Crime Premeditado: Homem Assume Responsabilidade pela Morte Brutal de Jovem Grávida em Rio das Pedras

Crime em Rio das Pedras: Jovem confessa ter matado grávida após discussão

Kayque Sales Simões, de 18 anos, residente na comunidade Rio das Pedras, em Jacarepaguá, foi preso sob a acusação de assassinar Kaylane Alves, uma jovem que estava grávida dele. O crime chocante foi admitido por Kayque durante seu depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital, onde confessou que o ato foi premeditado.

A reviravolta no caso ocorreu quando os policiais militares, em busca de Kayque, foram conduzidos por seu próprio pai até o paradeiro do filho. Após inicialmente negar sua participação no crime, Kayque acabou confessando após ser confrontado com evidências de vídeo que o mostravam entrando no apartamento da vítima. Ele revelou ter descartado a lâmina utilizada no crime em uma rua próxima.

O motivo por trás do assassinato, segundo Kayque, foi a revelação da gravidez por parte de Kaylane. Os dois não mantinham um relacionamento sério, e a notícia pegou o jovem de surpresa. Alegando ter comprado a lâmina uma semana antes do crime, Kayque admitiu ter planejado o assassinato, justificando suas ações com o argumento de estar trabalhando como barbeiro.

Testemunhos de amigos da vítima corroboraram a narrativa de que o relacionamento entre os dois era tumultuado, com relatos de agressões por parte de Kayque e pedidos para que Kaylane interrompesse a gestação.

O trágico desfecho ocorreu quando a irmã de apenas 11 anos encontrou Kaylane Alves com um ferimento grave no pescoço, dentro do quarto, enquanto a mãe e outras irmãs estavam em uma celebração. A família não tinha conhecimento da gravidez da jovem, levantando suspeitas de que ela já havia sido vítima de violência anteriormente por parte do acusado.

O Instituto Médico Legal realizará um exame de sangue para confirmar a gravidez, enquanto o corpo de Kaylane permanece no IML, sem informações sobre o sepultamento até o momento desta reportagem. Kayque Sales Simões foi encaminhado ao sistema prisional, onde aguardará o desenrolar do processo judicial.

Empresário corintiano que matou esposa palmeirense com 8 facadas após discussão por jogo de futebol será interrogado pela Justiça em SP

Quarta audiência do caso está marcada para esta quarta (225). Justiça quer ouvir Leonardo Ceschini para decidir se ele vai a júri. Réu responde em liberdade por feminicídio por ter matado Érica Ceschini após discussão por futebol em 2021. Crime foi na frente dos filhos.

A Justiça de São Paulo marcou para as 14h30 desta quarta-feira (22) a quarta audiência do caso do corintiano acusado de matar a esposa palmeirense com oito facadas após uma discussão por causa de um jogo de futebol há mais de dois anos. Ela ocorrerá no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital.

O empresário Leonardo Souza Ceschini, de 34 anos, matou a representante comercial Érica Fernandes Alves Ceschini, também de 34 anos, em 31 de janeiro de 2021. Ele responde em liberdade ao crime de homicídio doloso qualificado por feminicídio, motivo fútil e meio cruel cometidos na frente de seus filhos.

A expectativa é a de que o réu seja interrogado nesta quarta para dar a sua versão sobre o que aconteceu. Além dele, seu irmão também deverá prestar depoimento. O Ministério Público (MP) e os advogados de defesa do acusado falarão ainda na mesma audiência.

Esta etapa do processo, chamada de audiência de instrução, serve para a Justiça decidir depois se há indícios de crime para levar o réu a julgamento popular. Se isso ocorrer, será marcada uma data para o júri.

Três audiências

A primeira audiência do caso ocorreu em 22 de novembro de 2021, mas foi suspensa à época por determinação da Justiça, que atendeu ao pedido do Ministério Público (MP) e adiou a sessão para que fosse realizado um laudo psicológico nos filhos gêmeos do casal.

A segunda audiência ocorreu em 1º de março de 2023, já com o resultado do exame das crianças. O laudo indicou a possibilidade de os garotos terem visto o crime. Elas estavam no apartamento em que os pais moravam no momento do homicídio. Tinham cerca de 2 anos naquela ocasião.

A terceira audiência ocorreu em 5 de julho deste ano, quando o policial militar que atendeu a ocorrência foi ouvido.

O g1 não conseguiu localizar os advogados que defendem o acusado e nem os que atuam nos interesses da família da vítima. O promotor do caso também não foi encontrado.

