Briga em supermercado termina em agressão e prisão por racismo no RJ

O jornalista Daniel Nascimento diz que foi agredido e xingado por mãe e filha em Nova Iguaçu; ele diz que deu socos para reagir. A mulher mais nova, Letícia Karam, foi presa em flagrante por crime resultante de preconceito de raça ou de cor.

Uma briga por um lugar na fila de um supermercado se transformou em um caso de racismo e lesão corporal, que foi parar na 52ª DP (Nova Iguaçu).

Daniel Nascimento, jornalista, alega que foi agredido e xingado por mãe e filha. A mais nova, Letícia Karam, foi presa em flagrante por crime resultante de preconceito de raça ou de cor. O jornalista também deu socos na confusão, segundo ele, para reagir às agressões.

“Quando o pessoal começa a falar de racismo e começa a discutir com elas, ela solta: ‘Essa negrada aí’, e foi por esse vídeo que o inspetor (da delegacia) prendeu ela em flagrante”, afirmou ele ao g1.

“Estávamos no caixa, essa loira estava na minha frente, e essa de cabelo preto na fila do caixa ao lado. A loira saiu, mas depois voltou e esbarrou em mim. Eu disse: ‘A senhora vai ter que decidir onde vai ficar’, e ela disse: ‘Eu fico onde eu quiser’, e começou a discussão”, contou Daniel.

“Nisso, a filha começou a me ofender do lado, e aí eu fiquei discutindo com a filha, até que ela veio de fato me agredir. Eu reagi, revidei com socos me afastando. Aí, começou todo o ‘auê’ perto do caixa”, disse ele.

O rapaz ainda relatou ter recebido socos e arranhões. “A mãe me deu um tapa no rosto quando eu estava impedindo a saída dela, segurando o portão até a polícia chegar”, contou Daniel.

Pessoas que estavam em outros caixas começaram a defender Daniel. Em um vídeo, gravado por ele dentro do supermercado, o jornalista discute com a mãe e diz que a filha cometeu agressão contra ele.

“Essa negrada, sabe?”, diz Letícia no vídeo, causando indignação de outros clientes do estabelecimento.

“As pessoas vieram me defender, eu não as conhecia, as conheci na dinâmica do fato, de tudo que aconteceu”, pontuou Daniel.

O caso foi registrado na 52ª DP(Nova Iguaçu) e depois foi transferido para a 56ª DP (Comendador Soares).

Letícia Karam de Assis foi presa em flagrante. Em audiência de custódia, a Justiça confirmou a prisão, mas concedeu a liberdade provisória a ela, desde que respeite algumas medidas:

comparecimento trimestral ao juízo da 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, a iniciar-se em abril de 2024
proibição de fazer contato e de se aproximar das vítimas e das testemunhas dos fatos
proibição de ausentar-se da comarca por prazo superior a quinze dias, salvo em caso de expressa autorização do juízo natural
O g1 tenta contato com a defesa de Letícia. Não foi aberto nenhum boletim contra Daniel.

 

Suspeito de matar jovem a pauladas na saída de supermercado em Maricá é preso pela polícia

Bruno de Almeida, de 26 anos, morreu após ficar 14 dias internado no CTI do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara. Crime ocorreu em 28 de dezembro de 2023.

A Polícia Civil de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, conseguiu prender na tarde desta quinta-feira (1°) o suspeito de matar Bruno de Almeida, jovem de 26 anos que foi atingido com diversas pauladas ao sair de um supermercado no Centro da cidade, na noite de 28 de dezembro de 2023.

A vítima chegou a ficar 14 dias internada, mas morreu na UTI Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara.

Desde a crime, que foi registrado por câmeras de segurança, o homem seguia sendo procurado (vídeo abaixo – imagens fortes). Ele foi encontrado na comunidade Beira Rio, em Inoã, depois de um trabalho do setor de inteligência para identificação e localização do suspeito.

A investigação
De acordo com a Polícia Civil, o agressor é Luiz Carlos Maurat Junior, de 40 anos. O homem possui diversas anotações criminais por roubo e furto.

A polícia conseguiu imagens do crime dias depois crime. A princípio, não foi possível identificar o rosto do suspeito, apenas as roupas e características físicas.

