68320
RAFAEL RAMOS DINIZ 002.371.05004
RAFAEL RODRIGO ZARTH 039.170.15099
RAIMUNDO JOSÉ SARAIVA TORRES 225.737.18875
RAPHAEL SOUZA LOPES DE ABREU 10114307709
RAQUEL MARTINS DOS SANTOS 728.182.04615
RASANEIDE RODRIGUES SOUZA 512.593.54504
REGIANE DO NASCIMENTO MONTE MOR 044.155.14677
REGINA APARECIDA SILVA 306.308.51204
REINALDO DE SOUZA PAULA 386.298.79220
RENATA DIAS FUHR 023.388.33120
RENATA MARIA DA CRUZ 159.486.60826
RENATA MARIA DIAS PEREIRA 016.027.37738

RENATO MARCHESINI FIGUEIREDO 31203417896
RICARDO AUGUSTO BOCK 605.938.49000
RICARDO DE ARAUJO MADUREIRA 31815539801
RICARDO DE MOURA CHICRALA 007.825.78160
RICARDO TSUYOSHI HUMENO 299.975.72907
RILDO ALVES DOS SANTOS 919.693.95168
ROBLEDO DOS SANTOS TAVARES 056.310.65738
ROGERIO APARECIDO TOMITÃO 003.799.42984
RONALDO BORGES DO CANTO 010.657.96064
ROSANGELA ANDREIA JUNGLES 007.621.53938
ROSANGELA DE OLIVEIRA SANTOS 006.517.43133
ROSANGELA VIEIRA VERANES 196.410.19805
ROSARIO LUCAS PEREIRA 004.539.92129
ROSMARA DO ROCIO RODRIGUES 634.629.90934
ROZILEIS DOS SANTOS CUNHA 89644603168
RUBIA CRISTINA DE OLIVEIRA 492.357.02100
SALETE COSTA APARICIO 732.850.99100
SAMARA AFONSO DOS SANTOS 206.256.27202
SANDRA SOARES DA SILVA ULIANO 737.454.48987
SAULO SANTOS OLIVEIRA 13482961786
SEBASTIÃO ANIBAL PESTANA 378.845.57134
SEBASTIÃO HOBOLD 759.506.93949
SERGIO KENJI FUJUKITA 757.017.58915
SERGIO REITZ 04126269932
SERGIO RUPOLO 512.842.51934
SHAINE PALMA SILVA RIBEIRO 054.230.51940
SHIRLEY HALL LINHARES VIEIRA 675.992.22200
SHIRLU SILVA FONTINELE 912.234.31215
SILENE CALISTRO ALVES 121.014.97883
SILVANA LUCIA AGUILAR MOREIRA 167.328.52876
SILVANA MOURA LIRIO PRAUZE 191.981.49814
SILVANETH SILVA SOUSA BARBOSA 991.960.34300
SILVIA DE AMORIM JESUS 717.188.77234
SILVIA MARIA DA SILVA PIÃO 098.621.57836
SIRLEI PESSOA DE SIQUEIRA 007.443.86110
SONIA ANGELICA CAIXETA 992.641.10615
SONIA MARIA RODRIGUES DA SILVA 088.182.68805
SONIA TERESINHA POSSA 33425264915
STELA MARIA ATANAZIO 080.767.138.03
STHELIO FREITAS MACEDO 067.751.33642
SUELMA DOS SANTOS E SANTOS 704.425.51240
TADEU RIBEIRO DOS SANTOS 329.789.53810
TAIS SIMONE PRADO LEAL 56092741091