Marido corintiano e esposa palmeirense

Leonardo é torcedor do Corinthians. Érica torcia pelo Palmeiras. O marido confessou o assassinato dizendo que os dois tinham discutido no dia seguinte à final da Copa Libertadores, em 30 de janeiro de 2021, na qual o Palmeiras foi campeão ao vencer o Santos por 1 a 0, no Rio. E que ele a matou para se defender dela.

Vizinhos do casal acionaram a Polícia Militar (PM) depois de escutarem gritos no apartamento em que moravam com os gêmeos, no bairro São Domingos, Zona Norte da cidade. As crianças estavam no imóvel, segundo a acusação.

Érica foi encontrada ensanguentada e morta, caída no chão da cozinha. O marido também estava ferido. Após dar uma versão de que a esposa o tinha esfaqueado e cometido suicídio, Leonardo confessou o crime. Ele deu três facadas no peito dela, quatro nas costas e uma numa das pernas.

Ele falou que os dois tinham “desavenças devido cada um ser torcedor de time de futebol diferente”. E que a mulher o cortou com a faca, mas ele conseguiu pegá-la e a esfaqueou de volta, com “vários golpes que causaram a morte dela”. A faca foi apreendida (veja na foto acima).

Réu solto

Atualmente, Leonardo responde em liberdade pelo assassinato de Érica. O empresário chegou a ser preso em flagrante pela PM, mas foi solto em fevereiro de 2021 por decisão judicial. A alegação foi a de que o Ministério Público demorou para se manifestar sobre o caso.

Em julho de 2021, o MP denunciou Leonardo pelo assassinato. Naquele mesmo mês, a Justiça aceitou a denúncia contra o acusado, tornando-o réu no processo.

Quem é acusado por crimes dolosos contra a vida pode ser levado a julgamento popular, no qual sete jurados decidem se a pessoa deve ser condenada ou absolvida, cabendo ao juiz a aplicação da pena ou da sentença. Havendo condenação, a pena para assassinato pode chegar a 30 anos de prisão.

Para o Ministério Público, “é certo que o denunciado agiu valendo-se de motivo fútil, qual seja, simples discussão familiar fomentada por rixa esportiva. O crime também foi perpetrado com emprego de meio cruel, visto ter sido a vítima atingida por diversas facadas, suportando sofrimento atroz e desnecessário”.

Furto, filhos e família

A Polícia Civil investiga ainda se, após o assassinato, o sogro de Érica furtou do apartamento em que ela morava com Leonardo: o carro dela, duas TVs, um micro-ondas, eletroeletrônicos e joias. O furto teria sido cometido enquanto o corpo da representante comercial era velado e sepultado, em 1º de fevereiro. A família da vítima gravou um vídeo para denunciar o furto (veja acima).

A guarda dos filhos está com os avós maternos das crianças.

 

Discussão em padaria deixa cliente esfaqueado e morto, outro baleado e pedestre atropelado; idoso é preso por homicídio em SP

Confusão teve briga e ocorreu na manhã de quinta (21) na Padaria Pão do Horto, Zona Sul. Caso foi registrado como assassinato, colisão de veículo e tentativa de homicídio.

Vídeo gravado por câmera de segurança mostra o começo da discussão e briga dentro de uma padaria da Zona Sul de São Paulo que deixou, sequencialmente, um cliente baleado, outro esfaqueado e morto, e ainda teve o atropelamento de um pedestre (veja acima). Um idoso acabou preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) pelo homicídio.

A confusão ocorreu na manhã desta quinta-feira (21) na Padaria Pão do Horto, no Parque Munhoz.

O caso foi registrado como assassinato, colisão de veículo e tentativa de homicídio no 89º Distrito Policial (DP), Portal do Morumbi. A investigação será feita pelo 37º DP, Campo Limpo.

Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil, alguns dos envolvidos contaram à Polícia Militar (PM) que Jhonatan Conceição dos Santos, de 30 anos, e seu pai, Geraldo Pereira dos Santos, de 61, reclamavam de um advogado que contrataram, mas não estava no recinto.

Em seguida, Paulo Rogerio Cotrin de Jesus, 46, que é bacharel em direito, e não era citado na conversa, se incomodou com as declarações de pai e filho, de acordo com o registro policial. Jhonatan falou para o homem não se intrometer. Nisso, Paulo teria dito que iria matar os dois.

As imagens da filmagem mostram o momento que Jhonatan parte para cima de Paulo e o derruba no chão, ainda dentro da padaria. Em seguida, o bacharel atira na direção do filho do idoso, que é atingido por quatro disparos. Depois Paulo sai correndo do local enquanto Jhonatan fica caído ferido.