Mas, nas investigações, os agentes descobriram que o homem chegou ao Centro da cidade usando o transporte público, e, com as imagens das câmeras internas do ônibus, conseguiram ter noção do rosto do autor e do local onde ele embarcou.

Na tarde de quinta-feira (1º), os policiais foram até o ponto de ônibus onde o homem embarcou, em Inoã, e conseguiram localizá-lo pelas ruas do local. Ele chegou a fugir, mas foi alcançado pelos agentes.

De acordo com a polícia, Luiz Carlos estava vivendo em uma construção abandonada, sem portas, e no local foi encontrada a roupa que ele usou no dia do crime.

O mandado de prisão preventiva contra o agressor foi expedido, e ele vai responder pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte.

O crime
Imagens de câmeras de segurança mostram que, quando Bruno deixa o supermercado com as compras na mão, Luiz Carlos o segue e bate com a madeira na cabeça dele, que cai no chão e recebe uma série de outras pauladas. As imagens são fortes.

O agressor pega as chaves do carro do rapaz, entra no veículo, mas tem dificuldade em dar partida. Ainda nas imagens, algumas pessoas que presenciaram a situação tentam impedir a fuga, mas, depois de alguns segundos, ele consegue fugir do local.

O veículo foi encontrado horas depois na comunidade da Linha, em Rio do Ouro, em São Gonçalo.

 

Morte de João Alberto completa três anos e análise de recursos adia julgamento

Homem foi espancado até a morte em estacionamento do Carrefour em Porto Alegre. Seis pessoas respondem pelo crime, entre elas dois seguranças, que seguem presos.

Três anos depois da morte de João Alberto Silveira Freitas, não há previsão para que os réus pelo crime sejam julgados. O caso chocou o país em 19 de novembro de 2020, véspera do Dia da Consciência Negra. João foi espancado até morrer, no estacionamento de uma unidade do Carrefour, após fazer compras com sua mulher, Milena Borges Alves, em Porto Alegre.

Os seguranças Magno Braz Borges e Giovane Gaspar abordaram João e o acompanharam até o estacionamento. Um desentendimento iniciou as agressões, que foram gravadas pelos frequentadores do mercado. O homem morreu no local, e os dois foram presos em flagrante. Magno e Giovane eram contratados pela empresa terceirizada Vector.

Junto com três funcionários do Carrefour, Adriana Alves Dutra, Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende, e Paulo Francisco da Silva, funcionário da empresa terceirizada, os seguranças respondem por homicídio triplamente qualificado. Veja mais detalhes abaixo.

Em 17 de novembro de 2022, a 2ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre definiu que os seis réus irão a júri, ou seja, passarão por julgamento popular.

Por que júri ainda não aconteceu
As defesas dos réus recorreram, pedindo a absolvição ou a desclassificação do delito. Os advogados sustentando que não havia dolo, ou seja, intenção de matar. Se aceito esse pedido, o julgamento popular não aconteceria.

Já o Ministério Público, autor das acusações, apela para que a denúncia seja acolhida na íntegra.

Quem analisa os pedidos? Conforme o Tribunal de Justiça do RS, os recursos estão com a 2ª Câmara Criminal do TJ, e são analisados por desembargador relator. Após conclusão do voto, será pautado para julgamento. Ainda é possível haver recursos em cortes de instâncias superiores.

A definição do dia do júri depende da conclusão desses recursos.

Quem está preso
Ao longo da preparação do caso, o Judiciário ouviu 38 testemunhas, sendo 29 de defesa e nove de acusação, e cada um dos seis réus.

Magno e Giovani continuam presos preventivamente. Adriana está em prisão domiciliar. Os demais réus seguem respondendo em liberdade.

O que dizem as defesas
Os advogados David Leal, Roger Lopes e Jader Santos, que representam os réus Giovane Gaspar da Silva e Rafael Rezende, aguardam a conclusão dos recursos e tentar obter a liberdade de Giovane.