TALIENE MAIERE FRANCA 346.037.28202
TATIANE OLIVEIRA DOS SANTOS 070.687.56565
TERMA MARIA DE MORAES SILVA DELGADO 531.397.47187
THATIELLY JESUS DE MOURA 042.435.45197
THIAGO CARDOSO DE LIMA 061.792.46602
THIAGO DE LIMA PINHEIRO 066.786.52410
THIAGO NUNES DOS SANTOS SOUZA 09074021786
TIARA DOS SANTOS 019.068.25904
UEKSLEI PINTO CEZAR 658.319.93272
VALDENIR APARECIDO DE SOUZA 216.752.45878
VALDIR DE LIMA 48600431204
VALDIRENE ROQUE 611.515.05234
VALERIA ARRUDA GIL 038.399.39119
VALERIA ROSA DA SILVA OENOKI 290.534.21882
VALMIR FERNANDES PINOTI 33109719886
VALQUIRIA MARIZA DIAS JAHNKE 715.997.46034
VAMBERTO DOS SANTOS JUNIOR 4985774146
VANDENEZ BARBOZA DA SILVA 246.943.55449
VANDERLEI MULLER 94956650000
VANDERLEIA TORRENS MACHADO 006.047.30969
VANDERSON ALVES NUNES 059.420.34141
VERA LUCIA ALVES VALENTE BELTRANE 610.337.07287
VERA LUCIA MORAES FERNANDES 980.665.79268
VERA MARIA DE FATIMA CAETANO 462.567.41153
VERANIR ROSA RODRIGUES 904.420.91168
VERONICA AVELINO DA COSTA MARQUES 057.130.07405
VINICIUS ULIANO BORGES CORREA 10249056917
VIVIANE DO PRADO 872.509.26187
WAGNER DE OLIVEIRA 691.140.05115
WAGNER PEREIRA CÂNDIDO 01597622940
WALACE DA SILVA MEDEIROS 060.384.11631
WALDEMAR CARNEIRO DE LACERDA 01026427290
WALISSON DE MATOS VITORINO 46226329858
WASHINGTON MAGALHAES SOUZA 253.043.58805
WELLINGTON FERNANDO OLIVEIRA LIMA FEREIRA 11578867878
WELLINGTON RONALDO COSTA 065.187.77842
ZAQUEU PEREIRA DA SILVA 967.187.902 06
ZILDA APARECIDA CORREIRA DE PAULA 960.154.89120
ZILMA GOMES DE SOUZA LEÃO 124.648.53895
ZULENE SILVA DE CARVALHO 280.969.40368

* Nome e CPF divulgados pelo STF.

As 464 pessoas acima responderão ao processo em liberdade, mas estão sujeitas à seguintes restrições:

⁃ proibição de ausentar-se da comarca;
⁃ uso de tornozeleira eletrônica

⁃ recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de
semana com uso de tornozeleira eletrônica a ser instalada pela Polícia
Federal em Brasília;
⁃ obrigação de apresentar-se ao Juízo da Execução da comarca de
origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as
segundas-feiras;
⁃ proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a
entrega de passaportes no Juízo da Execução da Comarca de origem,
no prazo de cinco dias;
⁃ cancelamento de todos os passaportes emitidos no Brasil em
nome do investigado, tornando-os sem efeito;
⁃ suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma
de fogo em nome do investigado, bem como de quaisquer certificados
de registro para realizar atividades de colecionamento de armas de
fogo, tiro desportivo e caça;
⁃ proibição de utilização de redes sociais;
⁃ proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por
qualquer meio.

O caixa 2 de Jair Bolsonaro no Planalto
  • TRANSAÇÕES FINANCEIRAS DO MILITAR DO EXÉRCITO QUE ATUAVA COMO AJUDANTE DE ORDENS DO EX-PRESIDENTE FORAM MAPEADAS PELA POLÍCIA FEDERAL POR ORDEM DO STF
  • MILITAR PAGAVA CONTAS DO CLÃ PRESIDENCIAL EM DINHEIRO VIVO AO MESMO TEMPO QUE OPERAVA UMA ESPÉCIE DE “CAIXA PARALELO” NO PLANALTO QUE INCLUÍA RECURSOS SACADOS DE CARTÕES CORPORATIVOS
  • PAGAMENTOS ERAM FEITOS EM AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL LOCALIZADA DENTRO DO PALÁCIO
  • ENTRE AS CONTAS PAGAS ESTAVA A FATURA DE UM CARTÃO DE CRÉDITO USADO PELA EX-PRIMEIRA-DAMA MICHELLE BOLSONARO, MAS EMITIDO EM NOME DE UMA AMIGA DELA
  • ÁUDIOS COM A VOZ DE BOLSONARO REUNIDOS PELA INVESTIGAÇÃO, SOB COMANDO DO MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES, INDICAM QUE O PRESIDENTE CONTROLAVA E TINHA CIÊNCIA DE TUDO

As investigações que correm no Supremo Tribunal Federal sob o comando do ministro Alexandre de Moraes avançam sobre um personagem-chave que, por tudo o que se descobriu até agora e por sua estreita proximidade com Jair Bolsonaro, deixará o ex-presidente ainda mais encrencado.