Outras cenas das câmeras, já do lado de fora da padaria mostram Paulo sendo esfaqueado por Geraldo. O idoso segura uma faca e o golpeia. Após conseguir escapar, o bacharel entra no seu carro e sem querer dispara contra a própria perna. Durante a condução do veículo, ele ainda bate em outro automóvel.

Um pedestre que passava pelo local e que viu o acidente foi até o carro de Paulo para tentar socorrê-lo, mas foi atropelado por outro veículo, conduzido por uma motorista. Ela contou na delegacia que investiga o caso que atingiu o rapaz, identificado como Anderson Evangelista, por achar que ele era um assaltante que queria roubar o bacharel.

Paulo e Anderson foram socorridos por uma ambulância, que os levou para o Pronto Socorro Campo Limpo. O pedestre se feriu sem gravidade: teve lesões no pé. E não quis registrar queixa contra a condutora, identificada como Fernanda de Paula da Silva Vieira.

Paulo, no entanto, não resistiu aos ferimentos e teve a morte constatada no hospital. De acordo com os médicos que o atenderam, o bacharel morreu, provavelmente, em decorrência das quatro facadas que sofreu. Por esse motivo, Geraldo, que o esfaqueou, foi detido em flagrante pela PM para responder pelo crime de assassinato.

Segundo a polícia, Paulo chegou a ser investigado por exercício ilegal da profissão de advogado. Por ser bacharel em direito e não ter o registro como advogado aprovado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele não poderia atuar nessa função.

A arma usada por Paulo para balear Jhonatan foi apreendida: uma pistola Taurus, calibre 9 milímetros, de propriedade do bacharel. A polícia investiga se ele guardava mais armas em casa.

A faca usada por Geraldo também foi apreendida. Além disso, um soco inglês também foi encontrado.

Polícia investiga major da PM por suspeita de ameaça contra ex: ‘Estou correndo risco de vida’, diz ela

Luana Keioze conta que teve que sair temporariamente do apartamento onde mora e mudar sua rotina. Ela procurou a Justiça por medo das ameaças feitas por Paulo Araújo, policial do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECoM).

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o major da Polícia Militar Paulo Araujo, lotado no Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECoM), por supostas ameaças contra a ex-namorada, a jornalista Luana Keioze.

Segundo ela, Paulo vem seguindo seus passos no bairro onde eles moram, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Luana contou ao g1 que o major tem um comportamento agressivo, já fez ameaças diretas e de forma velada e até deu voz de prisão contra ela dentro de uma academia de musculação, após uma discussão entre eles.

Os dois são vizinhos de prédio e namoraram por cerca de três meses. O relacionamento acabou em abril deste ano e desde então a vida de Luana, segundo ela, “virou um inferno”. Na última quarta-feira (20), a jornalista gravou um vídeo em suas redes sociais, em que disse estar correndo risco de vida.

“Estou correndo risco de vida e por isso conto com a ajuda de vocês. Há cinco meses eu terminei um namoro de apenas três meses com o Paulo. Nós somos vizinhos, engatamos um namoro e após três meses descobri suas traições, diversas, e decidi colocar um ponto final nesse namoro”, contou.

“Ocorre que o Paulo não aceitou e há cinco meses ele não tem poupado esforços para fazer do meu cotidiano os piores dias da minha vida”, denunciou.
Ainda de acordo com o relato de Luana, Paulo tem utilizado seu cargo de oficial da Polícia Militar para perseguir e coagir a jornalista.

“Ele, como oficial superior da PMERJ, tem utilizado todos os privilégios de sua carreira para me ameaçar, agredir, difamar e coagir, mas ele não vai me transformar numa vítima de feminicídio no Brasil”, contou a jornalista.

Perseguição e voz de prisão
Segundo a jornalista, o major da PM já demonstrava sinais de agressividade e um comportamento possessivo ao longo do período que estiveram juntos. Luana disse ter tentado terminar com ele várias vezes.

“Durante o período que eu estava com ele, quando eu estava trabalhando, nunca consegui ficar sem receber 20, 30 ligações, chamadas de vídeo, várias mensagens. (…) E quando eu retornava, ele queria saber por que eu não atendi. Sempre muito desproporcional”.

“Eu tentava conversar, tentava terminar e não conseguia. Ele me perseguia, chegou a dormir na escada do meu prédio. Teve uma vez que cheguei de viagem e ele dizendo que se eu não ficasse com ele não ficaria com mais ninguém”, disse Luana.
Luana comentou ainda que, depois do término do namoro, Paulo passou a vigiar sua rotina.

