Kleber Gladiador compartilha vídeo em que aparece dando cotoveladas e tapas em outros jogadores dias após acusação de agressão contra mulher

Imagens aparecem em meio a jogadas plásticas e gols do ex-atleta quando atuava pelo Palmeiras e o Cruzeiro. Uma foto dele dando uma cotovelada no rosto de Neymar estampa a capa do vídeo. Caso de agressão aconteceu na loja de conveniência de um posto de combustíveis na madrugada de 3 de setembro, na Zona Oeste de SP.

Seis dias depois de ser acusado de agressão contra mulher (leia mais abaixo), o ex-jogador de futebol Kleber Gladiador compartilhou no Instagram uma seleção de lances da carreira em que aparece dando cotoveladas e tapas em jogadores adversários.

As imagens aparecem em meio a jogadas plásticas e gols do ex-atleta quando atuava por Palmeiras e Cruzeiro. Uma foto dele dando uma cotovelada no rosto de Neymar estampa a capa do vídeo.

O compilado foi publicado no último sábado (9) por uma página de torcedores palmeirenses com quase 50 mil seguidores. Entre os lances polêmicos em campo, estão:

Uma solada (ou pisão) em um jogador do Flamengo
Um tapa no rosto de um jogador do São Paulo
Um tapa no rosto de um jogador do Botafogo
Uma cotovelada em um jogador do Corinthians
Um empurrão em um jogador do Internacional;
Uma cotovelada em um jogador do São Paulo.

Nos comentários da publicação, dezenas de usuários do Instagram criticam o conteúdo do post.: “Batendo em mulher, grande exemplo, tá querendo apoio numa safadeza dessa?”

O que diz Kleber
Em publicação no Instagram nesta terça-feira (12), Kleber disse que agiu em legítima defesa e que não agrediu qualquer funcionário do estabelecimento. (íntegra abaixo)

“Diante das diversas matérias publicadas por diversos sites e notícias nas redes de televisão, diferentemente do veiculado, no último dia 03/09 fui agredido por 3 pessoas e apenas me defendi das agressões que sofri, sejam elas físicas e/ou morais. Em nenhum momento agredi qualquer funcionário(a) do estabelecimento, inclusive nos vídeos veiculados inexiste, da minha parte, qualquer agressão ou tentativa. Os fatos não foram tal como ditos ou veiculados e irei provas às autoridades, assim que for intimado a prestar esclarecimentos, apresentarei a minha versão do que realmente ocorreu, agi em legítima defesa e tenho testemunhas que corroboram com a minha versão dos fatos”.

Agressão em posto de combustíveis
Câmeras de segurança de uma loja em um posto de combustíveis da Zona Oeste de São Paulo registraram o momento em que Kleber dá um soco em um homem e um empurrão em uma funcionária da conveniência. (veja abaixo)

De acordo com informações do boletim de ocorrência, a confusão teria ocorrido na madrugada de 3 de setembro. A mulher registrou o BO por agressão física.

O g1 entrou em contato com a defesa do ex-atleta, mas, até a última atualização desta reportagem, não recebeu resposta.

No vídeo, é possível ver a funcionária parada na entrada da conveniência;
De camiseta verde, Kleber passa pela porta do estabelecimento e empurra a mulher de forma abrupta;
Em seguida, parte para cima e dá um soco no rosto de um rapaz que veste blusa preta;
Ele até tenta acertar outro soco, mas quase cai com o movimento.

Uma outra mulher, que acompanhava o rapaz agredido, também acusa Kleber de agressão e homofobia. Ela gravou o ex-jogador discutindo com outro homem e entrando no carro em seguida.

“Tá discriminando a sapatão. Discrimina aí a sapatão, seu coxinha do caralho. Vai lá discriminar sapatão, ó… Vou gravar mesmo. Lindão, né? Homofóbico. Sua conta vai chegar, parceiro. Dá um tchau aí. Veio bater em mulher, né?”, diz ela no vídeo.
“Você bate em mulher, né? Lei Maria da Penha, hein, filho da puta. Aqui meu braço pra você, ó, filho da puta. Meu braço pra você, seu vagabundo”, continuou a mulher, enquanto mostra o antebraço, que supostamente foi atingido pelo ex-atleta.

O caso foi registrado como lesão corporal na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

 

Instituto do consumidor suspeita que dados de clientes da 123 Milhas foram vazados

Consumidores estão recebendo mensagens pelo WhatsApp de golpistas, que pedem o preenchimento de um formulário com informações pessoais, como cartão de crédito.

O Instituto Brasileiro de Consumidores e Titulares de Dados (IBCTD) suspeita que dados dos clientes da 123Milhas foram vazados.

Segundo o IBCTD, esses consumidores estão recebendo mensagens pelo WhatsApp de golpistas, que pedem o preenchimento de um formulário com informações pessoais, como cartão de crédito.