As descobertas conectam o antigo gabinete de Bolsonaro diretamente à mobilização de atos antidemocráticos e lançam graves suspeitas sobre a existência de uma espécie de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto, com dinheiro vivo proveniente, inclusive, de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.

O personagem em questão é o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro até os derradeiros dias do governo que acabou em 31 de dezembro.

O militar compartilhava da intimidade do então presidente. Além de acompanhá-lo em tempo quase integral, dentro e fora dos palácios, Cid era o guardião do telefone celular de Bolsonaro. Atendia ligações e respondia mensagens em nome dele. Também cuidava de tarefas comezinhas do dia a dia da família. Pagar as contas era uma delas – e esse é um dos pontos mais sensíveis do caso.

Entre os achados dos policiais escalados para trabalhar com Alexandre de Moraes estão pagamentos, com dinheiro do tal caixa informal gerenciado pelo tenente-coronel, de faturas de um cartão de crédito emitido em nome de uma amiga do peito de Michelle Bolsonaro que era usado para custear despesas da ex-primeira-dama.

QUEBRA DE SIGILO PERMITIU MAPEAR TRANSAÇÕES

Já era sabido, há tempos, que Cid se tornara alvo dos inquéritos tocados por Moraes, em diferentes frentes. Ainda no ano passado, o jornal Folha de S.Paulo noticiou que mensagens de texto, imagens e áudios encontrados no celular do oficial do Exército levaram os investigadores a suspeitar das transações financeiras realizadas por ele.

Pois bem. Depois disso, Moraes autorizou quebras de sigilo que permitiram revirar pelo avesso as operações realizadas pela equipe do tenente-coronel, muitas delas com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto (foto acima).

As primeiras análises do material já apontavam que Cid centralizava recursos que eram sacados de cartões corporativos do governo ao mesmo tempo que tinha a incumbência de cuidar do pagamento, também com dinheiro vivo, de diversas despesas do clã presidencial, incluindo contas pessoais de familiares da então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Durante a investigação, os policiais se depararam com um modus operandi que lembrava em muito aquele adotado pelo clã bem antes da chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto e que, anos depois, seria esquadrinhado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro nas apurações das rachadinhas do hoje senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do ex-presidente. Dinheiro manejado à margem do sistema bancário. Saques em espécie. Pagamentos em espécie. Uso de funcionários de confiança nas operações. As semelhanças levaram a um apelido inevitável para as transações do tenente-coronel do Exército: “rachadinha palaciana”.

A certa altura do trabalho, os investigadores enxergaram indícios fortes de lavagem de dinheiro. Chamou atenção, em especial, a origem de parte dos recursos que o oficial e seus homens da ajudância de ordens manejavam.

Para além do montante sacado a partir de cartões corporativos que eram usados pelo próprio staff da Presidência, apareceram indícios de que valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis – sim, quartéis – de fora de Brasília eram repassados ao tenente-coronel. Os detalhes dessas transações ainda estão sendo mantidos sob absoluto sigilo, trafegando entre o gabinete de Moraes e o restrito núcleo de policiais federais que o auxilia nas apurações.

NA BOCA DO CAIXA, DENTRO DO PLANALTO

As investigações desceram à minúcia das transações. A partir dos primeiros sinais de que várias delas haviam sido feitas em espécie, os policiais esquadrinharam as fitas de caixa e pediram até as imagens do circuito de segurança da agência bancária onde os pagamentos eram feitos – a agência 3606 do Banco do Brasil, que funciona no complexo do Palácio do Planalto.

Da mesma forma que o MP do Rio conseguiu documentar o notório Fabrício Queiroz, operador das rachadinhas, pagando em dinheiro vivo contas de Flávio Bolsonaro, os policiais a serviço de Alexandre de Moraes foram buscar os registros em vídeo de que pessoas da equipe de Cid, o ajudante de ordens do presidente, eram as responsáveis por quitar – também em espécie, assim como Queiroz – os boletos do presidente, da primeira-dama e de seus familiares.

MICHELLE E O CARTÃO DA AMIGA

Entre os pagamentos, destacavam-se faturas de um cartão de crédito adicional emitido por uma funcionária do Senado Federal de nome Rosimary Cardoso Cordeiro. Lotada no gabinete do senador Roberto Rocha, do PTB do Maranhão, Rosimary é amiga íntima de Michelle Bolsonaro desde os tempos em que as duas trabalhavam na Câmara assessorando deputados.