Um dos episódios que revoltaram a jornalista aconteceu na academia onde os dois malhavam. Segundo ela, os dois já não estavam juntos, e Luana fazia sua atividade física sozinha.

Paulo teria entrado na academia e começado uma discussão com Luana. Ainda de acordo com os relatos, ele fez ameaças contra a ex-namorada na frente de todos. Em seguida, Paulo teria dado voz de prisão contra Luana.

“Há 15 dias ele adentrou a academia SmartFit, me viu malhando lá e, na frente de dezenas de pessoas, ameaçou acabar com a minha vida. Ele falou que vai acabar com a minha vida e me deu uma voz de prisão”.

“Uma voz de prisão porque eu não estou com ele? Porque ele me viu ali malhando, sozinha? É um major da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”, comentou Luana.
Morando em hotel
Luana informou que conseguiu na Justiça uma medida restritiva contra Paulo, para que ele mantenha uma distância de 250 metros dela. Contudo, segundo ela, o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) teria reduzido a distância mínima permitida para 50 metros.

A jornalista disse ainda que o medo do ex-namorado fez com que ela se mudasse para um hotel.

“Eu não tenho dormido em casa. Eu tô em um hotel. Eu tenho precisado de favores de amigos. Não consigo mais ficar em paz dentro da minha casa, nem andar nas ruas”, desabafou.
“Eu moro no mesmo lugar há mais de dez anos, e ele, há menos de dez meses. Eu tô presa, e ele livremente me rondando. O que mais precisa acontecer para que esse homem saia de perto de mim, pelo amor de Deus?”, concluiu a jornalista.

Após a publicação do vídeo em suas redes sociais, Luana contou ao g1 que passou a receber muitas mensagens de apoio e que isso tem sido reconfortante para ela nesse momento difícil.

“Eu tinha muito medo e vergonha de expor tudo que eu estava passando, mas isso foi se transformando em conforto. Me sinto acolhida por todos, embora ainda esteja triste e com medo. Eu sei que muitas mulheres passam por isso, inclusive com ele mesmo, e eu espero ajudar para que elas também procurem ajuda. Denunciem”.

“Eu não vou ficar esperando pra ver o que vai acontecer, se vai passar das ameaças. Eu só tenho a minha voz. Se ele tem arma e colete, eu tenho a minha voz”, concluiu Luana.

O que dizem os citados
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que o caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana) e que os agentes da unidade realizam diligências para concluir as investigações.

Em nota, a Smart Fit respondeu aos questionamentos do g1 sobre a suspeita de agressão dentro de uma de suas unidades. A empresa informou que deu todo o suporte à aluna e adotou todas as medidas cabíveis. Luana também informou à reportagem que no dia que foi atacada na academia, a empresa acionou o protocolo de segurança e chamou a polícia, que foi até o local e garantiu a segurança da jornalista.

A equipe do g1 tenta contato com a defesa do major Paulo Araújo.

A PM informou que a Corregedoria instaurou um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias do ocorrido.

Ex-vereador de Brumadinho é preso suspeito de atirar em uma pessoa durante discussão.

Segundo a Polícia Militar, Guilherme Morais foi preso após uma confusão envolvendo uma mulher.

O ex-vereador de Brumadinho Guilherme Morais (sem partido) foi preso na manhã desta quarta-feira (6) suspeito de atirar em um homem. Ele é pré-candidato à prefeitura da cidade.

Segundo a Polícia Militar, Guilherme atirou no ombro de um homem após uma discussão. Ele afirmou que o ex-vereador estava flertando com a mulher dele.

O ex-parlamentar já se envolveu em outras polêmicas, como uma festa privada durante a fase mais crítica da pandemia da Covid-19, e um suposto caso de abuso sexual, em março deste ano.

Nas redes sociais, o ex-vereador aparece com um pequeno hematoma no olho direito, e disse que sofreu uma “tentativa de homicídio”. O vídeo foi publicado por volta das 9h50 da manhã desta quarta.

Por nota, a defesa do ex-vereador afirmou que Guilherme possui porte de arma, que está “devidamente legalizada”, e que ele vinha sendo ameaçado pela vítima (veja abaixo).

Expulso
Guilherme foi expulso do Partido Verde (PV) por supostos desvios éticos. O processo administrativo interno aguardava a defesa de Guilherme, que não se manifestou no prazo regimental de 15 dias. O partido decidiu pela saída dele. Ele foi o vereador mais votado da história de Brumadinho nas eleições municipais de 2020.

