Suspeito de matar vereador Cici Maldonado em São Gonçalo é preso

Lucas da Silva Portela Xavier foi preso por agentes do 7º BPM (São Gonçalo) em uma ação conjunta com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).

A Polícia Militar prendeu, na terça-feira (19), um dos suspeitos de matar o vereador Aldecyr Maldonado, conhecido como Cici Maldonado. O político foi morto a tiros na porta de casa em novembro deste ano em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Lucas da Silva Portela Xavier foi preso por agentes do 7º BPM (São Gonçalo) em uma ação conjunta com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).

De acordo com as investigações, o suspeito havia fugido para o Complexo do Salgueiro após o crime.

Os policiais chegaram até ele por meio de denúncias anônimas. Ele foi encaminhado ao sistema prisional e ficará à disposição da Justiça.

Cici Maldonado tinha 61 anos. Ele tinha acabado de ser deixado em casa por dois assessores. Testemunhas afirmam que houve uma troca de tiros entre o vereador e criminosos.

A Polícia Civil segue em busca de outros possíveis envolvidos no crime.

 

Homem que matou esposa na frente do filho é condenado a 24 anos de prisão em Uberlândia

Júri popular foi realizado nesta quarta-feira (27) e Diego Mendes Pireth foi condenado por feminicídio. Crime ocorreu em julho de 2022 e filho do casal tinha 8 anos na época.

Diego Mendes Pireth, acusado de matar a companheira Wellen Kássia Cardoso de Melo na frente do filho, foi condenado a 24 anos de prisão em um júri popular realizado nesta quarta-feira (27). O feminicídio ocorreu em julho de 2022, em Uberlândia.

Depois do crime, ele foi flagrado por câmeras de segurança do prédio onde morava, fugindo com o filho do casal, que tinha 8 anos na época. Diego foi preso horas depois, há 300 km de Uberlândia.

De acordo com a polícia e laudos psicológicos, a criança presenciou o pai matando a mãe.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Diego, que está no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, desde julho de 2022. A informação foi confirmada ao g1 pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) nesta quinta (28).

Relembre o caso

Wellen foi encontrada morta com 5 facadas na região do pescoço no dia 12 de julho de 2022;
Após o crime, o envolvido tentou fugir e foi preso no Estado de Goiás, horas depois;
Pireth foi indiciado por feminicídio qualificado por motivo fútil, majorado (pela presença física do filho no momento da ação) e com impossibilidade de defesa da vítima;
Wellen já havia sido sequestrada por Diego Mendes Pireth em maio de 2020, com ajuda de comparsas.

Crime anterior

Pireth tinha dois registros no sistema prisional, um em 2011 e outro em 2020, quando foi preso por ter sequestrado Wellen;
Na época, o casal tinha terminado o casamento e, por não aceitar a separação, Diego sequestrou Wellen na casa da mãe dela e a manteve em cárcere privado por mais de 30 horas, junto com o filho que tinha 6 anos;
Dois meses antes do crime, ele teve progressão de pena, quando se reconciliou com Wellen e voltaram a morar juntos. A vítima pediu a retirada da medida protetiva.

 

Médico é condenado por violência sexual contra paciente em MG; cirurgião é suspeito de abusar de pelo menos 11 mulheres

Hudson de Almeida, de 56 anos, estava foragido desde abril e foi preso julho. Ele foi condenado a três anos e seis meses de prisão.

O médico-cirurgião Hudson de Almeida foi condenado por violação sexual mediante fraude contra uma paciente. Ele é suspeito de abusar de pelo menos 11 mulheres em Alfenas (MG).

Segundo a sentença do juiz Elias Aparecido de Oliveira, Hudson foi condenado a três anos e seis meses de prisão. Ele não poderá recorrer em liberdade.

Hudson está preso desde julho. Ele foi localizado em um apartamento de luxo em São Paulo (SP), após ficar três meses foragido.

Além da prisão, o médico-cirurgião deverá pagar uma reparação por danos morais de R$ 30 mil. O valor deverá ser corrigido monetariamente e acrescido de juros de 1% ao mês.

De acordo com o advogado da vítima, Diogo Cassiano Fernandes, apesar da condenação do médico, a sentença foi abaixo da esperada.