O instituto afirma que encaminhou a denúncia à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

“A empresa 123 Milhas nega que houve vazamentos de dados. Entretanto, o IBCTD encaminhou a denúncia para a Secretaria Nacional do Consumidor, gestora do portal consumidor.gov.br, ao Reclame Aqui e Autoridade Nacional de Proteção de Dados – para investigação se houve vazamento de informações sensíveis”, diz o comunicado publicado no site do Instituto.

A reportagem procurou a 123Milhas para um posicionamento e aguarda retorno.

Consumidores sem viagem
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também investiga se a 123 Milhas obteve vantagens na venda de bilhetes aéreos. O inquérito policial reúne mais de 150 registros de ocorrência encaminhados à Delegacia de Defesa do Consumidor, em Belo Horizonte.

Na segunda-feira (4), a corporação começou a ouvir os consumidores prejudicados. A previsão é de que testemunhas e representantes da empresa sejam intimados a dar esclarecimentos ainda neste mês.

No dia 18 de agosto, a agência suspendeu pacotes e a emissão de passagens promocionais com embarques previstos a partir de setembro de 2023. A interrupção do serviço levou à abertura de uma série de ações na Justiça e até um pedido de recuperação judicial.

Segundo a PCMG, a investigação apura se empresa teve benefícios ao, supostamente, vender os tíquetes mais baratos com antecedência e em quantidades maiores do que a disponibilidade de voos.

“A princípio, nós trabalhamos com algumas linhas investigativas. Poderiam (se enquadrar) num crime contra economia popular, supostamente até uma pirâmide financeira, um crime contra a relação de consumo ou até mesmo um estelionato”, afirmou a delegada Elyenni Célida da Silva.

Além disso, os investigadores verificam se a operadora cometeu crimes ao suspender a emissão dos bilhetes e utilizar vouchers como forma de reembolso. Alguns indícios poderiam configurar uma pirâmide financeira.

Suspeito de dar cabeçada e socos em nutricionista em rua em SP é identificado pela polícia e diz que vídeo é montagem

Câmeras de segurança registraram a agressão em São Caetano do Sul, no ABC Paulista; Polícia Civil analisou imagens para tentar identificar o agressor. Vítima voltava dirigindo de um aniversário quando se distraiu e bateu na guia da calçada.

A Polícia Civil de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, identificou um homem suspeito de fraturar o nariz e causar afundamento da face de uma nutricionista de 25 anos na noite de 23 de julho.

Depois de buscas e denúncias anônimas, os policiais da Delegacia de Defesa da Mulher e da Delegacia Sede de São Caetano do Sul chegaram ao homem foi levado para prestar depoimento. Ele afirmou ser a pessoa do vídeo, mas informou à polícia se tratar de uma montagem.

A vítima foi chamada à delegacia para fazer o reconhecimento, mas não teve certeza sobre o suspeito. O caso foi apurado pelos delegados Daniela Del Nero e Marcelo Ferrari.

Foram colhidas declarações do autor e pedido exame de corpo de delito cautelar. O inquérito foi encaminhado ao Fórum e será analisado pelo Ministério Público e a Justiça. A defesa foi procurada pelo g1, mas não encaminhou resposta até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso
Estela Frohlich Bonatto, de Santo André, voltava dirigindo do aniversário de uma amiga quando, em um momento de distração, bateu na guia de uma calçada e dois pneus do carro furaram.

“Eu dei uma vacilada no volante e peguei a guia. Todo mundo que dirige já pegou a guia alguma vez na vida. Só que tinha um senhor andando nessa calçada com o cachorro dele. Eu realmente só peguei a guia, não chegou nem perto dele. Ele pode ter se assustado, entendo, mas não tinha motivo para toda a revolta que ele estava sentindo e descontou em mim”, disse, em entrevista ao g1.

Depois dos pneus estourados, ela desceu do carro. Um homem que passeava com um cachorro se aproximou e passou a agredi-la (veja vídeo abaixo). Estela contou que não entrou em contato com o suspeito, mas que, ao descer do carro, foi logo recebida por uma cabeçada e um soco no rosto.

“Jamais ia imaginar que esse cara viria até mim fazer alguma coisa. Eu estava olhando o pneu para ver o que tinha acontecido, porque rasgou o pneu da frente. Eu peguei o celular pra tentar ligar para minha irmã e contar o que aconteceu, porque o carro era dela. [O homem] virou a esquina e já veio me xingando. Sei que me chamou de vagabunda e me acusou de quase ter atropelado ele.”

Câmeras de segurança registraram o momento da agressão. Depois de ela estacionar, o homem aparece caminhando, há uma discussão breve, e ele dá uma cabeçada no rosto dela, que tenta revidar.