Rosi, como os mais próximos a chamam, é apontada como a pessoa que aproximou Jair Bolsonaro e Michelle quando o ex-presidente ainda era um deputado do baixo clero que nem sonhava um dia chegar ao Palácio do Planalto. Moradora de Riacho Fundo, cidade-satélite de Brasília distante pouco mais de 20 quilômetros do centro do Plano Piloto, até hoje ela mantém laços estreitos com o casal.

A antiga amizade ganhou toques de glamour depois que a senhora Bolsonaro virou primeira-dama do Brasil – passou a contar, por exemplo, com viagens a bordo de jatinhos e até do avião presidencial. Em maio do ano passado, Rosi acompanhou Michelle em um tour por Israel que contou, ainda, com a participação da então ministra Damares Alves. As duas também foram juntas, em voos fretados pagos pelo PL, para eventos da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição.

Em uma viagem oficial de Bolsonaro ao Maranhão, Rosi foi convidada a integrar a comitiva presidencial e registrou fotos ao lado dele na cabine principal do Airbus que serve à Presidência. A ascensão de Michelle fez a amiga também ascender no Congresso. No início do governo, era telefonista no gabinete de Rocha, aliado de Bolsonaro. Logo depois, foi promovida e viu seu salário aumentar. No fim do ano passado, ela ocupava um dos cargos comissionados mais altos da equipe, com salário de R$ 17 mil brutos. Como o mandato de Rocha está a dias do fim, Rosi já tem a promessa de ganhar uma função no futuro gabinete de Damares, eleita senadora pelo Distrito Federal. Michelle, claro, deu uma força.

ÁUDIOS DE BOLSONARO E CONEXÃO COM RADICAIS

O material reunido nas investigações sobre o tenente-coronel o coloca na cena da sucessão de atos antidemocráticos que já vinham sendo investigados por Moraes e que culminaram com a invasão das sedes dos três poderes, em 8 de janeiro. Pela proximidade com Bolsonaro e pela função que o militar exercia no Planalto, o ex-presidente é peça indissociável dos movimentos que ele fazia.

Em mensagens de texto e áudio, o tenente-coronel funcionava como elo entre Bolsonaro e vários dos radicais que há tempos vinham instigando a militância bolsonarista a atentar contra as instituições. Há fartas evidências nesse sentido. Um dos contatos frequentes de Cid era Allan dos Santos, o blogueiro que vive nos Estados Unidos e em outubro de 2021 teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Jair Bolsonaro terá sérias dificuldades para se desvencilhar, ele próprio, das provas que engolfam seu ex-ajudante de ordens. O material compromete os dois. O ex-presidente aparece como interlocutor em várias das mensagens que Cid mantinha em seus aplicativos e foram copiadas pelos investigadores com autorização de Moraes. Uma série de áudios enviados por Bolsonaro ao subordinado indicam que ele tinha conhecimento e controle de tudo o que Cid fazia — seja na seara financeira, pagando as contas do clã em dinheiro vivo, seja na interlocução com os bolsonaristas radicais.

CID PAI, CID FILHO E BOLSONARO

Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid têm uma relação que transcende a carreira militar do ex-ajudante de ordens. O pai de Cid, general Mauro Cesar Lourena Cid, foi colega do ex-presidente no curso de formação de oficiais do Exército. Lourena Cid tornou-se amigo de Bolsonaro. Em 2019, ano em que foi para a reserva, ele ganhou do governo a confortável posição de chefe do escritório da Apex, a agência brasileira de promoção de exportações, em Miami. Com salário em dólares, o cargo lhe garantiu uma bolada mensal equivalente a mais de R$ 80 mil.

Cid filho, o ajudante de ordens, também ascendeu na carreira durante o governo passado. Era major e foi promovido a tenente-coronel. Tido como um dos mais radicais auxiliares do ex-presidente, o oficial já havia aparecido em várias das frentes de investigação a cargo de Moraes no STF.

Ele foi investigado, por exemplo, por suspeita de atuar no vazamento de informações de um inquérito sigiloso sobre ameaças às urnas eletrônicas — parte do velho movimento bolsonarista destinado a descredibilizar o sistema eleitoral. Em dezembro passado, a Polícia Federal concluiu que o tenente-coronel Cid e Bolsonaro cometeram crime ao associar falsamente, durante um live, as vacinas anticovid com o vírus da Aids.