“Em teste de DNA foi identificado que o acusado de fato praticou a conjunção carnal com a vítima, onde, por meio de suas atitudes previamente arquitetadas, foi possível identificar pelo Juiz da causa a fraude praticada no intuito de aproveitar-se da vulnerabilidade da paciente que acreditava estar se passando em apenas mais uma consulta, quando foi covardemente violada. […] A pena seria próxima da máxima, 6 anos, o que foi bem abaixo do esperado pela acusação”.

Quem é Hudson de Almeida?
Suspeito de abusar de pelo menos onze mulheres, Hudson de Almeida tem 56 anos, é médico e cirurgião plástico em Alfenas (MG). Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o médico era procurado desde abril, quando foi expedido um mandado de prisão por crime de violação sexual mediante fraude.

Conforme o currículo Lattes, ele possui graduação em Medicina Humana. No Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG), o médico foi registrado nas especialidades de Cirurgia Plástica e Cirurgia Geral.

Hudson de Almeida cumpriu especialização e residência médica no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG), e Hospital Universitário Alzira Velano, em Alfenas (MG); neste último, atuou também como médico.

Na carreira acadêmica, era frequentador de congressos de estudos, com diversas publicações de artigos na área da Saúde. Também é membro da Associação Médica de Pouso Alegre.

Hudson também foi professor universitário na disciplina de “Bases da Técnica Cirúrgica”; além de cirurgião plástico do hospital universitário na Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), em Alfenas.

Também em Alfenas, o médico atendia em uma clínica particular de propriedade própria e na Santa Casa da cidade. Em Varginha, o cirurgião também chegou a dar plantões de sobreaviso em cirurgias emergenciais no Hospital Bom Pastor.

Investigação
A investigação começou após denúncia registrada por uma vítima. Conforme a polícia, era possível que existissem mais vítimas. Posteriormente, o médico foi denunciado por mais mulheres em Alfenas.

Hudson de Almeida responde a dois inquéritos por abuso sexual mediante fraude. Em um deles, de 2021, três mulheres denunciaram à Justiça situações constrangedoras que tiveram com ele.

Conforme as investigações, o crime era praticado quando as mulheres iam à consulta e passavam por procedimentos não autorizados.

Em agosto de 2022, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no consultório do médico investigado. Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos eletrônicos.

Em um segundo inquérito, encerrado em março deste ano, uma mulher de 33 anos também acusou o médico por abuso sexual. Ele também foi indiciado pelo crime e denunciado ao Ministério Público.

A prisão preventiva do médico foi expedida no dia 13 de abril, mas o mandado só chegou no dia 19 de abril. A Polícia Civil informou que foi até todos os endereços do médico, mas ele não havia sido encontrado.

Prisão
Na madrugada do dia 21 de julho, o médico foi preso em um apartamento de alto luxo na Zona Sul de São Paulo, após a filha dele deixar o imóvel.

Depois de ficar três meses foragido, foi encontrado de barba e bem diferente da foto que era divulgada pela polícia enquanto procurado. “No momento da prisão, ele não esboçou nenhuma reação, nenhuma resistência”, disse a polícia.

A prisão do médico é resultado de trabalho conjunto da Polícia Militar e do Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim) e da 4ª Promotoria de Justiça de Alfenas, que fez o pedido de prisão diante da possibilidade do médico praticar novos delitos, considerando sua especialidade de cirurgião plástico.

Segundo o MP, o médico iniciava o atendimento das vítimas de forma profissional, realizando atos típicos e próprios de seu ofício. Porém, a certa altura, passava a praticar o abuso sexual sem que as próprias vítimas, no exato momento, percebessem que estavam sendo abusadas.

Após a prisão, a Polícia Militar informou sobre as denúncias feitas contra o médico. Segundo o capitão Cristiano Araújo, cerca de 11 mulheres relataram identificar algumas características do atendimento que levantaram suspeita de terem sido vítimas de violação sexual mediante fraude.

“Basicamente elas acreditavam que estavam diante de um atendimento hospitalar tradicional, dentro dos protocolos próprios, e foram enganadas”, informou a PM.

O médico será encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça. Segundo o advogado de defesa, Gustavo Barbosa, ainda não há informações sobre a transferência do médico para o sistema prisional mineiro.

