Homem que esfaqueou e matou segurança em mercado tinha 11 passagens pela polícia por furto

Vídeo mostra quando o segurança impede que o homem saia do supermercado com barras de chocolate escondidas sob a roupa. Logo depois, ele volta e esfaqueia o funcionário.

O homem preso na quinta-feira (18) por esfaquear e matar um segurança de um supermercado em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, tinha 11 passagens pela polícia por furto e havia acabado de furtar uma drogaria, segundo a Polícia Militar.

Imagens de câmeras de segurança mostram quando o criminoso, Jorge Luís Gomes da Silva, de 29 anos, tenta sair do mercado e é impedido pelo segurança Rildo de Oliveira Torres. Após uma revista, Jorge é obrigado devolver barras de chocolate que estavam sob a roupa.

Em outro momento do vídeo, o criminoso retorna e corre na direção do segurança, que ainda tenta fugir entre os caixas do mercado, mas é atingido por ao menos uma facada.

A vítima chegou a ser socorrida e levada para o Hospital do Andaraí, mas não resistiu.

As 11 anotações criminais dele por furto são de 2001 e a 2019. Agora, ele foi preso em flagrante por homicídio e furto. Com ele, foram apreendidas duas facas (veja abaixo).

 

PM acusado de executar MC Primo vai a júri popular; crime aconteceu há 11 anos

Funkeiro foi morto a tiros em frente à casa onde morava, em São Vicente (SP), no dia 19 de abril de 2012. Exame pericial comprovou que um dos projéteis, que atingiram a vítima, saiu da arma de fogo de um policial militar.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) marcou para o dia 12 de março de 2024 o júri popular do policial militar Anderson de Oliveira Freitas, acusado de matar a tiros o cantor MC Primo, em 19 de abril de 2012. O crime ocorreu em frente à casa onde o funkeiro morava, no bairro Jóquei Clube, em São Vicente, no litoral de São Paulo.

O policial militar deverá ser julgado no Fórum da cidade, a partir das 10h. O juiz Alexandre Torres de Aguiar da 1ª Vara Criminal, que deu a sentença do caso, pediu que Anderson permanecesse detido preventivamente até o dia do Tribunal do Júri.

Jadielson da Silva Almeida, o MC Primo, foi abordado por criminosos em uma motocicleta e um carro branco quando chegava em casa. Antes de um homem encapuzado, segundo as investigações, ter efetuado os 11 disparos contra o funkeiro, ele pediu para que a mulher e os dois filhos entrassem rapidamente na residência.

À época, o Instituto Médico Legal (IML) informou que o corpo do MC Primo tinha quatro perfurações no tórax, duas na coxa direita, uma no ombro, três nas costas e uma no punho esquerdo.

Em dezembro de 2022, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) apresentou uma denúncia, na qual um exame pericial comprovou que um dos 11 projéteis que atingiram a vítima saiu da arma de fogo de Anderson, que teve a prisão preventiva decretada.

Conforme apurado pelo g1 na época, ao ser interrogado em juízo, o acusado negou o crime descrito na denúncia e disse que não trabalhou como PM na data dos fatos, pois era folga dele.

Além disso, Anderson declarou que não conhecia a vítima antes dos fatos serem veiculados e alegou desconhecer o autor do crime, bem como o motivo pelo qual foi apontado como tal.

Na sentença, no entanto, o juiz relatou que Anderson foi visto cumprimentando MC Primo horas antes do crime. O policial militar também foi apontado como participante da execução por uma testemunha sigilosa.

Ainda de acordo com o documento apresentado pelo MP-SP, a “execução foi realizada por grupo criminoso armado”, mas, até o momento, “apenas um dos criminosos foi identificado, tratando-se de um policial militar”.

O g1 entrou em contato com o assistente de acusação e com a Polícia Militar (PM), mas não teve retorno até a última atualização. A reportagem também tentou um posicionamento da defesa do réu, mas não a localizou.

Pedreiro envolvido em morte de jovem concretada debaixo de escada é condenado a quase 28 anos de prisão

Joice Maria da Glória Rodrigues, de 25 anos, foi estrangulada com uma camisa. O corpo dela foi ocultado na obra em que o condenado trabalhava, em São Vicente, SP.

O pedreiro Edmilson Veríssimo da Silva, de 56 anos, foi condenado a 27 anos e 10 meses de prisão pela morte de prisão pela morte de Joice Maria da Glória Rodrigues. Ela ficou desaparecida por oito dias e foi encontrada concretada em uma parede em São Vicente, no litoral de São Paulo. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (22).

