Ex-tenente-coronel condenado a 36 anos pela morte da juíza Patrícia Acioli vai para prisão domiciliar

Cláudio Luiz de Oliveira foi considerado pela investigação como mandante do crime, que aconteceu em 2011. Justiça afirmou que condenado cumpriu prazo para progredir de regime.

O ex-tenente-coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz de Oliveira, condenado a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli, recebeu autorização da Justiça para cumprir a pena em casa. Ele já tinha progredido para o semiaberto em maio.

Cláudio deixou o Presídio Constantino Cokotos, no Centro de Niterói, nesta segunda-feira (6), e foi para casa, em Icaraí.

Oliveira foi considerado pela investigação o mandante do assassinato de Patrícia. Ela foi morta com 21 tiros, em agosto de 2011, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O ex-PM foi condenado pelo crime em 2014.

O caso
Cláudio Luiz de Oliveira era comandante do 7° BPM (Alcântara), em São Gonçalo, também na Região Metropolitana do Rio, na época do assassinato de Patrícia Acioli.

A juíza atuava em processos contra vários integrantes do batalhão, acusados de envolvimento com milícias e grupos de extermínio.

Patrícia Acioli foi assassinada com 21 tiros na porta de casa. Na época do crime, ela tinha 47 anos, era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.

Ao todo, 11 policiais foram condenados por envolvimento na morte da juíza.

Condenado por matar jovem no McDonald’s em SP completa dez anos foragido da Justiça; assassino é procurado pela polícia e Interpol

Polícia Civil oferece recompensa de R$ 2,5 mil por informações que levem à prisão de Caio Rodrigues. Ele foi julgado à revelia e condenado a 18 anos de prisão por dar 3 tiros em Diego Cassas no estacionamento da lanchonete após briga em balada. Crime de 2013 foi gravado.

Condenado por balear e matar pelas costas um jovem no estacionamento do McDonald’s, Caio Rodrigues completa neste ano dez anos foragido da Justiça de São Paulo. O assassino de Diego Ribeiro Cassas é procurado pela Polícia Civil e pela Interpol.

O crime foi cometido na manhã de 7 de junho de 2013 e repercutiu na imprensa à época. Horas antes, eles haviam discutido e brigado na saída de uma casa noturna da Barra Funda, Zona Oeste da capital. Caio tinha ido ao local comemorar o seu aniversário. Depois ele soube que Diego iria ao McDonald’s da Rua Henrique Schaumann, na mesma região.

Câmeras de segurança da lanchonete gravaram o momento em que Caio saca a arma e dá três tiros em Diego (veja vídeo abaixo). Ele morreu no local. A vítima tinha 18 anos e estava acompanhada de outros amigos. O atirador fugiu em seguida com um amigo, que também aparece nas imagens.

Lista dos mais procurados
Caio tem 29 anos atualmente. Além de ter foto, nome e informações sobre ele na lista dos criminosos mais procurados da polícia paulista, a instituição oferece uma recompensa de R$ 2,5 mil para quem tiver informações que possam levar a sua prisão.

As denúncias podem ser feitas ao Disque Denúncia pelo número 181. Não é preciso se identificar. Também é possível ligar para os números (11) 3311-3158 da Divisão de Capturas ou no (11) 3311-3477. A Polícia Civil chegou a fazer uma projeção da imagem que Caio teria atualmente, envelhecendo o seu rosto digitalmente (veja abaixo).

Desde que cometeu o crime, Caio nunca mais foi localizado ou preso. Em dezembro de 2015, ele foi julgado à revelia por um júri popular e acabou condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato. O Ministério Público (MP) recorreu da sentença e a Justiça aumentou a pena para 18 anos.

O que diz a defesa
O g1 procurou nesta semana a defesa de Caio, feita pelo advogado Ronaldo Tavani, para comentar o assunto. Ele alegou que tenta judicialmente a redução da pena, que há um ano recebeu telefonema de seu cliente, mas que não sabe dizer onde ele está escondido.

“A defesa, no caso eu, em nenhum momento pediu a absolvição de Caio. Apenas pediu que fosse considerado que o crime foi praticado logo após a ‘emoção’ que tomou conta de Caio após ser brutal e humilhantemente agredido por Diego, bem mais forte e preparado que ele”, disse Ronaldo.

