Após sete meses preso, PM de folga que matou jovem de 14 anos que já estava rendido é solto e vai a júri popular

Jovem foi morto em outubro de 2022 e juiz considerou que policial cometeu um homicídio doloso, com intenção de matar; agente terá de usar tornozeleira eletrônica e voltou a trabalhar na corporação, mas em atividades internas .

O policial militar João Batista Manuel Junior foi solto após passar sete meses preso pela morte de um adolescente de 14 anos que estava rendido. Ele voltou a trabalhar na PM, mas terá de usar tornozeleira eletrônica e cumprir medidas cautelares até o julgamento, que ainda não tem data para acontecer. O juiz do caso determinou que o agente vá a júri popular por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

O caso ocorreu em outubro de 2022 em Diadema, na Grande São Paulo, e a Justiça determinou a prisão preventiva de Manuel em maio de 2023. O agente estava de folga e decidiu intervir, à paisana, em um roubo.

O adolescente, Mateus Henrique Reis de Lima, e um amigo teriam roubado uma moto, simulando uma arma com a mão por dentro da blusa, e, quando estavam no veículo, foram perseguidos pelo agente.

Câmeras de segurança registraram o momento em que, durante a perseguição, os dois jovens colidem a moto em um poste. Um deles foge e Mateus se esconde. Ao ver o agente se aproximando, ele se vira, abaixa, coloca as mãos na cabeça. Mas, mesmo rendido, ele leva dois tiros nas costas (veja vídeo acima).

O adolescente foi socorrido, mas não resistiu e morreu no hospital. Já o amigo, que conseguiu correr, levou dois tiros no braço, que o fizeram perder o movimento do membro.

Ao todo, 14 disparos foram efetuados pelo PM. Nenhum dos dois jovens tinham antecedentes criminais.

O adolescente que sobreviveu, após sair do hospital, foi apreendido na Fundação Casa por ato infracional análogo ao roubo. Ele já foi liberado pela Justiça.

Já o PM foi solto em dezembro do ano passado, após a fase de colheita de provas do caso ter se encerrado. Agora, a Justiça determinou que ele responda pelo crime em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares, como proibição de aproximação de testemunhas e pessoas envolvidas no processo e não atuar como policial nas ruas, só em atividades internas.

“Por mais grave que seja o crime em tese atribuível a um dado sujeito, a prisão anteriormente ao trânsito em julgado de uma dada sentença – ou acórdão – condenatório, é medida excepcional”, defendeu o juiz José Pedro Rebello Giannini na sentença.

“Em tal cenário, e assim se faz sem que se desconsidere a dor da perda familiar vivenciada pelos familiares da vítima fatal é a presente para que se conceda em favor do réu a liberdade provisória, ficando revogada sua prisão preventiva”, escreveu.

Manuel Junior foi pronunciado, ou seja, o juiz entendeu que é caso de julgamento pelo Tribunal do Júri, por ter sido um homicídio doloso, com intenção, contra a vida.

O soldado também foi investigado pela Corregedoria da PM, que concluiu pelo indiciamento do agente por homicídio doloso.

Desde que foi solto, em 15 de dezembro, ele voltou a trabalhar na corporação, mas em atividades internas. “Ele aguarda a conclusão do processo administrativo demissório, sem autorização para portar arma ou desempenhar qualquer atividade com contato com o público, no setor administrativo da 3ª Cia do 24º BPM/M”, informou a Secretaria de Segurança Pública em nota.

Sensação de medo
A família de Matheus morava a 800 metros de onde aconteceu a perseguição e morte dele. Logo após o crime, a mãe do jovem, Fernanda Reis, relatou em depoimento que se sentia ameaçada, já que inúmeras viaturas passaram a rondar o endereço. Além de um carro branco que ficava parado com o farol ligado para dentro da casa por horas, sem que ninguém saísse ou entrasse.

Com medo, eles se mudaram do bairro. Fernanda também passou a tomar remédios controlados para dormir e para controlar ansiedade, além de fazer tratamento para transtorno pós-traumático.

À época, ela descreveu o adolescente de 14 anos, caçula de oito irmãos, como muito amoroso. Também disse que o filho estudava e nunca havia se envolvido com drogas ou atos ilícitos.

“Meu filho errou, mas eu gostaria que ele pudesse estar pagando pelo que fez perante a Justiça, e não ter sido morto”, disse.

Agora, Fernanda critica a soltura do agente Manuel Junior e conta que a família voltou a sentir medo.

“Se ele não fosse policial, com o tanto de prova que tem contra ele, ele continuaria preso. Ficou provado que foi uma execução, que ele assassinou meu filho. Isso me traz indignação, sentimento de impotência e injustiça”, diz.

“A gente se sente ameaçado de novo, não sabemos o que pode acontecer com esse homem na rua”, afirmou a mãe.

No ano passado, até 20 de dezembro, policiais de folga haviam sido responsáveis pela morte de 101 pessoas no estado, uma queda de 20% em relação a 2022, quando 127 pessoas foram mortas por agentes à paisana.

 

Polícia prende 3º suspeito de invadir loja de conveniência e matar PM aposentado na Zona Leste de SP

Klismann Lopes da Rocha estava foragido desde o crime ocorrido em novembro. Ele foi detido pelos investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) na Avenida Aricanduva, Zona Leste da capital paulista.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta terça-feira (19) o terceiro suspeito de atirar e matar um policial militar reformado dentro de um supermercado da Zona Leste de São Paulo, no último mês de novembro.

O crime foi gravado pelas câmeras de segurança do estabelecimento, que flagraram o momento que três ladrões ingressam na loja para cometer um assalto e atiram contra o PM reformado Paulo Eduardo Ramalho, de 57 anos.