“Há três anos, o Giovane suporta o peso de duas grandes injustiças. Em primeiro lugar, um excesso de acusação, agravado pela execração pública de sua imagem. Em segundo lugar, ao argumento de uma prisão cautelar que perdura por significativos três anos, o Giovane está cumprindo antecipadamente sua pena, sem sequer ter sido julgado, mesmo sendo primário e de bons antecedentes”, informam os advogados.

O advogado Pedro Catão, que representa Adriana Alves Dutra, afirma que aguarda o recurso ser pautado para julgamento para avaliar os próximos passos. O advogado Márcio Hartmann, que representa Kleiton Silva Santos, informou que também aguarda o julgamento para o recurso.

A defesa de Paulo Francisco da Silva afirma que espera que ele seja impronunciado, ou seja, que não vá a júri pelo homicídio doloso. “Basta a simples análise do vídeo para se verificar que o Paulo em momento algum tocou na vítima, muito menos interviu, tampouco tinha poderes para isso, uma vez que não era segurança, era mero funcionário. Chegou ao local atendendo ao socorro dos seus colegas que gritaram no rádio. A vítima já estava no chão e ele não tinha nada mais a fazer”, diz o advogado Renan Jung.

A defesa de Magno Braz Borges foi contatada, mas até a publicação desta reportagem, não havia retornado.

Relembre a denúncia do MP
O Ministério Público sustenta na denúncia que o crime foi praticado em razão da condição de vulnerabilidade econômica e de preconceito racial em relação à vítima (motivo torpe), que João Alberto foi brutalmente espancado e morto por compressão torácica (emprego de meio cruel) e de forma excessiva pelos réus, que agiram em superioridade numérica (meio que dificultou a defesa da vítima).

A defesa de Magno Braz Borges foi contatada, mas até a publicação desta reportagem, não havia retornado.

Relembre a denúncia do MP
O Ministério Público sustenta na denúncia que o crime foi praticado em razão da condição de vulnerabilidade econômica e de preconceito racial em relação à vítima (motivo torpe), que João Alberto foi brutalmente espancado e morto por compressão torácica (emprego de meio cruel) e de forma excessiva pelos réus, que agiram em superioridade numérica (meio que dificultou a defesa da vítima).

O inquérito policial foi concluído no dia 11 de dezembro de 2020. Para a Polícia Civil, foi possível identificar que houve um exagero nas agressões impostas à vítima, sendo resultado da fragilidade socioeconômica de João Alberto. “O racismo estrutural que são aquelas concepções arraigadas na sociedade foram sim, fundamentais, no determinar da conduta dessas pessoas naquele caso”, disse a delegada Roberta Bertoldo na época.

Ainda em 2020, no dia 17 de dezembro, o Ministério Público (MP) denunciou seis pessoas indiciadas por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) com dolo eventual. O MP incluiu ainda o racismo como forma da qualificação por motivo torpe.

Em agosto de 2021, a polícia promoveu duas noites de reconstituição do caso na loja do Carrefour onde ocorreu o crime. A primeira noite simulou as versões apresentadas por oito das nove testemunhas do caso. Já a segunda reprodução se concentrou nas versões dos réus.

O Carrefour assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) no valor de R$ 115 milhões no caso. O dinheiro é destinado para políticas de enfrentamento ao racismo. A empresa de segurança Vector, contratada na época pelo supermercado, também assinou um acordo judicial.

Atualmente, a segurança das lojas do Carrefour não é mais operada por empresas terceirizadas. Em Porto Alegre, a rede passou a contar com pessoas negras entre os trabalhadores do setor e adotou o uso de câmeras nos uniformes da equipe.

Milena Borges Alves, viúva de João Alberto firmou acordo de indenização com o Carrefour. O valor não foi informado, mas seria superior ao oferecido inicialmente pela empresa, de R$ 1 milhão.

Pai suspeito de asfixiar filha é detido em Santos, SP, com sorriso no rosto

Homem suspeito de matar filha de 9 anos é preso em Santos, litoral de São Paulo

Gilberto Alves Cardoso, suspeito de ter asfixiado sua filha de 9 anos até a morte, foi capturado em Santos, no litoral de São Paulo, após estar foragido desde o trágico acontecimento em Carapicuíba (SP). O corpo da criança foi descoberto sem vida dentro de casa. Em imagens divulgadas pelo G1 nesta quinta-feira (21), o suspeito aparece sorrindo enquanto é levado para a delegacia após desembarcar de um carro.

