Quem é a empresária foragida por mandar matar advogada por interesse no marido da vítima

A empresária Maria Ediane da Mota Oliveira é acusada de mandar assassinar a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria por interesse no marido da vítima. Segundo denúncia, ela tinha interesse no marido da vítima, um policial militar.

A empresária Maria Ediane da Mota Oliveira, de 41 anos, acusada de mandar assassinar a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria por interesse no marido da vítima, segue foragida, sete meses após o crime.

Conforme denúncia, ela pagou R$ 70 mil para grupo de extermínio cometer o crime, segundo a Polícia Civil, em negociações feitas pelo WhatsApp.

Além de Rafaela, os policiais contratados para cometer o crime mataram também a mãe da advogada, Maria Socorro de Vasconcelos, de 78 anos. O crime ocorreu no dia 24 de março deste ano, na cidade de Morrinhos, a 235 km de Fortaleza.

Conforme policiais civis que investigaram o caso, Maria Ediane é empresária e coordena o “jogo do bicho” em diversas cidades do Ceará. Nos meses anteriores ao crime, ela foi alvo de ameaça de facções criminosas que queiram dominar a prática, que é ilegal.

Ainda conforme as investigações, o grupo de extermínio formado por quatro policiais passou dois meses investigando a rotina da advogada. Maria Ediane pagou adiantado parte do pagamento pelo crime, além de gastos com viagens, hospedagem e comida.

A polícia descobriu que nos aparelhos celulares dos suspeitos foram encontradas várias fotos da advogada, como também do trabalho e da residência.

Lista de Mais procurados

Por conta do crime, a empresária entrou para a lista de mais procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará. Maria Ediane da Mota Oliveira e cinco homens (sendo quatro policiais militares) são réus na Justiça Estadual pelos assassinatos.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a empresária é “suspeita de ser a mandante do duplo homicídio ocorrido na cidade de Morrinhos (CE), em março de 2023, onde uma advogada e sua mãe foram vítimas, em atividade típica de grupo de extermínio”.

A Secretaria da Segurança ressalta ainda que a mulher foragida é “considerada perigosa”.

Prisões

Em setembro, a Polícia Civil efetuou as prisões de um sargento da Polícia Militar e um homem que não é policial por suspeita de envolvimento no crime. Com as capturas, a polícia conseguiu prender as cinco pessoas suspeitas de participação no crime.

A Controladoria Geral de Disciplina, órgão que investiga policiais suspeitos de envolvimento em crimes, informou que o sargento e o homem presos tiveram participação ativa na logística do crime com a indicação de executores, bem como monitoramento das ações criminosas.

A Controladoria apura os fatos na seara disciplinar. Os militares envolvidos permanecem afastados das funções. O processo tramita em segredo de justiça.

 

Polícia Civil do DF aposenta ex-diretor investigado por crimes ligados à Maria da Penha

Robson Cândido foi denunciado pela esposa e pela ex-amante. No dia 3 de outubro, delegado pediu para deixar cargo; defesa disse que foi ‘por respeito à instituição policial e para fazer sua defesa’.

A Polícia Civil do Distrito Federal concedeu, nesta terça-feira (17), aposentadoria ao ex-diretor da corporação, o delegado Robson Cândido. Ele é investigado por crimes de ameaça e agressão relacionados à lei Maria da Penha.

A aposentadoria do delegado foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Cândido deixou o cargo de diretor no dia 3 de outubro após ser denunciado pela esposa e pela ex-amante.

As duas foram juntas à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, na Asa Sul. À época, a defesa do delegado diz que ele deixou o cargo “por respeito à instituição policial e para fazer sua defesa”, e que não fará comentários sobre os fatos.

Depoimentos
A TV Globo teve acesso aos relatos das duas mulheres e de uma testemunha, o delegado licenciado Laércio de Carvalho.

Veja o que disseram:

O que diz a esposa do ex-diretor da PCDF

À polícia, a esposa de Robson Cândido disse que desde 2014 vem enfrentando dificuldades no relacionamento “por causa de traições”. Segundo ela, no último domingo (1º), em mais uma discussão do casal, quando decidiram se separar definitivamente, Robson a ameaçou e disse: “Vou te ferrar de verde e amarelo”.