A vítima foi dada como desaparecida em 27 de setembro de 2021, após ter saído de casa dizendo que visitaria o avô. A equipe da 3ª Delegacia de Homicídios conduziu o caso, que resultou na prisão de Jonathas Soares de Santana, de 37 anos, condenado a 29 anos e dez meses de prisão, e do pedreiro detido no mês posterior ao sumiço da jovem.

A reportagem da TV Tribuna, afiliada da Globo, tentou acompanhar o júri popular no Fórum de São Vicente, que começou às 10h e foi encerrado por volta das 20h30, mas não foi autorizada pelo juiz Alexandre Torres de Aguiar.

Edmilson, na época, contou que havia usado drogas e mantido relações sexuais com a jovem, que depois ficou com Jonathas. O pedreiro contou que estava no segundo piso da obra, no bairro Esplanada dos Barreiros, quando o autônomo e a mulher começaram a discutir.

No interrogatório, Edmilson disse ter descido para ajudar o outro homem a matar Joice, que foi estrangulada com uma camiseta, e teve o corpo colocado em um vão debaixo da escada. O local, em seguida, foi concretado.

Desaparecimento

A jovem Joice Maria da Glória Rodrigues, de 25 anos, foi encontrada morta e concretada em uma parede de um imóvel em construção, em São Vicente. A Polícia Civil localizou o corpo da vítima em 5 de outubro de 2021.

Ela havia sumido após visitar o avô, que mora no bairro Parque Bitaru, na Área Insular. O marido de Joice foi o último a ter contato com a jovem, em 26 de setembro. De acordo com a família, a vítima tinha ligado para dizer que estava em um ponto de ônibus prestes a voltar para casa, no bairro Quarentenário.

“Ela disse que estava no ponto para pegar a condução e ia para casa. Ele ficou esperando ela, mas o tempo foi passando e ela não apareceu”, disse à época a irmã da vítima Maria da Glória Rodrigues.

Os familiares passaram a ligar para o telefone dela, mas as chamadas terminavam na caixa postal. Eles também fizeram o trajeto que ela percorreria até chegar em casa em busca de pistas, mas as tentativas foram em vão.

O caso só chegou a um desfecho após a polícia começar a investigar e chegar a Jonathas, que confessou ter cometido o crime.

 

Mototaxistas são condenados por matar agente de trânsito que os multava no Ceará

Segundo a polícia, os suspeitos participaram do plano criminoso e do assassinato. Agente assassinado atuava com ‘rigor e correção’, afirma delegado.

Três mototaxistas foram condenados pela morte do agente de trânsito Jackson Marques Bezerra, 37 anos, assassinado a tiros no dia 18 de julho de 2019 em Sobral, no interior do Ceará. Quatro homens haviam sido presos suspeitos do caso, mas um deles foi absolvido, conforme o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A condenação foi definida nesta quarta-feira (18).

O agente foi morto após realizar atividades físicas na Praça do Centro de Convenções da cidade, quando foi perseguido por dois homens em uma motocicleta roubada, que efetuaram os disparos e fugiram em seguida. Segundo os autos do processo, a vítima era encarregada de fiscalizar serviços de transporte no município, como táxis, mototáxis e coletivos.

O crime, conforme as investigações, foi uma retaliação dos acusados, que atuavam como mototaxistas, insatisfeitos com as fiscalizações realizadas pela vítima, no exercício de suas funções, que culminaram em penalidades contra os acusados.

Os réus condenados não terão direito de recorrer da sentença em liberdade. Após a decisão do Conselho, formado por sete jurados, o magistrado fixou as penas da seguinte forma:

Jonathan Mouta: recebeu a pena de 35 anos, 11 meses e 25 dias de reclusão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, coação no curso do processo e roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo;
Carlos César Vasconcelos Moreira Júnior: foi apenado em 23 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão por homicídio triplamente qualificado e coação no curso do processo;
Alexandre Torres do Nascimento: foi condenado a 18 anos e quatro meses de prisão pelo crime de homicídio triplamente qualificado.
Henrique Ferreira da Silva: foi absolvido pelos jurados.
Morto na saída de academia
O agente de trânsito Jackson Bezerra foi morto após sair de uma academia e ser perseguido por uma dupla em uma moto, que efetuou disparos de arma de fogo contra ele na Rua Coronel Frederico Gomes, no Bairro Campo dos Velhos. A vítima também trafegava em uma motocicleta.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima passou a fiscalizar com maior frequência os serviços realizados por mototaxistas, “mototaxistas piratas” e as linhas de ônibus. Com a atuação, o grupo criminoso ficou insatisfeito com o trabalho de Jackson.