De acordo com o boletim de ocorrência (BO), Gilberto foi localizado na tarde de terça-feira (19) na Rodoviária de Santos. Tentou escapar ao desembarcar de um ônibus, mas foi detido pela equipe do 5º Distrito Policial (DP) de Santos.

Os agentes cumpriram o mandado de prisão temporária emitido após solicitação das autoridades de Carapicuíba. Nas imagens obtidas pelo G1, é possível ver o suspeito sendo encaminhado para a delegacia.

Na delegacia, Gilberto se recusou a prestar depoimento sobre o crime. Segundo o BO, ele apenas questionou sobre sua motocicleta, que foi encontrada e apreendida em um supermercado em Cotia (SP).

Entenda o caso

Luiza Marques Cardoso, de 9 anos, foi encontrada sem vida em sua cama, na casa onde morava com o pai em uma área rural de Carapicuíba. Não havia sinais de violência aparente, e o médico legista sugeriu que a causa da morte foi asfixia mecânica.

O irmão do suspeito relatou à Polícia Civil que vive no mesmo terreno que Gilberto e, na manhã do ocorrido, viu o veículo escolar chamando por Luiza, sem resposta. Ao entrar na casa, encontrou a sobrinha já sem vida.

Ele imediatamente acionou a Polícia Militar (PM), que por sua vez chamou o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). As equipes confirmaram o óbito no local.

Durante a investigação na residência, foram encontrados um caderno com anotações sugestivas de suicídio, um frasco de medicamento e uma seringa usada para aplicar veneno para matar formigas. No entanto, o suspeito não estava no local.

O irmão de Gilberto mencionou que saiu para trabalhar às 6h e percebeu que a moto do suspeito já não estava na garagem. Ele também relatou que conversou com o irmão pelo WhatsApp até às 9h, quando Gilberto fez comentários que sugeriam um possível suicídio, mas sem mencionar qualquer ato contra a filha.

A mãe da vítima, ex-esposa de Gilberto, informou às autoridades que ele fazia uso de medicamentos controlados. O relacionamento do casal havia terminado oficialmente há oito meses, embora continuassem morando juntos. Desde a separação, a guarda de Luiza era compartilhada entre os pais, alternando entre uma semana com cada um.

Durante uma conversa pelo WhatsApp na noite anterior ao crime, a mãe informou a Gilberto sobre seu novo relacionamento. Ele reagiu inicialmente de maneira tranquila, mencionando que estavam em paz e que a vida continuaria. No entanto, na manhã seguinte, enviou uma mensagem sugerindo um encontro no “céu”.

Ela afirmou que o homem nunca demonstrou tendências suicidas ou violentas, mas estava em tratamento com antidepressivos. O caso foi registrado como homicídio no 2º DP de Carapicuíba.

MP apresenta denúncia contra genro de Flordelis por ameaça contra advogado

Elias de Souza Azevedo foi preso em flagrante após ameaçar e, segundo a denúncia, agredir Ângelo Máximo Macedo da Conceição, assistente de acusação do Caso Flordelis.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou à Justiça uma denúncia contra Elias de Souza Azevedo, genro da ex-deputada e pastora Flordelis dos Santos, por ameaçar o advogado que representa a família do pastor Anderson do Carmo, assassinado em julho de 2019.

Elias foi preso em flagrante, no dia 31 de janeiro, após ameaçar Ângelo Máximo, na frente de sua casa, no bairro de Piratininga, Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Antes disso, no dia 22 de janeiro, Elias já havia ameaçado o advogado na porta de um supermercado, no mesmo bairro. Na ocasião, o denunciado teria ameaçado e ofendido Ângelo.

Segundo a denúncia, Elias também fez ameaças a delegada Bárbara Lomba, que investigou a morte do marido de Flordelis, quando estava à frente da Delegacia de Homicídios de Niterói. Ainda de acordo com a denúncia, Ângelo e Elias chegaram a brigar no local.

O advogado registrou um boletim de ocorrência na delegacia sobre as ameaças, mas o acusado não foi detido.