CID ESTÁ NOMEADO PARA CHEFIAR COMANDO DE FORÇAS ESPECIAIS

Antes de deixar o poder, Bolsonaro dispensou o tenente-coronel Mauro Cid da função de ajudante de ordens. O ato foi publicado em 31 de dezembro. O futuro do militar, porém, ficou encaminhado — e de uma forma não muito agradável para o novo governo. Com a bênção do então presidente, o comando do Exército o designou para comandar nada menos que o 1º Batalhão de Ações e Comandos, o 1º BAC, uma das unidades do prestigiado e temido Comando de Operações Especiais, com sede em Goiânia.

O batalhão reúne as mais bem treinadas tropas de elite do Exército e seus homens têm por atribuição, por exemplo, realizar operações de emergência para debelar ameaças a Brasília e, em eventuais situações de guerra, cumprir missões delicadas contra alvos tidos como difíceis. Textos publicados pelo próprio Exército dizem que cabe às tropas do BAC atuar em “ações contra alvos de alto valor” em “áreas hostis ou sob controle do inimigo”.

Mais cedo ou mais tarde, a designação de Cid para o posto será motivo de mais dor de cabeça para o novo governo na delicada relação com o alto comando do Exército — a quem, teoricamente, caberia uma eventual decisão capaz de reverter o ato assinado no apagar das luzes do governo Bolsonaro. Depois das invasões das sedes dos poderes, em 8 de janeiro, nas quais Lula já disse abertamente ter visto o dedo de militares, manter uma unidade tão sensível sob comando de um oficial sabidamente bolsonarista e reconhecidamente radical certamente será um problema para o atual chefe do Planalto.

Indagado pela coluna, o Exército informou nesta quinta-feira que a designação de Mauro Cid está mantida. O staff de imprensa da corporação disse não saber, porém, a data em que ele assumirá o comando do batalhão. O tenente-coronel viajou com Jair Bolsonaro para a Flórida, nos Estados Unidos, nos últimos dias de 2022.

“É PESSOAL”, DIZ AMIGA DE MICHELLE

A coluna tentou por mais de uma vez ouvir Rosimary, a amiga que cedia um cartão para Michelle Bolsonaro. Ela se negou a falar sobre o assunto. Primeiro, disse que estava em um almoço. “Bom, querido, quando eu for (informada da investigação) aí eu falo sobre o assunto, tá bom? Mas nesse momento eu não posso falar. Estou em almoço, estou com meu chefe aqui em reunião”, disse (ouça abaixo).

Horas depois, abordada novamente, desta vez no Senado, ela respondeu o seguinte: “É um assunto tão pessoal… Não quero falar. Até porque eu acho que não preciso dar satisfação para entrevista. É uma coisa minha, pessoal. (…) Eu não tô sabendo (da investigação), não, mas se tiver (sic) eu já vou resolver com os advogados, né? (…) Eu não quero tocar nesse assunto que não seja com advogado”.

A coluna tentou contato com Jair e Michelle Bolsonaro e com o tenente-coronel Mauro Cid nesta sexta-feira, sem sucesso.

Interlocutores do ex-presidente e da ex-primeira-dama disseram que Cid precisava lidar com dinheiro em espécie porque muitas das despesas, especialmente as que envolviam a primeira-dama, “tinham valor ínfimo” e precisavam ser pagas diretamente a fornecedores que “prestavam serviços informalmente”.

Apesar de admitirem haver “confusão” com os valores em espécie, esses mesmos interlocutores negaram que contas pessoais do clã e de parentes de Michelle fossem pagas com os recursos que eram provenientes de saques corporativos do governo.

Não houve resposta sobre o pagamento dos boletos, especialmente os do cartão que era cedido pela amiga de Michelle Bolsonaro, e das contas de familiares da ex-primeira-dama. Tampouco houve explicação sobre as razões pelas quais os tais “serviços de fornecedores”, por exemplo, não poderiam ser quitados por transferência bancária.

Atualização — na noite desta sexta-feira, Jair Bolsonaro respondeu uma série de perguntas enviadas pela coluna. Ele nega a existência de irregularidades nos saques e pagamentos feitos por seu ex-ajudante de ordens.