Na ocasião do assassinato, dois suspeitos de participação já haviam sido detidos pela polícia. Mas o terceiro integrante do bando, apontado como o autor do disparo que matou a vítima, estava foragido.

Klismann Lopes da Rocha foi detido pelos investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) na Avenida Aricanduva, Zona Leste da capital paulista.

Segundo o órgão, ele já tem um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça e permanecerá preso na carceragem do departamento.

O delegado responsável pelo caso já solicitou que a prisão temporária seja convertida em preventiva pela Justiça paulista.

Outros dois integrantes do bando de nome João Vitor Cabelo Conrado e Cauan Santos Silva também continuam presos.

Crime na Zona Leste
O caso ocorreu na noite de 20 de novembro, por volta das 21h, dentro da Oxxo na Rua Doutor Angelo Vita, no Tatuapé, ao lado da Estação Carrão do Metrô.

O cliente morto é Paulo Eduardo Ramalho, um policial militar aposentado. Ele tinha 57 anos e era subtenente reformado da Polícia Militar (PM) desde 2015.

Apesar de estar armado, Paulo não esboça nenhuma reação durante o assalto. Uma das linhas da investigação da Polícia Civil é de que os bandidos decidiram atirar nele ao descobrirem que o cliente estava com uma arma na cintura. Também é investigada a hipótese de os assaltantes terem desconfiado que a vítima era policial.

Além da corrente e da carteira, Paulo teve sua arma roubada pelos bandidos, que fugiram após o crime. Do lado de fora um comparsa estava num carro os aguardando.

Caso de latrocínio

A Polícia Militar foi acionada e informou ter prendido em flagrante dois suspeitos de participarem do assalto. Um terceiro criminoso não foi localizado e ainda era procurado. O caso foi registrado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, no 53º Distrito Policial (DP), Parque do Carmo.

Segundo a polícia, dois criminosos entraram na loja e anunciaram o assalto por volta das 21h, enquanto o terceiro bandido ficou num carro, do lado de fora. Paulo aparece de boné azul e camiseta preta na frente do caixa com a carteira na mão para pagar sua compra.

Ele chegou a ser socorrido por uma ambulância, que o levou para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde teve a morte confirmada.

Rota prende dois suspeitos

Uma denúncia levou as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da Polícia Militar, a localizar o carro usado pelos bandidos na fuga. Os policiais perseguiram o veículo dos criminosos, que se acidentou no Jardim Santa Terezinha, também na Zona Leste.

O automóvel usado pelos três bandidos era furtado. Depois eles continuaram a fugir por uma viela. A polícia conseguiu prender dois bandidos e apreendeu a arma usada no crime. Um dos criminosos conseguiu fugir.

Levantamento feito pelo jornalismo da TV Globo mostra que 42 agentes de segurança, entre policiais militares, civis e guardas municipais na ativa ou aposentados, foram vítimas de assaltos na Grande São Paulo entre janeiro e novembro deste ano.

Sendo que oito policiais ficaram feridos e cinco foram mortos. Outros 14 criminosos ficaram feridos e 14 morreram.

No mesmo período do ano passado, 54 agentes foram alvos de criminosos na região metropolitana de São Paulo: 12 policiais ficaram feridos e sete morreram. Enquanto 12 criminosos foram feridos e 11 acabaram mortos.

O que diz a Oxxo
A reportagem procurou a Oxxo para comentar o assunto. A empresa se pronunciou por meio de nota:

“O Grupo Nós, operador da marca de mercados de proximidade OXXO, confirma que na noite do dia 20 de novembro foi vítima de uma tentativa de roubo em uma de suas unidades, próxima ao Metrô Vila Carrão. A companhia informa que acionou imediatamente as autoridades competentes e está prestando todo o suporte aos colaboradores e clientes envolvidos.

A marca lamenta profundamente o ocorrido com um de nossos consumidores. Nosso time prestará apoio social e psicológico à família neste momento. A empresa reforça que tem realizado iniciativas internas e tem trabalhado em parceria com os órgãos públicos no intuito de minimizar as questões de insegurança pública”

 

Jovem que matou o namorado a facadas em Lorena é condenada a 10 anos de prisão em júri

Elizabeth Neri Galdino tem 22 anos e foi condenada a 10 anos de prisão em regime inicial fechada por matar o namorado Israel Lemes da Silva a facadas, em novembro de 2022.

A jovem que matou o namorado a facadas após uma discussão do casal em Lorena (SP), em 2022, foi condenada a 10 anos de prisão. Ela foi julgada nesta quarta-feira (13).

Elizabeth Neri Galdino tem 22 anos e foi condenada pela morte do namorado Israel Lemes da Silva a facadas, em novembro do ano passado – leia mais detalhes do caso abaixo. Na época a jovem tinha 21 anos e confessou o crime à polícia.

O júri popular aconteceu no Fórum de Lorena e durou mais de 12h. O julgamento teve início às 10h e foi encerrado por volta das 22h40, após a condenação. Participaram sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres.

No período da manhã, foram ouvidos depoimentos de testemunhas do caso. Já no período da tarde, foi realizado o interrogatório da acusada.

O Ministério Público, responsável pela acusação, e os advogados de defesa de Elizabeth também falaram. A defesa alegou legítima defesa e pediu absolvição.

O juiz Alexandre Levy Perruci, então, iniciou a votação por partes dos jurados e, em seguida, determinou a condenação da jovem a 10 anos de prisão em regime inicial fechado.

Segundo o juiz, os jurados reconheceram autoria e materialidade do crime, afastando a hipótese de legítima defesa.

O g1 entrou em contato com a família de Israel Lemes da Silva e aguarda posição.

Representada pela advogada Cinthia Souza, a defesa de Elizabeth Neri Galdino informou que “a jovem agiu sob domínio de violenta emoção após injusta provocação da vítima, sendo acolhida a tese defensiva do homicídio privilegiado”.