O que diz a ex-amante

Na ocorrência registrada pela ex-amante do delegado, que tem 25 anos, a mulher afirma que ele não aceitou a decisão de terminar o relacionamento e passou a persegui-la “em todos os locais que frequentava”. Ela disse ainda que, por diversas vezes, Cândido invadiu a casa dela, a perseguiu no trânsito, no trabalho e “sempre demonstrava saber onde ela estava e o que fazia”.

Segundo ela, o ex-diretor da PCDF ameaçava prejudicá-la no trabalho, o que a amedrontava bastante, “por ele ser uma pessoa influente e ter intercedido para que ela conseguisse o cargo que ocupa” (veja imagem acima).

A jovem é assessora especial do Metrô-DF, função comissionada com salário bruto de R$ 13 mil. Ainda em depoimento, ela contou que, “recentemente, após pouco mais de um mês sem ceder às tentativas insistentes de contato de Robson, foi surpreendida com a notícia de que seria exonerada do cargo.”

Ela diz que suspeitou de que o ex-diretor da PCDF estaria por trás da exoneração e comentou com colegas de trabalho. O cargo, porém, foi restituído antes mesmo da exoneração ser publicada.

O que diz o delegado Laércio de Carvalho

Em seu depoimento, o delegado licenciado Laércio de Carvalho confirmou que Robson Cândido ofereceu cargos à ex-amante. Disse que, no início do relacionamento, ele teria proposto à mulher um cargo na Terracap.

Conforme o delegado licenciado, o colega teria dito à ex-amante que havia vários inquéritos instaurados contra servidores da Terracap e que, “para segurar esses inquéritos”, iria exigir um alto cargo para ela.

No fim da negociação, ficou definido que ela ocuparia um cargo no Metrô e que provavelmente uma servidora do metrô acabaria se beneficiando com o cargo na Terracap. Laércio de Carvalho também falou sobre o relacionamento de Robson com a esposa. Segundo ele, uma amiga da mulher o procurou com medo, dizendo que a esposa de Robson “corria risco de morte”.

Além disso, a mulher contou a ele que Robson Cândido teria feito um disparo de arma de fogo contra a cama do casal, provavelmente com intenção de intimidá-la.

No dia 6 de outubro, o g1 conversou com o delegado Laércio de Carvalho, que preferiu não comentar o assunto. Em uma rede social, ele repudiou o vazamento das informações e disse que vai pedir que a Corregedoria da Polícia Civil apure a divulgação dos depoimentos.

Quem é Robson Cândido

O nome de Robson Cândido para o comando da PCDF foi o primeiro colocado em uma lista tríplice feita por policiais e referendado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) em 2019. O governador manteve o delegado à frente da corporação ao ser reeleito para o governo de Brasília, no ano passado.

Antes da direção da Polícia Civil, ele chefiava a 11ª DP, no Núcleo Bandeirante. Por causa das denúncias, o delegado vai responder a três processos na Corregedoria da Polícia Civil: dois inquéritos policiais – um para cada vítima – e um processo disciplinar. Robson Cândido já foi ouvido e entregou suas armas.

O Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP), do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), disse que “tomou ciência apenas da exoneração do então Diretor-Geral da PCDF e já instaurou procedimento interno para a devida apuração”. O MP também pediu esclarecimentos à Corregedoria-Geral da PCDF.

 

Turista chilena é presa no Corcovado por injúria racial acusada de chamar funcionário de ‘macaco’

Agentes do programa Segurança Presente, de Laranjeiras, foram chamados e levaram Camila Andrea Faundez Torres para a 12ª DP, em Copacabana.

Uma turista chilena foi presa em flagrante no início da tarde desta terça-feira (17), no Corcovado, quando visitava o Cristo Redentor. De acordo com um funcionário da empresa Trem do Corcovado, Camila Andrea Faundez Torres, de 30 anos, o teria chamado de “macaco”.

Agentes do programa Segurança Presente, de Laranjeiras, foram chamados e levaram a mulher para a 12ª DP, em Copacabana. A vítima e uma testemunha também foram juntos registrar o caso.