Os advogados de defesa de Hudson de Almeida, Gustavo Peres Barbosa, Rodrigo Lemos Urias e Valter José Cardoso, informaram em nota que o cumprimento do mandado de prisão não altera a realidade dos fatos e que a defesa tem absoluta convicção sobre a inocência dele.

A defesa também informou que nos próximos dias o decreto de prisão será reavaliado pelo próprio TJMG, que poderá fazer prevalecer o que prescreve a lei processual.

 

MC Léo Zika é preso em flagrante por suspeita de integrar quadrilha do miliciano Zinho

A prisão aconteceu na comunidade do Cesarinho, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Homem conhecido como Léo Zika possui músicas que enaltecem quadrilha do miliciano Zinho.

Policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) prenderam em flagrante, na manhã desta quinta-feira (14), Leonardo Felipe da Silva, conhecido como MC Léo Zika.

A prisão aconteceu na comunidade do Cesarinho, em Paciência, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com as investigações, Léo Zika se apresenta como MC e possui músicas que circulam em redes sociais e fazem apologia ao crime, exaltando, principalmente, integrantes da milícia comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho.

Com Léo Zika foram apreendidos uma pistola, carregador e munições.

Ele foi encaminhado para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

 

Caso Pavesi: Médico condenado por retirada ilegal de órgãos em MG é preso no interior de SP

Álvaro Ianhez, de 76 anos, foi condenado a 21 anos e 8 meses por homicídio duplamente qualificado por morte de garoto no ano 2000, em Poços de Caldas.

O médico Álvaro Ianhez, de 76 anos, condenado pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, no ano 2000, em Poços de Caldas (MG), foi preso nesta terça-feira (9) no interior de São Paulo.

Álvaro Ianhez foi condenado no dia 19 de abril de 2022 a 21 anos e 8 meses por homicídio duplamente qualificado, mas não havia sido preso, devido a inúmeros recursos apresentados pela defesa. O menino tinha 10 anos quando o crime foi cometido pelo médico

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) havia expedido novo mandado de prisão após o ministro Rogério Schietti Cruz, da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negar habeas corpus depois do STF cassar a liminar que impedia a execução da pena imposta o médico.

A prisão de Ianhez, efetuada em Jundiaí (SP), foi resultado de atuação conjunta dos Centros de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim) e dos Ministérios Públicos de Minas Gerais e de São Paulo.

O médico seria encaminhado para a cidade de São Paulo, onde ficará à disposição da Justiça. A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Justiça de Minas Gerais já foi comunicada pelo MPMG da prisão. Conforme o MP, caberá ao Departamento Penitenciário de Minas Gerais a transferência do preso para uma unidade prisional do estado.

Em nota enviada à EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, a defesa de Álvaro Ianhez disse que já está tomando todas as medidas para afastar a ilegalidade da execução provisória da pena e acredita que o Judiciário cumprirá a Constituição. A defesa também disse que “o Dr. Alvaro segue inocente aos olhos da Constituição e terá os seus recursos analisados pela Justiça Brasileira”.

Outros cinco médicos já foram condenados em 1ª instância por participação no caso, mas respondem em liberdade.

Condenação

Álvaro Ianhez, um dos médicos acusados pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, em abril de 2000, em Poços de Caldas, no Sul de Minas, foi condenado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e pelo fato de a vítima ter menos de 14 anos.

De acordo com da Justiça mineira, o magistrado Daniel Leite Chaves determinou na sentença a expedição da guia de execução provisória.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Ianhez foi um dos médicos que causaram a morte da criança de 10 anos. O objetivo desses médicos, segundo o MP, era usar os órgãos de Pavesi em outros pacientes.

O médico teve o pedido da defesa de recorrer em liberdade negado devido à “gravidade do crime”, segundo o juiz que presidiu o tribunal. No entanto, o médico conseguiu posteriormente uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) que impedia o cumprimento da sentença. Ele não chegou a ser preso.

Caso Pavesi

No dia 19 de abril de 2000, há exatos 22 anos, Paulo Veronesi Pavesi, então com 10 anos, caiu da grade do playground do prédio onde morava e foi levado para o pronto-socorro do Hospital Pedro Sanches. De acordo com o Ministério Público, o menino teria sido vítima de um erro médico durante uma cirurgia e foi levado para a Santa Casa de Poços de Caldas, onde teve os órgãos retirados por meio de um diagnóstico de morte encefálica, que conforme apontaram as investigações, teria sido forjado.