“Perguntei: ‘O que que eu te fiz? Você está aí inteiro. Eu te machuquei? Você está machucado? Aconteceu alguma coisa? Eu não te fiz nada’. Me aproximo dele. É como se eu fosse peitar ele. Mas eu não encostei nele em nenhum momento, até ele me agredir”, diz a nutricionista, que estava sozinha.

Outro motorista parou o carro no meio da confusão e mais pessoas apareceram, e o homem deixou o local com o cachorro.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez o atendimento da nutricionista, e ela foi encaminhada para um hospital particular.

Estela passou por uma cirurgia. Teve o nariz quebrado em várias partes, além de afundamento do seio da face.

Ela teve alta em 24 de julho e vai se recuperar em casa.

“Eu estou um pouco incrédula ainda com tudo o que aconteceu, porque eu até tento e não consigo achar uma justificativa. Mas é uma sensação de impotência. Acabou comigo. Ele acabou com a minha fisionomia. Eu estou morrendo de dor, tomando remédio e nada melhora.”

Grupo cria sites e perfis falsos nas redes sociais para vender facas artesanais e enganar vítimas no RS

Fotos e vídeos dos produtos são retirados do perfil oficial da empresa e colocados em outro site. Na Serra, a polícia já identificou mais de 30 contas bancárias que recebem dinheiro do esquema.

A Polícia Civil investiga um novo golpe aplicado no Rio Grande do Sul. Golpistas criam sites e perfis falsos em redes sociais, que imitam marcas de facas artesanais para enganar as vítimas. De acordo com relatos, o grupo negocia os produtos com valores abaixo do mercado. A polícia já identificou mais de 30 contas bancárias que recebem dinheiro do esquema.

Uma empresa de Farroupilha, na Serra do RS, identificou mais de 30 sites e 40 perfis falsos em redes sociais. Na sede da fábrica uma faca custa R$ 9 mil. Os produtos também estão disponíveis na loja virtual, o que desperta atenção dos golpistas. Segundo o estabelecimento, mais de mil pessoas já caíram no golpe.

A reportagem da RBS TV entrou em contato com a Meta, empresa proprietária do Facebook e do Instagram, plataformas em que foram publicados os anúncios, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O diretor da fábrica de Farroupilha, Tiago Ilha, explica que o golpe prejudicou o faturamento da empresa.

“Foram um decréscimo de 40 a 60% do nosso faturamento, mas não foi isso que me deixou mais triste. O mais triste era a receber o WhatsApp, uma pessoa que tinha um sonho de ter uma faca nossa, e descobrir que estava sendo fraudado”, comenta.

Além disso, o setor de atendimento da empresa também vem sofrendo com reclamações dos clientes.

Segundo Tiago, é difícil retirar os perfis falsos do ar. É necessário provar a identidade quando se faz uma denúncia em anúncios.

“A gente tinha que provar que era o dono da nossa própria marca com o registro de marca do INPI [Instituto Nacional da Propriedade Industrial]. Eu perguntava para empresa que detém os anúncios na plataforma como então o fraudador podia criar tantos perfil sem provar que era o dono da minha marca. Então, para derrubar o perfil fake, eu tinha que provar que era dono, agora para criar perfil em meu nome, com os meus vídeos, ninguém precisa provar nada”, relata Tiago.

Em Igrejinha, outra empresa também foi vítima. Os golpistas publicaram em um site falso fotos retiradas do perfil oficial da fábrica, em que o sócio aparece com um conjunto de facas. O produto custa R$ 349, mas é ofertado pelo grupo por R$ 149. Foram mais de 300 vítimas e um prejuízo estimado de R$ 1 milhão, em quatro meses.

A empresária Caroline Willrich comenta as ameaças que o estabelecimento sofreu.

“Era frustrante, todo esse investimento de tempo, tudo isso que a gente dedicava ia parar em mãos erradas e quando as pessoas viam e linkavam: bom eu vi esse vídeo na empresa e agora estou vendo a mesma pessoa nesse outro perfil, eu posso confiar. Quando elas descobriram que era um golpe, elas vinham com ameaças de que iam nos achar, que sabiam o endereço da empresa”, conta Caroline.

Como funciona o golpe?
O grupo retira do perfil oficial da empresa fotos e vídeos dos produtos para colocar em outro site. Após criarem uma nova página, eles impulsionam anúncios falsos nas redes sociais. Então, a vítima interessada entra em contato com o número disponibilizado no perfil falso.

Um farmacêutico, uma das vítimas, relata como foi a experiência após fazer contato com os golpistas.

“Eu já tinha até preparado um final de semana na casa do meu cunhado, ia presentear as facas pra eles. A minha ideia de comprar duas facas, uma homenagem. É horrível”, afirma o homem.

A ação é realizada para o comprador não desconfiar. Outra vítima, de Porto Alegre, recebeu um e-mail de confirmação da compra de uma faca que não foi entregue.