Informou ainda que já recorreu da decisão e impetrará habeas corpus nesta quinta-feira (14) para pedir a revogação da prisão e para que Elizabeth possa aguardar ao julgamento do recurso em liberdade.

O caso
Israel Lemes da Silva foi morto a facadas pela namorada no dia 16 de novembro de 2022 em Lorena. Ele tinha 25 anos de idade.

O crime aconteceu depois de uma discussão entre o casal, algo que era muito comum na relação, segundo a Polícia Civil.

A Elizabeth Neri Galdino, na época com de 21 anos, atingiu a vítima com golpes na lateral do corpo e nas costas.

O caso aconteceu por volta das 20h, na rua Guilherme de Campos, que fica no bairro Vila dos Comerciários I.

De acordo com a polícia, o homem chegou a ser socorrido à Santa Casa da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Elizabeth confessou o crime e foi presa em flagrante por polícias militares que foram acionados para atender a ocorrência. Todos os exames periciais respectivos foram realizados na casa onde o assassinato aconteceu.

O caso foi registrado na delegacia da cidade, onde a delegada responsável decidiu prende a jovem.

Como agiu empresa de Renato Cariani, suspeita de desviar produtos químicos para produzir crack

Investigações começaram em 2019, após a AstraZeneca procurar o Ministério Público para comunicar as fraudes. Segundo a PF, Renato Cariani é sócio administrador da Anidrol, que forneceu toneladas de solventes para o tráfico produzir cocaína e crack e forjar a venda dos produtos para farmacêuticas

A Polícia Federal fez nesta terça-feira (12) a Operação Hinsberg contra um grupo suspeito de desviar produtos químicos para o narcotráfico, produzir mais de 12 toneladas de cocaína e crack e fraudar notas fiscais.

Segundo a PF, o influenciador fitness Renato Cariani é um dos principais alvos. Ele é o sócio-administrador da indústria química Anidrol, localizada em Diadema, na Grande São Paulo.

Como funcionava o esquema

De acordo com a PF, a empresa de Cariani desviava solventes como o acetato de etila, acetona, éter etílico, cloridrato de lidocaína, manitol e fenacetina, todos usados para produzir cocaína e crack, e emitia notas fiscais falsas da suposta venda deles para empresas farmacêuticas de renome no mercado.

Os produtos eram entregues a Fábio Spínola Mota, apontado pelos investigadores como intermediador, e amigo de longa data de Cariani. Ele direcionava a entrega para o tráfico.

Segundo as investigações, Spínola criou um falso e-mail em nome de um suposto funcionário da AstraZeneca, com quem a empresa de Cariani teria negociado a compra dos produtos.

Como esquema foi descoberto

As investigações começaram em 2019, quando a farmacêutica procurou o Ministério Público para informar que a empresa do influencer emitiu notas fiscais no ano de 2017 referente a movimentações de produtos químicos que não reconhecia como suas.

Logo depois da primeira denúncia, a Cloroquímica também representou contra a Anidrol por conta da emissão fraudulenta de quatro notas fiscais, de abril e junho de 2017.

Na ocasião, a empresa afirmou que nunca teve relações comerciais com a empresa de Cariani.

No ano seguinte, a LBS Laborasa comunicou à PF mais uma fraude em notas fiscais, emitidas pela Anidrol, juntamente com outra empresa, a Quimietest.

Ainda de acordo com a PF, Renato Cariani é sócio-administrador da Anidrol, juntamente com Roseli Dorth, mãe de Ana Paula Dalvino Leite, que é sócia responsável pela empresa Quimietest.

Segundo a PF, a Quimietest não tem sede física e atua como braço da empresa do influencer. A companhia, inclusive, tem como ex-sócia a esposa de Cariani.
De acordo com o delegado da PF Fabrizio Galli, foram feitos levantamentos “principalmente de notas fiscais emitidas” pela Anidrol . “Nessa situação, nós identificamos mais ou menos 60 hipóteses fraudulentas de notas fiscais emitidas, faturadas, em que o dinheiro foi depositado para a empresa investigada e as pessoas que haviam depositado esses valores não tinham vínculo nenhum com as empresas farmacêuticas.”

Ainda segundo Galli, “as investigações, esses 60 eventos, demonstram que os sócios tinham conhecimento pleno daquilo que tava sendo investigado, do desvio de produtos químicos. Há diversas informações bem robustecidas nas investigações que determinam a participação de todos eles de maneira consciente, não há essa cegueira deliberada em relação a outros funcionários, eles tinham conhecimento em relação ao que estava acontecendo dentro da empresa”.

Nome da operação

Oscar Hinsberg foi um químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina. Essa substância foi o principal insumo químico desviado.

Nas redes sociais, o influencer está sendo chamado de Walter White e Heisenberg em alusão ao personagem vivido por Bryan Cranston na série Breaking Bad. A produção acompanha a vida do professor e químico Walter, que é diagnosticado com um câncer no pulmão.

Sem dinheiro para pagar o tratamento e por medo de morrer e deixar sua família sem dinheiro, Walter passa por um colapso emocional. Ele acaba se envolvendo com Jesse Pinkman, um dos seus ex-alunos que também e traficante de metanfetamina. Juntos, eles abrem um laboratório para a produção da droga.

O que dizem os alvos

Em vídeo publicado nas redes sociais, o influenciador negou envolvimento no esquema. Ele disse que foi surpreendido pela operação da PF e afirmou que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo.

“Fui surpreendido com um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei, porque ele corre em “processo de justiça” [sic]. Então, meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver esse processo e, aí sim, eu vou entender o que consta nessa investigação”, afirmou.

Na mensagem, ele defende a empresa da qual é sócio.