STJ afasta desembargador do ES e o torna réu por suposta corrupção

Robson Albanez e 14 pessoas são acusados de integrarem esquema de venda de decisões judiciais

Desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Robson Luiz Albanez. 
 

Após sessão que durou mais de 7 horas nesta quarta-feira (1º), a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu, por unanimidade, denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) Robson Luiz Albanez, por crime de corrupção, e determinou ainda o afastamento cautelar das funções públicas por ele ocupadas até o fim do processo.

Investigado na Operação Naufrágio, o magistrado passa a ser réu na Ação Penal (APN) 623 juntamente com outras 14 pessoas acusadas de integrar esquema de venda de decisões judiciais na Corte Estadual.

Em sustentação oral, no início do julgamento, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo lembrou que as investigações tiveram origem no Inquérito 589, que apurou a prática de comercialização de sentenças ocorrida no tribunal capixaba em 2008. Em fevereiro de 2010, o MPF apresentou denúncia contra 26 pessoas. No entanto, apenas 15 delas constam da APN 623 – cinco pessoas morreram, e os crimes de outras seis prescreveram por terem completado 70 anos de idade.

Segundo as investigações, faziam parte do esquema quatro desembargadores à época, um juiz de direito, um procurador de Justiça, serventuários da Justiça capixaba, e ainda advogados e alguns de seus clientes, que aceitavam pagar por sentenças favoráveis às suas demandas no TJES.

Na sessão desta quarta-feira, Araújo esclareceu que o prazo alongado para o início do julgamento do recebimento da denúncia teve relação direta com as sucessivas manobras apresentadas pelas defesas. “Em determinado momento, o MPF achou que poderia desmembrar o processo e mandar para a Justiça estadual do ES e ficar no STJ apenas o atual desembargador [Robson Luiz Albanez], mas o STF entendeu que todo o processo teria de ficar no STJ”, disse a subprocuradora-geral, que reconheceu a importância do julgamento conjunto dos réus porque todos os atos foram em conluio, principalmente os praticados pelo desembargador e pelos advogados.

Após detalhado voto, o relator do processo, ministro Francisco Falcão, acatou o pedido do MPF para afastar cautelarmente o desembargador Robson Albanez. Sobretudo, por este estar envolvido em suposto crime contra a administração pública, praticado no contexto de generalizada negociação de decisões judiciais, cometidos por diversos grupos de uma possível organização criminosa que teria se instaurado na cúpula do Poder Judiciário capixaba.

“Embora os fatos tenham ocorrido há mais de 12 anos, tendo o denunciado sido promovido em 2014 ao cargo de desembargador daquela Corte, considero inviável, a partir deste momento, a continuidade do exercício desta função pública. Principalmente, pela gravidade do delito do qual é acusado o referido magistrado”, afirmou.

Operações Naufrágio e Titanic
Em dezembro de 2010, o MPF denunciou 26 pessoas, entre magistrados e servidores do TJES, membro do Ministério Público estadual, advogados e alguns de seus clientes. A denúncia tem por base o Inquérito 589/DF no STJ, que culminou na Operação Naufrágio. Nas investigações foram apurados indícios da prática de infrações penais por autoridades do Poder Judiciário no Espírito Santo descobertos na Operação Titanic.

A denúncia narra a existência de esquema de corrupção no tribunal capixaba para a comercialização de decisões judiciais.

Segundo o MPF, para viabilizar a atividade criminosa, os denunciados organizaram uma rede no TJES após a posse de Frederico Pimentel como presidente do tribunal, que manteve o procedimento manual de distribuição de processos. Dessa forma, os de seu interesse eram direcionados para os magistrados integrantes do esquema.

Investigações revelaram a ocorrência de intervenções em ações judiciais, transformando o TJES em rentável balcão de negócios. Ainda segundo o MPF, o início se dava no protocolo da petição, passando pelo sorteio viciado do relator, até o julgamento do feito, que culminava em decisão conforme interesses próprios ou de terceiros em troca de vantagens pecuniárias.

A função dos advogados era a de recrutar os clientes interessados no sucesso de suas demandas, o que significava o recebimento de honorários advocatícios e de propinas para eles próprios e para os funcionários públicos.