“Depois que eu fiz o PIX eu achei: isso aqui tá muito barato. Aí, peguei, entrei no site e a faca tava R$ 1,4 mil. Tem que ter cada vez mais cuidado pra comprar coisa pela internet. Acessar o site real da empresa pra ver se não cai no golpe novamente”, comenta.

Investigação
Segundo delegado Éderson Bilhan, a investigação segue à procura do grupo que está aplicando o golpe.

“Já estamos com um uma apuração bem avançada e esperamos, muito em breve, elucidar esse caso e chegar no grupo criminoso que realmente está por trás”, pontua a autoridade policial.

O dono da loja virtual de Igrejinha, registrou ocorrência. No entanto, a polícia de Farroupilha não está investigando o crime. O delegado alega que a apuração, segundo prevê a lei, cabe às delegacias das cidades onde moram os clientes.

 

Motorista de aplicativo suspeito de matar jovem após briga de trânsito em Franca diz que usou faca ‘por instinto’

Fábio Junior Nascimento, de 24 anos, está preso desde o dia 3 de julho. De acordo com a Polícia Civil, nenhum dos dois tinham antecedentes criminais.

O motorista de aplicativo Fábio Junior Nascimento, de 24 anos, suspeito de matar Breno Vaz Martins, de 23 anos, após uma briga de trânsito em Franca (SP), disse à polícia que atingiu a vítima com uma faca “por instinto”.

Segundo ele, os dois entraram em luta corporal após uma batida entre os veículos quando Breno foi golpeado.

“Eles acabaram discutindo por questão dos danos [em ambos os veículos] e entraram nas vias de fato. Ele acabou se apossando de uma faca e fala que chegou a atingir dois chutes na vítima e foi empurrado. Quando foi dar um terceiro chute, a vítima se desviou e ele, instintivamente, acabou acertando um golpe contra o peito da vítima”, revela o delegado Márcio Murari, responsável pelo caso.

Ainda segundo o depoimento de Fábio, após ser atingido, Breno deixou o local em direção ao carro. O motorista do aplicativo estava com uma passageira, que presenciou tudo.

“Ele chegou a ir até a vítima e falar que iria atrás dele, porque queria receber os danos. Em seguida, ele sai do local e a vítima também sai. A gente acredita que ela tentou procurar socorro, mas acabou, cerca de 100 metros na frente, parando o carro e desfalecendo”.

Passageira prestou depoimento
Além do suspeito, a passageira que estava no veículo também prestou depoimento.

“Ela foi muito prestativa, colaborou, apresentou a versão. Foi importante para o esclarecimento do crime”, diz Murari.

Fábio está preso temporariamente desde o dia 3 de julho. Ele estava escondido na casa de parentes, no bairro Leporace.

“Ao encerrar o inquérito, vamos pedir a prisão preventiva para que ele aguarde preso até o julgamento”.

Ainda segundo Murari, nem suspeito e nem vítima tinham antecedentes criminais.

MPF contesta decisão que absolveu acusados do assassinato do médico Marco Antônio Becker no RS

Ministério Público Federal ingressou com recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. No entendimento dos procuradores da República que atuaram no júri, ”houve nulidades durante o julgamento em plenário que cercearam o exercício da acusação”.

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com um recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) contra a decisão do Tribunal do Júri que absolveu os quatro acusados do assassinato do médico Marco Antônio Becker. O resultado do julgamento foi anunciado no sábado (1º), na 11ª Vara Federal de Porto Alegre.

De acordo com os procuradores da República que atuaram nos cinco dias do júri, ”houve nulidades durante o julgamento em plenário que cercearam o exercício da acusação”. O MPF não explicou quais nulidades seriam.

Responderam pelo crime o ex-médico Bayard Olle Fischer Santos (acusado de ser o mandante do assassinato), o traficante Juraci Oliveira da Silva (que teria agenciado o crime), o ex-assistente de Bayard, Moisés Gugel, (que teria intermediado negociações para o assassinato) e Michael Noroaldo Garcia (que seria o piloto da motocicleta utilizada no crime).

Em entrevista à RBS TV, a defesa de Moisés Gugel disse que o resultado ”já era esperado”. “Tínhamos convicção de que, ao final da instrução dos debates, os jurados iriam absolver Moisés de forma unânime”, disse o advogado Marcos Vinícius Barrios.

A defesa de Bayard Olle Fischer Santos disse estar aliviada com a resolução do processo. “Foram 15 longos anos de trabalho. A sensação é de que a justiça foi feita de acordo com o que foi investigado e apurado. Que eles possam retomar a vida deles, sem esse peso nas costas. A sensação é de que o trabalho foi bem feito, nossa missão foi cumprida e que a justiça foi estabelecida, depois de 15 anos de sofrimento (…) Foi um julgamento justo, limpo, sem intercorrências mais sérias”, falou o advogado Alexandre Rene.