“Eu sofri busca e apreensão porque eu sou um dos sócios, então, todos os sócios sofreram busca e e apreensão. Essa empresa, uma das empresas que eu sou sócio, está sofrendo a investigação, ela foi fundada em 1981. Então, tem mais de 40 anos de história. É uma empresa linda, onde a minha sócia, com 71 anos de idade, é a grande administradora, a grande gestora da empresa, é quem conduz a empresa, uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças tem todas as certificações nacionais e internacionais. Uma empresa que trabalha toda regulada. Então, para mim, para a minha sócia, para todas as pessoas, foi uma surpresa”, completou.

Quem é o influenciador

Renato Cariani é um dos principais nomes do mundo fitness. Ele é conhecido por ser o maior apoiador do fisiculturismo brasileiro. Cariani tem 47 anos e é casado com Tatiane Martines Cariani.

Renato tem mais 7 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões de seguidores no canal do YouTube. Os vídeos relacionados ao mundo da dieta e do culto ao corpo acumulam 1 bilhão de visualizações.

Nas redes sociais, ele se apresenta como professor de química, professor de educação física, atleta profissional, empresário e youtuber.

A operação

Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná.

A operação é realizada em conjunto com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal.

Fabio Spínola, apontado como intermediador, já foi preso por envolvimento nesse tipo de crime em operação da PF no Paraná.

Nesta terça, a PF encontrou, na casa dele, mais de R$ 100 mil em espécie.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Cariani será ouvido no processo. “Há algumas especificidades da investigação que indica que o investigado, a defesa dele, deve tomar conhecimento dos fatos investigados e após isso ele vai ser ouvido. Então já foi marcada a intimação, ele recebeu na data de hoje, quando foi feita a busca na sua residência, a intimação para se apresentar na Polícia Federal e prestar os esclarecimentos devidos.”

Homem que matou ex-mulher a facadas na frente da filha em Limeira é condenado a 24 anos de prisão em regime fechado

Acusado é réu confesso. Sentença foi dada na tarde desta quinta-feira (7). Defesa afirmou que deverá recorrer da decisão em relação às qualificadoras do crime.

A Justiça de Limeira (SP) condenou o homem acusado de matar a ex-mulher a facadas na frente da filha a 24 anos de prisão em regime fechado por crime de feminicídio. A sentença foi anunciada em julgamento do réu quinta-feira (7). O crime ocorreu em fevereiro de 2022.

Ao g1, a defesa do acusado afirmou que deve recorrer da decisão

Wagner William Augusto confessou ter matado a ex-mulher Luciana de Oliveira de Camargo, de 42 anos, dentro de casa. O homem que já seguia preso de forma cautelar, segundo a sentença, deverá continuar preso para fazer a apelação.

Sentença

Na sentença assinada pelo juiz da Comarca de Limeira, Rogério Danna Chaib, foi acolhida a tese da acusação e reconhecidas a qualificadoras do crime que aumentaram a pena de, inicialmente 12 anos de reclusão em regime fechado, para 24 anos, conforme motivações mencionadas na decisão:

motivo fútil que dificultou a defesa da vítima
condição de sexo feminino da vítima, em situação de violência doméstica e meio cruel
crime cometido na presença física de descendente da vítima
O advogado de defesa do acusado afirmou ao g1, nesta quinta-feira, que concorda com a sentença de homicídio cometido em frente à filha da vítima. Porém, sustentou o afastamento das três qualificadoras do crime.

“Consideramos a pena um pouco alta. Entendemos que foi tipificado erroneamente porque seria motivo torpe e não fútil, uma vez que já havia discussões anteriores entre o casal, como em relação à tentativa de retirada da guarda do filho. Tentamos também tirar a qualificadora de dificuldade de defesa da vítima porque ela não foi pega de surpresa em momento nenhum. Houve outras ameaças de morte”, pontuou o advogado Ubirajara Mangini.
“Além disso, não há provas sobre intenção de torturar. O próprio laudo necroscópico aponta que não há condições de dizer se houve ou não crueldade”, acrescenta a defesa.

Prisão
O homem foi preso no dia 23 de fevereiro deste ano. A equipe da Força Tática encontrou o suspeito em uma casa no bairro Geada 2, em Limeira, que seria a casa de um amigo dele. Inicialmente, o homem tentou trancar o imóvel, mas depois que foi abordado pelos policiais não apresentou mais resistência.

Ele confessou o crime à PM e disse estar embriagado, que não sabe o que aconteceu.

Os policiais também encontraram a bermuda que possivelmente ele estava usando no momento do crime e a faca usada, objetos que foram apreendidos para auxiliar nas investigações.

Feminicídio

Luciana de Oliveira de Camargo de 42 anos foi morta a facadas em Limeira, dentro da própria casa, no Jardim Caieiras, por volta das 19h30. Segundo vizinhos relataram à equipe da EPTV, afiliada da TV Globo, o suspeito já estava rondando a casa há cerca de 20 dias, e nesta terça, ele conseguiu invadir o imóvel e cometer o crime.

Ainda segundo os vizinhos, ele bateu a cabeça de Luciana contra a mesa e, quando ela estava desmaiada, deu quatro facadas nela e depois fugiu.

O crime aconteceu na frente da filha mais velha, que é deficiente, ela tem síndrome de Willians. Foi a adolescente quem avisou os vizinhos e ligou para o pai dela.

Luciana deixou outros dois filhos, um menino de 15 anos, de outro relacionamento, e outro de 6 anos. O mais novo é filho do homem suspeito de matar a vítima.

Segundo a família, eles foram casados durante sete anos e há quatro estavam separados. Luciana já tinha registrado dois boletins de ocorrência contra o ex-marido por ameaças, mas não tinha medida protetiva.