Já no dia 31, após novas ameaças por parte de Elias, dessa vez na porta da casa de Ângelo, a polícia foi chamada e efetuou a prisão em flagrante. Os policiais encontraram com Elias uma faca e uma tesoura. Na ocasião, o denunciado chegou a brigar com os PMs que o abordaram. Um dos policiais acabou ferido por um golpe de tesoura.

Prisão mantida
No início do mês, a Justiça do Rio manteve a prisão de Elias de Souza Azevedo. Em audiência de custódia, a prisão em flagrante de Elias foi convertida em preventiva.

Na audiência, Elias afirmou que foi agredido por policiais e jogado no chão. No entanto, o juiz responsável, Rafael de Almeida Resende, citou que o homem tentou golpear policiais militares com uma tesoura ao ser preso.

O caso foi registrado na 76ª DP (Niterói). De acordo com os investigadores, Elias já respondeu por crime de homicídio em Araruama, na Região dos Lagos.

Em novembro de 2022, a ex-deputada Flordelis foi condenada a 50 anos e 28 dias pelo homicídio do pastor Anderson do Carmo.

 

Advogado da família de Anderson do Carmo acusa genro de Flordelis de agressão

Defensor da família do morto disse que o episódio foi em um supermercado em Niterói.

O advogado da família do pastor Anderson do Carmo, assassinado em 2019, prestou queixa por agressão contra Elias de Souza Azevedo, um dos genros da ex-deputada federal Flordelis, condenada pelo crime em 2022.

Angelo Máximo Macedo da Conceição afirmou à 81ª DP (Itaipu) que, por volta das 21h desta segunda-feira (22), estava saindo do Supermarket de Piratininga, em Niterói, quando Elias o abordou e passou a ameaçá-lo.

“Quando eu acabo de pagar as compras, escuto alguns insultos: ‘Advogado careca safado!’”, disse Angelo.

“Até a hora que ele se aproximou de mim, e eu falei: ‘Pô, você está me estranhando? Você está me incomodando.’ Ele partiu para cima de mim e me atacou, rasgando minha camisa. Arrebentou o cordão, e perdi a imagem do meu cordão de São Jorge”, detalhou.

“E ele dizendo algo que iria me matar, que ia matar a delegada safada Bárbara Lomba, que ia matar todos os policiais da delegacia.”

Ainda segundo o depoimento de Angelo, Elias é casado com Carla dos Santos, uma das filhas adotivas da Flordelis, e já se posicionou contra a sogra, “por isso não entendeu a ameaça”.

“Quando retornei ao mercado para ver se achava a minha imagem de São Jorge, tomei conhecimento que Elias estava me seguindo. Eu só presenciei ele me xingando quando eu passei do caixa”, emendou.

“Essa já é a 9ª ameaça que eu recebo diante esse caso. A 3ª que eu registro, e eu não tenho mais o que fazer diante esse caso. Eu conto com a ajuda das autoridades. Já comuniquei a Ordem dos Advogados do Brasil, a Comissão de Prerrogativas. Então só tenho a relatar”, disse.

Polícia prende 3º suspeito de invadir loja de conveniência e matar PM aposentado na Zona Leste de SP

Klismann Lopes da Rocha estava foragido desde o crime ocorrido em novembro. Ele foi detido pelos investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) na Avenida Aricanduva, Zona Leste da capital paulista.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta terça-feira (19) o terceiro suspeito de atirar e matar um policial militar reformado dentro de um supermercado da Zona Leste de São Paulo, no último mês de novembro.

O crime foi gravado pelas câmeras de segurança do estabelecimento, que flagraram o momento que três ladrões ingressam na loja para cometer um assalto e atiram contra o PM reformado Paulo Eduardo Ramalho, de 57 anos.

Na ocasião do assassinato, dois suspeitos de participação já haviam sido detidos pela polícia. Mas o terceiro integrante do bando, apontado como o autor do disparo que matou a vítima, estava foragido.

Klismann Lopes da Rocha foi detido pelos investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) na Avenida Aricanduva, Zona Leste da capital paulista.

Segundo o órgão, ele já tem um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça e permanecerá preso na carceragem do departamento.