A defesa de Juraci Silva afirmou que “foi feita justiça” e que ele “jamais iria participar de um crime como o que foi acusado”.

A Defensoria Pública da União (DPU), responsável pela defesa de Michael Noroaldo Garcia, avaliou que “o veredicto do Conselho de Sentença, com muita sabedoria, confirmou as alegações da Defensoria Pública da União desde o reinício do processo na Justiça Federal, no sentido da ausência de provas concretas contra o assistido”.

Julgamento
Os quatro réus responderam em liberdade pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, situação que impossibilitou a defesa da vítima e exposição a perigo comum).

O júri começou na última terça-feira (27). Ao longo da semana, foram ouvidos depoimentos de 14 testemunhas. Na sexta, os quatro réus prestaram depoimento. Neste sábado (1), aconteceram os debates entre acusação e defesa.

Becker foi baleado por dois homens em uma motocicleta. A motivação do assassinato seria vingança, de acordo com a investigação policial, motivada pela suposta influência de Becker no Conselho Federal de Medicina, que cassou o registro profissional de Bayard por suposto erro médico.

Relembre o caso
De acordo com a denúncia do MP à Justiça, Becker foi atacado por dois homens em uma motocicleta no dia 4 de dezembro de 2008. O vice-presidente do Cremers foi baleado enquanto estava dentro do seu carro, na Rua Ramiro Barcelos, bairro Floresta, na Capital.

Ao todo, oito pessoas foram denunciadas pelo envolvimento no crime. No entanto, a Justiça concluiu que não haveria indícios de autoria ou materialidade suficientes para quatro dos denunciados pelo Ministério Público Federal.

O processo tramitou, inicialmente, na Justiça estadual. Mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ) transferiu a competência para a esfera federal, com base na alegação de que o homicídio teria sido motivado pela atuação da vítima junto ao Cremers e a sua suposta influência no Conselho Federal de Medicina.

Anna Carolina Jatobá é solta após Justiça conceder progressão para o regime aberto

Anna Carolina Jatobá estava presa em Tremembé (SP) desde 2008. Ela cumpria pena pela morte da enteada Isabella Nardoni, de apenas cinco anos, que morreu após ser jogada de um prédio em SP.

Anna Carolina Jatobá, presa desde 2008 pela morte da enteada Isabella Nardoni, foi solta na noite desta terça-feira (20), após a Justiça conceder progressão para o regime aberto (entenda mais abaixo). Ela cumpria pena há 15 anos e, atualmente, estava em um presídio em Tremembé, no interior de São Paulo.

O g1 apurou que a decisão que concedeu progressão para o regime aberto foi assinada pela juíza Márcia Domingues de Castro, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. O alvará já foi cumprido e Anna Carolina Jatobá estava liberada desde 18h.

Com a decisão, Jatobá deixou a Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1, em Tremembé, por volta das 19h45. Ela esperava apenas a chegada de parentes para deixar a cadeia.

Jatobá progrediu ao regime semiaberto em 2017 e, desde então, era beneficiada com as saidinhas temporárias. As atividades fora do presídio, no entanto, eram discretas e raramente ela era vista nas ruas.

O g1 entrou em contato a defesa de Anna Carolina Jatobá. A princípio, o advogado preferiu não se manifestar sobre o caso, mas no final da noite disse ao portal que a soltura dela era “natural que acontecesse” e que “não foi uma surpresa”.

O g1 também acionou o Tribunal de Justiça, que não forneceu informações sobre a soltura de Jatobá, afirmando que o caso corre em segredo de Justiça. “O processo de execução da pena da Anna Carolina Jatobá tramita em segredo de justiça. Por isso, não podemos fornecer mais informações sobre o caso”, disse.

O Ministério Público, por meio do promotor criminal Paulo José de Palma, de Taubaté, informou que vai recorrer da decisão da justiça.

Regime aberto
No regime aberto, o condenado cumpre pena fora da prisão e pode trabalhar durante o dia. À noite, deve se recolher em endereço autorizado pela Justiça.

A legislação determina que o preso se recolha no período noturno em uma casa de albergado – modelo prisional que abriga presos que estão no mesmo regime -, mas o Estado de São Paulo não dispõe desse tipo de unidade prisional. Por isso, na prática, os presos vão para casa.

Para não perder o benefício, o condenado precisa seguir algumas regras, como:

permanecer no endereço que for designado durante o repouso e nos dias de folga;
cumprir os horários combinados para ir e voltar do trabalho;
não pode se ausentar da cidade onde reside sem autorização judicial;
quando determinado, deve comparecer em juízo, para informar e justificar suas atividades.
Mesmo seguindo essas condições básicas, o juiz pode estabelecer outras condições especiais, de acordo com cada caso.