Ainda em março de 2023, a Câmara Municipal de Brumadinho recebeu um pedido de cassação do mandato de Guilherme Morais. Na abertura da sessão parlamentar, ele entregou uma carta com o pedido de renúncia, com efeito imediato.

O ex-vereador foi preso e encaminhado para a delegacia de Brumadinho, na Grande BH. Já a vítima foi socorrida para a UPA da cidade.

O que diz a defesa do ex-vereador:
Guilherme foi vítima de tentativa de homícidio e estava sendo ameaçado por um indivíduo e na data de hoje, saindo da academia, por volta das 09h, foi surpreendido por um indivíduo utilizando uma máscara que impedia a sua identificação.

Ao se aproximar, o indivíduo ameaçou-lhe de morte, oportunidade em que Guilherme agiu em legítima defesa, efetuando um único disparo de arma de fogo. Ressalta-se que Guilherme Morais possui porte de arma e está devidamente legalizada.

Após sua abordagem, Guilherme foi atendido na UPA de Brumadinho em razão dos hematomas. Cabe ressaltar que Guilherme já recebeu inúmeras ameaças contra sua vida, inclusive foi agredido recentemente no mesmo local. Todas as medidas legais estão sendo adotadas.

 

Parlamentar é condenado a pagar R$ 16 mil após dizer ‘late mais’ para vereadora durante discussão na Câmara de Santa Bárbara d’Oeste

Discussão ocorreu em novembro do ano passado e Justiça considerou que houve violência política de gênero, quando parlamentar disse para que vereadora ‘se recolhesse a sua insignificância’.

A Justiça condenou um vereador de Santa Bárbara d’Oeste (SP) a pagar uma indenização de R$ 16 mil por danos morais a uma vereadora, por conta de uma discussão ocorrida na Câmara em novembro de 2022. Durante uma sessão, o parlamentar teria dito “late mais” para a colega, além de outras ofensas. A decisão cabe recurso.

O processo foi movido por Esther Moraes (PL), contra Felipe Corá (Patriota). Segundo a sentença, no dia do ocorrido a parlamentar fazia uso da tribuna quando foi advertida por outra vereadora, Kátia Ferrari (PV), que disse que o vereador Isac Sorrillo (REP) ria e fazia gestos durante a fala.

Esther disse que pediu respeito ao colega, que pediu a palavra e iniciou um debate com ela. Foi nesse momento que o vereador Felipe Corá, que não participava do debate, teria interrompido a vereadora aos gritos e dito as ofensas contra ela.

A sentença da Justiça menciona que o vereador disse as frases “se recolha a sua insignificância”, “late mais” e “continue latindo”, além de fazer gestos com as mãos simulando um animal latindo. Depois disso os microfones foram desligados, mas as ofensas só pararam quando o presidente da Câmara interrompeu.

Já o vereador afirmou à Justiça que a discussão foi política, inerente às atividades parlamentares e aos posicionamentos ideológicos opostos entre os dois. Ele também alega que não proferiu as frases descritas e que, na verdade, disse “bate mais” e não “late mais”, porque a vereadora o criticava. Afirmou também que não houve qualquer ofensa à condição de mulher da vereadora.

No entanto, o juiz afirma que fica claro, na gravação da sessão disponibilizada pela Câmara, que o parlamentar disse “late mais”. Duas testemunhas ouvidas pela Justiça também afirmam que ele disse essa frase.

Violência política de gênero
Na sentença, o juiz de direito Tales Novaes Francis Dicler afirma que houve danos morais:

“As falas e gestos endereçados pelo réu à autora são, por si só, extremamente ofensivos, uma vez que ao dizer para a vereadora “latir mais”, era evidente a intenção do réu em compará-la a um animal.”
O juiz também afirma que as ofensas também se enquadram em violência política de gênero, apesar do vereador negar que a conduta tenha ligação com o gênero da vereadora.

“Os próprios termos escolhidos pelo réu (latir, late mais, continue latindo), comparando a autora com uma cadela, também não são coincidência, sendo de conhecimento popular que este xingamento é frequentemente dirigido à mulheres no intuito de as diminuir em sua honra. Da mesma forma, ao dizer para a colega “se recolher a sua insignificância”, buscou o réu silenciar sua opositora, aos gritos, sem que estivesse ocorrendo ali qualquer debate político.”

Dicler afirma que essas atitudes são típicas do que se entende por violência política de gênero, “[…] definida como toda ação, conduta ou omissão que busca impedir, dificultar ou restringir os direitos políticos das mulheres em virtude de seu gênero.”