“Vou ajudá-lo, gratuitamente, a tentar retornar a pena para os 12 anos, pois ele disse que se isso acontecer ele irá cumprir a pena, pois a prescrição ainda está muito longe _faltam 10 anos e ele corre o risco de ser preso até mesmo na véspera”, falou seu advogado. “Cada uma das duas famílias sofre ao seu modo; e os dois envolvidos diretamente, um está morto e o outro morto-vivo”.
Ainda de acordo com a sua defesa, Caio estava se tratando contra a dependência química. “Estava ‘morando’ na Cracolândia. Me disse que, depois de tratamento em uma clínica beneficente, estava ‘limpo’, tinha conhecido uma boa mulher e já tinham um bebê; disse também que tinha voltado a trabalhar como mecânico de motos e estava bem, na medida do possível.”

Amigo também foi condenado

Fernando de Araújo Lopes da Silva, amigo de Caio que aparece nas imagens do estacionamento do McDonald’s, está preso desde 2014. Em abril de 2015 ele acabou condenado pela Justiça a 14 anos de prisão sob a acusação de ter incentivado Caio a atirar em Diego. Atualmente ele tem 30 anos e cumpre o restante da pena em regime aberto, segundo a sua defesa.

“A gente respeita a decisão do Tribunal do Júri, respeita o Tribunal de Justiça [TJ] evidentemente. Contudo as imagens são claras, muito claras de que o Fernando não praticou o crime, nem podia ter conhecimento de que Caio estava armado”, disse à reportagem a advogada Roselle Soglio, que defende Fernando. “Quando Caio dispara contra Diego, ele [Fernando] se afasta inclusive. O responsável pela morte de Diego se chama Caio e não Fernando.”

A defesa de Fernando entende que o assassino precisa ser localizado e preso para cumprir a pena pela qual foi condenado. Em 2021 a Justiça paulista pediu a inclusão da foto e nome de Caio na Difusão Vermelha, a mais alta da Interpol (polícia internacional) na busca por criminosos perigosos.

“É necessário que Caio cumpra a sua pena. Caio foi condenado também. Ele foi julgado à revelia na época no Tribunal do Júri, foi condenado, mas nunca teve nenhum dia de cadeia, nenhum dia foi preso. Sendo que ele foi o autor do disparo. É necessário que ele responda, pague a pena, responda pelos seus atos”, disse Roselle.
A reportagem não localizou o advogado que defende os interesses da família de Diego nem os parentes dele.

Em 2013, a lanchonete havia divulgado nota, por meio de sua assessoria de imprensa para informar que “o McDonald’s informa que está cooperando com as autoridades para o esclarecimento do caso.”

Justiça aumenta pena de Ronnie Lessa por sumiço das armas utilizadas para matar Marielle Franco

No mesmo processo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro também ampliou a condenação da esposa do ex-policial militar, Elaine Lessa, e outras três pessoas, entre eles o cunhado de Lessa.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decidiu ampliar a condenação do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereador Marielle Franco (Psol) e seu motorista Anderson Gomes. A decisão em 2ª instância é referente ao processo que julga o sumiço das armas utilizadas no crime.

Acusado de ter transformado um apartamento alugado em um depósito de armas, o ex-PM teve a pena ampliada de quatro para cinco anos de prisão em regime fechado. Lessa segue preso em um presídio de segurança máxima, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

No acórdão, os desembargadores ressaltaram que “merece juízo de censura negativo as consequências do delito, pois as consequências do delito praticado são nefastas, em razão da vinculação das armas de fogo de Ronnie Lessa à gravíssimos delitos, especialmente homicídios, que forma causa de tormento e terror à sociedade fluminense”.

No mesmo processo, a Justiça do Rio de Janeiro também ampliou a condenação da esposa do ex-policial militar, Elaine Lessa, e outras três pessoas, entre eles o cunhado de Lessa. Os pedidos para ampliação das penas partiram do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Armas no mar
A principal linha de investigação até o momento aponta que a submetralhadora usada no assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes pode ter sido jogada no mar. A arma do crime nunca foi localizada.