Lá, ela teria admitido o crime e pedido desculpas ao funcionário. Camila Andrea foi autuada por injúria racial e aguarda audiência de custódia presa. A turista e uma amiga estão no Rio de Janeiro há 10 dias e voltariam para o Chile no sábado (21).

Crime é inanfiançável
Em janeiro de 2023, o presidente Lula sancionou lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, e aumentou a pena de um a três anos de reclusão e multa, para dois a cinco anos de prisão. Crimes com pena maior do que quatro anos de prisão são ainda inafiançáveis e imprescritíveis.

A empresa Trem do Corcovado disse que repudia qualquer tipo de preconceito, que a lei deve ser aplicada de forma implacável para coibir novos casos e que prestou toda assistência ao funcionário ofendido.

 

Mãe de agressor diz ter apanhado de vizinha que levou chute no rosto: ‘Meu filho me viu sangrando e foi tirar satisfação’

Episódio aconteceu num condomínio de Guarulhos, no dia da final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, em 24 de setembro. A mãe do agressor disse que o filho agiu em defesa dela e tem recebido ameaças de morte por telefone, em virtude do chute no rosto da vizinha.

Mãe do homem acusado de chutar o rosto de uma vizinha de condomínio em Guarulhos, na Grande São Paulo, Solange Lapa disse que o episódio foi motivado por uma agressão que ela mesma sofreu da vítima do chute, Liana Parente Grave.

Solange relatou ao g1 que o início da briga, em 24 de setembro, foi uma tentativa dela de impedir que Liana fizesse “acusações falsas” ao filmar o filho, Michel Lapa.

“Ela estava filmando e passou por mim dizendo: ‘Pessoal, cuidado com esse cara aqui. Não deixem as crianças com ele’. Ela falou uma coisa muito forte, fazendo acusações falsas contra o meu filho. Falei comigo: ‘Vou perguntar por que ela está fazendo isso’. Quando cheguei perto, ela estava tão enfurecida que bateu com o celular na minha cara”, disse Solange.

“O celular pegou na minha boca, logo começou a sangrar. Foi uma coisa muito violenta, logo veio uma pessoa para apartar. Foram várias batidas com o celular no meu rosto”, contou.

Na versão de Solange, uma grande confusão se formou depois da primeira agressão, que teria motivado o filho a chutar o rosto da vizinha.

“Eu sou cardíaca e tenho 60 anos. Primeiro ele [Michel] veio para apartar a briga. Na hora que ele me viu sangrando, ficou desesperado. Acho que ficou fora de si… Qualquer filho que vê a mãe sangrando, vai tirar satisfação com a agressora. E ela continuava xingando e fazendo insinuações contra meu filho, que jamais agrediria uma criança”, justificou Solange.

A mãe de Michel nega que ele tenha batido em alguma parte íntima do filho de Liana Parente.

“O Michel tem um filho autista de 7 anos. Ele ama crianças. Foi uma brincadeira de cócegas na quadra que tomou uma proporção que não devia, se a Liana não estivesse alcoolizada. Até nos ameaçar, dizendo que o marido tinha uma arma, ela fez”, afirmou.

“Só quero que isso pare na vida do meu filho. Uma pessoa do bem. Um pai de família que nunca teve problema com nada e, de repente, está passando por tudo isso. Sabe quando a pessoa está quase em depressão?”

Investigação policial
A exemplo de Liana Parente, Solange Lapa também registrou um boletim de ocorrência de agressão contra a vizinha no 1º DP de Guarulhos, onde o caso é investigado por meio de um inquérito policial.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que testemunhas foram ouvidas no inquérito do caso e que Michel Lapa também “já foi intimado para comparecer na unidade policial para prestar esclarecimentos”.

“Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) foram incluídos nos autos e outras diligências seguem em andamento para a conclusão do caso”, declarou a pasta.

O g1 procurou Michel e a esposa, que foram orientados pelo advogado de defesa a não darem entrevistas.

O que diz Liana, a vizinha

Ao g1, Liana Parente admite que agrediu Solange para se defender e defender o filho de 8 anos.