Crime
Anna Carolina e Alexandre Nardoni foram condenados pelo assassinato de Isabella Nardoni em março de 2010, mas estavam presos desde 2008. O caso aconteceu na noite do dia 29 de março de 2008, quando a menina de apenas cinco anos foi jogada pelo pai e pela madrasta da janela de um apartamento na capital.

Isabella caiu do sexto andar do apartamento onde morava o casal Nardoni, no Edifício London. Para a investigação, porém, não foi uma queda acidental, mas sim um homicídio. A menina foi agredida e, achando que estava morta, foi arremessada.

O pai foi condenado a mais de 30 anos de cadeia e a madrasta a 26 anos de prisão, cumprindo pena na Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP).

Jatobá trabalhou como costureira na penitenciária no interior de São Paulo e conseguiu reduzir a pena. Em 2017, ela progrediu ao regime semiaberto e, desde então, era beneficiada com as saidinhas temporárias.

À época, quando foi submetida a testes para progressão do regime, Jatobá afirmou ser inocente e disse desejar que a verdade sobre o caso apareça.

Disse também planejar após ter a liberdade definitiva buscar apoio dos familiares, manter o relacionamento com o marido Alexandre Nardoni, fazer um curso de moda e abrir um ateliê de costura.

Análise do regime aberto
Em maio deste ano, por unanimidade, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça determinou que a Justiça de São Paulo analisasse o pedido da defesa de Anna Carolina Jatobá para que ela fosse para o regime aberto.

A defesa dela recorreu ao STJ após o juiz da Vara de Execuções penais exigir a realização de um teste psicológico, chamado de Rorschach, para analisar o pedido de progressão para o regime aberto.

A Procuradoria-Geral da República concordou com a dispensa do teste de Rorschach. O subprocurador-geral da República Luciano Marins Maia afirmou que essa análise exigida já foi superada pela comunidade científica.

Relator, o ministro Messod Azulay Neto afirmou que o pedido de mais um exame não foi devidamente justificado e que talvez tenha sido requerido apenas por envolver um caso rumoroso.

“Não importa que o crime é horrendo. O que eu penso sobre o crime ou o que outros pensam, pouco importa. O que importa é o que a lei determina e é o que está sendo cumprido”.

Caso Isabella
Em 29 de março de 2008, Isabella, foi jogada da janela do apartamento do casal, no sexto andar de um prédio no bairro do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo. Os condenados negam o crime. Eles alegam que uma outra pessoa entrou na residência e matou a criança.

A acusação se baseou em provas periciais produzidas pela Polícia Civil. Para o Ministério Público, Anna Jatobá esganou Isabella Nardoni e Alexandre jogou o corpo da filha pela janela. Antes, o casal teria cortado uma tela de proteção do apartamento.

‘Grande alívio’, diz estudante ao ajudar polícia na prisão de ex-namorado que a esfaqueou; pista decisiva foi enviada por rede social

Victória Francisca da Silva conseguiu reunir pistas e indicar à polícia a possível localização de seu ex-namorado, foragido desde 2021 após tentar matá-la com 15 facadas enquanto dormia. Ele foi encontrado e preso no último domingo (18).

Foi com a ajuda de um grupo de mulheres e troca de mensagens em redes sociais que a estudante de jornalismo Victória Francisca da Silva conseguiu reunir pistas e indicar à polícia a possível localização de seu ex-namorado, foragido desde 2021 após tentar matá-la com 15 facadas enquanto dormia.

Denilson Araujo Leal é réu na Justiça e tinha prisão decretada desde 2021. Ele foi preso na Zona Leste de São Paulo, na tarde de domingo (18). Quem reuniu pistas sobre o réu foi a própria vítima.

À GloboNews, ela contou que vinha divulgando fotos do ex-namorado em redes sociais desde a decretação da prisão e que esporadicamente recebia informações ou pistas sobre o foragido. A mensagem decisiva foi enviada na sexta-feira (16).

No texto, uma pessoa dizia indicava que Denilson havia sido visto em uma praça, trabalhando em um espaço com brinquedos recreativos para crianças.

“Vale a pena vir conferir, é uma praça com vasto comércio (padarias, lotéricas, mercadinhos, bares). Ele só fica nessa praça aos finais de semana e feriados de sol com os brinquedos para as crianças brincarem”, dizia a mensagem.

As informações foram repassadas por ela à advogada e à polícia para a abordagem e prisão de Denilson. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), foi cumprido o mandado de prisão contra o foragido nesta praça.

No fim de 2021, Victória Francisca da Silva havia conversado com a GloboNews quando ainda se recuperava do ataque. “Eu torço muito pra conseguir esquecer aquela cena, eu acho que talvez eu nunca consegui esquecer mas eu espero poder superar. Porque todos os dias eu lembro bem, principalmente a noite eu só consigo dormir quando amanhece fazer algum barulho nos pais vão ouvir e virão aqui”, relatou.