O delegado responsável pelo caso já solicitou que a prisão temporária seja convertida em preventiva pela Justiça paulista.

Outros dois integrantes do bando de nome João Vitor Cabelo Conrado e Cauan Santos Silva também continuam presos.

Crime na Zona Leste
O caso ocorreu na noite de 20 de novembro, por volta das 21h, dentro da Oxxo na Rua Doutor Angelo Vita, no Tatuapé, ao lado da Estação Carrão do Metrô.

O cliente morto é Paulo Eduardo Ramalho, um policial militar aposentado. Ele tinha 57 anos e era subtenente reformado da Polícia Militar (PM) desde 2015.

Apesar de estar armado, Paulo não esboça nenhuma reação durante o assalto. Uma das linhas da investigação da Polícia Civil é de que os bandidos decidiram atirar nele ao descobrirem que o cliente estava com uma arma na cintura. Também é investigada a hipótese de os assaltantes terem desconfiado que a vítima era policial.

Além da corrente e da carteira, Paulo teve sua arma roubada pelos bandidos, que fugiram após o crime. Do lado de fora um comparsa estava num carro os aguardando.

Caso de latrocínio

A Polícia Militar foi acionada e informou ter prendido em flagrante dois suspeitos de participarem do assalto. Um terceiro criminoso não foi localizado e ainda era procurado. O caso foi registrado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, no 53º Distrito Policial (DP), Parque do Carmo.

Segundo a polícia, dois criminosos entraram na loja e anunciaram o assalto por volta das 21h, enquanto o terceiro bandido ficou num carro, do lado de fora. Paulo aparece de boné azul e camiseta preta na frente do caixa com a carteira na mão para pagar sua compra.

Ele chegou a ser socorrido por uma ambulância, que o levou para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde teve a morte confirmada.

Rota prende dois suspeitos

Uma denúncia levou as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar, a localizar o carro usado pelos bandidos na fuga. Os policiais perseguiram o veículo dos criminosos, que se acidentou no Jardim Santa Terezinha, também na Zona Leste.

O automóvel usado pelos três bandidos era furtado. Depois eles continuaram a fugir por uma viela. A polícia conseguiu prender dois bandidos e apreendeu a arma usada no crime. Um dos criminosos conseguiu fugir.

Levantamento feito pelo jornalismo da TV Globo mostra que 42 agentes de segurança, entre policiais militares, civis e guardas municipais na ativa ou aposentados, foram vítimas de assaltos na Grande São Paulo entre janeiro e novembro deste ano.

Sendo que oito policiais ficaram feridos e cinco foram mortos. Outros 14 criminosos ficaram feridos e 14 morreram.

No mesmo período do ano passado, 54 agentes foram alvos de criminosos na região metropolitana de São Paulo: 12 policiais ficaram feridos e sete morreram. Enquanto 12 criminosos foram feridos e 11 acabaram mortos.

O que diz a Oxxo
A reportagem procurou a Oxxo para comentar o assunto. A empresa se pronunciou por meio de nota:

“O Grupo Nós, operador da marca de mercados de proximidade OXXO, confirma que na noite do dia 20 de novembro foi vítima de uma tentativa de roubo em uma de suas unidades, próxima ao Metrô Vila Carrão. A companhia informa que acionou imediatamente as autoridades competentes e está prestando todo o suporte aos colaboradores e clientes envolvidos.

A marca lamenta profundamente o ocorrido com um de nossos consumidores. Nosso time prestará apoio social e psicológico à família neste momento. A empresa reforça que tem realizado iniciativas internas e tem trabalhado em parceria com os órgãos públicos no intuito de minimizar as questões de insegurança pública”

 

Ex-lutador que matou esposa e tirou corpo do apartamento em SP com carrinho de mercado é condenado a 14 anos de prisão

Crime ocorreu em novembro de 2022. A vítima tinha 26 anos e foi assassinada na frente do filho.

O ex-lutador Luis Paulo dos Santos foi condenado, na noite desta terça-feira (21), a 14 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, por ter matado a professora Ellida Tuane Ferreira da Silva Santos. Durante o julgamento, ele confessou o crime e alegou legítima defesa.

O réu não poderá recorrer em liberdade.