A irmã da vítima relatou que, 20 dias antes do crime, o homem invadiu a casa da ex-mulher, perto das 3h da manhã, após ela se esquecer de trancar o portão, entrando na residência e arrombando a fechadura da sala. Ela estava dormindo e foi pega de surpresa.

Após perceber a presença do ex-marido, a vítima gritou por seu filho, e ainda segundo sua irmã, o filho conseguiu enfrentá-lo e retirá-lo da casa.

Polícia prende namorado de jovem encontrada morta na Rocinha; perícia afirma que cena do crime foi manipulada

De acordo com os policiais, o corpo foi movimentado e a arma colocada na mão da vítima, para simular que ela teria tirado a própria vida.

A Polícia Civil prendeu, na manhã deste sábado (23), Gabriel de Oliveira Leal, de 22 anos, namorado de Jenifer Carvalho Paes, de 19 anos, encontrada morta em uma casa da Rocinha no fim de agosto. De acordo com as investigações, ele tentou fazer com que o crime parecesse um suicídio. Porém, o trabalho dos peritos desmantelou a hipótese de que a jovem teria tirado a própria vida.

A perícia mostrou que Jenifer foi morta com um tiro disparado a curta distância. De acordo com os policiais, o corpo foi movimentado e a arma colocada na mão da vítima, para simular que ela teria tirado a própria vida.

Jenifer foi encontrada morta na casa onde vivia com Gabriel, que foi encontrado pelos policiais em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

A Polícia Civil indiciou Gabriel pelos crimes de feminicídio agravado por motivo fútil, fraude processual, violência psicológica e posse de arma de uso restrito. O caso foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido de prisão preventiva.

De acordo com a perícia, a posição em que Jenifer estava não era compatível com a marca do disparo na parede e com o sangue no colchão.

“Havia sangue no final do colchão e a vítima foi encontrada no início dele, mostrando de forma inequívoca que Gabriel transportou o corpo da vítima e montou a cena do suicídio, colocando a arma na mão da vítima”, afirmou a delegada Flávia Monteiro, titular da 11ª DP (Rocinha).

A marca do disparo encontrada no cadáver também não é compatível com a de uma arma encostada ao corpo, como em casos de suicídio. A queimadura causada pelo disparo, conhecida como “tatuagem” é compatível com a de um tiro disparado a curta distância.

O exame residual na mão da vítima mostrou que quantidade de pólvora encontrada não é compatível com a de uma pessoa que tenha utilizado a arma do crime.

“Isso mostra de forma patente que Gabriel colocou a arma contaminada na mão da vítima para simular um suicídio”, disse a delegada.

Partículas de pele também foram encontradas nas unhas de Jenifer. O material é compatível com o de uma pessoa do sexo masculino, mostrando que houve luta corporal momentos antes do crime.

Em depoimento, Gabriel afirmou que o caso foi um suicídio e exibiu como prova um vídeo onde ele, com o próprio celular, Jenifer descontrolada e dizendo que ele não iria se livrar dela.

“Isso demonstrou que ele estava premeditando o crime pois, no mesmo vídeo, ele aparece dizendo que aquela era a última vez que a vítima falava isso para ele”, ressaltou Flávia Monteiro.

 

Polícia Federal prende médicos suspeitos de corrupção no Tocantins

A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira, 07, no Tocantins e em outros nove estados, uma operação para desarticular uma organização criminosa acusada de fraudar licitações para a compra de equipamentos hospitalares conhecidos como OPMEs (sigla para órteses, próteses e materiais especiais). O grupo, formado por médicos, empresários e servidores da Secretaria de Estado da Saúde, superfaturava a aquisição dos insumos. 

A “Marcapasso”, como foi batizada a ação, cumpre 137 mandados judiciais expedidos pelo juiz federal da 4ª Vara Federal Criminal de Palmas, João Paulo Abe. São 12 mandados de prisão temporária, 41 mandados de condução coercitiva contra empresários e 84 mandados de busca e apreensão, no Tocantins, Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Paraná, Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Mais de 300 policiais participam da operação. 

Os mandados de prisão são contra 11 cardiologistas e um representante comercial. Já as ordens de condução coercitiva têm como alvos, entre outras pessoas, um ex-titular da Sesau, o ex-secretário municipal da Saúde da capital, Luiz Teixeira, o pai do governador Marcelo Miranda (PMDB), Brito Miranda e alguns médicos como Charlston Cabral Rodrigues. A Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 7,2 milhões dos suspeitos. 

As pessoas envolvidas no esquema criminoso poderão responder por corrupção passiva e ativa, fraude à licitação, associação criminosa e outros crimes.

Os investigados que tiveram a prisão decretada são: Andrés Gustavo Sánchez Esteva, Antônio Fagundes da Costa Júnior, Carlos Alberto Figueiredo Novo, Fábio D’ayala Valva, Fernando Motta, Genildo Ferreira Nunes, Ibsen Suetônio Trindade, Leandro Richa Valim, Marco Aurelio Vilela Borges de Lima, Silvio Alves da Silva, Rafael Iassuda de Oliveira e Henrique Barsanulfo Furtado

Apenas o médico Fernando Motta não foi localizado. Um segundo investigado não foi preso porque está fora do país e um terceiro porque encontra-se no interior do estado. 

Investigações

De acordo com a PF, a investigação teve início em 2016, quando os sócios de uma empresa de produtos médicos e hospitalares foram presos em flagrante por terem, na qualidade de proprietários da empresa, fornecido à Secretaria de Saúde do Tocantins produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, cujos prazos de validade de esterilização se encontravam vencidos. Os empresários delataram a existência da máfia das próteses. 

Ao longo das investigações, a polícia descobriu um vasto esquema de corrupção destinado a fraudar licitações no estado, mediante o direcionamento de processos licitatórios. A polícia diz que o esquema montado possibilitava o fornecimento de vantagens ilícitas a empresas, médicos e empresários do ramo, bem como a servidores da Sesau.