“Essa foi uma das diversas irregularidades ocorridas no atendimento ao garoto, pois, como interessados no transplante de órgãos, havia vedação legal para que eles atuassem na constatação da morte do paciente”, informou o Ministério Público de Minas.

Após receber uma conta hospitalar no valor de R$ 11.668,62, o pai do menino, Paulo Airton Pavesi, questionou as cobranças e deparou-se com dados que não condiziam com o que havia sido feito, inclusive com a cobrança de medicamentos para remoção de órgãos, que oficialmente é custeada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O pai do menino, Paulo Pavesi, começou a investigar por conta própria e a reunir provas para mostrar as irregularidades. Paulo Pavesi deixou o Brasil em 2008 e passou a viver na Europa, alegando receber ameaças. Toda a história resultou em um livro de 400 páginas lançado em 2014: “Tráfico de Órgãos no Brasil – O que a máfia não quer que você saiba”.

A descoberta de um suposto esquema para a retirada ilegal de órgãos de pacientes em Poços de Caldas fez com que a Santa Casa da cidade fosse descredenciada para a realização de transplantes e remoção de órgãos no ano de 2002.

A entidade que geria os trabalhos na cidade, MG Sul Transplantes, também foi extinta no município. Quatro médicos: José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado do menino Pavesi.

O caso foi tema de discussões também no Congresso Nacional em 2004, durante a CPI que investigou o tráfico de órgãos.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Álvaro e outros acusados agiram com intenção de forjar e documentar a morte de Paulo Pavesi para a retirada ilegal de órgãos.

“Ele [Ianhez] é o médico responsável pela retirada dos órgãos. Ele era o médico que era o diretor da Santa Casa onde se fazia o transplante de órgãos. Ele é o dono da clínica onde era feito o transplante ilegal de rim”, disse o advogado da família, Dino Miraglia.

“Ele estava presente desde a hora que em que ele (Pavesi) foi transferido de um hospital para outro sem a menor necessidade e quando anestesiaram o menino pra fazer retirada de órgão. Se o menino estava com morte cerebral, para que anestesiou? Anestesiou porque não tinha morte cerebral. Se não tinha morte cerebral, não podia ter transplante”, completou o advogado.

Em janeiro de 2021, outros dois médicos, José Luiz Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto, foram condenados a 25 anos de prisão. Já Marcos Alexandre Pacheco da Fonseca foi absolvido pelo júri.

Repercussão nacional

O caso Pavesi ganhou repercussão nacional no ano 2002, quando os médicos José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado de Paulo Veronesi Pavesi, que na época tinha 10 anos.

Conforme a Justiça, os quatro médicos teriam sido responsáveis por procedimentos incorretos na morte e remoção de órgãos do garoto, após ele cair de uma altura de 10 metros no prédio onde morava.

O exame que apontou a morte cerebral teria sido forjado, e o garoto ainda estaria vivo no momento da retirada dos órgãos.

Os quatro negam qualquer irregularidade, tanto nos exames quanto nos transplantes aos quais o garoto foi submetido. O caso foi desmembrado e transferido de Poços de Caldas para Belo Horizonte em agosto de 2014, a pedido do Ministério Público, para evitar a influência econômica e social dos médicos sobre os jurados.

Outros condenados

Outros três médicos acusados de participação no caso, Sérgio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, chegaram a ser condenados em 1ª instância em 2014 por participação no caso.

A sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais em maio de 2016, que entendeu que o caso deveria ter sido julgado por um júri popular, e o processo retornou para Poços de Caldas.

Em setembro de 2021, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal restaurou a sentença original que condenou os três médicos. Isto aconteceu porque, por 3 votos a 1, o STF decidiu que o crime de remoção de órgãos não deve ser julgado por júri popular, e sim, pela vara criminal responsável.

No recurso ao STF, o Ministério Público disse considerar que o caso é de competência da Vara Criminal e que, por isso, a condenação dos médicos era válida. O MP argumentou que o crime de remoção de órgãos é previsto na Lei de Transplantes, e que a morte deve ser vista como uma “consequência” no julgamento desse crime específico.