A sentença da 1ª Câmara Criminal detalhou o plano da quadrilha para sumir com as armas de Ronnie Lessa, o principal acusado pelos assassinatos.

A ação foi flagrada pela câmera de segurança de um condomínio em Jacarepaguá, na Zona Oeste, onde Lessa tinha um apartamento, em março de 2019.

A investigação apontou que as caixas que guardavam as armas foram jogadas no mar e que isso aconteceu horas depois da prisão de Ronnie Lessa.

Acusada de arquitetar o plano, Elaine Lessa, mulher do ex-sargento da PM, foi condenada em 2021 a quatro anos de prisão em regime aberto, mas na época a Justiça trocou a pena por prestação de serviços comunitários.

Com a decisão desta quarta-feira (8), após o recurso do Ministério Público, a pena foi ampliada para oito anos de prisão em regime semiaberto.

A mesma sentença vale para Bruno Pereira Figueiredo, irmão de Elaine e cunhado de Ronnie Lessa. José Marcio Mantovano, flagrado carregando as caixas, pegou sete anos de prisão.

Já Josinaldo Lucas Freitas, acusado de ter jogado as armas no mar, teve a pena ampliada de quatro para seis anos de prisão, também em regime semiaberto.

O que dizem os citados
Em nota, a defesa de José Márcio Mantovano informou que não concorda com a sentença, e que vai recorrer.

A defesa de Ronnie Lessa, Elaine Lessa e Bruno Pereira Figueiredo não se manifestou sobre a decisão.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Josinaldo Lucas Freitas.

Moraes autoriza visita de familiares a Roberto Jefferson em hospital onde cumpre pena

Segundo a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), estão autorizados a encontrar o preso seus filhos, Cristiane Brasil Francisco e Roberto Jefferson Monteiro Francisco Filho, além da mãe do ex-deputado, Neusa Dalva Monteiro Francisco.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta segunda-feira (6), que familiares do ex-deputado federal Roberto Jefferson possam visitá-lo no hospital onde ele cumpre pena.

Segundo a decisão do ministro, estão autorizados a encontrar o preso seus filhos, Cristiane Brasil Francisco e Roberto Jefferson Monteiro Francisco Filho, além da mãe do ex-deputado, Neusa Dalva Monteiro Francisco.

As visitas deverão ser em horários determinados pela administração hospitalar. Toda visita também deverá ser comunicada ao STF, no prazo de 48 horas após sua ocorrência.

Prisão preventiva
No início de outubro, o ministro Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson.

O ministro concluiu que as circunstâncias ainda indicam a necessidade de se manter Jefferson preso, para garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da legislação penal.

Pela lei, a Justiça deve reavaliar periodicamente a necessidade da prisão preventiva.

Jefferson voltou à prisão no fim de outubro do ano passado, após descumprir as medidas cautelares que tinham sido impostas pela Justiça – como uso de tornozeleira, proibição de comunicação e de uso de redes sociais, proibição de visitas sem prévia autorização, entre outras.

Justiça realiza primeira audiência do caso de agressão ao ator Victor Meyniel nesta terça-feira

Sessão vai acontecer por videochamada. Victor e o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre – que é réu no caso por lesão corporal e injúria por homofobia – devem ficar frente a frente.

A 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro realiza, nesta terça-feira (7), a primeira audiência do caso de agressão ao ator Victor Meyniel. A sessão vai acontecer por videochamada.

Victor e o estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre – que é réu no caso por lesão corporal e injúria por homofobia – devem ficar frente a frente.

Entre as testemunhas programadas para o primeiro dia de audiência estão o porteiro Gilmar José Agostini, Karina de Assis Carvalho, amiga de Yuri, Marcos de Carvalho Abrantes, síndico do prédio, além dos PMs Felipe Bento Pereira e Fabiano Velasco Valadão, no 19ºBPM (Copacabana).

Situação do porteiro
No dia 17 do mês passado aconteceu a chamada transação penal do porteiro Gilmar. Ele foi indiciado por omissão de socorro por não ter feito nenhum tipo de intervenção ou chamado socorro imediato no momento em que Meyniel era agredido.

Por se tratar de uma infração menor — não aplicável em omissões que resultem em morte —, o Ministério Público ofereceu o benefício da transação, que foi aceito pela Justiça.