O Ministério Público Federal explica que os médicos envolvidos atuavam em paralelo com os setores de compras da secretaria, providenciando pareceres técnicos em pregões presenciais, que tinham por função eliminar empresas não alinhadas ao grupo, na compra de OPMEs. Confirmada a contratação da empresa visada, o ganho de capital proporcionado pelo superfaturamento (as órteses, próteses e materiais especiais adquiridos apresentavam valor superior ao de mercado), era dividido com os cardiologistas. Estima-se que eles tenham recebido cerca de R$  4,5 milhões para participar do esquema. 

Na decisão que determinou a prisão dos médicos, o juiz federal João Paulo Abe cita que os cardiologistas investigados chegavam a usar equipamentos do Hospital Geral de Palmas em clínicas particulares. É o caso de um aparelho de hemodinâmica do HGP, que serve para identificar obstruções das artérias ou avaliar o funcionamento das válvulas e do músculo cardíaco.

O MPF também identificou fraudes em pagamentos do PlanSaúde. Conforme apurado, o plano de saúde pagava para o médico um valor x, mas o profissional repassava para a empresa prestadora de serviço uma quantia inferior. Essa diferença era o valor da propina. 

Brito Miranda

Brito Miranda, pai do atual governador, Marcelo Miranda, é investigado na Operação Marcapasso por suposto tráfico de influência. Ele foi conduzido coercitivamente à sede da Superintendência da PF, em Palmas, e está proibido de ter acesso a qualquer órgão público do Poder Executivo do Estado, sob pena de decretação da prisão preventiva.

Nome da operação

Segundo a PF, o nome da operação é uma alusão a um dos itens mais simbólicos e conhecidos da área de cardiologia, o marcapasso.

Governo do Tocantins

Em nota, a Secretaria de Estado da Comunicação Social afirmou que os órgãos da administração estadual estão colaborando com as investigações da operação Marcapasso. “Sobre o envolvimento de médicos e outros servidores públicos no esquema, a Secretaria da Comunicação esclarece que vai esperar o fim das investigações para tomar as providências em relação àqueles que, por ventura, tiverem a participação comprovada”, destacou a nota da Secom.

CRM

O Conselho Regional de Medicina do Tocantins declarou que não foi informado oficialmente da investigação e lamentou o envolvimento de médicos no esquema. O CRM disse que espera que a Justiça cumpra o seu papel caso sejam confirmadas as ilegalidades. 

Outro lado

A defesa de Carlos Alberto Figueredo Novo declarou que vai provar a inocência do médico em juízo e que as alegações feitas são “inverídicas e infundadas”, uma vez que o cardiologista sempre atuou em ajuda à população.

Os médicos Silvio Alves da Silva e Antônio Fagundes da Costa Junior também negaram envolvimento no esquema investigado pela Polícia Federal e disseram que prestaram todos os esclarecimentos necessários em depoimento ao delegado responsável pelo caso.

O advogado de Charlston Cabral Rodrigues, Rodrigo Dourado Berlamino, informou que não há provas da participação do seu cliente no esquema e criticou a condução coercitiva do médico. Rodrigues diz que a verdade será esclarecida e que é pouco provável que haja denúncia com as provas que há no inquérito da PF.  

REDE TO busca contato e aguarda resposta de outros investigados na Operação Marcapasso. O espaço está aberto para que eles possam se manifestar. O email para envio de notas é [email protected]

PF prende 32 pessoas acusadas de grilagem de terras

 

A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (20/4), 32 pessoas (leia nomes abaixo) durante a Operação Lacraia. O objetivo é desarticular uma quadrilha que praticava, há 10 anos, grilagem de terras, crimes contra o sistema financeiro, fraudes cartorárias e corrupção de servidores públicos. Cerca de 200 policiais federais foram escalados para cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão.

Foram presos 19 pessoas em Barra do Garças, 6 em Água Boa (MT), uma em Cuiabá, três em Aragarças (GO), duas em Jataí e uma em Mirante do Paranapanema (SP). Os mandados foram expedidos pela juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara de Mato Grosso (leia abaixo).

Segundo a PF, os documentos apreendidos serão analisados para comprovar a prática dos crimes da quadrilha e calcular o total do prejuízo aos bancos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, o grupo falsificava e forjava registros e títulos de propriedades rurais, que posteriormente eram usados na obtenção de empréstimos e financiamentos bancários. Os empréstimos obtidos com o uso de documentos falsos giravam em torno de R$ 100 mil.

Além dos documentos, os policiais apreenderam carros, jóias e outros objetos de valor. A Justiça determinou o bloqueio de contas usadas pelo grupo.

A investigação apontou a existência de um esquema de fraudes que funcionava dentro do Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis, Notas e Protestos da Comarca de Barra do Garças, além dos cartórios de Água Boa e Baliza (GO), entre outros.

Segundo agentes da PF, com a colaboração de tabeliães e funcionários dos cartórios, a quadrilha alterava documentos originais, montava registros falsos e duplicava lavraturas. Os fraudadores também utilizavam scanners para copiar assinaturas de terceiros nos documentos que estavam sendo manipulados.

Depois de prontos, os papéis eram envelhecidos em fornos microondas, que acabaram substituindo a velha técnica que utilizava caixas com grilos (razão do termo grilagem de terras), segundo a PF. Em média, cada documento era negociado por R$ 5 mil, podendo em alguns casos chegar ao valor de R$ 40 mil. Estes pagamentos eram feitos por meio de depósitos em contas de laranjas, com a finalidade de dificultar o rastreio, informam os agentes.