Preso no Agreste um dos foragidos da Operação Minotauro
Preso no Agreste um dos foragidos da Operação Minotauro. Foto: PF/ Divulgação  

A Polícia Federal em Pernambuco apresenta nesta quarta-feira a prisão e um dos foragidos da Operação Minotauro. Cristiano da Silva Araújo, o “Plaboy”, de 23 anos, foi detido na tarde desta terça-feira na cidade de Lagoa de Itaenga, distante 64 quilômetros do Recife depois que levantamentos realizados pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Militar-(2º BPM) e do Sistema Prisional de Pernambuco descobriram o local onde o suspeito estava foragido.

O mandado de prisão preventiva expedido pela 13ª Vara de Pernambuco foi cumprido por volta das 14h. Levado para a sede da Polícia Federal, ele foi indiciado por manter conexão com outros traficantes associando-se com eles e por adquirir e traficar drogas do Paraguai com o objetivo de armazenar, manter em depósito e depois comercializar em Pernambuco e em outros estados da federação. Caso seja condenado poderá penas que ultrapassam os 30 anos de reclusão. Em seu interrogatório, Cristiano negou qualquer envolvimento com carregamentos de maconha realizados em 30 de janeiro de 2016 ou qualquer outro envolvimento e associação com alguma quadrilha internacional de drogas. O preso foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), onde ficará à disposição da Justiça Federal.

Cristiano possui antecedentes criminais e já foi preso em 2013 por posse de arma de fogo em Lagoa de Itaenga, ficando preso por cinco meses e depois absolvido. O suspeito era investigado pela Polícia Federal por integrar uma organização criminosa estabelecida nos estados de Pernambuco, Paraná e Mato Grosso do Sul inter-relacionadas na exploração de esquema de tráfico transnacional de drogas (maconha e cocaína) e contrabando de armas de fogo de uso restrito, oriundos do Paraguai. Seus integrantes apresentavam alto grau de periculosidade e vinham negociando de forma reiterada diversos carregamentos de drogas ilícitas, armas de fogo e munição, cuja desarticulação ocorreu dentro da Operação Minotauro no dia 31/08/2016.

Dos 12 presos investigados pela Polícia Federal apenas um do Estado do Paraná continua foragido. A Operação Minotauro foi deflagrada em agosto de 2016 e contou com a participação de 130 policiais federais, que deram cumprimento a 12 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas, expedidos pela 13ª Vara Federal – Seção Judiciária de Pernambuco em cinco estados da federação: Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina. Também foram sequestrados bens e bloqueio de contas bancárias, cuja cifra chegou a 500 mil reais.

As investigações tiveram início em 2015, com a identificação de várias remessas de maconha de origem paraguaia para Pernambuco, droga internada em território nacional e remetida pela organização criminosa estabelecida no Paraná. No curso das investigações foram apreendidas aproximadamente 4 toneladas de drogas das organizações criminosas investigadas. As apreensões ocorreram nos estados de Minas Gerais em setembro de 2015, Alagoas em novembro de 2015, Pernambuco em março de 2016 e no Paraná em maio de 2016 (causando um prejuízo na cifra de R$ 5 milhões de reais). A Adoção de práticas violentas, como meio de persuasão e/ou retaliação, envolvendo ameaças de morte, lesões corporais gravíssimas e até mesmo homicídios, inclusive afirmações do tipo “polícia tem que morrer”, também foi prática identificada no curso das investigações.

Desdobramento da Operação “Eros prende suspeito por extorsões.
PRESO CHEFE DE GRUPO CRIMINOSO QUE AMEAÇAVA VAZAR IMAGENS ÍNTIMAS DE HOMENS CASADOS

Um homem apontado como chefe de um grupo criminoso que extorquia e aliciava vítimas casadas — principalmente homens — foi preso nesta quarta-feira (28), no Bairro de Fátima, em Fortaleza. O grupo atuava em Maceió (AL) e Natal (RN). A prisão de Gerson Alves Vieira, de 41 anos, aconteceu após solicitação de apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, pois o suspeito estava foragido na capital cearense. Conforme a Polícia Federal, Gerson responde por aliciamento de mais de 100 vítimas e extorquia dinheiro dessas pessoas por meio de ameaças de divulgação de imagens e vídeos íntimos. Ele já foi preso anteriormente em Maceió e fugiu de um flagrante pela atuação suspeita em Natal/RN. O grupo criminoso atuava procurando uma pessoa do sexo masculino, geralmente casada, com quem flertava e a levava para um hotel na Zona Sul de Natal, conforme a Secretaria de Comunicação Social da Polícia Civil do RN (SECOMS). No local, a vítima era ameaçada, coagida, fotografada e mantida sob violência física e psicológica, na intenção de obter vantagens financeiras. Enquanto isso, outros membros do grupo utilizavam de todos os possíveis dados bancários e de cartões de crédito para efetuar diversos tipos de transações financeiras em nome da vítima, tais como empréstimos, compras, transferências e saques.