“A pessoa que tem 60 anos não faz o que ela fez. Quase quebrou uma porta de vidro. Ela tenta tomar o celular, eu tiro e pega na cara dela. Eu tento me defender, e o filho dela parte para cima de mim. A história não pode mudar agora, porque eu sou a vítima. Eu que sou a agredida. Eu que quase morro. Eu que parei no hospital, depois de desmaiar com um chute no rosto”, disse.

“Eu apenas me defendi, como qualquer mãe teria feito. Ela defendeu o filho dela, eu defendi o meu. Se tivessem me pedido desculpa, falado comigo numa boa, tenho certeza que isso não terminaria como terminou. Mas não teve nenhum tipo de desculpas. Enquanto eu estava no hospital, ela voltou a beber na churrasqueira com a família, como mostram as imagens do condomínio”, declarou.
Liana também nega que tenha ameaçado a família de Solange e falado qualquer coisa sobre arma.

“Nunca eu ameacei ninguém. Tudo mentira. Nunca meu noivo teve arma. Quem ameaçou meu filho foi ela, que partiu pra cima dele e de mim”.

Solução judicial
Solange Lapa lamentou a proporção grande que o episódio tomou e diz que deseja um fim do caso, com diálogo e mediação da Justiça.

“Eu só quero que isso pare. Que a gente responda na Justiça o que tem que responder, ela também pela agressão a mim. A gente não tem mais tranquilidade. Meu neto autista também está atordoado. O Michel recebeu ameaças de morte por telefone.”

Segundo ela, o filho tem pensado em se mudar. “É uma discussão que tinha que ter parado ali. Só quero que tudo isso tenha um fim, para o bem de todo mundo. O Michel já fala em vender o apartamento e se mudar de lá. Os vizinhos estão todos incomodados com a confusão. Isso tudo precisa parar”, afirmou.

A briga entre Liana Parente e os vizinhos aconteceu no dia da final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo em 24 de setembro. Imagens obtidas pelo g1 mostram o momento em que Michel Lapa dá socos na vizinha (veja vídeo acima).

A comerciante diz que teve uma luxação no maxilar por conta da agressão. A Justiça paulista emitiu uma medida protetiva que proíbe que Lapa se aproxime da vizinha e do filho dela, que presenciou as agressões.

Segundo Liana, o desentendimento começou quando Lapa – vestido com uma camisa do São Paulo – fez uma brincadeira com o filho flamenguista da vítima na quadra do condomínio, supostamente apertando as partes íntimas do garoto de 8 anos, segundo a versão da mãe.

Ao tirar satisfações com o vizinho sobre o ocorrido e filmar o rosto dele para mandar à síndica do prédio, Liana diz que começou a ser agredida com socos, sem chance de se defender.

Nas imagens, é possível ver que, depois que Liana já está zonza, ela tenta se escorar em uma mesa de pingue-pongue, que cai. Em seguida, o agressor – que está sendo acalmado por outros moradores do prédio – volta e dá um chute na cabeça da mulher.

Liana desmaiou e ficou alguns minutos desacordada, segundo as testemunhas. Na delegacia, ela mostrou os hematomas causados pelo chute de Michel.

“Não foi uma simples agressão. Foi uma tentativa de homicídio motivada por uma brincadeira sobre futebol que ele fez com o meu filho, pegando nas partes íntimas dele sem consentimento. (…) Ele estava muito alcoolizado”, disse a comerciante.
O advogado de Michel, Leonardo Borges, não respondeu aos questionamentos feitos sobre o caso e limitou-se a dizer que seu cliente “não autoriza a publicação de sua imagem em nenhuma matéria jornalística”.

Filho traumatizado
As agressões foram presenciadas pelo filho da vítima, que, segundo Liana, ficou com trauma da cena e não quis voltar ao prédio desde o episódio.

“Meu filho está traumatizado e em pânico de voltar ao prédio. Depois do episódio a gente foi para a casa de uma amiga às pressas. Eu disse para ele que a gente precisava voltar para pegar roupas e documentos, e ele começou a ter crises de ansiedade”, contou Liana.

Atualmente, mãe e filho estão vivendo num apartamento improvisado cedido por amigos, até que encontrem outro local para morar.