 

Polícia Federal deflagra Operação Para Bellum e investiga Helder Barbalho na compra de respiradores

Esquema teria se aproveitado da emergência causada pela pandemia do Coronavírus para dispensar licitação e adquirir equipamentos sem serventia para o tratamento dos doentes

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10/6), a Operação “PARA BELLUM” com o objetivo de apurar a existência de fraude na compra de respiradores pulmonares pelo Governo do Estado do Pará, mediante contrato que se deu por dispensa de licitação, justificada pelo período de calamidade pública em virtude da pandemia do Coronavírus (COVID-19).

A compra dos respiradores custou ao Estado do Pará o valor de R$ 50.4 milhões. Desse total, metade do pagamento foi feito à empresa fornecedora dos equipamentos de forma antecipada, sendo que os respiradores, além de sofrerem grande atraso na entrega, eram de modelo diferente ao contratado e inservíveis para o tratamento da Covid-19. Por tal razão, os respiradores acabaram sendo devolvidos.

A operação conta com a participação de aproximadamente 130 Policiais Federais, e com o apoio da Controladoria Geral da União e da Receita Federal do Brasil.

Estão sendo cumpridos 23 mandados de busca e apreensão nos Estados do Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal, em cumprimento à determinação do  Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os alvos das buscas são pessoas físicas e jurídicas suspeitas de terem participação nas fraudes. Dentre elas, estão servidores públicos estaduais e sócios da empresa investigada.

As buscas foram realizadas nas residências dos investigados, em empresas e, também, no Palácio dos Despachos (sede do Governo do Pará), e nas Secretarias de Estado de Saúde, Fazenda e Casa Civil do Estado do Pará.

Os crimes sob investigação são de fraude à licitação, previsto na Lei nº 8.666/93; falsidade documental e ideológica; corrupção ativa e passiva; prevaricação, todos previstos no Código Penal; e lavagem de dinheiro, da Lei nº 9.613/98.

O nome da operação vem do latim e pode ser traduzido como “preparar-se para a guerra” que, no caso da investigação, faz referência ao intenso combate que a Polícia Federal tem realizado contra o desvio de recursos públicos, especialmente em períodos de calamidade como àquele decorrente do novo Coronavírus.

Helder Barbalho: o governador Helder Barbalho (MDB) é  um dos alvos da Operação “PARA BELLUM”, juntamente com sócios da empresa investigada, que vendeu os respiradores problemáticos ao Pará. Servidores públicos estaduais envolvidos na compra também são  investigados. Residências, inclusive do governador Helder, órgãos públicos, entre outros locais estão sendo alvo de busca e apreensão pela PF, que também recolhe provas em empresas, no Palácio dos Despachos, secretarias de estado de Saúde, Fazenda e Casa Civil do Governo do Pará.

Além da compra dos respiradores teria havido favorecimento à mesma empresa com  contratação de mais de R$ 4,2 milhões, valor que já teria sido pago antecipadamente.

Além de Helder o Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também foi alvo, no mês de maio. Entre os crimes que estão sendo investigados estão fraude à licitação, falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e prevaricação e lavagem de dinheiro.

RESPOSTA DO GOVERNO: Em nota à imprensa local o Governo do Estad respondeu que “Em nome do respeito ao princípio federativo e do zelo pelo erário público, o Governo do Estado reafirma seu compromisso de sempre apoiar a Polícia Federal no cumprimento de seu papel em sua esfera de ação.  Informa ainda que o recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos por ação do Governo do Estado. Além disso, o Governo entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos”.

ENTENDA O CASO: Em 9 de maio de 2020 o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) anunciou que Investigação iria apurar compra de respiradores importados da China, ao custo total de R$ 50,4 milhões, adquiridos pelo Governo do Estado, com dispensa de licitação. As investigações seriam conduzidas em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal. Os equipamentos foram adquiridos para atender pacientes infectados com o novo coronavírus. Os primeiros 152, dos 400 equipamentos, entregues ao governo paraense não funcionaram. Cada respirador teria custado R$ 126 mil. As investigações ocorrem em Segredo de Justiça.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa) o governo adquiriu 400 kits de UTI para atendimento aos pacientes com Covid-19, contendo: 400 respiradores, 400 monitores multiparamétricos, 400 oxímetros de pulso e 1.600 bombas de infusão. Somente os 400 respiradores custaram R$ 50,4 milhões, de acordo com o órgão.

