PF conclui inquérito e indicia 16 pessoas por tráfico internacional de mulheres

A Polícia Federal concluiu na última quinta-feira, dia 12, o inquérito sobre a “Operação Sabinas” que desarticulou uma rede de tráfico internacional de mulheres e pediu o indiciamento de 16 pessoas, segundo o delegado federal José Otacílio Dela Pace.

Além das dez pessoas presas no Brasil, foram indiciadas duas brasileiras que trabalhavam com prostituição na Espanha, além de dois colombianos, um paraguaio e o espanhol Aldo Insalaco.

Foram indiciadas as brasileiras: Juliana Santos Machado e Maria Aparecida Basílio que estavam na Espanha onde trabalhava com a rede de prostituição e faziam a intermediação com a quadrilha para levar mais garotas brasileiras para o exterior.

A Polícia inicia investigação sobre outras redes de aliciamento de mulheres que funcionariam em Mato Grosso do Sul, entretanto, o delegado não quis adiantar mais informações sobre estas quadrilhas para não atrapalhar as investigações.

Durante a operação desencadeada no último dia 28, a Polícia Federal prendeu em Campo Grande a advogada Rose Mari Lima Rizzo, Luciana Santos Machado, Vilma dos Santos Machado e Mário Márcio Neres Dias, e em Dourados Luiza Mara Rodrigues e Giovana Francine Ramos.

No Estado de São Paulo foram presos Cristiana Fernandes Pinheiro, Maria Dalva Basílio de Jesus e Genival da Silva Miranda, enquanto no Maranhão foi presa Maria do Perpétuo Socorro Freitas Silvas.

Sabinas: mãe e filha são presas em Dourados

A funcionária pública municipal Luiza Mara Rodrigues, 41, e sua filha, Geovana Francine Ramos, 23, foram presas pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, em Dourados, durante a “Operação Sabinas”, desencadeada em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Maranhão para combater tráfico internacional de pessoas, rufianismo, exploração de casa de prostituição, formação de quadrilha e tráfico de drogas.

As duas mulheres foram levadas por volta de 10h30 por agentes federais ao Hospital Evangélico para exame de corpo de delito e já retornaram para a delegacia da Polícia Federal, onde ficarão presas. A PF ainda não detalhou o envolvimento delas com a quadrilha.

A Operação Sabinas é resultado de inquérito instaurado em fevereiro. Pelo menos 70 policiais federais cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão nos três Estados. Segundo a PF, a quadrilha fatura R$ 1 milhão por mês enviando mulheres para prostituição na Espanha.

Em Campo Grande, foi presa a advogada Rose Mari Lima Rizzo, apontada pela PF como responsável pela emissão dos passaportes das mulheres que eram enviadas à prostituição na Espanha. Até agora, no total, dez pessoas foram detidas nos três Estados. A operação foi desencadeada para desarticular quadrilha de tráfico de mulheres, droga e rufianismo.

Os mandados de prisão e apreensão foram expedidos pelo juiz da 5ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado. Em Campo Grande, além da advogada Rose Rizzo, foram detidas Vilma do Santos Machado, Luciano dos Santos Machado e Márcio Neres Dias. Em Dourados, foram detidas Luiza Mara Rodrigues e Geovana Francine Ramos. Em São Paulo, foram presos Cristiana Fernandes Pinheiro, Maria Dalva Basílio de Jesus, Genival da Silva Miranda e, no Maranhão, a PF prendeu Maria do Perpétuo Socorro Freitas Silva.

Pelo menos trinta brasileiras foram aliciadas no esquema, que gerava lucro de R$ 1 milhão por mês para a quadrilha. O grupo seria liderado pelo espanhol Aldo Insalaco, que está sendo procurado. A PF também deve entrar em contato com a polícia espanhola, para agilizar a deportação das brasileiras prostituídas naquele país.