“Eu, agredida, tive que sair de casa com medo. E o agressor continua lá. Tive minha vida completamente transformada, enquanto ele está solto, sem responder por nada”, desabafou.
Mesmo com a medida protetiva, Liana diz que a família dela está traumatizada com o caso e, por isso, resolveu sair do prédio.

“Essa medida protetiva, eu não sinto que me protege. Eu estou traumatizada, meu filho, meu noivo. Por isso eu decidi sair. (…) Aquilo foi uma tentativa de feminicídio, como vemos todos os dias na televisão. A única coisa que quero é justiça. Que ele pague pelo que fez. E que nunca mais na vida nenhuma mulher ou criança sofra o que eu sofri [na mão dele]”, disse.

 

Imagens mostram Natália Ponte, acusada da morte de Joaquim, no Fórum de Ribeirão Preto, SP

Psicóloga e o ex-companheiro, Guilherme Longo, começaram a ser julgados nesta segunda-feira (16) pela morte do menino Joaquim, em novembro de 2013 em Ribeirão Preto.

Imagens feitas pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram Natália Ponte, mãe do menino Joaquim Ponte Marques, no Fórum de Ribeirão Preto (SP). Ela e o ex-companheiro, Guilherme Longo, começaram a ser julgados nesta segunda-feira (16) pela morte da criança. O crime foi em novembro de 2013. O casal é acusado de homicídio triplamente qualificado.

Nas imagens feitas durante o intervalo para o almoço, Natália aparece sentada acompanhada do atual marido. Depois, advogados de defesa se aproximam e conversam com ela. Antes de retornar ao tribunal do júri, Natália se despede do companheiro com um beijo e caminha em direção à sala do julgamento.

Psicóloga de formação, Natália chegou na manhã desta segunda-feira ao Fórum sem chamar atenção. Na época do crime, esteve presa temporariamente por suspeita de participação na morte de Joaquim, mas acabou solta por força de um habeas corpus.

Ao longo de dez anos, ela respondeu o processo em liberdade e voltou a morar em São Joaquim da Barra (SP), cidade natal dela que fica a 72 quilômetros de Ribeirão Preto.

Ela se casou novamente e tem um casal de gêmeos de um ano, além de um filho mais velho, com 10 anos, fruto do relacionamento com Longo e bebê na época da morte de Joaquim.

Segundo o advogado Nathan Castelo Branco de Carvalho, Natália está bem, mas vinha apresentando crises de ansiedade com a aproximação do julgamento.

“Evidente que, depois de dez anos, quando está chegando o momento da conclusão, se cria uma ansiedade muito grande. Tenho tentado acalmá-la, explicando que, infelizmente, ela está tendo que passar por isso de uma maneira desnecessária a nosso ver, mas que isso vai resolver bem. A gente tem muita confiança que essa injustiça contra ela vai ser reparada.”

Os últimos dez anos de vida, segundo ele, foram de muita aflição para Natália.

“A acusação que pesa contra ela não é uma acusação de ter participado da morte do Joaquim, seria uma suposta omissão. O que diz a acusação é que ela deveria ter previsto que o companheiro poderia ter feito o que fez e, como ela não retirou o companheiro do convívio com a criança, ela, de certa forma, assumiu o risco de isso ter acontecido. É uma acusação infundada.”

Natália responde por omissão. Segundo o Ministério Público, ela tinha capacidade de afastar a criança do convívio com o padrasto, já que Guilherme Longo tinha começado a apresentar comportamento agressivo.

 

Defesa de Monique Medeiros denuncia violação de direitos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos

Documento fala em maus-tratos por parte de outras presas, escassez de água e presença de ratos e baratas nas celas.

A defesa de Monique Medeiros enviou nesta segunda-feira (16) um documento de 45 páginas contendo denúncia de violação de direitos à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

De acordo com o advogado Hugo Novais, que assina o documento, Monique vem sofrendo graves violações em seus direitos humanos durante o encarceramento no presídio Talavera Bruce, em Bangu, onde estaria em condição desumana, em local insalubre, com escassez de água, com presença de insetos, ratos, baratas e aranhas.

Monique Medeiros é ré – juntamente com o ex-veredor Dr. Jairinho -, no processo que apura as circunstâncias da morte do menino Henry Borel, morto no dia 8 de março de 2021.