OPERAÇÃO EROS

A prisão de Gerson em Fortaleza é um desdobramento da Operação “Eros”, ocorrida no mês de abril, em Natal, com objetivo de prender suspeitos pela prática de extorsão qualificada a clientes, em supermercados. A primeira parte da operação resultou na prisão de outros dois membros do grupo. Conforme a SECOMS, o homem apontado como chefe foi preso no momento em que se preparava para coagir mais uma vítima. Contra ele existiam dois mandados de prisão em aberto, além de seis inquéritos policiais instaurados pela Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Natal (DEFUR). O suspeito foi conduzido a delegacia e, em seguida, foi encaminhado ao sistema prisional. O preso continua a responder pelos fatos indicados e está à disposição da Polícia Civil e Justiça do RN.

Empresário investigado pela operação Pasárgada é preso em abordagem de trânsito

Foi preso um empresário acusado de cometer crime contra a Lei de Licitações, pela Polícia Civil (PC), na noite dessa terça-feira (14), no Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com a PC, a prisão ocorreu em cumprimento a um mandado da Polícia Federal, que investiga Paulo Sobrinho de Sá Cruz, na operação Pasárgada. O homem era considerado foragido da Justiça desde 2008, quando a operação foi deflagrada. Segundo a PC, a prisão ocorreu após uma abordagem de rotina da Polícia Militar, na avenida Barbacena. Durante a abordagem, os militares verificaram que Cruz estava dirigindo o veículo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e, portanto, foi encaminhado ao Detran-MG para assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência. Na delegacia, foi constatado mandado de prisão preventiva em aberto. Conforme a PC, Cruz é suspeito de suspender licitações quando era necessário fazê-las. O suspeito foi encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, onde permanece à disposição da Justiça. Operação Pasárgada
Em abril de 2008, durante a operação Pasárgada, cerca de 500 policiais federais cumpriram em Minas, Bahia e no Distrito Federal 50 mandados de prisões, incluindo 17 prefeitos e um juiz federal. Dois dias depois, o Tribunal Regional Federal, em Brasília, mandou soltar todos, porque o corregedor que determinara a prisão de um juiz federal não teria competência para isso. A PF, que havia feito apurações durante oito meses, dizia que os membros dessa quadrilha desviaram R$ 200 milhões do Fundo de Participação dos Municípios.

Médico e Mãe Presos por Envolvimento em Caso de Abuso e Nudez Infantil em Natal

O médico Leonardo Arcuri Florêncio foi preso em flagrante no último domingo (30) em Natal, sob suspeita de envolvimento em crimes relacionados a cenas de abuso e nudez infantil. A Polícia Civil informou que uma mulher, mãe de uma das vítimas, também foi detida por permitir os encontros em troca de presentes e dinheiro.

A prisão ocorreu na residência do médico, que inicialmente procurou a Polícia Militar reclamando de perturbação de sossego. Ao chegar ao local, a Polícia Civil encontrou cinco adolescentes, além de medicamentos, lubrificantes, preservativos e exames ginecológicos para detecção de possíveis Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). O médico foi preso no local.

Segundo a Polícia Civil, a mãe, que trabalha como técnica de enfermagem, estava ciente das atividades e consentia com os encontros em troca de dinheiro e bens materiais. Ela foi presa por suspeita de favorecimento à prostituição infantil e abandono de incapaz.

Na audiência de custódia realizada na segunda-feira (1º), o juiz Diego Dantas decretou a prisão preventiva do médico. Equipamentos eletrônicos do suspeito também foram apreendidos.

As adolescentes foram encaminhadas ao Projeto Abraçar, que oferece acolhimento e atendimento especializado a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Ambos os suspeitos estão à disposição da Justiça e foram encaminhados ao sistema prisional.

Veja o momento da Prisão