A transação penal é um tipo de acordo proposto pelo MP em que um indiciado concorda com a aplicação de uma pena restritiva de direito ou de uma multa e, em troca, tem o processo extinto.

Ficou decidido no julgamento que Gilmar vai ter que pagar o valor de R$ 1.320 em quatro parcelas mensais, iguais e sucessivas de R$ 330 ao Inca.

O caso
A agressão aconteceu no dia 2 de setembro, em um prédio em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após um econtro amoroso entre Victor Meyniel e Yuri, no apartamento do estudantes, os dois discutiram e a ação terminou com as agressões.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, além de espancar Victor Meyniel, Yuri o ofendeu utilizando-se de expressões homofóbicas.

Jovem que filmou quando namorado a matou já tinha sido ameaçada por ele, diz amiga; leia print

Na conversa, amiga aconselha Ielly Gabriele Alves a pedir medida protetiva caso ele a ameaçasse novamente. Homem foi preso em flagrante após levar jovem para hospital, em Jataí.

A jovem Ielly Gabriele Alves, que filmou o momento em que foi morta ao levar um tiro disparado pelo namorado Diego Fonseca Borges, já tinha sido ameaçada por ele, segundo uma amiga dela. Em uma conversa, a amiga aconselhou a jovem a pedir medida protetiva caso ele a ameaçasse novamente (leia abaixo).

“Ele já disse que ia matar ela da vez que eles separaram”, afirmou a amiga.
“Ele batia na Ielly demais. Ela já apareceu com ferimentos de mais de 20 centímetros no corpo”, completou.

A amiga contou que a conversa ocorreu há cerca de um mês. Na ocasião, os Diego e Ielly estavam separados e o jovem foi atrás dela em uma festa. Após não conseguir entrar no local, ele teria se alterado. A amiga da jovem contou que mais tarde Diego chegou a invadir a casa da mãe de Ielly enquanto ela tomava banho.

O crime aconteceu por volta das 22h de sábado (4). Segundo a Polícia Militar, Diego Fonseca Borges, de 27 anos, disse que a companheira havia sido baleada por um homem em uma moto, em Jataí. Mas os militares acabaram percebendo a inconsistência da versão dele.

Conforme o boletim de ocorrência, a equipe foi acionada para ir até o Hospital das Clínicas, onde a jovem havia dado entrada com perfuração de tiro. Assim que a equipe chegou, a vítima já estava sem vida.

Ao chegarem ao hospital, os policiais encontraram o namorado da jovem, que afirmou que estava conduzindo um veículo com sua namorada quando foram abordados por uma motocicleta ocupada por dois indivíduos e que, nesse instante, o garupa sacou uma arma de fogo e disparou, matando a jovem. Porém, a polícia desconfiou da versão apresentada pelo homem.

“Diante da contradição do namorado, a polícia começou a mexer no celular da vítima e encontrou a filmagem da execução”, afirmou o major da PM, Ulisses Cortez.

Delegado suspeito de envolvimento em ameaças coloca tornozeleira eletrônica

MP afirma que Thiago Peralva, chefe da 19ª DP, teria inserido número da ex-amante do ex-diretor-geral da corporação em interceptação telefônica que apurava crime de tráfico de drogas. G1 tenta contato com defesa do investigador.

O delegado da 19ª Delegacia da Polícia do Distrito Federal, Thiago Peralva, da Operação Vigia, afastado pela justiça do DF por suposto envolvimento no caso em que o ex-delegado-chefe da Polícia Civil, Robson Cândido, é acusado de crimes relacionados à Lei Maria da Penha, colocou a tornozeleira eletrônica na noite deste domingo (5), no Centro Integrado de Monitoramento Eletrônico.

A denúncia do Ministério Público afirma que Peralva teria inserido o número da ex-amante de Cândido em uma interceptação telefônica que apurava crime de tráfico de drogas, para monitorar a localização dela e fazer ameaças. O g1 tenta contato com a defesa do delegado.