Após a confirmação da prisão, ela disse se sentir aliviada, apesar do trauma e das marcas que a tentativa de feminicídio deixaram. “Mesmo ele sendo preso, isso não vai fazer voltar quem eu era, não vai fazer voltar meu corpo como era. Mas é um grande alívio”.

O ex-namorado de Victória foi conduzido ao 56º DP (Vila Alpina), onde o caso foi registrado como captura de procurado. A defesa dele não foi localizada pelo g1 até a última atualização desta reportagem.

O caso
Em 21 de abril de 2021, a estudante de jornalismo estava dormindo na casa dos pais, na Zona Leste da cidade de São Paulo, quando acordou sendo golpeada pelo ex-namorado. Segundo os registros, foram 15 facadas nas costas, no abdome, no braço e no rosto.

Antes do ataque, a vítima tinha terminado o namoro de cerca de seis meses por descobrir uma traição. Denilson esperou todos na casa dormirem para invadir a residência, tapar a boca dela e golpeá-la. Os pais dela dormiam em outro quarto.

Ele fugiu e fez ameaças do tipo “serei o capeta em sua vida “ e ” quem ri por último ri melhor”. Na época, ele morava com os sogros e a ex-namorada.

A vítima ficou cinco dias hospitalizada e entrou em depressão. Atualmente, ela se recuperou dos ferimentos e retomou a faculdade.

Dona de conveniência diz que motorista discutiu por futebol antes de atropelar mulher em posto: ‘Absurdo’

De acordo com a Polícia Militar de Itu (SP), homem apresentava sinais de embriaguez e foi preso em flagrante. Câmera flagrou momento em que homem atropelou a mulher. Vítima passou por cirurgia e segue internada na UTI de um hospital da cidade.

A dona da loja de conveniência em que uma mulher foi atropelada propositalmente disse que o motorista teria discutido por futebol antes do crime. O caso aconteceu na noite de sábado (17) na avenida Dr. Otaviano Pereira Mendes, em Itu (SP), e a ação foi registrada por uma câmera de segurança.

O homem foi preso em flagrante e, de acordo com a polícia, responde a um outro processo de 2013 por crime de homicídio qualificado. Edmilton Araújo Silva, de 40 anos, chegou a ser preso em setembro de 2022, e cumpria pena de quatro anos em regime aberto.

Em entrevista à TV TEM, a dona do estabelecimento, Mônica Boni, disse que o homem teria discutido e, inclusive, trocado socos com outras pessoas antes do crime.

“Teve uma briga, por futebol, e ele levou dois ou três socos e falaram ‘vai embora que você está sendo inconveniente’. Ele foi até o carro, o pessoal ficou até aliviado, mas aí ele passa por aqui, dá uma ré e atropela o pessoal. Nós ficamos em choque”, relata.

Ainda de acordo com Mônica, a funcionária estava trabalhando normalmente no momento em que foi atropelada. “Nós estamos preocupadíssimos. Ela só estava trabalhando e nem tinha nada a ver com isso. É um absurdo, uma coisa muita pequena virar isso tudo”, conta.

A dona ainda disse que não calculou os prejuízos ocorridos na estrutura do estabelecimento.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o motorista deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (19) e, com isso, a Justiça vai decidir se ele permanece preso ou se será liberado.

Confusão e acidente
Segundo a Polícia Militar, o condutor se envolveu em uma confusão com outras pessoas, entrou na caminhonete e avançou sobre o grupo que estava na frente de uma loja de conveniência.

Nas imagens, é possível ver que as pessoas estavam paradas quando, por volta de 23h30, a câmera registra o momento que a caminhonete circula pelo posto.

Alguns segundos depois, as pessoas se levantam e tentam sair rapidamente do local, quando o motorista avança em marcha à ré. Uma mulher, que estava sentada, foi atingida pelo veículo .

Com o impacto, o vidro do estabelecimento quebrou, e a mulher foi atropelada. Conforme apurado pelo g1, ela sofreu ferimentos graves nas pernas, foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa de Itu, onde passou por cirurgia e segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ainda conforme a Polícia Militar, o motorista fugiu do local, mas foi encontrado na casa dele com sinais de embriaguez. Apesar de ter se recusado a realizar o teste do bafômetro, ele confessou ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.

O homem foi preso e confessou o crime às equipes da corporação, sendo levado para a delegacia de Itu. Além disso, ele foi autuado por desacato às autoridades policiais, tendo xingado e feito gestos obscenos para uma policial civil.

O caso foi registrado como desacato, embriaguez ao volante e tentativa de homicídio na Delegacia de Polícia de Itu. A caminhonete envolvida no atropelamento foi apreendida.

Thiago Brennand também é suspeito de apropriação indébita e ameaça por não pagar por obras de arte em SP

Cerca de quatro quadros não foram pagos; vendedor tentou cobrar dinheiro, mas desistiu após ameaças. Empresário e herdeiro está preso no CDP de Pinheiros por crimes de violência contra mulheres.