Ainda de acordo com as investigações, as escrituras das terras, que na maioria eram de propriedade da União ou não existiam fisicamente, serviam de garantia na obtenção dos empréstimos bancários. Em uma das fraudes, a quadrilha, além de obter o registro falso de uma fazenda, obteve certidões que comprovariam a sua produtividade e também deslocou um rebanho de 100 cabeças de gado até a área. Tudo para que o auditor do banco autorizasse o financiamento.

A PF informa que entre os presos está Ailda de Deus Silva, servidora do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ela era responsável pela emissão de Certificados de Cadastro de Imóvel Rural.

Veja os presos pela PF

Adaídes Pereira Gervásio,

Adaílton Galdino de Oliveria

Ailda de Deus Silva

Aislan Vieira Gonçalves

Celso Turo

Divina Célia Moreno Nascimento

Divino Marra da Silva

Eliane Silva Moreira

Francisco Gervásio Pereira

Helena da Costa Jacarandá

Henrique Medeiros da Cruz

Irismar de Paula Paraguassu

Jairo Hohlenverger Rodrigues

José Roque da Costa

Lucélia Barros Lopes Parreira

Marcelo Elias de Oliveira

Maria de Lourdes Dias Guimarães

Renato Alves de Oliveira Júnior

Rondom Rodrigues da Silva

Rubens Omar Maurmann Borges

Serineu Osmar Tura

Thattiane Gervásio do Nascimento

Wilson Antônio Prestes Stein

Clóvis Peres Filho

José Roberto

“Toninho Barbudo”

Carlos Augusto de Abreu

Dionísio Barbosa

João Carlos Correia de Cerqueira

Mauro Cesar Dias Mello

Wilson Antônio Martins

Anderson Antônio Kloster

Veja a ordem de prisão

PROCESSO: 2007.36.00.003573-6

CLASSE: 15204- PRISÃO TEMPORÁRIA e BUSCA E APREENSÃO

REQUERENTE: DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL

DECISÃO

Trata-se de pedidos de PRISÃO TEMPORÁRIA e de BUSCA E APREENSÃO, formulados pela Autoridade Policial em face de ADAÍDES PEREIRA GERVÁSIO, ADAÍLTON GALDINO DE OLIVEIRA, AILDA DE DEUS SILVA, AISLAN VIEIRA GONÇALVES, CELSO TURA, DIVINA CÉLIA MORENO NASCIMENTO, DIVINO MARRA DA SILVA, ELIANE SILVA MOREIRA, FRANCISCO GERVÁSIO PEREIRA, HELENA DA COSTA JACARANDÁ, HENRIQUE MEDEIROS DA CRUZ, IRISMAR DE PAULA PARAGUASSU, JAIRO HOHLENVERGER RODRIGUES, JOSÉ ROQUE DA COSTA, LUCÉLIA BARROS LOPES PARREIRA, MARCELO ELIAS DE OLIVEIRA, MARIA DE LOURDES DIAS GUIMARÃES, RENATO ALVES DE OLIVEIRA JUNIOR, RONDOM RODRIGUES DA SILVA, RUBENS OMAR MAURMANN BORGES, SERINEU OSMAR TURA, THATTIANE GERVÁSIO DO NASCIMENTO, THIAGO HENRYK BARROS PARREIRA e WILSON ANTÔNIO PRESTES STEIN, nominados na inicial e aditamento, que fariam parte de possível ação de organização criminosa voltada às atividades ilícitas com vistas, em síntese, à prática de negociações com propriedades rurais em sua maioria, fraudulentamente registradas e/ou averbadas, além de sua utilização para a obtenção de financiamentos em Instituições Financeiras oficiais.

PF prende outro suspeito na Operação Águas Profundas

A Polícia Federal prendeu em Santa Catarina mais um suspeito de participar da quadrilha envolvida em um esquema de fraudes de licitações da Petrobras, aumentando para 14 o número de presos na Operação Águas Profundas. Ricardo Moritz é acusado de atuar como laranja nas transações. Quatro pessoas ainda são procuradas. Entre os presos na operação, deflagrada na terça-feira, estão três funcionários da estatal, dois diretores do estaleiro Angraporto e Ricardo Secco, pai da atriz Deborah Secco.

Segundo o delegado responsável pela operação, Ricardo Moritz é acusado de atuar como laranja de Ruy Castanheira, contador que trabalhava como operador da quadrilha, numa empresa fantasma chamada RVM. A polícia ainda investiga a denúncia de que a RMV, empresa em nome de Moritz, emitia notas fiscais frias para as ONGs acusadas de lavagem de dinheiro.

Na operação, a Polícia Federal cumpria 18 mandados de prisão preventiva. Quatorze pessoas foram presas e quatro ainda estão foragidas: o policial federal Sergio Fernandes Granja, Wilson Ribeiro Diniz, que seria laranja, Cláudio Valente Scultori da Silva e José Augusto Barbosa Reis.

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra 26 pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema. Os envolvidos serão acusados de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, estelionato, fraude de licitação e falsidade documental.

De acordo com o procurador da República, Carlos Alberto Aguiar, autor da denúncia criminal, em um dos esquemas, funcionários da Petrobras repassavam informações privilegiadas visando fraudar licitações viciadas em favor da empresa Angraporto Offshore, criada em julho de 2003 para a realização de contratos administrativos com a estatal desde a sua criação. Outras empresas também se associaram à Angraporto em fraudes.

“Empresas como a Iesa e a Mauá Jurong também se associaram à Angraporto para fraudar as licitações envolvendo as plataformas P-14 e P-16”, afirma nota do Ministério Público. Os réus ocultavam parte dos recursos auferidos com os contratos das licitações, valendo-se de empresas “fantasmas”. Com isso, foi desenvolvido um esquema para circulação clandestina desses recursos, com emissão de notas fiscais falsas, possibilitando a sonegação de tributos federais.