Operação Vigia
No sabado (4), o MP-DF cumpriu quatro mandados, incluindo o de prisão preventiva do ex-delegado-chefe da Polícia Civil Robson Cândido. Segundo as investigações, a estrutura da Polícia Civil — como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos e carros oficiais — era usada para fins ilícitos e particulares. A defesa de Robson Cândido disse que não vai se manifestar.

O MP também cumpriu três mandados de busca e apreensão: na casa de Robson Cândido, na casa de Thiago Peralva e na 19ª DP, chefiada pelo delegado afastado pela Justiça no sábado.

Segundo os promotores, os investigados na operação interceptaram as ligações telefônicas da ex-amante de Robson Cândido para monitorar a localização dela em tempo real. Dessa forma, teriam sido praticados os crimes de stalking e violência psicológica, aponta a investigação.

A operação é coordenada pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e do Centro de Inteligência do MPDFT.

Denúncias
O delegado foi denunciado pela esposa e pela ex-amante. Depoimentos prestados pelas vítimas e por uma testemunha contra o ex-diretor geral da Polícia Civil citam perseguições e ameaças.

“Vou te ferrar de verde e amarelo”, teria dito Robson à sua esposa, quando os dois decidiram pôr fim ao casamento.

A TV Globo teve acesso aos relatos das duas mulheres e de uma testemunha. Veja o que disseram:

À polícia, a esposa de Robson Cândido disse que desde 2014 vem enfrentando dificuldades no relacionamento “por causa de traições”. Segundo ela, no último domingo (1º), em mais uma discussão do casal, quando decidiram se separar definitivamente, Robson a ameaçou e disse: “Vou te ferrar de verde e amarelo”

Na ocorrência registrada pela ex-amante do delegado, que tem 25 anos, a mulher afirma que ele não aceitou a decisão de terminar o relacionamento e passou a persegui-la “em todos os locais que frequentava”. Ela disse ainda que, por diversas vezes, Cândido invadiu a casa dela, a perseguiu no trânsito, no trabalho e “sempre demonstrava saber onde ela estava e o que fazia”.

Segundo ela, o ex-diretor da PCDF ameaçava prejudicá-la no trabalho, o que a amedrontava bastante, “por ele ser uma pessoa influente e ter intercedido para que ela conseguisse o cargo que ocupa”

A jovem é assessora especial do Metrô-DF, função comissionada com salário bruto de R$ 13 mil. Ainda em depoimento, ela contou que, “recentemente, após pouco mais de um mês sem ceder às tentativas insistentes de contato de Robson, foi surpreendida com a notícia de que seria exonerada do cargo.”

Ela diz que suspeitou de que o ex-diretor da PCDF estaria por trás da exoneração e comentou com colegas de trabalho. O cargo, porém, foi restituído antes mesmo da exoneração ser publicada.

Testemunha

Em seu depoimento, a testemunha confirmou que Robson Cândido ofereceu cargos à ex-amante. Disse que, no início do relacionamento, ele teria proposto à mulher um cargo na Terracap.

Conforme depoimento, Cândido teria dito à ex-amante que havia vários inquéritos instaurados contra servidores da Terracap e que, “para segurar esses inquéritos”, iria exigir um alto cargo para ela

No fim da negociação, ficou definido que ela ocuparia um cargo no Metrô e que provavelmente uma servidora do metrô acabaria se beneficiando com o cargo na Terracap. Laércio de Carvalho também falou sobre o relacionamento de Robson com a esposa. Segundo ele, uma amiga da mulher o procurou com medo, dizendo que a esposa de Robson “corria risco de morte”.

Além disso, a mulher contou a ele que Robson Cândido teria feito um disparo de arma de fogo contra a cama do casal, provavelmente com intenção de intimidá-la.

Justiça decreta prisão preventiva de suspeitos de matar morador que desobedeceu ‘ordens’ do tráfico no Anil

DG e Biel são acusados de terem assassinado a vítima por ela não permitir a utilização de sua residência como rota de fuga para o tráfico. Pedido foi feito pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, do MPRJ.

A Justiça decretou a prisão preventiva de dois suspeitos pela morte de um morador do Anil, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, que não acatou a ordem de traficantes da região.

Douglas da Silva Albuquerque Martins, o DG, e Gabriel da Silva Valencio, o Biel, são acusados de terem assassinado a vítima porque ela não permitia que os criminosos utilizassem o terreno de sua casa como rota de fuga após confronto com milicianos. DG foi preso no fim de setembro por policiais civis da Delegacia de Homicídios da Capital.