Respiradores com defeito: o próprio governo identificou a deficiência técnica que impediu o uso dos respiradores em pacientes de Covid-19. Eles seriam instalados em seis hospitais do Pará.  O governo paraense anunciou, inicialmente, a devolução dos equipamentos à empresa que vendeu, mas depois anunciou acordo judicial firmado com os vendedores para que devolvessem os recursos pagos pelos equipamentos.

Mandado de prisão: No dia 7 de maio foi preso o empresário Glauco Guerra, por suposto envolvimento na venda de equipamentos hospitalares defeituosos aos governos do Rio de Janeiro e do Pará. O Mandado de Prisão foi emitido pela Justiça estadual carioca. Um outro empresário é investigado pela venda dos equipamentos ao Governo do Pará. O Ministério Público Estado, do Pará, informou que há suspeita da existência de uma organização criminosa atuando para fraudar contratos emergenciais sem licitação para comprar equipamentos de proteção individual, respiradores para unidades de terapia intensiva, máscaras e testes rápidos para covid-19.

Investigações: No MPPA, as investigações sobre a compra dos respiradores são chefiadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), com apoio do recém-criado Grupo de Trabalho Especializado-Patrimônio Público-covid-19 (GTE-PPMPPA-covid-19).

Bloqueio de Bens: No dia 10 de maio o governador Helder Barbalho anunciou que conseguiu Decisão Judicial com bloqueio de bens e retenção de passaporte dos empresários que venderam os respiradores defeituosos. Anunciou como alternativas aos empresários a devolução dos recursos pagos pelos respiradores ou a entrega de equipamentos em bom funcionamento conforme a compra.  A ação correu em segredo de justiça para evitar que os empresários pudessem sair do Estado ou utilizar o valor depositado, causando prejuízo maior ainda aos cofres públicos estaduais.

No dia 13 de maio a Procuradoria Geral do Estado ratificou que a Justiça do Pará  homologou, na noite de terça-feira (12), o acordo firmado entre o Governo do Pará e a empresa responsável pelo fornecimento de 400 respiradores, destinados ao tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus. A sentença foi emitida pelo juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas, Raimundo Santana.

Acordo: Segundo o acordo, estabelecido de forma amigável, a empresa ‘SKN do Brasil Importação e Exportação de Eletroeletrônicos Ltda’ se comprometeu a devolver ao Estado o valor de R$ 25,2 milhões

Na mesma data a Polícia Federal deflagrou a Operação Profilaxia, com objetivo de investigar prováveis desvios de recursos destinados à compra de respiradores no Pará, no valor de R$ 25,2 milhões. No decorrer das investigações iniciais os policiais federais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporárias, expedidos pela 3º Vara Criminal Federal em Belém/PA, nas cidades do Rio de Janeiro/RJ e Brasília/DF

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) impetrou um Mandado de Segurança a fim de trancar o Inquérito Policial nº 2020.0042915, que apura a existência de ilegalidades na compra de respiradores pulmonares entregues sem funcionar. No dia 20 de maio, O MPF decidiu por não aceitar o mandado, alegando ilegitimidade ativa do estado e denegação de segurança, no mérito.

Por fim, nesta quarta-feira (10), com a operação “PARA BELLUM”, chega-se a mais um desfecho das investigações. Bellum, em latim, está associado à palavra guerra, conflito entre povos e nações. Si vis pacem, para bellum é um provérbio em latim. Pode ser traduzido como “se quer paz, prepare-se para a guerra”. Esse foi o nome escolhido pelos idealizadores da operação. O cenário é passível de interpretações diversas, entre elas a guerra política que está instalada nos bastidores do enfrentamento à Covid-19 no Pará, que tem custado muitas vidas de inocentes, afinal, quase quarenta mil no Brasil, aproximadamente 4 mil no Pará.

Em seu twitter o governador Helder Barbalho reiterou:  “Estou tranquilo e à disposição para qualquer esclarecimento que se faça necessário. Agi a tempo de evitar danos ao erário público, já que os recursos foram devolvidos aos cofres do estado. Por minha determinação o pagamento de outros equipamentos para a mesma empresa está bloqueado e o Governo entrou na justiça pleiteando indenização por danos morais coletivos contras os fornecedores.      Por fim, esclareço que não sou amigo do empresário e, obviamente, não sabia que os respiradores não funcionariam”. Escreveu Helder.