Luis era casado com Ellida. O crime ocorreu em novembro de 2022 no apartamento em que ele morava com a vítima e o filho, na Zona Leste de São Paulo. Após o assassinato, Luis tirou o corpo de Ellida do local em um carrinho de supermercado.

A professora tinha 26 anos e foi morta com dois tiros na frente do filho.

O acusado foi julgado no Fórum Criminal da Barra Funda. Testemunhas da acusação e da defesa também foram ouvidas.

O crime
Vídeos gravados por câmeras de segurança do prédio mostram os últimos momentos de vida de Ellida. Ela aparece dentro de um elevador do condomínio, na sexta. Em 5 de novembro, as câmeras gravaram o momento em que Luis Paulo sai do imóvel, levando um carrinho de compras, onde, segundo a investigação, estava o corpo da mulher, dentro de um saco. Na sequência, ele coloca o cadáver no carro.

Ao g1, Valdir Lima, irmão de Ellida, contou que o cunhado chegou a conversar com a família da vítima e disse que ela tinha ido para o interior, sem o bebê, para “fazer uma surpresa”. E que estaria apenas com 5% de bateria do celular.

“Falou que ela tinha pegado um ônibus e ido para Campinas. A gente começou a desconfiar porque ela não deixaria o bebê ainda amamentando em casa. [Ele] premeditou o crime e chegou na casa da minha madrasta se passando de preocupado do ‘sumiço’ dela [Ellida]. Tinha feito tudo já”, afirmou o irmão da vítima.

De acordo com o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Luis Paulo disse ter atirado quatro vezes em Ellida. Os vizinhos do prédio contaram aos investigadores que ouviram barulhos de tiros ainda na sexta, mas nenhum deles chamou a polícia.

Ele ainda chegou a mentir e registrar na sexta um boletim de ocorrência do desaparecimento dela numa delegacia para tentar despistar a investigação e dificultar o esclarecimento do crime. Disse que a mulher saiu da residência para viajar a Campinas, onde mora a família dela, mas sumiu.

O cadáver de Ellida foi encontrado pelas autoridades dentro de um saco plástico, jogado num córrego no Parque do Carmo, Zona Leste da capital. Ele tinha duas marcas de bala: no peito e no ombro. A identificação da vítima só ocorreu no dia 8 de novembro.

Luis Paulo é ex-lutador profissional de artes marciais e dono de academia. O empresário deverá ser indiciado pela polícia por feminicídio e ocultação de cadáver.

 

Saiba quem são homem morto pela PM e motorista preso após fugir de blitz, no DF

Islan da Cruz Nogueira, de 24 anos, estava no passageiro e foi ‘alvejado por disparos’. Já o motorista Raimundo Cleófas Alves Aristides Júnior, de 41 anos, vai passar por audiência de custódia.

Um homem foi preso e outro morreu baleado por um policial militar na madrugada do último domingo (29), em Brasília. O carro onde eles estavam foi atingido por vários disparos de arma de fogo, após o motorista tentar fugir de uma blitz no Eixo Monumental (veja mais detalhes abaixo).

Islan da Cruz Nogueira, de 24 anos (veja foto acima), estava no banco do passageiro e foi morto “alvejado por disparos”, segundo o boletim de ocorrência. A família do jovem informou que ele trabalhava em um supermercado, ficou desempregado e, há pouco tempo, estava trabalhando em uma pizzaria. Ele morava com o pai em São Sebastião.

O motorista, Raimundo Cleófas Alves Aristides Júnior, de 41 anos, está preso e vai passar por audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (30). Ele também mora em São Sebastião, é empresário do ramo da engenharia e da construção, e já participou de licitações do governo federal.

Após exame no Instituto Médico Legal (IML), foi confirmado que o motorista estava embriagado, segundo a Polícia Civil. Ele foi autuado por embriaguez ao volante e tentativa de homicídio. O g1 não conseguiu falar com a defesa do motorista. O caso é investigado pela 5ª DP.

A TV Globo apurou que o carro que Raimundo Cleófas dirigia tinha mais de R$ 10,5 mil em débitos, incluindo IPVA atrasado, multas por excesso de velocidade e por andar sem carteira de habilitação. O veículo está no nome de uma mulher. Ela informou à reportagem que vendeu o carro no começo deste ano, sem débitos, e passou uma procuração para o comprador.