‘Com ele não tinha jeitinho’
À época do crime, o delegado Marcos Aurélio, diretor do Departamento de Polícia Civil do Interior Norte, declarou que a vítima tinha um histórico de ser atuante, rígido e correto no trabalho, e que isso desagradou o grupo criminoso.

“O Jackson era um servidor concursado da Prefeitura Municipal de Sobral. Exercia atividade no trânsito da municipalidade. Ele tinha um histórico de ser atuante, rígido, correto, e com ele não tinha ‘um jeitinho’. Se está errado, está errado. E com esse rigor de sua atividade, ele chegou a prender alguns concessionários do transporte público, com o caso, mototaxistas. Ele apreendia e tomava a bata com a numeração e a bata ficava apreendida por determinado período, até que fosse restituído ao trabalhador”, comentou.

Segundo o delegado, o grupo criminoso “estudou o itinerário” da vítima e passou a monitorá-lo. “Fizeram o estudo de itinerário do senhor Jackson, a rotina de vida dele, que horas ele saia para o trabalho, aonde ele ia, o horário que ele caminhava, e no dia 18 de julho, resolveram executá-lo”, disse o delegado.

Justiça condena 9 pessoas que integravam quadrilha de tráfico de drogas em Minas

Integrantes de bando foram presos durante Operação Babilônia, em fevereiro do ano passado, e vão pegar entre três e 22 anos de prisão

Quadrilha foi desmantelada durante operação em fevereiro de 2021

A Justiça condenou, nesta segunda-feira (31), nove pessoas por envolvimento em uma quadrilha responsável pelo tráfico de grandes quantidades de droga e lavagem de dinheiro. O grupo abastecia traficantes menores na capital mineira. As penas, determinadas pela juíza Andréa Cristina de Miranda Costa, da 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, variam entre três anos de reclusão a 22 anos de prisão.

A organização criminosa foi alvo da Operação Babilônia em fevereiro do ano passado, quando a Polícia Civil foi às ruas de Belo Horizonte, Contagem, Itaobim e Itinga – as duas últimas no Vale do Jequitinhonha – para cumprir 13 mandados de prisão.

O Ministério Público ofereceu denúncia contra as 13 pessoas mas, até o momento, 11 foram julgadas. Duas pessoas foram absolvidas.

Um dos líderes da quadrilha, Michel Vaz da Silva, que está foragido, foi condenado a 22 anos de prisão. De acordo com a denúncia, ele começou a atuar como traficante nos bairros Marajó e Havaí, na região Oeste de Belo Horizonte, e, mais tarde, passou a traficar quantidades maiores de drogas para outros traficantes.

Outro chefe da quadrilha, que foi preso no ano passado, é Dilson Gusmão de Oliveira Neto, conhecido com Dilsinho ou Loirinho. Ele foi condenado a 15 anos de prisão e era o braço da quadrilha responsável pela lavagem de dinheiro.

Uma estratégia utilizada pela quadrilha era a de criar empresas de fachada com objetivo de lavar o dinheiro obtido com a venda das drogas.

De acordo com a investigação, uma empresa de eletrodomésticos foi usada com essa finalidade.

“As informações apuradas na investigação, como já visto, apontam que a organização adquire as drogas nas regiões da fronteira do país, revende para traficantes de drogas de Minas Gerais, recebendo o valor e utilizando-o para a compra de mais entorpecentes. A constituição da referida empresa objetivava, exclusivamente, realizar a movimentação desses valores”, diz trecho da decisão.

Além da dupla também foram condenados: Patrock Rodrigues Pinheiro (13 anos e 6 meses), Marcílio Augusto Nogueira (9 anos e 10 meses), José Claudio Loiola Alves (9 anos e 10 meses), Patrícia Moreira Silva (9 anos e 10 meses), Murilo Luiz Vaz da Silva (10 anos e 9 meses), Moisés Serafim Barbosa (12 anos e 5 meses) e Silmara Steffane Silva Figueiredo Torres (3 anos), a única a cumprir a pena em regime aberto.
 