Votação para possível cassação do prefeito de Extrema é suspensa após decisão da Justiça

Juiz aceitou pedido de liminar feito pelo prefeito, que é investigado pelos vereadores por possíveis irregularidades na regularização fundiária da cidade.

A votação prevista para esta segunda-feira (16) que poderia cassar o prefeito de Extrema, João Batista da Silva (União Brasil), foi suspensa por decisão da Justiça. O chefe da administração municipal é investigado pelos vereadores por possíveis irregularidades na regularização fundiária da cidade.

A suspensão da Sessão Extraordinária aconteceu após o juiz Adriano Leopold Busse aceitar o pedido de liminar do prefeito. A reunião estava marcada para esta segunda por conta de ser o último dia para que os trabalhos da Comissão Processante fossem concluídos.

Conforme a decisão do juiz da 2ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Extrema, a Câmara agora tem 30 dias para apresentar contestação.

A defesa do prefeito alega que a comissão ultrapassou o prazo de 90 dias para concluir os trabalhos.

Investigação
Em julho, após votação unânime, a Câmara abriu processo de investigação de possíveis irregularidades praticadas em processos de regularização fundiária no município. A apuração foi motivada por uma denúncia protocolada por Elisângela Mello Cardoso, no dia 30 de junho.

Em maio de 2021, foi celebrado acordo de cooperação, por meio do processo licitatório, em parceria com o Instituto Cidade Legal, para regularização fundiária de imóveis em Extrema. Mas, dois anos depois, só um núcleo habitacional obteve a regularização. O contrato entre prefeitura e Cidade Legal foi suspenso em outubro do ano passado.

Segundo a denúncia, ao suspender o acordo “sem uma justificativa jurídica adequada e de acordo com as normas legais, o prefeito violou os princípios da legalidade e da moralidade”, agindo de forma “desonesta e desleal”.

O documento ressalta que a situação foi tratada de “maneira contrária ao interesse público” e que “o real objetivo, ao que parece, era favorecer a criação de uma empresa pelos membros da Comissão de Regularização Fundiária do Município”.

 

Francês é preso por furto de joias de loja de suvenires em Copacabana

Policiais militares da Operação Copacabana Presente encontraram com ele joias avaliadas em R$ 23 mil. O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana).

Um francês de 20 anos foi preso no sábado (14) em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, pelo furto de uma loja de suvenires no bairro.

Uma equipe de policiais militares da Operação Copacabana Presente foi acionada pela vendedora do estabelecimento, informando que um rapaz tinha entrado com uma atitude que considerou suspeita.

Os agentes ficaram de prontidão na porta da loja quando, de repente, a vendedora gritou “Pega!”. De acordo com os PMs, o homem tentou escapar.

Com ele, os policiais encontraram joias avaliadas em R$ 23 mil.

Os agentes o levaram para a 12ªDP (Copacabana) a ocorrência foi registrada como furto.

O homem, identificado como Victor Sebastien Billon, segue preso e aguarda passar por audiência de custódia.

 

Mulher denunciada por tentar asfixiar marido durante sexo casou com ele quatro dias antes do crime

A mulher teria dito que casou com o marido com objetivo de ficar com os bens dele.

Ana Cláudia de Souza Pimenta, denunciada por tentar matar o marido asfixiado enquanto o casal fazia sexo, havia casado com ele apenas quatro dias antes da tentativa de homicídio, conforme informações do Ministério Público do Ceará (MP-CE). O crime ocorreu em 4 de outubro, na cidade de Milhã, no interior do Ceará.

Segundo a denúncia, Ana Cláudia amarrou o marido na cama alegando que as cordas faziam parte de um fetiche e, em seguida, tentou sufocá-lo. A mulher de 42 anos também teria dito que se casou com o marido, de 66 anos, com objetivo de ficar com os seus bens, incluindo a casa e o carro.

“No momento em que a vítima ficou imóvel, a acusada começou a proferir insultos [contra o marido, que terá identidade preservada]. Após finalizar as ofensas, ela teria iniciado o estrangulamento”, afirma o autor da denúncia, o promotor do Ministério Público Gustavo de Souza.
Ainda segundo o promotor, mesmo amarrado, o marido conseguiu chamar o filho, que mora próximo ao local da ocorrência. Com isso, Ana Cláudia teria libertado o marido, temendo ser pega em flagrante.