O pedido de conversão em prisão preventiva foi feito pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Rio de Janeiro, e acatado pelo 1º Tribunal do Júri da Capital.

A rua Araticum foi apelidada de ‘Rua do Medo’ por conta das diversas mortes ocorridas na via. A disputa entre traficantes e milicianos prosseguiu por meses na região.

Segundo as investigações, esse é o modus operandi dos criminosos da região a quem se opõem aos interesses da facção criminosa.

Ryan Soares de Almeida, suspeito de ter participado do assassinato dos médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, no mês passado, também participou da ação. Mas, por conta de sua morte, o MPRJ extinguiu a sua punibilidade.

De acordo com a denúncia, a vítima foi executada com diversos disparos. Ainda segundo o documento, para tentar dominar a região, o Comando Vermelho já teria matado diversas pessoas no local. A disputa entre milicianos e traficantes já deixou mais de 100 vítimas na região.

A facção criminosa já domina diversos bairros da grande Jacarepaguá, tais como Anil, Gardênia Azul, Rio das Pedras e Vargens, estendendo-se até a Barra da Tijuca – onde ocorreu o caso dos médicos assassinados a queima roupa – e Recreio dos Bandeirantes.

 

Justiça mantem prisão preventiva de ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF suspeito de perseguir ex-amante

Robson Cândido passou por audiência de custódia e segue preso no DCCP. Defesa disse que não vai se manifestar.

O ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido, que foi preso na manhã deste sábado (4), passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva mantida pela justiça. Ele segue preso na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), e aguarda transporte para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Segundo o juiz do processo, Frederico Ernesto Cardoso Maciel, Robson Cândido mantinha o monitoramento da ex-amante, mesmo após deixar a direção da corporação em outubro deste ano. “Há grave risco à integridade da vítima, o que justifica a decretação da prisão preventiva”.

De acordo com o juiz monitoramento ilegal da vítima ainda está em vigência. O que significa que Robson Cândido continua descumprindo as medidas protetivas de urgência aplicadas em favor da ex-amante (veja parte da decisão abaixo).

A prisão foi cumprida pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que também cumpriu mandados de busca e apreensão na 19ª Delegacia de Polícia, na casa do delegado Thiago Peralva e de Robson Cândido. Foram apreendidos celulares, notebooks e pendrives. A Corregedoria da corporação acompanhou as buscas na delegacia.

Segundo as investigações, a estrutura da Polícia Civil — como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos e carros oficiais — era usada para fins ilícitos e particulares. Ao g1, a defesa de Robson Cândido disse que não vai se manifestar.

Ainda segundo os promotores, os investigados na operação deste sábado interceptaram as ligações telefônicas da ex-amante de Robson Cândido para monitorar a localização dela em tempo real. Dessa forma, teriam sido praticados os crimes de stalking e violência psicológica, aponta a investigação.

Estão sendo investigados os crimes de interceptação telefônica ilegal, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, invasão de dispositivo de informática e descumprimento de medida protetiva de urgência.

Denúncias
O delegado foi denunciado pela esposa e pela ex-amante. Depoimentos prestados pelas vítimas e por uma testemunha contra o ex-diretor geral da Polícia Civil citam perseguições e ameaças.

“Vou te ferrar de verde e amarelo”, teria dito Robson à sua esposa, quando os dois decidiram pôr fim ao casamento.

A TV Globo teve acesso aos relatos das duas mulheres e de uma testemunha. Veja o que disseram:

À polícia, a esposa de Robson Cândido disse que desde 2014 vem enfrentando dificuldades no relacionamento “por causa de traições”. Segundo ela, no último domingo (1º), em mais uma discussão do casal, quando decidiram se separar definitivamente, Robson a ameaçou e disse: “Vou te ferrar de verde e amarelo”

Na ocorrência registrada pela ex-amante do delegado, que tem 25 anos, a mulher afirma que ele não aceitou a decisão de terminar o relacionamento e passou a persegui-la “em todos os locais que frequentava”. Ela disse ainda que, por diversas vezes, Cândido invadiu a casa dela, a perseguiu no trânsito, no trabalho e “sempre demonstrava saber onde ela estava e o que fazia”.