 

Sanguessugas: cresce o número de ex-deputados denunciados

O Ministério Público Federal em Mato Grosso ofereceu denúncia contra mais nove ex-deputados federais, 49 assessores parlamentares e um servidor público do Ministério da Saúde por fraude a licitações para a compra de ambulâncias. O esquema foi descoberto na Operação Sanguessuga.

Agora há 19 ex-parlamentares, 79 assessores parlamentares e cinco funcionários do Ministério da Saúde acusados de envolvimento na chamada máfia das ambulâncias.

De acordo com o MPF, a organização criminosa atuou em 26 estados para cometer crimes contra a Administração Pública, de lavagem de dinheiro e de fraude a licitações para a compra de unidades móveis de saúde, ônibus de transporte escolar, veículos de inclusão digital e equipamentos médico-hospitalares.

Estima-se que nos últimos cinco anos o grupo tenha movimentado recursos públicos federais em quantia bem superior a R$ 110 mil. Parte desse dinheiro foi utilizada para o pagamento de vantagens ilícitas a senadores, deputados federais, servidores públicos e lobistas ligados ao esquema.

O caso começou a ser investigado pela Procuradoria da República em Mato Grosso no ano de 2002. A partir de então, com a cooperação da Secretaria da Receita Federal e da Polícia Federal, passaram a ser reunidas as provas que fundamentaram a expedição dos cerca de 50 mandados de prisão, busca e apreensão e seqüestro de bens que foram cumpridos em maio deste ano.

A nova denúncia resultou do aprofundamento das investigações, especialmente com base na instrução dos processos já instaurados pelo juiz da 2ª Vara Federal de Cuiabá.

Lista dos novos denunciados:

Ex-deputados federais:

1. Cleuber Brandão Carneiro;

2. Eber Silva;

3. Emerson Kapaz;

4. Gessivaldo Isaías de Carvalho Silva;

5. José Aleksandro da Silva;

6. Luis Eduardo Almeida de Oliveira;

7. Matusael do Nascimento;

8. Nair Maria Xavier Nunes Oliveira Lôbo;

9. Paulo César Marques de Velasco;

Assessores parlamentares:

10. Alessandro Rezende Gonçalves;

11. Ana Terezinha Maforte Ferreira;

12. Anderson Luis Brusamarello;

13. André Sangali de Souza;

14. Andrey Batista Monteiro de Morais;

15. Antônio Carlos Machado;

16. Artur Paulo dos Santos Matos;

17. Danielle Surrage Bueno Pires;

18. Divaldo Martins Soares Júnior;

19. Edna Gonçalves Souza Inamine;

20. Edson Siqueira Menezes;

21. Elizângela Patrícia Furtado Lima;

22. Fábio Pereira da Silva;

23. Flávio Luiz Santos da Silva;

24. Franciso Jalcy Xavier Moreira;

25. Gizelle Cunha de Carvalho;

26. Inaldo José Santos Silva Ferreira de Araújo;

27. Iomar de Oliveira Tavares Filho;

28. Izildinha Alarcon Linares;

29. Jackson Pires Castro;

30. Jamil Félix Naglis Neto;

31. José Luiz Batistello;

32. Jussara Siqueira de Almeida;

33. Lara de Araújo Amorim;

34. Lázaro Martins Ramos Filho;

35. Leozir Bueno Meiga;

36. Lira José Duarte Fernandes;

37. Luciana de Andrade;

38. Luiz Marques Santos;

39. Manoel Gaia Farias;

40. Márcia Barifaldi Hirs;

41. Marcos Aurélio de Brito Duarte;

42. Marilene Maria da Silva;

43. Orlando Gervásio de Deus;

44. Patrícia Pereira Ribeiro;

45. Paulo Roberto de Oliveira Corrêa;

46. Raimundo Nonato Franco da Silva;

47. Raimundo Torres da Costa Filho;

48. Ranier de Oliveira Souza;

49. Ricardo Jardim do Amaral Mello;

50. Robson Rabelo de Almeida;

51. Rogério Corrêa Jansen;

52. Suely Almeida Bezerra;

53. Tereza Norma Rolim Félix;

54. Valdecir Alves Frois;

55. Vera Lúcia Pinto;

56. Weliton Brito David Carvalho;

57. Wylerson Moreira de Costa;

58. Zélia Maria Barbosa Henriques;

Servidor público do Ministério da Saúde:

59. Roberto Gonçalves.

Revista Consultor Jurídico, 31 de agosto de 2006, 19h05

Fonte: https://www.conjur.com.br/2006-ago-31/mpf-mt_oferece_denuncia_nove_ex-deputados