Reincidência
A Justiça também citou na sentença que o vereador Felipe Corá já tinha sido condenado por danos morais a outra vereadora, em Americana (SP), em abril de 2022. Na época, ele foi condenado a pagar R$ 8 mil.

Diante disso, o juiz o condenou a pagar R$ 16 mil, o dobro da primeira condenação, além da retração pública nas redes sociais, que devem permanecer por 30 dias, sob pena de multa diária.

O g1 procurou o vereador Felipe Corá para um posicionamento, mas o parlamentar informou que não vai se manifestar.

Agudos: grávida é esfaqueada e homem é morto a pedradas

Crimes familiares ocorreram no mesmo bairro, em um intervalo de 1 hora e meia; uma mulher foi presa e outra segue foragida

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), atualizados até setembro, Agudos (13 quilômetros de Bauru) não havia registrado nenhum homicídio neste ano. Este cenário tranquilo foi rompido de forma assustadora na noite de sábado. Dois crimes registrados no Parque Pampulha, em um intervalo de apenas uma hora e meia e envolvendo discussões familiares, assustaram os moradores da cidade, de pouco mais de 34 mil habitantes. 

Grávida de sete meses, Angela Maria Bicudo Pereira, 28 anos, foi esfaqueada pela cunhada e ficou gravemente ferida. No outro caso, a enteada matou o padrasto, Roberto Mendes da Silva, 44 anos, com pedradas na cabeça e golpes de facão no braço, após ela, a irmã e a mãe terem sido agredidas pelo rapaz. 

A primeira ocorrência resultou na prisão da agressora, Elisabete de Fátima Lino Soares, 48 anos. De acordo com informações do boletim de ocorrência (BO) registrado pela Polícia Civil, Angela precisou ser submetida à cirurgia no Hospital de Base de Bauru (HBB). A família, entretanto, não autorizou a divulgação do estado de saúde dela e nem do bebê, que, segundo a PM, não teria sido atingido pelos golpes de faca.

Já a autora do assassinato, Jucelina Guedes Estevam de Oliveira, 24 anos, permanecia foragida até a noite deste domingo.

O primeiro crime ocorreu por volta das 21h, em uma residência localizada na rua Miguel Narciso Luciano. No local, houve uma discussão entre Angela e a acusada Elisabete, namorada do irmão da vítima (a identidade dele não foi divulgada), que, inclusive, também estava no imóvel.

Durante a briga, Elisabete pegou uma faca e golpeou a cunhada na região do peito e das costas (próximo ao pulmão). O irmão da vítima chegou a agredir Elisabete, que fugiu, mas foi detida pela PM na rua Madri Ida. Ainda de acordo com a PM, eram frequentes as discussões entre as duas. 

O caso foi registrado no Plantão Policial de Agudos como homicídio qualificado tentado e violência doméstica. Após prestar depoimento, Elisabete  acabou sendo recolhida à Cadeia Pública de Pirajuí, onde permanece à disposição da Justiça. 

Uma hora e meia depois da tentativa de homicídio contra a mulher grávida de sete meses, por volta das 22h30, o Parque Pampulha foi o cenário de um assassinato. Roberto Mendes da Silva, 44 anos, morreu depois de ter sido atingido pela enteada com pedradas na cabeça e golpes de facão no braço. 

Segundo a Polícia Civil, a acusada, Jucelina Guedes Estevam de Oliveira, reagiu após o padrasto ter agredido ela, a irmã de  27 anos e a mãe de 46 anos. O episódio ocorreu em uma residência localizada na rua Hugo Caldieri Luciano. 

Ainda de acordo com a polícia, Roberto teria reatado o relacionamento com a mãe de Jucelina no início da semana, mas, no sábado, teria agredido a companheira ao menos três vezes. Na última delas, voltando de um bar, embriagado, ele tentou atropelar a enteada mais velha, que também teria sido agredida. 

Foi quando, ainda conforme a polícia, o agressor pegou um facão no veículo e partiu para cima das três. Após acertar pedrada nele, Jucelina conseguiu desarmá-lo e, para não ser agredida novamente, o atingiu com o facão no braço e o golpeio várias vezes na cabeça com a pedra, o que resultou em lesões múltiplas, principalmente na região do crânio. 

Roberto foi socorrido desacordado ao pronto-socorro local e, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido para o Hospital de Base de Bauru (HBB), mas não resistiu e morreu. Já Jucelina conseguiu fugir e, até o fechamento desta edição, não havia sido localizada e presa pela polícia.