Segundo ela, o ex-diretor da PCDF ameaçava prejudicá-la no trabalho, o que a amedrontava bastante, “por ele ser uma pessoa influente e ter intercedido para que ela conseguisse o cargo que ocupa” (veja imagem acima).

A jovem é assessora especial do Metrô-DF, função comissionada com salário bruto de R$ 13 mil. Ainda em depoimento, ela contou que, “recentemente, após pouco mais de um mês sem ceder às tentativas insistentes de contato de Robson, foi surpreendida com a notícia de que seria exonerada do cargo.”

Ela diz que suspeitou de que o ex-diretor da PCDF estaria por trás da exoneração e comentou com colegas de trabalho. O cargo, porém, foi restituído antes mesmo da exoneração ser publicada.

Testemunha

Em seu depoimento, a testemunha confirmou que Robson Cândido ofereceu cargos à ex-amante. Disse que, no início do relacionamento, ele teria proposto à mulher um cargo na Terracap.

Conforme depoimento, Cândido teria dito à ex-amante que havia vários inquéritos instaurados contra servidores da Terracap e que, “para segurar esses inquéritos”, iria exigir um alto cargo para ela (veja imagem acima).

No fim da negociação, ficou definido que ela ocuparia um cargo no Metrô e que provavelmente uma servidora do metrô acabaria se beneficiando com o cargo na Terracap. Laércio de Carvalho também falou sobre o relacionamento de Robson com a esposa. Segundo ele, uma amiga da mulher o procurou com medo, dizendo que a esposa de Robson “corria risco de morte”.

Além disso, a mulher contou a ele que Robson Cândido teria feito um disparo de arma de fogo contra a cama do casal, provavelmente com intenção de intimidá-la.

Quem é Robson Cândido
O nome de Robson Cândido para o comando da PCDF foi o primeiro colocado em uma lista tríplice feita por policiais e referendado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) em 2019. O governador manteve o delegado à frente da corporação ao ser reeleito para o governo de Brasília, no ano passado.

Antes da direção da Polícia Civil, ele chefiava a 11ª DP, no Núcleo Bandeirante. Por causa das denúncias, o delegado vai responder a três processos na Corregedoria da Polícia Civil: dois inquéritos policiais – um para cada vítima – e um processo disciplinar. Robson Cândido já foi ouvido e entregou suas armas.

O Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP), do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), disse que “tomou ciência apenas da exoneração do então Diretor-Geral da PCDF e já instaurou procedimento interno para a devida apuração”. O MP também pediu esclarecimentos à Corregedoria-Geral da PCDF.

Justiça decreta prisão preventiva de homem por morte da esposa a facadas em Pindamonhangaba, SP

O crime aconteceu nesta quinta-feira (2). Segundo a Polícia Militar, Anderson Luiz Mariano confessou que esfaqueou a esposa e havia tentado se matar na sequência.

O Tribunal de Justiça decretou prisão preventiva para o homem preso pela morte da esposa a facadas em Pindamonhangaba (SP). Anderson Luiz Mariano passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (3), um dia após o crime.

O caso aconteceu na madrugada desta quinta-feira (2), no imóvel onde o casal morava na Rua Reverendo Kennedy, no bairro Residencial Andrade.

Segundo o boletim de ocorrência, policiais militares foram acionados para atender a ocorrência de violência doméstica e, no local, encontraram Anderson Luiz Mariano ferido ao lado do corpo da esposa Maria das Dores de Oliveira Mariano.

A PM afirma que o próprio suspeito fez o acionamento e confessou que esfaqueou a esposa e havia tentado se matar na sequência. Ainda segundo a PM, os dois tinham sinais de esfaqueamento.

O homem foi levado para o pronto-socorro da cidade e recebeu alta ainda durante a manhã. Ele foi levado para a delegacia. No boletim de ocorrência, a Polícia Civil informa que constatou haver outros dois registros contra Anderson, a pedido da vítima, por crimes de violência doméstica.

A família de Anderson não quis comentar o caso, mas disse que um advogado será contratado para fazer a defesa dele.