Ana Cláudia foi presa em flagrante e levada à Delegacia Regional de Quixadá sob os efeitos de medicação para dormir, que ela havia tomado logo após o crime.

Ela é acusada de tentativa de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, com uso de asfixia e com uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima.

O Ministério Público requer ainda que investigação de suposto tratamento psiquiátrico utilizado pela acusada, usado como argumento de defesa.

Segundo o Ministério Público, a denúncia contra a esposa é baseada em laudo pericial de exame de corpo delito, fotos registradas no cenário da ocorrência e depoimentos das testemunhas.

 

Conselho de Biomedicina apura possível infração em caso de fotógrafa que morreu após anestesia em Cosmópolis

Roberta procurou uma clínica estética para fazer um endolaser, técnica que usa laser para remover gordura localizada e diminuir a flacidez. Ela teria sentido um mal-estar logo após a aplicação da anestesia.

O Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região (CRBM1) informou neste domingo (15) que vai abrir sindicância para apurar supostos atos infracionais cometidos pela biomédica que aplicou a anestesia que culminou na morte da fotógrafa Roberta Correa. Ela morreu depois de dar entrada em uma clínica particular de Cosmópolis (SP) para fazer um procedimento estético.

O CRBM1 informou que “não há registro de quaisquer irregularidades contra a profissional Vanuza de Aguilar Takata”, e que ela é biomédica regularmente. Contudo, vai seguir acompanhando as investigações sobre o caso.

“A autarquia acompanha o trabalho e aguarda o resultado das investigações pelas autoridades competentes. Em paralelo, dará início imediato a sindicância interna a fim de apurar supostos atos infracionais cometidos”, informou o CRBM1.

Roberta procurou a clínica estética na segunda-feira (9) para fazer um endolaser, técnica que usa laser para remover gordura localizada e diminuir a flacidez. Ela teria sentido um mal-estar logo após a aplicação da anestesia.

A biomédica Vanuza Aguilar Takata confirma que a paciente passou mal logo no início da aplicação do anestésico, que teria sido realizada por outra profissional devidamente habilitada, mas destaca que o procedimento sequer começou. Diz ainda que “o socorro foi prestado imediatamente e as profissionais colocaram-se à disposição para todas às necessidades e averiguações”.

Já do Spazio Di Bellezza Estevam, imóvel onde ocorreu atendimento afirma que, como possui cômodos desocupados, alugou para outros profissionais de beleza, incluindo a clínica, e que cada um é responsável autônomo por sua prestação de serviço. Informou também que a Vigilância Sanitária compareceu ao local e tomou medidas pertinentes à sala do atendimento.

Passou mal após anestesia
Paola Eliza Lück de Paula é prima da vítima e contou à EPTV, afiliada da TV Globo, tudo o que aconteceu depois da aplicação da anestesia. “Ela começou a sentir um calafrio. Pelo que a gente sabe, a esteticista falou que era normal isso”.

“Começou o procedimento, logo em seguida a Roberta começou a sentir, acredito, dores, convulsionando, pediu para parar, não segurar ela. Não tinha ninguém segurando, ela parou, desmaiou e teve a parada cardíaca”, relata a prima.

A clínica fica a cerca de 350 metros da Santa Casa de Misericórdia de Cosmópolis. A família diz que a biomédica demorou para pedir o resgate. Quando chegou na unidade, foi diagnosticada com parada cardíaca e, dias depois, teve a morte cerebral confirmada. Ela deixa dois filhos e o marido.

“A profissional não sabia o que fazer. Na hora, provavelmente, ficou muito desesperada e não teve reação de imediato, demorou um pouquinho para prestar socorro, trazê-la para o hospital com o veículo. Ocasionou a falta de oxigênio no cérebro, foi quando ela foi para a UTI”.

“Infelizmente, nós perdemos uma vida. Uma pessoa fantástica, com muitos projetos, sonhos. A gente quer apurar o que aconteceu pra gente não deixar essa luz que a Roberta tinha se apagar desse jeito. Não é justo. A gente tem que deixar a luz dela brilhando”.