Família de Djidja Cardoso é condenada por tráfico de drogas; defesa anuncia recurso

A Justiça do Amazonas condenou Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, a penas de 10 anos e 11 meses de prisão por envolvimento com tráfico de drogas e associação criminosa. A sentença, proferida pelo juiz Celso de Paulo, decorre de investigações que apontaram o uso de cetamina em um esquema vinculado à suposta seita religiosa “Pai, Mãe e Vida”. Djidja, que faleceu em maio deste ano por suspeita de overdose, é um dos eixos centrais do caso.

Condenações e repercussões

Além de Cleusimar e Ademar, outras cinco pessoas foram sentenciadas. Entre elas, o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto Lima, e Verônica da Costa Seixas, gerente de sua rede de salões de beleza, ambos podendo recorrer em liberdade. A defesa de Cleusimar e Ademar já anunciou que pretende recorrer da decisão.

A relação com a cetamina

O anestésico cetamina, comumente usado em tratamentos de saúde mental, teria sido desviado para fins recreativos e distribuído no âmbito da seita. O Ministério Público identificou Cleusimar como parte central do esquema e apontou o uso da droga para manipulação de membros. Outras acusações, como charlatanismo e manipulação de medicamentos, foram encaminhadas a varas competentes para novas investigações.

Impactos e debate sobre o uso da cetamina

O caso também traz à tona discussões sobre o uso da cetamina, que, embora aprovada para tratamentos médicos, tem se mostrado perigosa em contextos não supervisionados. A droga, que ganhou popularidade como uma substância recreativa, foi associada a efeitos adversos graves, como danos ao sistema urinário e riscos psiquiátricos.

A condenação marca um capítulo significativo no caso envolvendo a família da ex-sinhazinha, enquanto a busca por justiça continua em meio ao apelo da defesa e novas investigações em andamento.

Ação Criminosa: Médica Planeja Emboscada para Matar Marido Advogado

O trágico caso do advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior, morto em uma emboscada em Aracaju, Sergipe, trouxe à tona uma complexa trama de traição, disputa de patrimônio e alegações de premeditação envolvendo a esposa, a cirurgiã plástica Daniele Barreto. Presa na última terça-feira, Daniele é acusada de coordenar o assassinato do marido, marcando um episódio de impacto na mídia e na sociedade sergipana.

O Contexto do Crime

José Lael, de 49 anos, foi vítima de uma emboscada na noite de 18 de outubro de 2024. De acordo com as investigações, ele foi atraído ao local do crime sob o pretexto de comprar açaí, atendendo a um pedido feito por sua esposa. Daniele teria passado a localização exata do advogado para os assassinos. No local, o advogado foi alvejado por diversos tiros enquanto estava dentro do carro, acompanhado de seu filho de 20 anos, que também foi atingido, mas sobreviveu.

Apesar dos esforços do filho para dirigir até o hospital, Lael não resistiu aos ferimentos e faleceu. O crime abalou a comunidade local, chocando amigos, familiares e colegas de profissão do advogado.

Investigação e Prisão dos Suspeitos

Após a morte de Lael, a polícia iniciou uma investigação intensa, revelando indícios de premeditação e possíveis conflitos familiares. A operação policial resultou na prisão de Daniele e de mais cinco suspeitos, incluindo uma amiga da médica, a secretária dela, um motoboy e um intermediário que teria contratado o atirador. As investigações apontam que a execução do crime foi minuciosamente planejada, com cada um dos envolvidos desempenhando um papel específico.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Juliana Alcoforado, o assassinato estaria relacionado a uma série de conflitos no casamento, incluindo um pedido de divórcio rejeitado e uma disputa patrimonial complexa. Informações indicam que o casal possuía cerca de R$ 10 milhões em bens, depositados na conta do filho mais novo, o que dificultava a divisão do patrimônio sem um acordo mútuo.

Motivações e Conflitos

Os relatos apontam que a relação entre Lael e Daniele estava estremecida há algum tempo. A delegada Alcoforado revelou que Daniele mantinha um relacionamento extraconjugal com uma amiga próxima, também presa na operação. Além disso, os conflitos pela divisão de bens e a negativa de Lael em oficializar o divórcio teriam acirrado as tensões entre o casal.

O casamento de mais de 10 anos entre Lael e Daniele estava cercado por divergências e discussões, especialmente em relação ao patrimônio acumulado ao longo dos anos. Lael teria resistido ao processo de separação, o que, de acordo com os investigadores, pode ter motivado Daniele a tomar medidas extremas.