A Polícia Civil de São Paulo investiga pelos crimes de apropriação indébita e ameaça Thiago Brennand, o empresário e herdeiro preso suspeito de estupros e agressões. O inquérito no 15º DP de São Paulo foi aberto em abril, depois de supostos calotes em obras de arte.

Segundo apurado pelo g1, Brennand teria encomendado obras entre março de 2020 e novembro de 2022, no Itaim Bibi, Zona Sul de São Paulo. A relação comercial com o vendedor que o acusa de ameaça começou em um leilão de peças onde o empresário arrematou um quadro de R$ 350 mil, mas não pagou e teve o nome negativado.

O empresário e herdeiro está preso no Brasil desde 29 de abril por estupro, agressão, cárcere privado e ameaça (leia abaixo).

Ao ser cobrado pelo valor, Brennand teria dito ao vendedor que “não sabiam com quem estavam falando”. Para “salvar a venda”, um funcionário entrou em contato e teria oferecido um desconto de 5%, que era o lucro da operação.

Brennand teria dito que estava montando uma coleção para decorar a mansão em Porto Feliz, no interior do estado, e passou e encomendar mais obras.

Durante os encontros na capital paulista, o negociante relatou, no documento, que Brennand costumava estar cercado por seguranças armados e reafirmava ser “o maior colecionador de armas”.

A Polícia Civil apreendeu em março, em Atibaia, interior do estado, 67 armas do empresário após o Exército suspender, no ano passado, o registro de Brennand de CAC, sigla usada para identificar caçadores, atiradores e colecionadores de armamentos e munições.

Obras
Brennand, segundo a investigação, também teria se apropriado de duas obras de autoria do artista plástico Sergio Camargo, e passou a exibi-las como se fossem dele nas redes sociais.

O empresário também comprou um quadro do pintor nordestino Antonio Bandeira, mas não pagou. Brennand também disse que se apropriou de mais um quadro como “forma de punição” ao vendedor.

Ao todo, cerca de quatro quadros não foram pagos. O vendedor tentou cobrar o dinheiro, mas desistiu após sofrer ameaças. A vítima trouxe a situação à tona após as denúncias envolvendo o réu de violência contra mulheres repercutidas nos últimos meses.

“Quando os casos vieram ao conhecimento público, a vítima nos procurou para auxiliá-la nas medidas necessárias para o retorno dos bens em questão. Esperamos as apurações das autoridades”, diz a defesa.

Os advogados de Brennand foram procurados para comentar sobre o caso, mas não houve resposta até a publicação. O caso segue em investigação.

Novas denúncias
A Vara Central da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de São Paulo recebeu em 1º de junho uma nova denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o empresário pelo crime de estupro. Além de virar réu no novo processo, ele teve mais uma prisão preventiva decretada. A defesa dele informou, anteriormente, não ter sido notificada.

Atualmente, Brennand é réu em nove processos, sendo que em seis deles com prisão decretada.

Primeiro julgamento
Brennand participou do seu primeiro julgamento no último dia 30, na 2ª Vara de Porto Feliz, no interior de São Paulo. O Tribunal de Justiça ouviu uma vítima que o acusa de estupro e três testemunhas de defesa. A próxima audiência está prevista para o dia 21 de junho, às 14h.

Brennand não chegou a ser ouvido. A previsão era a de que ele falasse por meio de videoconferência do CDP de Pinheiros, na capital paulista, onde está preso.

Sobre o primeiro julgamento, a defesa de Brennand disse que “considerou positivo o desfecho da audiência”. “Na ocasião, puderam ser apresentados fatos novos, que colocam em xeque a narrativa sobre o crime alegado. No momento oportuno, novos esclarecimentos serão apresentados”, disse o advogado Alexandre Queiroz, em comunicado enviado ao g1.

A vítima é uma mulher estrangeira que mora no Brasil e não teve a identidade revelada. Ela conheceu o empresário quando pretendia adquirir um cavalo.

A mulher relatou aos promotores do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAVV) ter iniciado um relacionamento com o denunciado, encontrando-se com ele, eventualmente, ao longo de dois meses.

Acusações
O nome de Brennand ficou conhecido depois que o Fantástico mostrou imagens exclusivas nas quais o empresário aparece agredindo a atriz Helena Gomes dentro de uma academia em São Paulo. Neste caso, ele responde pelos crimes de lesão corporal e corrupção de menores, já que teria incentivado o próprio filho adolescente a ofender Helena.

Depois que a reportagem foi ao ar, outras mulheres procuraram o Ministério Público de São Paulo para denunciar o empresário por crimes como estupro, agressão, ameaça, cárcere privado e injúria.

Segundo as vítimas, os crimes ocorreram entre 2021 e 2022 em uma casa que Thiago Brennand tem em um condomínio de luxo em Porto Feliz.