Na delegacia, os policiais que estavam na blitz afirmaram que atiraram contra os pneus, mas imagens mostram que também havia tiros na lataria, no para-brisa, na porta e na janela do carona (veja acima).

As armas dos policiais militares envolvidos foram apreendidas para serem submetidas a confronto balístico para descobrir quem foram os policiais que atingiram o passageiro, de acordo com a Polícia Civil.

Segundo o especialista em segurança pública Júlio Hott, a conduta da PM foi errada. “O código de processo penal, o código de trânsito e o manual operacional da Polícia Militar vedam que a PM, no policiamento de trânsito, possa efetuar qualquer atentado contra a integridade física do abordado”, explica.

Perseguição e morte

Segundo ocorrência registrada na Polícia Civil, a equipe da PMDF disse que realizava uma “Operação Álcool Zero” perto de bares, e que o motorista saiu da fila de abordagem e acelerou, atingindo um policial militar.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, os militares “realizaram disparos contra os pneus do veículo, na tentativa de imobilizá-lo, mas o veículo conseguiu ultrapassar a barreira e chegar ao próximo ponto de contenção; neste ponto, novos disparos teriam sido realizados pelos policiais ali posicionados, mas o veículo teria conseguido escapar”.

Ainda segundo a corporação, o motorista apresentava evidentes sinais de embriaguez e se recusou a fazer o teste de alcoolemia. À Polícia Civil, os militares contaram que perseguiram o carro até que o motorista parou, saiu do carro e deitou no chão. No banco do passageiro estava o jovem de 24 anos que havia sido atingido pelos disparos e morreu no local.

Os PMs emitiram um auto de constatação, e o motorista foi conduzido para a delegacia, onde foi autuado por embriaguez ao volante e tentativa de homicídio contra um agente de segurança.

O tenente que teria sido atingido pelo carro, na fuga da blitz, não teve o nome divulgado. Ele foi atendido no Hospital de Base e liberado logo em seguida.

O que diz a PM
“A Polícia Militar do Distrito Federal informa que, no início da madrugada deste domingo (29), um veículo foi parado em uma blitz na DF – 010. O condutor desobedeceu às ordens emitidas pelos policiais, acelerou e atropelou um policial militar. Neste momento, disparos foram efetuados contra o veículo.

O veículo foi interceptado na via S1, e foi constatado que o passageiro havia sido atingido. O SAMU prestou atendimento, mas o homem, infelizmente, veio a óbito.

O condutor apresentava evidentes sinais de embriaguez e recusou-se a fazer o teste de alcoolemia. Foi emitido um auto de constatação, e o motorista foi conduzido à 5ª Delegacia, onde foi autuado por embriaguez ao volante e tentativa de homicídio contra um agente de segurança.

O policial militar atingido pelo veículo foi levado ao Hospital de Base, onde recebeu atendimento médico e foi liberado.

Visando esclarecer todas as circunstâncias que envolvem o caso, foi instaurado procedimento apuratório pelo Departamento de Controle e Correição (DCC) da PMDF.”

 

Polícia Civil confirma 19 prisões em Operação Clone; vereador está foragido

A Polícia Civil do Rio Grande Norte divulgou os nomes dos suspeitos presos durante a Operação Clone, deflagrada na manhã desta quinta-feira (6) para desbaratar quadrilha que atuava na fraude de cartões de crédito em Natal e estados vizinhos. As prisões ocorreram em Natal, Parnamirim, Santa Cruz, Extremoz e São Paulo, levando 19 pessoas à cadeia. Um vereador do município de Rio do Fogo identificado como Francisco Silvanei dos Santos está foragido.

Durante a operação, que contou com a participação de 200 policiais, foram apreendidas mais de 100 mil cartões de crédito clonados, 30 impressoras, computadores, hologramas, máquinas leitoras de cartão de crédito e débito, além de máquinas para confecção de sandálias e um veículo Pálio de cor cinza. Parte do material foi encontrado em uma casa na Redinha, zona Norte de Natal, e na cidade de São Paulo.