Comoção e Repercussão

A notícia da prisão de Daniele e dos demais envolvidos repercutiu fortemente nas redes sociais e nos veículos de comunicação. Amigos, familiares e colegas de José Lael expressaram pesar e indignação pela brutalidade do crime. A comunidade jurídica de Aracaju se manifestou em solidariedade à família do advogado, destacando a perda de um profissional respeitado e dedicado.

A comoção social e a gravidade do caso aumentaram o clamor por justiça, com muitas pessoas acompanhando de perto os desdobramentos das investigações. Com as prisões já efetuadas, as autoridades seguem em busca de mais provas para sustentar as acusações e garantir que todos os responsáveis respondam judicialmente pelo assassinato.

O Processo Judicial e Expectativas

Agora, com Daniele Barreto e os demais suspeitos sob custódia, o processo judicial promete atrair grande atenção. A acusação deverá apresentar provas contundentes que conectem cada um dos envolvidos ao planejamento e execução do crime. O advogado de defesa da médica afirmou que ela é inocente, mas os elementos coletados até o momento reforçam a tese de um crime premeditado.

As etapas futuras do processo serão decisivas para esclarecer todos os detalhes da ação criminosa e confirmar o papel de cada suspeito. A população aguarda, com expectativa, o desfecho do caso e o julgamento dos envolvidos.

O caso de José Lael de Souza Rodrigues Júnior expõe as complexas dinâmicas de relações conturbadas e o impacto devastador que uma disputa familiar pode causar. A trágica perda do advogado serve como um lembrete sobre a necessidade de abordagens pacíficas na resolução de conflitos e a importância de ações de justiça rápida e imparcial em casos de violência planejada. A sociedade aguarda que o tribunal possa oferecer a resposta necessária para os familiares e colegas que hoje lamentam a perda de José Lael.

Policial civil denunciada por injúria racial contra garçom é indiciada, em Fortaleza

O caso aconteceu em março deste ano. O jovem disse que a policial o mandou ‘voltar para a senzala’ e que ele iria sempre ‘viver comendo milho de senzala’.

Uma inspetora da Polícia Civil denunciada por um garçom pelo crime de injúria racial foi indiciada pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). O caso foi relatado ao g1 em março deste ano.

A atualização foi publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (19). Agora, Janete de Almeida Fermon será investigada, já que um processo administrativo disciplinar foi instaurado.

Ao g1, a policial envolvida negou a denúncia e disse que houve uma troca de ofensas entre o garçom e um grupo de clientes.

O garçom de 26 anos denunciou o caso após uma discussão na churrascaria onde ele trabalha no Bairro Serrinha, em Fortaleza. A briga foi filmada por outra funcionária do estabelecimento (veja acima).

Relembre os fatos

A discussão começou após a inspetora e mais duas pessoas se recusarem a pagar a conta. Após a recusa dos clientes, o garçom pediu que eles conversassem com o gerente do local — que autorizou que o pagamento fosse feito em outro dia. No entanto, os três clientes (entre eles, a inspetora) passaram a ofender verbalmente o garçom.

“Ela disse que iria deixar os documentos, para amanhã [na quarta-feira] vir pagar. Mas eu disse que não concordava com isso”, relembrou o garçom sobre o início da discussão. Ele teve receio que, caso os clientes não pagassem, o valor seria descontado do salário dele.

No vídeo, é possível ouvir a inspetora, que tem 54 anos, falando que o garçom iria “viver comendo milho de senzala”. O g1 conversou com a vítima, que disse que a inspetora, em outro momento da discussão, disse para ele “voltar para a senzala”.

“Ela disse que eu era um porco, que eu nunca ia ser ninguém na vida. Aí, nessa hora, eu me exaltei. Ela mandou, pela primeira vez, para eu ir para a senzala, mas ainda não estava gravando”, comentou o garçom.
“Na hora que ela estava falando, eu estava tentando manter a calma pra não me descontrolar e perder a razão, mas depois que a ficha caiu, comecei a chorar de raiva”, lamentou a vítima. Ele disse, inclusive, que não conseguiu dormir após a discussão.

Um dos clientes do local que estava acompanhada da inspetora, que tem deficiência visual, afirma que o garçom iniciou os insultos e eles “reagiram” às provocações. “A gente já tinha combinado com o gerente e o subgerente que iríamos pagar no dia seguinte. O garçom pelo pela gente e chamou de caloteiro, pegou uma cadeira e fez que ia jogar, ameaçando a gente”, diz.

A Polícia Civil informou que repudia veementemente os fatos ocorridos envolvendo a inspetora. A Polícia disse ainda que a inspetora também registrou, um BO por difamação, na mesma delegacia.