ONGs

Outro esquema, coordenado pelos denunciados Ruy Castanheira e Ricardo Secco, consistia em desviar recursos repassados pelo governo por meio de convênios sem licitação para organizações não-governamentais (ONGs) que, em tese, seriam responsáveis pela execução de programas sociais.

As transferências foram realizadas pela Fundação Escola do Serviço Público (Fesp) por meio de convênios também sem licitação com as ONGs Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa da Administração, Instituto Nacional de Aperfeiçoamento da Administração Pública, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Treinamento e Centro Brasileiro de defesa dos Direitos da Cidadania.

A operação

A operação, denominada “Águas Profundas”, cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão no Estado do Rio de Janeiro e em Brasília, no Distrito Federal. A ação conta com a participação de cerca de 250 agentes de vários Estados. Em duas casas em condomínios de luxo na zona sul do Rio, foram apreendidos documentos, quatro veículos e uma coleção de armas que inclui metralhadoras e pistolas com silenciadores.

Veja a lista dos acusados com prisão preventiva decretada:

Fernando da Cunha Sterea
Mauro Luiz Soares Zamprogno
Wladimir Pereira Gomes
Simon Matthew Clayton
Ruy Castanheira de Souza
Carlos Heleno Netto Barbosa
Carlos Alberto Pereira Feitosa
Romulo Miguel de Morais
Sergio Fernandes Granja
Ricardo Secco
Jose Augusto Barbosa Reis
Ana Celeste Alves Bessa
Claudio Valente Scultori da Silva
Felipe Pereira das Neves Castanheira de Souza
Laudezir Carvalho de Azevedo
Hilário dos Santos Mattos
Wilson Ribeiro Diniz
Ricardo Moritz

Outros denunciados:
Carlos Roberto Velasco
Paulo Cesar Petersen Magioli
Valdir Lima Carneiro
Aurélio Gonçalves Marques
Rodolfo Barbosa Brandão da Costa
Paulo José Freitas de Oliveira
Antônio Carlos Vargas
José Antonio Vilanueva

Polícia prende suspeito de matar promotor pernambucano em emboscada

O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, informou, na manhã desta quarta-feira (16/10), a prisão de um homem suspeito de ter atirado no promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Thiago Faria Soares. O homem, identificado como Edmacyr Cruz Ubirajara, foi reconhecido pela noiva da vítima, Mysheva Martins, que estava no carro do promotor, quando ele foi emboscado e morto na segunda-feira (14/10).

Thiago estava em companhia da noiva, a advogada Mysheva Ferrão, quando o carro dele foi alvejado. Ela conseguiu sair do veículo e sofreu escoriações leves
O suspeito será apresentado esta manhã no auditório da Secretaria de Defesa Social (SDS), no bairro de Santo Amaro, no Recife. Edmacyr seria o cunhado do fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado pela polícia como mandante do crime e que continua foragido. Ainda de acordo com o secretário, o crime também teria contado com a participação de mais três atiradores, uma vez que a polícia trabalha com a hipótese de que quatro pessoas estariam no carro que interceptou o veículo do promotor.

“O Edmacyr era alvo da operação desde início da investigação. Ainda na segunda-feira (14) conseguimos chegar até ele, mas ele conseguiu fugir. Na tarde de ontem, o suspeito se apresentou à Delegacia de Águas Belas com um advogado, mas acabou detido, uma vez que já havia um mandado de prisão expedido por crime de roubo. Agora, já foi decretada a prisão temporária do suspeito e a principal testemunha fez o reconhecimento fotográfico dele. O caso está esclarecido. Todo o desenrolar da investigação leva a isso. O mandante já foi identificado e teve o mandado de prisão expedido pela Justiça. Resta apenas identificar outros co-participantes. O preso vai ser reinquerido para dar mais detalhes sobre o caso”, detalhou Damázio, em entrevista à TV Clube.

[SAIBAMAIS]O fazendeiro também é acusado de mandar matar, em 1990, o então prefeito de Águas Belas, Hildebrando Albuquerque de Lima. O político saiu ileso, mas dois dos quatro PMs que estavam com ele morreram. José Maria também foi uma das peças principais da CPI da Pistolagem, em 2000, quando foi acusado de liderar um grupo de bandidos no Agreste. O termo ;Triângulo da Pistolagem; surgiu nessa época, quando também foram apontados como líderes de grupos semelhantes Claudiano Martins, tio da advogada Mysheva, e Hildebrando Lima, vítima do atentado em 1990. No ano passado, José Maria candidatou-se a vereador de Águas Belas e conquistou 472 votos, ganhando o título de suplente.

;O suspeito tem uma ficha criminal longa, inclusive responde por homicídios de dois PMs e uma tentativa de assassinato contra um ex-prefeito;, confirmou Oswaldo Morais, chefe da Polícia Civil. Em 2006, os nomes dos integrantes da família Martins, que sempre se revezaram nas cadeiras de prefeitos da região Agreste, voltaram a ter seus nomes divulgados na imprensa após a deflagração da Operação Alcaides, da Polícia Federal. Ao todo, 16 pessoas foram presas na época, entre elas, Numeriano Martins, pai da advogada e prefeito de Águas Belas na ocasião; Otaviano Martins, que era prefeito de Manari; Manoel Ferreira dos Santos, na época prefeito de Tupanatinga; Claudiano Martins, que era deputado estadual reeleito pelo PMDB, além de Braz José Memésio Silva, ex-prefeito de Itaíba.

O cenário de criminalidade na região motivou a vinda de três procuradores da República ao estado: Rafael Nogueira, Wellington Saraiva e Francisco Chaves. O trio tem larga experiência. Eles poderão ajudar em uma eventual reconstituição. ;Ao que tudo indica, foi uma execução, um atentado ao estado democrático;, disse Rafael Nogueira.